The Ghost Of You escrita por Miss Trafalgar


Capítulo 1
Capítulo Único - About a Ghost.


Notas iniciais do capítulo

Hey, ;D

Bom, eu realmente queria que o Credence fosse feliz e que o Original!Percival Graves não estivesse morto e fizesse o Credence feliz, porque esses dois merecem! Somando isso com o meu amor por Ghost!Fics, nós temos essa fanfic em estilo 5+1 ;D

Aproveitem o/



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A primeira vez que Percival viu o fantasma de Credence foi quando ele ainda estava preso.

Grindelwald não ia visita-lo fazia semanas. Ou dias. Não é como se ele tivesse alguma noção de tempo. Então das duas, uma: Ou Grindelwald decidiu deixa-lo para morrer, o que era mais provável. Ou o bruxo tinha sido pego e ninguém tinha conseguido localizar Percival até agora, o que era uma opção muito esperançosa e para Graves, esperança antecede a decepção. Ou a morte, em seu caso.

Credence não disse nada e permaneceu sentado a sua frente simplesmente encarando, como se Percival fosse um objeto de estudo interessante. Às vezes o menino franzia o cenho, às vezes inclinava a cabeça levemente para o lado, às vezes revirava os olhos e às vezes até sorria, porém os sorrisos não duravam mais que meio segundo.

Percival sabia que aquilo era somente sua imaginação projetando a imagem de Credence, mas com que finalidade? Ele não sabia e nem se importava. Ele estava feliz por estar vendo Credence, mesmo que sem poder tocá-lo. Mesmo que tudo fosse uma mera alucinação.

Ele queria pedir desculpas ao menino, dizer que devia ter protegido o de Grindelwald, dizer que deveria ter salvado o de Mary Lou, dizer que o amava mais que já amou qualquer outra coisa. Mas isso comprovaria sua loucura e não, Graves não estava pronto para assumir que Grindelwald tinha conseguido deixa-lo louco.

Ele não sabe quanto tempo passou antes que Credence se levantasse e murmurasse: "Eu devia saber que não era você." E desaparecesse.

Mas antes que ele pudesse pensar na solidão e de como ele estava pronto para desistir da vida e implorar para Grindelwald mata-lo, uma luz invadiu o quarto e ele não podia descrever em palavras o quanto estava feliz por ver o rosto de Seraphina Picquery.

xXx

A segunda vez que Percival viu o fantasma de Credence foi quando ele estava no hospital.

Não que ele quisesse estar no hospital, serio, ele insistiu para ir para casa, mas Seraphina insistiu em verificar se ele estava bem e ele não podia recusar. Então, ele estava no hospital, parcialmente sedado e quase dormindo quando ouviu a voz de Credence.

— Eles dizem que você é forte. – Credence começou. - Dizem que você deveria estar morto a dias atrás. Dizem que você é um lutador.

Percival virou a cabeça levemente para a esquerda para poder ver melhor o rosto de Credence.

— Se eu fosse realmente forte, eu não teria sido capturado por Grindelwald.

O mais novo franziu o cenho levemente.

— Você pode me ver? – Ele sorriu um pouco e continuou. – Eu tentei fazer o rapaz com a mala me ver, mas ele não conseguiu... Nem a moça... Sinto muito, eu esqueci o nome dela...

Percival arqueou uma sobrancelha. O que diabos ele queria dizer com isso? Obviamente só Percival poderia vê-lo, Credence é uma mera alucinação de uma mente culpada e, talvez, essa alucinação fosse embora quando ele conseguisse o perdão do verdadeiro Credence.

A porta abriu suavemente e Porpentina Goldstein entrou no quarto.

— Você está acordado. – Ela sorriu tristemente.

— Ela. – Credence falou. - Ela não consegue me ver também.

Graves virou a cabeça levemente na direção de Tina.

— Credence... Como ele está?

Tina pareceu perder as palavras subitamente e encarou o chão, provavelmente procurando a melhor resposta para a pergunta. Credence foi até Tina e colocou uma mão no ombro da moça, que não pareceu perceber ou sentir o toque.

Ela voltou a encarar Percival.

— Ele está morto, sir.

xXx

A terceira vez que Percival viu o fantasma de Credence foi quando ele estava em casa.

Depois de uma semana no hospital, finalmente o liberaram para ir para casa com não mais que uma poção calmante, uma poção analgésica para eventuais dores que ele sentisse e recomendações, especialmente para que ele descansasse.

Ele estava tentando, mas ele não conseguia dormir direito desde que Tina tinha falado sobre a morte de Credence e tudo o que aconteceu enquanto ele estava preso. Ele se sentia culpado, inútil e fraco. Porque ele deveria ter percebido pelo menos o mínimo de magica em Credence, devia ter ajudado o pobre garoto, devia ter mantido ele a salvo de pessoas como Mary Lou e Gindelwald. Mas ele não conseguiu e agora ele era assombrado por isso toda vez que fechava os olhos.

Ele estava deitado em sua cama, encarando o teto e tentando não pensar em como ele tinha falhado com Credence, o que não estava dando muito certo, mas era o melhor que pensar diretamente no assunto.

— Eu posso...?

Percival sentiu o ar sumir de seus pulmões. Ele virou a cabeça para a direita e viu Credence em pé do lado de sua cama. O menino parecia nervoso e incerto de seu pedido e Graves sorriu um pouco porque esse era o Credence que ele se lembrava e se apaixonou.

— Você pode...? – Percival perguntou.

— Eu posso... Deitar... Com você? – O menino apontou para a cama.

Graves suspirou e afastou, dando espaço para o menino deitar ao seu lado. Credence deitou na cama e aninhou-se no peito de Percival, que sentiu um arrepio passar por seu corpo pelo súbito frio.

Esse Credence é uma incógnita para Graves. Tudo indica que ele é uma alucinação, uma imagem formada pela cabeça de Percival para suprir a necessidade constante que ele sente de Credence. Mas o frio que ele sente toda vez que está no mesmo quarto que Credence, o fato de ele ter aparecido somente depois do verdadeiro Credence morrer e o toque, distante, porém real, indicava que era um fantasma.

Mas Percival não estava pronto para aceitar que estava sendo assombrado. E assombrado por nada menos que o fantasma de Credence? Isso era demais.

— Se faz você se sentir melhor... – Credence começou. – Eu não estou morto.

xXx

Desde aquela noite Credence nunca mais foi embora e Percival teve que aprender a lidar com uma alucinação/fantasma.

Não foi difícil, principalmente porque Credence é uma pessoa fácil de conviver. Ele tenta ao máximo se manter distante, não fazer coisas erradas e sempre pede antes de fazer qualquer coisa, então não demorou mais que uma semana para Percival se acostumar com o fantasma andando atrás dele pela casa. Percival gosta da companhia, gosta de não estar passando por isso sozinho e acima de tudo, gosta de Credence.

Inclusive, ele mudou alguns hábitos por causa do garoto.

De manhã, Percival só tomava café preto e sem açúcar. Ele nunca comia nada para acompanhar e aparentemente Credence não gostava disso. Ele passou três dias insistindo para que Percival fosse à padaria do Sr. Kowalski para comprar qualquer coisa que ele pudesse comer todo o dia de manhã. Então, agora, todo o dia, Percival Graves tomava uma xicara de café preto com alguma guloseima diretamente comprada da padaria do Sr. Kowalski.

À tarde, Percival gostava de ler jornais, não só os dos EUA, mas os de todo o mundo bruxo. Ele gostava de saber como estava a situação em Londres, Paris, Tóquio e qualquer parte do mundo, ele gostava de estar informado. Aparentemente Credence achava tudo isso bastante entediante, então ele decidiu dividir melhor o seu tempo. Agora, Percival Graves lia os jornais dos EUA, Londres, Paris e depois lia contos e historias do mundo bruxo em voz alta para Credence. Ele não fazia ideia da situação dos Bruxos do Brasil ou da Argentina, mas isso não importava contanto que ele visse o sorriso no rosto de Credence enquanto o mais novo imaginava cada situação do livro.

À noite, Percival gostava de ir dormir cedo e ia para cama logo após do jantar. Ele é um auror e precisa de todas as horas de sono disponível para caso aconteça alguma emergência no meio da madrugada ele esteja hábil a pensar e agir o mais rápido possível, mas atualmente ele está de licença da MACUSA e sua vida está muito mais entediante. Aparentemente Credence também acha isso, principalmente porque em seu atual estado, ele não dorme. Então depois do jantar eles assistem filmes juntos e Credence fica muito feliz por isso, mas Percival não sabe dizer se é por causa do filme ou porque ele deixa o mais novo abraça-lo durante todo o filme.

Então o mês que ele passou longe da MACUSA foi incrivelmente reconfortante.

xXx

Por mais que Percival tivesse aproveitado o seu tempo em casa, ele estava extremamente feliz de voltar para MACUSA.

Ele estava se sentindo extremamente confiante mesmo com todos os olhares estranhos que eram lançados em sua direção. Quem sabe fosse o casaco ou até o cachecol que Credence fez questão de escolher... Não importa. Percival Graves estava feliz. Mesmo que tivesse diversos relatórios para ele revisar quando ele finalmente chegou à sua sala.

— Você é o assunto do dia.

Percival não precisou levantar a cabeça para saber quem havia falado e muito menos se assustou com a fala repentina, ele tinha sentido a mudança de temperatura alguns minutos atrás.

— Eu sei. – Graves terminou de assinar um relatório e pegou o próximo. – Eu posso sentir eles se perguntando se sou realmente eu.

— Atualmente, – Credence sentou na cadeira a frente de Percival. – Eles estão apostando se é realmente você ou qualquer outra pessoa fingindo ser você.

— Que vergonha. – Percival riu um pouco e olhou para Credence. – O que você está fazendo aqui?

Credence pareceu surpreso com a pergunta e passou alguns momentos pensando em uma resposta valida, porém não achou nenhuma e decidiu falar a verdade.

— Eu... Sinto sua falta.

Percival sorriu com a resposta, ele deveria imaginar que até como fantasma Credence era uma pessoa que precisava de companhia.

 - Tudo bem, hoje você pode ficar por aqui, mas só por hoje.

Credence sorriu com a resposta, mesmo que ele só pudesse ficar por hoje, ele iria aproveitar ao máximo a companhia de Percival. Então ele passou o dia dividido entre olhar para Graves fazendo o seu trabalho e ir ver as apostas do departamento. Ele até convenceu Percival a sair um pouco da sala e ir fazer sua própria aposta.

Um pouco relutante, Graves foi fazer a aposta, mas ele admite que valeu completamente a pena ver os olhares chocados de todos quando ele apostou que na verdade era outra pessoa fingindo ser ele.

xXx

Foi muito mais fácil se acostumar com a nova rotina.

Percival acordava de manhã, tomava um banho, vestia sua roupa, tomava café da manhã e comia guloseimas compradas da padaria do Sr. Kowalski e na hora de ir para a sede da MACUSA, Credence indicava que casaco e que cachecol ele vestiria no dia. Ele passava o dia todo trabalhando em meio aos seus papeis, algumas vezes saia para alguma pesquisa de campo ou pra tomar um café em sua pausa. Ele voltava para casa ao anoitecer, Credence perguntava sobre como tinha sido o seu dia e ele narrava tudo o que tinha acontecido, jantava, e lia um conto para Credence antes de dormir.

Tudo indicava que ia ser mais um dia comum na rotina de Percival, exceto que quando ele chegou a casa, Credence não estava lá.

Ele procurou em todos os quartos, em todos os lugares possíveis e Credence não estava lá. Tudo estava em seu lugar, tudo estava silencioso... É como se Credence nunca tivesse estado lá!

Percival sentou no sofá e respirou. Não, ele não estava louco. Ele não passou 2 meses e meio sozinho, imaginando que Credence estava lá. Ele não passou 2 meses e meio lendo ou assistindo filme com o nada. Credence estava lá.

Só que aparentemente, agora, ele foi embora. Sem explicação nenhuma. Só foi embora.

Percival tentou não pensar no sentimento de solidão profunda que se apoderou de seu corpo. Tentou não pensar no quanto sentia falta de Credence. Tentou não pensar em quanto a casa era solitária e sem vida quando Credence não está por perto.

Ele ouviu a campainha e grunhiu. Ele não queria ver ninguém agora, só queria Credence de volta e ele definitivamente não tocaria a campainha, ele é um fantasma, pelo amor de Merlin!

A campainha tocou mais três vezes antes de ir atender a porta, tentando não parecer mais irritado do que realmente estava. Ele abriu a porta, pronto para mandar sabe se lá Merlin quem ir embora, mas ele parou assim que viu quem era.

Credence.

Mas não o fantasma de Credence. O verdadeiro Credence.

— Eu te falei que não estava morto. – Credence disse e sorriu um pouco, visivelmente nervoso.

E em menos de 2 segundos depois, Credence estava sendo abraçado por um muito feliz Percival Graves.


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Notas finais do capítulo

Deixem-me saber se eu não for a unica a querer o Original!Graves de volta e o Credence sendo feliz haha'

Kissus,