Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 14
Misterioso cara de capuz


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente!!!

Atualizando a Fic rapidinho.

Tenham uma boa leitura!!!



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P.O.V Da Jade

— Bom dia! - Tori estava na cozinha, preparando o café da manhã.

— Bom dia! - Peguei a garrafa térmica - Você está aqui como hóspede, não precisava se dar ao trabalho de acordar cedo e preparar o café-da-manhã. - Coloquei café na xícara.

— Não gosto de ficar sem fazer nada. Só estou aqui porque você praticamente implorou. - Disse risonha. - O Aladim ainda está dormindo? - Virou uma panqueca.

— Está no banho. Agora ele tem um nome, ele gosta de ser chamado de Beck. - Avisei.

— Gostei. - Sorriu. - Calda de chocolate ou mel? - Perguntou.

— Calda de chocolate. - Respondi passando manteiga numa torrada.

— Jay, você e o Beck estão... - Apagou o fogo e se virou para mim. - Estão juntos? - Pegou a frigideira.

— Sinceramente? Estamos morando juntos, agora dividindo a mesma cama e a gente já fez sexo... - Tomei um gole do café, sentindo meu rosto esquentar.

— Ah, entendi. - Colocou a panqueca num prato e despejou a calda de chocolate. - Apenas toma cuidado, ok? Não sabemos quem ele é e nem de onde veio. Ele não aparenta ser perigoso, mas devemos sempre ficar de olho nele. Quem vê cara, não vê coração. Que o Harris sirva de exemplo! - Me alertou.

— Eu sei disso, Tori. Não se preocupe. Eu sei me defender e se o Beck for algum psicopata, nós saberemos. - Falei.

[...]

— Quer mais? - A Vega perguntou ao moreno.

— Sim. - Respondeu de boca cheia.

— Ele come muito. Se prepara, por quê foi inventar de fazer panquecas? - Indaguei.

— Ah, não tem problema. - Riu. - Ainda tem massa pronta. - Colocou a frigideira para aquecer. - Beck? - Chamou ele.

— Hum... - Olhou atento para ela.

— O que você acha da minha amiga? Gosta dela? - Questionou com naturalidade.

O moreno me olhou e eu fuzilei a Vega. Olhei para ele e senti meu rosto pegar fogo. Seus olhos castanhos intensos se fixaram nos meus.

— Ela é uma pessoa especial. Gosto de morar aqui, apesar de... Às vezes ela me repreende. Já me puniu com vassouradas. Acho que mereci... Mas a Jade é... É um anjo sem asas. - Disse me olhando com tanta admiração.

Abaixei o rosto e a minha amiga começou a rir.

— Anjo sem asas? Adorei! Essa é boa. - Ela se curvou, gargalhando.

— Tem mais bolinhos com cobertura amarela? - Ele olhou para ela mudando de assunto como se suas palavras não fossem nada demais.

— Cupcakes? Tem sim. Estão na geladeira. - Ela disse ainda risonha.

Ele levantou contente e foi pegar os Cupcakes.

— Ah, mas você me paga, Vega... - Sibilei apontando para ela.

[...]

— O que você fez? - Entrei na área de serviço e vi o Beck quase todo molhado.

A máquina de lavar estava transbordando. Havia água e espuma pelo piso. A caixa de sabão em pó estava no chão. O forte cheiro de água sanitária impregnava o lugar.

— Lavando as minhas roupas. - Ele sentou sobre a tampa da máquina de lavar que tremia, estava ligada e o barulho dela estava estranho.

— Lavando roupas? Ah, não... Não! Não! - Fui desligar a máquina, escorreguei e caí de bunda.

— Você ama sentar no chão, Jade. - Seu sorriso era de menino sapeca.

— Você está me zoando? - Levantei e me equilibrei, fui andando devagar até ele. - Desça já daí, seu bagunceiro! - Desliguei a máquina.

O moreno obedeceu, deslizou para o meu lado e eu levantei a tampa. Mais espumas caíram no chão. A água estava quase até a borda. Ele misturou as roupas coloridas.

— Merda! O que eu faço com você, hein? Olha para isso! - Me virei para ele, irritada. - Você alagou a minha lavanderia. - Apontei para ele. - Vai ficar sem sobremesa! - Avisei.

— Não fale assim comigo. - Se aproximou e me prensou contra a máquina. - Não me trate como criança. - Agarrou minha cintura. - Me trate como homem. Não sou sua criança, não é mesmo? - Fitou meus lábios, seus olhos estavam negros.

Minutos depois...

Tranquei a porta do banheiro, fomos nos agarrando até o box. Pausamos o beijo. Ele tirou a camisa e eu comecei a me despir. Quando ficamos nus, liguei o chuveiro e ajustei a temperatura da água.

Tomamos banho e trocamos algumas carícias, beijos quentes. Fui a primeira a sair do box, parei diante da pia e me olhei no espelho na porta do armário.

Nem percebi quando ele se aproximou. Me segurei nas bordas da pia. Ficamos nos encarando através do espelho.

— Beck... - Gemi seu nome, seu corpo já estava colado ao meu.

Empinei e senti sua ereção pressionando minha bunda.

— Quero você. Preciso te sentir agora... - Afastou minhas pernas.

Me inclinei sobre a pia, apertando-a, já excitada. Eu nunca tinha feito sexo de pé. Seus dedos quentes me tocaram e ele subiu uma das minhas pernas e se posicionou, me invadindo... Segurou meu joelho dobrado. Foi difícil manter o equilíbrio.

— Oh, seu... Ah, assim você me... Oh, porra! - Protestei quando ele se retirou e soltou meu joelho.

Minhas pernas tremiam, segurei-me à pia com força, ainda empinada, latejando e completamente molhada.

— Você é... Quente. Muito quente. - Direcionou o membro para a minha fenda e o inseriu me arrancando um gemido alto. - Oh, céus... Você é... Maravilhosa. - Começou a estocar com certa lentidão.

— Ah, que gostoso... Isso! - Procurei seu olhar através do espelho.

Nossos olhos se encontraram. Castanhos-escuros nos azuis-acinzentados. Sustentei seu olhar, gemendo à cada estocada. Tê-lo dentro de mim era uma delícia.

Pendi a cabeça para o lado, ele agarrou meu cabelo e mordiscou meu pescoço. Aumentou as investidas. Mostrou-me que não era tão inexperiente quando se tratava de fazer sexo. Ele tinha um pouco de selvageria.

Sua outra mão estava em minha cintura num aperto firme. A outra continuava em meu cabelo, dando alguns puxões.

Nunca havia sido pega daquele jeito. Aquilo me excitava de tal forma... Era tudo muito intenso.

Seus quadris se chocavam contra os meus. Nossos corpos molhados em contato. O calor. O atrito do ato sexual. Seu membro sem camisinha...

— Beck... - Fechei os olhos.

— Estou te machucando? - Encostou a boca na minha orelha direita, parando as estocadas.

Eu sentia-o latejando, completamente duro e... Puta merda. Era muito gostoso.

— Não... - Falei com a voz baixa e rouca. - Continue, porra! - Subi e desci meus quadris, incitando-o a continuar metendo.

— Com prazer... - Me curvou ainda mais na pia, afastou minhas coxas e se afundou em mim até o talo. - Meu lugar no inferno já está garantido mesmo... - O ouvi sussurrar.

— Oh, assim... Ahn, gosto assim... Me avise quando for gozar... - Eu não queria que ele se liberasse dentro de mim.

[...]

P.O.V Da Tori

Flashback on:

— A Jade vai me matar, eu não deveria... Isso foi... - Eu não sabia o que dizer. - Você era virgem. - Saí da cama e comecei a vestir minha lingerie.

— Ela não precisa saber. - Abriu um sorrisinho sapeca.

— Você tem idade para ser meu irmão caçula. Meu Deus! Eu não sou papa anjo. - Coloquei minha calça jeans.

— Para de falar assim, Tori. Eu não sou criança! - Se levantou nu e eu respirei fundo.

— Você só tem apenas 15 anos. - Vesti minha blusa apressada.

— E daí? Eu não ia ficar virgem para o resto da vida. - Sorriu, debochado.

— Eu sei disso. Acontece que você é o irmãozinho da minha melhor amiga. - Tentei justificar.

— Você não lembrou disso quando estava me dando meu primeiro boquete, lembrou? E nem quando eu estava dentro de você... - Colocou a cueca.

— Jonas! - Exclamei sentindo-me envergonhada.

— Pode ir tranquila. Esse será nosso segredinho. - Ele falou sem me olhar. Estava irritado.

[...]

— Você sabe que é errado. Seu pai não vai gostar de saber que você está saindo comigo. Eu sou maior de idade. - Falei com pesar.

— Esse é único problema, Victoria? - Me chamou pelo nome.

— A Jade também...

— Nem precisa terminar a frase. Eu não sou cego ou idiota. Eu já percebi o jeito que você a olha. Ela não é bi. Ela nunca vai olhar para você da mesma forma! - Disse, bravo.

— Para a sua informação, eu também já fiquei com ela. No mesmo dia em que nos conhecemos... Foi a primeira vez dela com uma garota, a minha também... E eu não estou interessada nela, seu idiota! Jade é minha melhor amiga! - Eu perdi a paciência e acabei contando aquilo.

— Não acredito que vocês duas... - Balançou a cabeça indignado.

— Foi só uma vez. - Fui sincera.

— Você curtiu? Ela curtiu? - Me colocou contra a parede.

— Isso nunca abalou nossa amizade. É passado! - Deixei bem claro.

— Então, você é bi? - Se afastou, me largando.

— Eu só experimentei. - Respondi.

[...]

— Desde quando você fuma? - Perguntei mostrando o maço de cigarro que achei num dos bolsos de sua jaqueta.

— Você não é minha namorada. Não te devo satisfação. - Tomou o maço de cigarro com um puxão.

— O que está havendo com você, Jonas? Surto de rebeldia? Fez 16 anos e já anda por aí como se fosse o fodão? Só porque tirou a carteira de habilitação. Isso está ficando ridículo, sabia? Não me diga que já pegou o seu primeiro porre! - Ironizei.

— Você está tentando me dar bronca? Logo você que não tem moral para isso? Se eu fumo ou não, não é da sua conta! - Disse com raiva.

— Eu vou dizer para o seu pai. - Falei, séria.

— Vai em frente. Aproveita e diz para ele que você trepa comigo sempre que tem vontade. - Sorriu, sarcástico.

— Ei, qual é o seu problema? - Empurrei ele contra a parede.

— O meu problema é só da minha conta. Agora me solta! - Me olhou furioso.

[...]

— Eu não quero mais continuar com isso... Essa nossa relação não tem futuro. - Sentei na cama chorando.

— Ei, por quê diz isso? Eu mudei o meu comportamento. Não estou mais matando aula. Parei de fumar. Até arranjei emprego numa oficina. - Sentou ao meu lado.

— Eu não sei o que sinto por você... Estou confusa. - O abracei.

— Diz a verdade... Apenas a verdade. - Afagou minhas costas.

— Que verdade? - Balbuciei.

— Você está gostando da Jade? - Perguntou com pesar.

[...]

Flashback off:

— Vou dar uma volta. Não quero ficar segurando vela. - Peguei meu casaco que estava pendurado no gancho atrás da porta.

— Você não pode sair sozinha por aí...

— Não se preocupa comigo, Jay. Eu tenho spray de pimenta na bolsa. - A interrompi. - O Harris não vai me intimidar ou me machucar. - Garanti.

— Tudo bem. Mas toma cuidado! - Ela estava sentada ao lado do Beck no sofá, eles estavam vendo um filme de suspense.

Me despedi deles e fui tirar o carro da garagem. Ainda ia dar 20h. Saí pelas ruas úmidas de Boston, sem rumo...

O tráfego de carros estava tranquilo. Bares estavam em movimento. Lanchonetes e restaurantes em cada canto estavam lotados.

Estacionei o meu Volvo preto num bairro no centro da cidade. Desci do carro e comecei a caminhar pela calçada. Casais jovens andavam de mãos dadas. E um grupinho de adolescentes riam e fumavam perto do velho cinema.

Passei por um bar e alguns homens que estavam em frente do estabelecimento mexeram comigo. Ignorei e continuei andando.

Caminhar me fazia bem. Enfiei as mãos nos bolsos laterais do casaco. O frio noturno era gostoso de se apreciar.

Passei por um Fast-food e senti o delicioso cheiro de hambúrguer e batata frita.

Um rapaz alto atravessou a rua apressado e subiu na calçada. Ele usava um agasalho com capuz. Ele desacelerou os passos e adentrou numa lanchonete 24 horas.

Resolvi comprar frango empanado, batata frita e refrigerante. Entrei na lanchonete chamada Vinny's Burguer.

Gostei do lugar. Era aconchegante, com uma iluminação sutil e banquetas com acolchoado de vinil. A balcão era de latão. Não havia cadeiras. As mesas ficavam do lado das paredes, com banco para quatro pessoas, de cada lado, assim poderiam sentar uma de frente para a outra.

Sentei numa banqueta com tampão vermelho em frente ao balcão, ao lado do rapaz de capuz azul-noite.

— Quero um X-Tudo, dois sanduíches de salame, um de peito de peru e tomate, duas poções de batata frita, uma porção de salada de frango com maionese e duas Coca de 500 ml. - Fez o pedido para a moça peituda de decote generoso.

— Vai querer sobremesa? O bolo de chocolate é por conta da casa! - Piscou a atendente oferecida.

— Não, moça. Tudo vai ficar pronto em quantos minutos mais ou menos? É para viagem. Estou com um pouco de pressa. - Aquela voz não me era estranha.

— 15 minutos no máximo, gatinho. - Ela anotou algo no bloquinho de papel, toda sorridente.

— Beleza. - Disse ajeitando o capuz.

— E você? - Ela apontou para mim, já com a caneta entre dentes.

— Vou querer uma porção de frango empanado, batata frita e Coca diet. - Olhei para o menu pregado na parede. - Pudim de chocolate de sobremesa. - Falei.

— Certo. - Terminou de anotar meu pedido. - E nos deu às costas sem pedir licença indo entregar os papéis com os pedidos para uma senhora gorducha.

— Mal-educada, metida... - Resmunguei.

— Concordo. - O cara de capuz azul batucava na mesa.

Eu queria ver o rosto dele, mas ele estava de cabeça baixa. Olhei para sua calça jeans preta e para seus Coturnos marrons.

— Ela anotou o número dela, vai dar para você, quer apostar? - Bati meu ombro no dele.

— Quero. 10 pratas que ela vai dar o número para o cara de relógio de ouro. - Apontou para o homem de cabelo grisalho sentado à ponta do balcão.

— Claro que não. Ela vai dar o número para você. Aposto 20 pratas, fechado? - Sorri, convencida.

— Se eu ganhar, além dos 20 pratas, vou querer outra coisa também. - Ele disse num tom mais baixo.

— O quê? - Fiquei curiosa.

— Um beijo. - Disse evitando olhar para mim. Continuava olhando para baixo.

— Fechado! E se eu ganhar... Vou querer que abaixe essa porra de capuz, beleza? - Sugeri.

— Beleza. - Fechamos a aposta. Eu estava doida para ver seu rosto. A voz dele era bonita e familiar.

Minutos depois...

— Aqui está o seu pedido. Quentinho e embalado para a viagem. O refrigerante está nessa sacola. - Peituda/oferecida aproveitou para tocar nas mãos dele e lhe passar o papelzinho dobrado.

Quase gritei vitoriosa. Ele havia perdido a aposta.

— Já vou buscar o seu. - Ela sorriu para mim.

— Ganhei! - Exclamei empolgada quando ela sumiu de vista.

— É, ganhou... - Ele suspirou ao meu lado.

— Abaixe o capuz e olhe para mim, rapaz misterioso! - Pedi.

— Como quiser... - Virou para mim. Ainda de cabeça baixa, empurrou o capuz que cobria seus cabelos e ergueu o rosto.

— Deus... - Arfei e quase caí da banqueta.

Aquele rosto... Não... Não poderia ser.

— V-você... - Gaguejei olhando naqueles olhos castanhos-mel.

Desci da banqueta tonta e me equilibrei no balcão. O grito entalado na garganta.

Assombração. Não era real. Impossível...

— Victoria, minha Tori... - Tocou no meu ombro.

— VOCÊ NÃO É REAL! - Gritei arrepiada.

Derrubei a banqueta e disparei para fora daquele estabelecimento. Cheguei até o meu carro trêmula.

— Tori? - Ouvi sua voz.

Como era possível? Era a voz dele. Não era familiar. Aquela era a voz dele. Em alto e bom som.

— Minha, linda... - Me virou para ele e eu desabei em lágrimas.

— J-Jonas... - Solucei e o moreno me envolveu em seus braços.

— Você... Está vivo! - Apertei seu corpo contra o meu. - Você ligou para a Jade? - Perguntei ainda chorando.

— Liguei. - Beijou minha cabeça e afagou minhas costas.

— Ela me contou... Eu não acreditei... - Funguei.

— Eu sobrevivi. Acredite, você não está alucinando. - Me apertou ainda mais.

Jade estava certa o tempo todo. Ela tinha fé, eu não. Jonas havia mesmo escapado do massacre no Fliperama do Bob.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do momento Bade on fire???

Gostaram dos Flashbacks da Tori???

Sobre o ápice do capítulo:

O que acharam da Vega descubrindo que o Jonas está vivo???

Curtiram???

Comentem, pessoal!!! Bjs



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