Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 19
Not About Angels


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Amei escrever esse capítulo!!!

Música do capítulo (Que a Jay toca e canta):

Not About Angels da Dirty.

Música linda, recomendo ouvir depois...

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Jade

Chorei ainda mais durante o banho, eu estava parecendo uma garota boba num drama adolescente sofrendo por um amor não correspondido. Mas eu não era uma adolescente chorona, e sim uma mulher adulta de 25 anos sofrendo por um amor surreal não correspondido.

A vida era tão injusta. Por quê ele tinha mesmo que surgir em minha vida?

Eu estava bem na medida do possível, e ele só piorou tudo. Só surgiu na minha vida para bagunçá-la completamente.

E foi embora de repente, me deixando com um vazio enorme e com um coração partido.

Ele tinha mesmo que ir embora? Tinha mesmo que fazer aquilo comigo?

Nunca. Em toda minha vida me vi tão fodidamente apaixonada. Aquilo nem chegava perto do que eu cheguei a sentir pelo Robbie. Aquele moreno conseguiu me conquistar, me encantar e me arrebatar de tal maneira que era impossível explicar.

Não era só atração... Era amor.

Eu o amava com todas as certezas. Aquela dor em meu peito só confirmava. A dor do abandono. A dor da rejeição. A dor de um coração partido.

Um Anjo Caído. Eu estava apaixonada por um Anjo Caído.

Como aquilo era possível? Nem eu sabia como explicar.

Mas era a mais pura realidade. E eu aceitei aquilo. Não tinha como negar. Ele era de carne e osso... Não sei como, mas ele estava em forma humana.

Eu sabia que ele me escondia algo... Ele não era normal. Havia algo nele. Algo fora do comum.

Eu só não imaginava que ele era um Ser Celestial. Um Anjo Caído.

E eu havia tido relações íntimas com ele...

"Será que vou ser castigada? Eu pequei... Juro que não sabia, Deus! Eu nem poderia imaginar..."

[...]

Terminei meu banho e vesti meu roupão. Minha cabeça doía. Eu havia chorado tanto.

Vesti minha camisola e meu robe, eu precisava tomar um remédio para a dor passar ou um calmante. Eu só precisava dormir.

Assim que cheguei na sala, a campainha tocou.

Meu coração disparou... Será que ele... Não! Eu não podia me encher de falsas esperanças. Beck ou Caliel jamais iria voltar. Caliel era seu verdadeiro nome.

Tori tinha a cópia da chave, portanto, ela não tocaria a campainha.

Fui atender a porta. Quase desabei, minhas pernas fraquejaram...

Vários sentimentos tomaram conta de mim.

Lá estava minha melhor amiga do outro lado da porta e junto com ela... Jonas.

Jonas. Meu irmão. Meu único irmão.

— Oi, Jay. - Seus olhos cor de mel se iluminaram.

Ele abriu um sorriso tão bonito.

— Jonas! - Avancei nele, pulando em seus braços.

Seus braços me envolveram calorosamente. Desabei em prantos... Felicidade. Alívio. Amor fraterno... Tudo misturado.

Ele se abaixou me levando junto, senti meus joelhos tocarem o chão. Apertei meus braços ao seu redor.

— Estou aqui, Jay... Senti tanto a sua falta. - Afagou minhas costas.

Não sei quanto tempo fiquei ali agarrada a ele, chorando.

[...]

— Por onde esteve em todos esses anos? - Perguntei.

Tori me entregou uma caneca cheia de chá. Ela também estava muito emocionada. Nos deixou à sós na sala.

— Estive fugindo, maninha. Tentando sobreviver. - Respondeu.

— Jon, eu sofri tanto, tanto... - Falei com a voz rouca de tanto chorar.

— Eu também sofri, Jay, foi um inferno ficar longe de você e do papai. - Seus olhos ainda brilhavam. - Como ele está? - Perguntou.

— Papai casou, ele mora com a mulher em Dallas. - Contei.

— E como está a saúde dele? Ele continua forte como um touro? - Indagou.

— Nem tanto, ele tem pressão alta e problemas na coluna agora. - Respondi, triste.

Jonas suspirou. Beberiquei o chá.

— Você está ainda mais linda! - Me arrancou um sorriso.

— E você mais alto. - Deixei a caneca sobre a mesinha de centro.

O puxei para os braços, ele repousou a cabeça em meu ombro.

— Você não é mais um pirralho. - Acariciei seus cabelos macios. - Já tem 21 anos. E está tão lindo, cheio de saúde... - O apertei contra mim. - E eu te amo tanto, maninho. - Fechei os olhos.

— Também te amo, Jay. - Disse com a voz embargada.

— Estou tão feliz, você está vivo... Sempre acreditei nisso! - Falei.

[...]

— Lamento muito, Tori. - Eles haviam acabado de me contar sobre a explosão na casa da minha amiga e sobre a perseguição que sofreram.

— O pior já passou. - Ela olhou para meu irmão. - Perdi meus bens materiais, mas ganhei um namorado, eu acho... - Ela sorriu para Jonas.

— Você acha? - A abraçou de lado. - Eu tenho certeza. - Deu um selinho nela.

Sorri com a cena. Eles eram lindos juntos. Tinham a minha aprovação e todo o meu apoio.

— Onde está o meu cunhado? Tori me contou, já estou por dentro, maninha. - Sorriu.

Fechei o sorriso. Toda a tristeza que eu senti quando Beck foi embora retornou com força.

— Foi embora... - Senti vontade chorar.

— Embora? Como assim? Para onde ele foi? - Minha amiga disparou as perguntas.

— Eu não sei... - Controlei o choro.

— Ow, amiga. - Veio me abraçar. - Sinto muito. - Lamentou.

Não falei nada... Minha única vontade era de chorar.

— Se ele te deixou foi porque não te amava, e nem te merecia. Nem o conheço, mas já o odeio! - Meu irmão falou sério.

[...]

Eles já deviam estar dormindo, eu continua sem sono. Eu simplesmente não conseguia pregar os olhos.

Abri a porta cinza. Fazia tempo que eu não entrava ali. Eu raramente entrava para limpar aquele cômodo.

Entrei e tranquei a porta. Fui até o piano e puxei o pano preto que o cobria.

Anos sem tocar... Anos sem compôr nenhuma melodia.

Sentei de frente para aquele belo e imenso instrumento musical. Dedilhei as teclas. Estralei os dedos.

Comecei com um aquecimento produzindo uma melodia qualquer que eu conhecia de cor.

Fiquei um bom tempo ali tocando. Matando a saudade.

Acabei compondo uma música. Rabisquei a letra num bloquinho de canções e depois compus a melodia.

Estralei meus dedos de novo.

E comecei a tocar a música... Minha inspiração tinha nome e um coração que batia forte.

Fechei olhos imaginando seu belo rosto. Seus olhos castanhos encantadores.

"Sabemos muito bem que ainda há tempo
Então, é errado dançar esse verso?
Se o seu coração estivesse cheio de amor
Você conseguiria desistir?"

Doía demais... Ele tinha ido embora. Nem pensou em mim.

"Pois quanto aos, quanto aos anjos
Eles vem e vão e nos fazem especiais
Não desista de mim
Não desista de mim"

Senti uma imensa vontade de chorar. Por quê ele tinha que me deixar? Por quê eu tinha que me apaixonar por ele?

"A nossa sorte é tão injusta
Encontramos algo tão verdadeiro
Que está fora de alcance
Mas se você procurasse no mundo inteiro
Você se atreveria a deixá-lo ir?"

Aquilo tudo era tão injusto... Como o amor era capaz de destroçar tanto alguém?

"Pois quanto aos, quanto aos anjos
Eles vem e vão e nos fazem especiais
Não desista de mim
Não desista de mim"

Será que eu suportaria viver sem ele? Eu seria forte o bastante?

"Pois quanto aos, quanto aos anjos
Eles vem e vão e nos fazem especiais
Não se trata, não se trata de anjos
Anjos"

E ele... Será que ele não seria capaz de esquecer a Crystal e se apaixonar por mim? Ela realmente era o amor da vida dele? Eu definitivamente não tinha uma chance?

— Eu te amo, Beck, eu só queria que você sentisse o mesmo por mim... - Sussurrei.

Senti um sopro em meu rosto. Abri os olhos sobressaltada. Respirei fundo... A sala estava cheirando à maresia. Minha pele ficou toda arrepiada.

Meus dedos ficaram imóveis sobre o teclado do piano. Eles formigavam. Levantei trêmula e um pouco tonta.

"Você precisa dormir, Jade! Ele não vai mais voltar. Você precisa seguir em frente!"


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Notas finais do capítulo

O que acharam desse reencontro???

Tadinha, a Jay está mesmo sofrendo por amor... Quêm nunca? Eu já sofri horrores tcs tcs

Comentem, galera!!! Bjs



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