Harry Potter e o último vestígio de amor escrita por escritoraativa


Capítulo 13
Décimo Segundo


Notas iniciais do capítulo

Heeeey!
Feliz Natal á todos!
E como agradecimento pela linda e maravilhosa recomendação surprise da linda da CassieAA! Muito obrigada msm e foi realmente surpresa quando entrei aqui hj no Nyah para atualizar e leio repetidas vezes essa recomendação! É importante leitores assim que participam comentando, recomendando pq mostra o quanto estão gostando e interessados.
Bom, como presente de Natal vai esse capítulo que adorei escrever.
Espero que gostem tbm... Boa Leitura, guys!



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— Sei que você passou muitas noites e muitos fins de semana sozinha, e que eu deixei nas suas costas toda a responsabilidade pela criação dos nossos filhos. Praticamente! Não foi justo. E, mesmo quando você me dizia que o que mais queria era passar algum tempo comigo, eu não ouvia. Como no seu aniversário de 30 anos. – Fiz uma pausa, deixando minhas palavras surtirem efeito. Do outro lado da mesa, vi um clarão atravessar os olhos de Gina quando ela se lembrou. Aquela era um dos muitos erros que eu havia cometido no passado e que tentara esquecer.

O que ela tinha me pedido nesse dia fora muito simples: sobrecarregada com as obrigações recentes da maternidade, ela queria se sentir mulher outra vez, pelo menos por uma noite, e dera várias indiretas sobre o que uma noite romântica assim poderia incluir: roupas de presente dispostas sobre a cama para ela, flores, aparatamos em um restaurante silencioso, uma mesa com uma bela vista, uma conversa tranquila sem a preocupação de voltar para casa correndo. Mesmo na época, eu sabia que isso era importante para ela e lembro que tomei notas para fazer tudo o que ela queria. No entanto, fiquei tão atarefado com procedimentos complexos relacionados a uma missão que o dia do aniversário chegou antes que eu pudesse tomar todas as providências. Em vez disso, na última hora, pedi para minha secretária escolher uma elegante pulseira de diamantes e, a caminho de casa, convenci-me de que, Gina iria considerar elegante e especial. Quando ela abriu o presente, prometi que faria tudo para passarmos uma noite incrível juntos, uma ainda melhor que a que ela havia imaginado. No final das contas, essa foi apenas mais uma em uma longa e infinita sequência de promessas que acabei não cumprindo e, em retrospecto, pensando bem, acho que Gina já sabia, assim que eu as fazia, que eu iria quebrá-las.

Sentindo o peso das oportunidades perdidas, calei-me. Em silêncio, esfreguei a testa. Empurrei o prato de lado e, enquanto o passado desfilava depressa pela minha mente como uma série de lembranças desanimadoras, senti o olhar de Ginny pousado em mim. No entanto, para minha supresa, ela estendeu a mão por cima da mesa e segurou a minha.

— Harry? Está tudo bem? – Sua voz tinha um quê de preocupação carinhosa que eu quase não reconheci.

Assenti.

— Está.

— Posso fazer uma pergunta?

— Claro.

— Por que todos esses arrependimentos hoje? Foi alguma coisa que o papai disse?

— Não.

— Então o que fez você pensar nisso tudo?

— Não sei... Talvez seja o casamento – Dei um meio sorriso – Mas eu tenho pensado muito nesses assuntos ultimamente.

— Isso não é muito do seu feitio.

— Não, não é – reconheci – Mas é verdade.

Ela inclinou a cabeça.

— Eu também não fui perfeita, você sabe disso.

— Mas chegou muito mais perto do que eu.

— Tem razão – concordou ela, dando de ombros.

Não pude evitar uma risada e senti a tensão diminuir um pouco.

— E sim, você trabalhou bastante – continuou ela – Provavelmente demais. Mas eu sempre soube que fazia isso porque gostava da adrenalina que as missões lhe proporciona e também para sustentar a família. Essa aitude teve muito valor, porque permitiu que eu ficasse mais em casa do que antes quando jogava.

Sorri ao ouvir essas palavras e o tom de perdão que havia nelas. Eu era um homem de sorte, pensei, e inclinei-me por cima da mesa.

— Sabe no que mais eu tenho pensado? – perguntei.

— Ah, tem mais?

— Tenho tentado entender o que fez você se casar comigo.

A expressão dela se suavizou.

— Não seja tão duro consigo mesmo. Eu não teria me casado com você se não quisesse.

— E porque você quis?

— Porque eu amava você.

— Mas por quê?

— Por vários motivos.

— Por exemplo...?

— Voc~e quer detalhes?

— Por favor. Acabei de revelar os meus segredos.

Minha insistência a fez sorrir.

— Tudo bem. Por que me casei com você... Bom, você era sincero, gentil. Era educado, e mais maduro do que todos os outros homens com quem eu tinha saído. E me ouvia de um jeito que fazia com que eu me sentisse a única mulher do mundo. Eu me sentia completa com você e estarmos juntos simplesmente parecia a coisa certa.

Ela hesitou por alguns instantes.

— Mas o importantes não eram só meus sentimentos. Quanto mais eu o conhecia quando namoramos, mais tinha certeza de que você faria o que fosse preciso para sustentar uma família. Isso era importante para mim. Você tem que entender que, na época, muitas pessoas da nossa idade queria mudar o mundo, mas infelizmente o peso maior ficava com você. Ainda que isso tenha seu valor, eu desejava uma vida mais tradicional. Queria uma família com a dos meus pais, claro que não teria sete filhos, mas pretendia me concentrar no meu cantinho do mundo.Queria alguém que sejasse uma mulher que fosse esposa e mãe, que respeitasse a minha escolha.

— E eu respeitei?

— Quase sempre.

Dei uma risada.

— Dei-me conta que você não mencionou minha beleza estonteante, ainda mais meus belos olhos verdes esmeralda e nem minha personalidade irresistívelmente heróica.

— Você queria a verdade, não é? – brincou ela.

Tornei a rir e ela apertou minha mão.

— Estou brincando. Na época, eu adorava sua aparência pela manhã, logo depois de vestir o uniforme de Auror. Alto, elegante, um jovem ambicioso de saída para garatir ainda mais sua marca no mundo. Achava você muito atraente.

As palavras Ginny me aqueceram o coração. Durante a hora seguinte – enquanto examinávamos o cardápio do buff tomando café e ouvindo a música que vinha do andar de baixo do restaurante – reparei nos olhos dela pousando de vez em quando no meu rosto de um jeito que me parecia desconhecido. Fiquei até tonto. Talvez ela estivesse recordando os motivos que a tinham levado a se casar comigo. E, embora eu não pudesse ter certeza, sua expressão ao olhar para mim me fez acreditar que, de vez em quanto, ela ainda era feliz por ter tomado essa decisão.

Na terça-feira de manhã, acordei antes de o sol raiar e saí da cama fazendo o possível para não acordar Gina. Depois que me vesti, saí de casa pela porta da frente. O céu ainda estava escuro. Nem mesmo os passarinhos haviam acordado, mas a temperatura era amena e o asfalto estava molhado por causa de uma chuva rápida na noite anteior. Eu já podia sentir os primeiros indícios da umidade do dia que estava por vir e fiquei satisfeito por ter saído cedo.

Assim que passei pela porta da frente, senti um cheiro de bacon vindo da cozinha, um aroma que me fez recordar nossa vida de antes. Quando as crianças moravam conosco, Gina em geral preparava o café da manhã para a família toda, mas nos últimos anos, nossos horários diferentes tinham posto fim a esse hábito, dando lugar ao Monstro comandar á cozinha. Mais uma mudança que, de alguma forma, havia tomado conta do nosso relacionamento.

Gina apareceu na porta enquanto eu atravessava a sala de estar. Já tinha se vestido e estava usando um avental.

— Como foi a caminhada? – Perguntou.

— Ótima – respondi – Bem, ao menos para um coroa – Brinquei entrando na cozinha – Você acordou cedo.

— Ouvi você sair do quarto e, como sabia que não conseguiria mais dormir, resolvi acordar – disse ela – Quer um café?

— Acho que primeiro preciso beber água – falei – O que tem para o café?

— Ovos, bacon, torradas e empadão de carne de cordeiro – informou ela, estendendo a mão para pegar um copo – Espero que esteja com fome. Mesmo tendo jantado bem tarde ontem, eu acordei com fome – Ela encheu o copo com água e me entregou. – Deve ser porque estou nervosa – falou sorrindo.

Ao pegar o copo, senti seus dedos roçarem nos meus. Talvez tenha sido só minha imaginação, mas seu olhar pareceu se demorar em mim um pouco mais que o normal.

— Deixe-me só tomar uma ducha e trocar de roupa – pedi – Quanto falta para a comida ficar pronta?

— Você tem alguns minutos – disse ela – Vou começar a fazer as torradas.

 Quando tornei a descer, Ginny já estava pondo a mesa. Sentei-me ao seu lado.

Ela passou geléia de cereja na torrada.

— O que está pensando em fazer com relação á Toca? Acha mesmo que vai ter lugar para todo mundo?

Assenti.

— Se tirarmos os móveis, deve sobrar bastante espeço. Pensei que poríamos pôr tudo no celeiro por alguns dias.

— E você vai contratar alguém para isso?

— Se precisar, sim. Mas não acho que será necessário, qualquer peço ajuda a magia e ao Rony. Tenho certeza de que ele não vai se importar de tirar alguns minutos para me ajudar.

— A casa vai ficar meio vazia, você não acha?

— Não depois que pusermos as mesas lá dentro. Eu estava pensando em montarmos o buf~e perto das janelas e deixarmos uma área livre para a pista de dança bem em frente á lareira.

— Pista de dança? Não planejamos nada de música.

— Na verdade, isso estava na minha agenda para hoje. Isso, organizar a faxina e deixar o cardápio no Madison, claro.

Ela inclinou a cabeça para me examinar.

— Parece que você pensou bastante no assunto.

— O que acha que fiquei fazendo hoje de manhã enquanto caminhava?

— Arquejando. O de sempre.

Eu ri.

— Olhe aqui, eu estou ficando em ótima forma, viu? Hoje até ultrapassei outra pessoa – Brinquei.

— Aquele mesmo senhor de andador?

— Ha, ha, ha – respondi, mas estava gostando daquele seu bom humor. Perguntei-me se teria algo a ver com a maneira como ela havia olhado para mim na noite anterior. Qualquer que fosse o motivo, eu sabia que não tinha sido apenas minha imaginação – A propósito, obrigado por ter preparado o café.

— Era o mínimo que eu podia fazer. Levando em conta toda a ajudaque você tem me dado nesta semana. E você fez o jantar duas vezes.

— É, eu tenho sido mesmo um santo – concordei.

Ela riu.

— Eu não chegaria a tanto.

— Ah, não?

— Não. Mas sem você eu agora já estaria maluca.

— Maluca e faminta.

Ginny sorriu.

— Preciso da sua opinião – disse ela – O que acha de um vestido sem mangas no casamento? Com a cintura marcada e uma cauda média?

Levei a mão ao queixo para pensar no assunto.

— Parece uma boa ideia – falei – Mas não sei, acho que eu ficaria melhor de smoking.

Ela me lançou um olhar de irritação e ergui as mãos para fingir inocência.

— Ah, para Lílian – falei. Então, imitando o que Arthur tinha dito, concluí:

— Tenho certeza de que, não importa o que ela vista, vai ficar linda.

— Mas você não tem nenhuma preferência?

— Não sei nem o que significa cintura marcada.

Ela deu um suspiro.

— Homens...

— Eu sei – retruquei, imitando seu suspiro – É incrível como conseguimos viver em sociedade.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Gostaram??

Kiss, kiss
Até a próxima...



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