I Will Survive escrita por Iphegenia


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, queridinhos!

Capítulo novo só para não ser acusada de ter abandonado vocês. Me desculpem por ele, se não estiver de boa qualidade, eu não tive muito tempo para escrevê-lo. A vida, de repente, enlouqueceu!

Quero agradecer muito, muito a leitora Zangada que recomendou a fic, super me elogiou e me deixou muito feliz. Agradeço de coração, maravilhosa ♥

Enfim, boa leitura!



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Velas formavam um grande círculo no píer e dentro dele havia uma toalha vermelha estendida. Uma porção de mexilhões e uma de vara de caranguejo, acompanhadas de uma garrafa de vinho pela metade e duas taças, descansavam sobre o tecido. Emma apanhou uma vara de caranguejo e levou até a boca de Regina. A morena mastigou com cuidado e engoliu com um pequeno gole de sua bebida.

— Eu nunca pensei isso de você. – A rainha girou o líquido na taça e escorou o corpo no peito da loira. – Fazendo um jantar desse, com frutos do mar à luz da lua.

— Eu posso te surpreender, majestade.

— Eu tenho certeza disso. – Regina girou o corpo e selou os lábios aos de Emma.

— Você não quer comer mais?

— Eu já comi o suficiente. Tem certeza de que eu fui a única pessoa que você convidou? Porque pela quantidade de comida, acho que metade de Storybrooke podiam estar na sua lista.

— Engraçadinha! – Swan pegou a taça de Regina e depositou, junto à sua, ao lado dos alimentos. – Eu queria te impressionar.

— Você conseguiu. – A rainha abraçou a loira, passando a ponta dos dedos pela extensão das costas. – Eu queria te pedir uma coisa.

— Qualquer coisa. – Emma descansou a cabeça na curva do pescoço de Regina enquanto depositava beijos na região.

— Eu vou precisar fazer uma pequena viagem amanhã, mas não gostaria de levar Júlia. Você poderia ficar com ela?

— Claro. – A sheriff se afastou encarando o rosto moreno. – Para onde você vai?

— É perto. – Regina entrelaçou os dedos aos de Emma. – É em uma fazenda há alguns quilômetros daqui. Eu poderia levá-la para Boston e deixá-la com algum amigo, mas essa fazenda fica mais perto de Storybrooke do que de Boston, então deixá-la aqui me economizaria muito tempo.

— Claro que eu posso ficar com ela.

— Tem certeza? Ela não está em seu melhor momento. Você se lembra da pirraça de ontem.

— Nós vamos ficar bem. – Emma acarinhou a bochecha de Regina antes de apertá-la, tirando um sorriso tranquilo da morena. – Que tipo de viagem é?

— É sobre trabalho. A escola quer aproveitar para comprar alguns jovens cavalos e potrinhos antes de virar o ano, enquanto os impostos ainda não subiram, e eu que acompanho essas compras junto ao James.

— James? – Emma mexeu-se desconfortável. – Vocês trabalham juntos?

— Ele é o veterinário da escola. – Regina percebeu a expressão de Emma mudar repentinamente. – Vocês precisam encontrar uma forma de conviver em harmonia, sem que os rostos de vocês se transformem em caretas sempre que o outro é mencionado. Ele é meu melhor amigo, já se fizeram seis anos de amizade, eu não quero ter que me dividir entre vocês dois. Isso é ridículo.

Swan soltou-se de Regina e cruzou as pernas encarando o mar escuro pela noite.

— Ele não gosta de mim.

— Ele pensa a mesma coisa sobre você. – A rainha imitou a posição da loira e recuperou sua taça de vinho tomando mais um gole.

— Tenho certeza de que quando contar a ele que estamos juntas, ele não vai gostar.

— Bem... – Regina voltou a abandonar a taça e aproximou-se da loira, passando uma das mãos pelo braço de Emma. – Quem tem que gostar de você sou eu. Apesar disso, eu posso te garantir que ele não vai se opor. – A rainha capturou um mexilhão e levou à boca da loira. – Mas não vamos estragar o momento com isso, vamos?

— Não – Emma desfez o bico emburrado que estampava no rosto e colocou os braços em torno do corpo da rainha, fechando a distância entre elas e uniu seus lábios. – Vamos aproveitar a nossa noite.

— Vamos.

Regina capturou o lábio de Emma entre os dentes e trouxe a loira para o colo, arrastou os lábios pelo pescoço branco beijando pontos específicos descobrindo, aos poucos, as fraquezas da mulher. Emma emaranhou os dedos nos fios curtos da nuca de Regina, puxando-os levemente para trás, alcançado a boca nos lábios enfeitados com batom vermelho. Emma gemeu ao sentir o sexo arrastar pela costura da calça de Regina. A morena apertou as coxas da loira enquanto aquele som arrepiava sua pele.

— Talvez devêssemos comer um pouco mais. – Swan afastou, relutante, os lábios dos da morena e desceu de suas pernas, servindo-lhes mais vinho.

***

Emma assistia Júlia enrolar-se na toalha e correr e pelo cômodo como uma super-heroína enquanto discava o número do pai. Foi preciso três chamadas para que o homem atendesse.

— Pai? – A voz pequena da sheriff soou o alerta do príncipe.

— O que foi, Emma? O que aconteceu?

— Eu preciso de ajuda. Urgente!

Swan encerrou a ligação antes que o pai pudesse responder e escorregou na parede no canto da sala, enquanto a menina ainda corria e imitava sons de voo com a boca. Abraçando os joelhos, Emma permaneceu lá esperando David chegar.

O príncipe abriu a porta quando ouviu os sons animados de Júlia e encontrou a filha encolhida. Correu os olhos pelo cômodo buscando qualquer sinal de perigo e, quando nada encontrou, caminhou até a salvadora, ajoelhando-se diante dela.

— Emma, minha filha, o que aconteceu?

— Eu estou fazendo algo errado. Ela não me obedece. – Lágrimas escorreram pelo rosto da loira.

— Ela tem dois anos. Obedecer não é exatamente simples. – David sentou-se sobre as pernas e acarinhou os cabelos da filha, confortando-a.

— Três. Ela já tem três. – Emma fungou e enterrou o rosto entre os joelhos.

— Não muda muita coisa. – David puxou carinhosamente o rosto da filha para cima. – Okay! Me explique o que está acontecendo.

— Regina me deixou uma lista de coisas que Júlia pode comer no almoço, mas ela não quis. Eu prometi que se ela comesse, teria sobremesa, mas ela me passou a perna e quando eu tirei os olhos dela só para ir até o banheiro, ela comeu todo o chocolate. Depois ela não quis dormir na hora que Regina disse que ela geralmente dorme, ao invés disso ela quis assistir TV, mas eu tenho certeza que a Regina não deixaria, então ela chorou. E agora eu não consigo colocá-la no banho. Ela fica correndo por aí.

— Tudo bem. – David passou os polegares pelo rosto da filha, limpando as lágrimas. – Vamos pensar um pouco, okay? – O príncipe continuou quando a loira suspirou e endireitou o corpo cruzando as pernas. – Ela não estar te obedecendo não, necessariamente, significa que você está fazendo algo errado.

— Ela obedece a Regina.

— Mas a Regina é a mãe dela. – Charming levantou-se e caminhou até a menina. – Hey, Júlia. Você está bem? – O homem abaixou-se para ficar da altura dela e a viu sacudir a cabeça positivamente, com um sorriso pequeno. – Você se divertiu hoje?

— Uhum! – Júlia abraçou o próprio corpo e ruborizou envergonhada, não conhecendo muito bem o homem.

— O que você acha de tomar um banho agora para que possamos passear? Nós podemos ir ao lago assistir os patos, que tal?

— Gosto de patos. – A menina abriu mais o sorriso e esticou os bracinhos para que David a pagasse.

Charming levou a menina para o segundo andar da casa da sheriff e encheu um terço da banheira funda. Colocou a menina na água e lhe entregou dois patinhos de plástico para que ela pudesse brincar. Com uma bucha sintética, ele ensaboou o corpo pequeno e logo o enxaguou enrolando-a na toalha. Júlia correu até a mala que Regina tinha preparado e escolheu o short e a camiseta que gostaria de usar. Em poucos minutos os dois já estavam na sala novamente. David colocou a menina no tapete felpudo com alguns brinquedos e foi até onde a filha continuava sentada.

— Banho tomado. – O príncipe sentou-se, novamente, a frente de Emma. – Agora podemos conversar.

— Como eu vou provar para Regina que posso ser responsável com a família dela, que ela pode investir em mim, quando eu não consigo nem mesmo convencer uma criança de três anos a tomar banho ou dormir ou comer ou...

— Hey! – David segurou o queixo da filha. – Júlia está bem, você está fazendo um bom trabalho.

— Não estou. – Lágrimas voltaram a rolar pela pele clara. – Eu sou péssima com ela.

— Não, você não é. Preste atenção, Emma. Júlia não precisa de uma terceira mãe. Você não tem que sentir esse tipo de responsabilidade quanto a ela. Ao invés de tentar ser uma mãe ou madrasta para ela, tente ser uma amiga. – Charming levantou-se e puxou a loira consigo. – Agora vai lá e a pegue, leve para ver os patos na lagoa e seja a melhor amiga que ela já teve.

***

Agarrada ao grosso agasalho preto e ostentando um cachecol vermelho sangue, Regina estava sentada sobre a pequena porta de madeira assistindo James examinar um dos jovens cavalos que pretendiam comprar. Ela esperava o amigo terminar de examinar esse último animal para fazer o teste de aptidão e enfim o trabalho estaria finalizado.

— E então, você vai me contar onde é essa tal cidade em que o seu filho mora?

— Não é muito longe. – Regina colocou as luvas ao perceber que o homem já verificava a última pata.

— E essa cidade tem um nome?

— Você faz muitas perguntas.

— Por acaso é um segredo? – James capturou a prancheta que repousava ao lado de Regina e fez anotações quanto ao diagnóstico. – Você está muito misteriosa.

— É um lugar do meu passado. Eu só não quero envolver mais ninguém nele.

— Tudo bem. – O veterinário subiu na porta sentando-se ao lado da amiga. – Júlia ficou com quem?

— Com a Swan.

— Hum. Emma. Vocês estão se reaproximando?

— Como assim? – A morena apoiou-se nas mãos para girar o tronco na direção do amigo.

— Agora que vocês se reencontraram, vocês estão se reaproximando romanticamente?

Regina franziu as sobrancelhas refletindo sobre a pergunta e só então se deu conta de que a relação dela com Emma nunca foi esclarecida. Ainda não havia passado por sua cabeça que o fato de terem um filho juntos levaria o amigo à dedução de que haviam vivido um romance. A rainha suspirou para a confusão em que se metera e tomou um minuto para pensar sobre sua resposta. Ela poderia confirmar as suspeitas do amigo. Deixá-lo pensar que elas eram amantes no passado, que se afastaram por um acidente que causou sua perda de memória, era mais fácil de ser aceito por alguém que tivera amizade genuína com sua falecida esposa. No entanto, Regina tinha consciência de que a sua verdadeira identidade já lhe obrigara a mentir demasiadamente para ele, colocar mais uma mentira na balança não poderia ser uma opção. Então, com calma, inspirou algumas vezes e o encarou.

— Nós nunca tivemos um envolvimento amoroso. – Regina começou, ganhando a atenção do homem. – Eu adotei Henry quando ele era um bebê. Swan é sua mãe biológica e só chegou dez anos depois. Muita coisa aconteceu e eu acabei perdendo a guarda dele. Logo depois eu perdi a memória e fui parar em Boston.

— Que história! – James passou um braço pelas costas de Regina fazendo-a repousar a cabeça em seu ombro. – Então você e Emma nunca tiveram nada?

— Não. – Regina fez uma pequena contagem mental acalmando-se antes de continuar. – Não até agora!

— O quê? – O homem desfez o abraço e encarou a morena. – Está me dizendo que...

— Estamos juntas agora. – A rainha anunciou em fôlego único e encarou o cavalo a sua frente, incapaz de olhar o amigo.

James levou alguns segundos para processar a informação. Abriu e fechou a boca algumas vezes antes de finalmente falar.

— Você, por acaso, está envergonhada disso?

— Olha, eu sei que você gostava da Luna, foi nosso padrinho de casamento, esteve na nossa vida desde sempre e agora na vida da filha que tivemos juntas, mas tenha a certeza de que ninguém a amava mais do que eu, então, de forma alguma, eu estou desvalorizando a importância dela ou qualquer coisa do tipo. Eu tirei o meu tempo para sofrer a perda de um amor e então a Swan chegou e as coisas foram acontecendo...

— Ei! Ei! Ei! Regina! – James pousou a mão na coxa da amiga, interrompendo o discurso desesperado. – Eu não estou te criticando. Eu te disse que se você estivesse feliz, então Luna também estaria. E se vocês duas estão, então eu também estou. Entendeu? – As mãos do homem alcançaram o rosto de Regina e ele a puxou para si. – Eu nunca me oporia a qualquer coisa que te faça bem. Eu te dividi com Luna quando era ela quem te fazia feliz. Se agora quem faz isso é Emma, então estarei feliz em te dividir com ela.

Regina apoiou-se no peito do amigo para se afastar e encarar seus olhos. Eles se conheciam bem demais para que alguma mentira passasse pelo olhar atento do outro. Se James estivesse dizendo aquilo apenas para confortá-la, ela descobriria com apenas um segundo de observação. Mas não havia nada ali além de sinceridade. De fato o amigo a apoiava naquela decisão e estava feliz por ela. Antes que pudesse dizer algo além, Regina lançou-se nos braços dele para um abraço apertado. Lembrou-se da conversa que tivera com Emma na noite anterior. “Eu posso te garantir que ele não vai se opor”, ela havia dito. E ali estava o seu melhor amigo cumprindo o papel de forma honrosa.

— Eu sabia que podia confiar em você, Jam!

— Sempre, esquentadinha. Sempre!

Regina permaneceu nos braços do amigo por longos minutos, até que o animal a frente deles aproximou-se o bastante para roçar a bochecha contra suas coxas, ganhando-lhe a atenção. A morena o fez carinho e desceu da porta que a sustentava direto para o dorso do cavalo, levando-o para a primeira etapa do teste de aptidão. Sentindo-se mais leve, a rainha saltou sobre os obstáculos com a dopamina em alta enquanto a felicidade tomava seu corpo. A cada acerto do animal, a morena comemorava com ele e quando o teste chegou ao fim, o levou para ser escovado, sem que o sorriso saísse de seu rosto.

— Eu vou ligar para saber como Júlia está. – Regina procurou o celular na mochila enquanto falava com o amigo.

— Aham. Júlia. – James sorriu. – Manda um beijo para a Júlia. – Falou com a voz falsa enquanto transformava o sorriso em gargalhada.

— Eu mando. – A rainha ergueu a sobrancelha o desafiando a prosseguir com a provocação e só sorriu quando ele lhe deu as costas ainda gargalhando.

***

Emma observava Júlia fazer sua refeição com fascínio. Desde o passeio pelo parque que a relação dela com a menina estava melhor. Ela finalmente havia entendido onde estava errando e agradecia David por isso. Quando Regina pediu para que ficasse com Júlia, ela tentou ser a mais parecida possível com a morena, para não quebrar a rotina da menina e orgulhar a rainha, mas este era justamente o seu erro. Sentiu-se desconfortável quando o pai havia dito que a menina não precisa de uma terceira mãe ou de uma madrasta, afinal de contas, o que ela queria era ser a namorada de Regina, a esposa, quiçá, o que a levaria direto para um destes postos. Ela olhava para Júlia e tudo que pensava era no quão feliz seria em ser sua mãe, mas o fato é que não era. Tanto quanto ela desejou e invejou Luna, ela nunca poderia tomar o seu lugar. Assim como sabia disso, ela também sabia que estar com Regina resultaria em criar um laço com a menina e, enfim, havia entendido qual era o seu lugar naquele momento. Estava feliz com isso e, por ora, lhe bastava.

Júlia enrolou a salada entre os dedinhos e levou à boca mastigando com gosto e Emma sorriu para a força do DNA de Regina sobre a menina. Ainda com os pensamentos perdidos entre tudo que acontecera naquele dia, ouviu o celular tocar, mas não qualquer toque, e sim o que ela havia colocado especialmente para Regina. Sorrindo para seu ato adolescente, correu até o sofá e atendeu a chamada voltando para a mesa.

— Majestade?

— Oi, Swan! ­— A rainha sorriu para o cumprimento – Tudo bem por aí?

— Tudo perfeito!

— É bom saber que está sobrevivendo e que se mantém sã. Eu tive medo de que ela te enlouquecesse nas primeiras horas.

— Pois saiba que estamos nos dando muito bem. – Emma sibilou para uma Júlia atenta que era a mãe dela e a menina agitou os bracinhos desejando poder falar. – Tem alguém aqui muito, muito animada para falar com você. Posso colocar no viva-voz? Nunca vi uma mão mais suja de jantar na minha vida. – A sheriff sugeriu e ouviu a rainha rir concordando.

— Mamãaaaae! – Júlia gritou quando Emma acenou para que ela falasse.

— Oi, meu amor. Eu estou com tanta saudade!

— Também, mamãe. Quando volta?

— Amanhã! Você acha que aguenta esperar até lá?

Emma assistiu a felicidade no rosto da pequena enquanto conversava com a mãe que usava tom didático e infantil de forma que ainda a impressionava. Swan nunca vira uma mãe tão apaixonada e dedicada quanto Regina. Ela deduzia que todas as mães, ou ao menos a maioria delas, amavam incondicionalmente seus filhos, mas os olhos que mais brilhavam, a voz mais orgulhosa e o sorriso mais encantador era, sem dúvidas, os de Regina aos filhos. Inevitavelmente imaginou como era a rainha e Henry quando ele tinha a mesma idade que Júlia, se a morena o tratava da mesma forma, então não havia possibilidade de o arrependimento crescer em seu peito. Havia sido a melhor decisão que poderia fazer.

Emma só despertou quando Júlia bateu sua colher contra a mesa.

— Mamãe no telefone! – A menina aprontou para o celular.

— Swan? Você cochilou, foi? Sei que ela pode nos cansar.

— Oi. – Swan tirou o celular do viva-voz e ainda pode ouvir a risada de Regina. – Está tudo bem aí?

— Está sim. Terminamos tudo, mas só volto amanhã.

— Eu estou com saudade. – Emma afastou-se de Júlia para que, enfim, pudesse falar com a morena como desejava. – Com saudade do seu abraço, do seu beijo, de tudo.

­­- Eu também, mas juro que isso não dura mais 24 horas. Chego amanhã antes do jantar.  

— E vai jantar comigo?

— Com você, com Júlia e com Henry.

— Claro. – Swan conferiu se a menina ainda permanecia na mesa e sorriu para a atenção que ela dava ao tomate.

— Júlia está se comportando?

— Está. Ela é um doce, uma perfeição só!

— Você sabe. Ela é...

— Sua filha. Eu sei. – Swan sorriu. – Não esperava outra coisa.

— Bem, eu vou desligar. Até amanhã no jantar.

­— Até amanhã. Talvez eu possa ficar um pouco mais depois do jantar. – O rosto claro ruboresceu com seus pensamentos.

— Claro que pode.

— Talvez eu possa dormir...

— Na sua cama. — Regina interrompeu com um sorriso. — Até amanhã, Swan!


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Notas finais do capítulo

Sei que na maioria das fics elas mal ficam juntas e já viram mãe do filho da outra, mas elas estão juntas há poucos dias e, vocês sabem, não gosto de apressar nada. Na vida real ninguém vira pai e mãe com poucos dias de convivência. Além disso, vocês sabem, Júlia já tem mães. Eu sei, mãe é quem cria, mas Luna não a abandonou e Emma não está, exatamente, criando Júlia. Pelo menos, não ainda. Talvez um dia.

Quero aproveitar para esclarecer que tudo que é dito na fic, em cada capítulo, são os sentimentos das personagens naquele momento,os pensamentos que ocorrem naquela hora. Ou seja, à medida que elas evoluem, que o relacionamento cresce, tudo pode ser alterado.

Comentários, críticas, ideias, tudo é bem-vindo. Beijos!!!



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