Um Anjo Em Minha Vida - Concluída escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Heeey, meus queridos!!!
Aqui está mais um capítulo de UAEMV!
Espero compensar pela demora!
Boa leitura!!!
No dia seguinte...
P.O.V Da Jade
— Que porra é essa? - Perguntei quando me deparei com a minha cozinha transformada numa zona.
Acabei dormindo demais, acordei quase na hora do almoço.
Panelas e tampas jogadas no chão, as portas dos armários estavam abertas, o piso estava sujo de farinha de trigo, bolachas e grãos de aveia. A torneira estava ligada e a pia estava transbordando, a geladeira se encontrava aberta, me aproximei e vi que estava toda vasculhada. Havia potes, vasilhas de plástico, copos, colheres, pó de café e açúcar espalhados por cima da mesa.
Cheiro de queimado ainda impregnava aquele cômodo, olhei para o fogão e vi uma panela média, a frigideira grande e o bule de café, andei até lá para verificar se o gás não estava vazando, acabei escorregando num líquido e caí de bunda no chão.
O piso cinza estava ensopado de leite, as caixas vazias estavam debaixo da mesa.
— ALADIM! - Berrei, furiosa.
A criatura entrou na cozinha correndo, ele estava só de camiseta e cueca, o cabelo amarrado, sua camiseta branca estava imunda e a boca dele estava lambuzada de chocolate.
— Você caiu? - Perguntou se aproximando.
— Não. Eu só estou sentada no chão porque é muito legal e mais confortável ficar aqui. Quer experimentar? - Sorri, irônica.
O idiota deu de ombros, sentou no chão e sorriu.
— Parece legal mesmo... - Comentou abrindo mais um daqueles sorrisinhos idiotas.
Gruni irritada, me levantei com cuidado para não escorregar, me apoiei na mesa e olhei para o moreno que continuava sentado no chão. Qual era o problema dele?
— Você! - Apontei para ele. - Você bagunçou e sujou a cozinha! - Falei me controlando para não arrastar a cara dele no piso sujo até deixá-lo limpinho.
— Você limpa depois. - Deu de ombros.
Levantou limpando as mãos na camiseta e passou a mão na boca.
— Eu? Por quê eu devo limpar a bagunça que você fez? - Perguntei, indignada.
— Porque você é mulher. As mulheres devem lavar, limpar, cozinhar, cuidar bem do marido e das crianças. - Respondeu com tanta calma.
'Ah, não! Ele não disse aquilo...'
[...]
— Ainda está sujo, passe o pano úmido de novo! - Apontei para a mesa.
— De novo? Mas eu já limpei três vezes. - Resmungou.
— Quer levar mais uma vassourada? - Ergui a vassoura e ele arregalou os olhos, se encolhendo.
— Por quê você está brava comigo? Eu não fiz nada que a ofendesse... - Disse me olhando cauteloso.
— Odeio homem machista. Cale a boca e continue limpando! - Ordenei.
— Perdão, mas eu não sei o que é machista. - Falou com a voz baixa.
— Você disse que as mulheres tem o dever de limpar, lavar, cozinhar, cuidar do marido e dos filhos, mas escute bem, isso é...
— A Crystal não reclamava. Era uma camponesa muito prendada, cuidava do pai e dos seis irmãos. Ela acordava bem cedo, ia para a colheita, e até cuidava das galinhas dos D'lour... Lavava a roupa no rio, andava a cavalo, e sempre arranjava tempo para ir se encontrar comigo... - Fechou os olhos e sorriu sonhador. - Minha Crystal era tão doce, amorosa, era tão solidária e se preocupava muito comigo, cuidava de mim e jamais seria capaz de ser violenta como você! - Abriu os olhos e apontou para mim.
— Lá vem você com essas suas fantasias idiotas. Estamos em pleno século XXI. Você nunca viveu nessa época fantasiosa aí, e essa tal de Crystal não existe, nunca existiu e jamais existirá! - Esbravejei farta de ouví-lo inventar todas aquelas baboseiras.
— EXISTE SIM! A MINHA CRYSTAL EXISTE SIM! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! - Berrou e eu recuei com o susto.
Ele largou o pano úmido, chutou o balde com força e saiu correndo da cozinha.
Horas depois...
— Já estou com saudades, Jay. Só não te liguei ontem porque realmente não tive tempo, eu passei o dia todo arrumando a casa da Trina, você sabe como ela é preguiçosa... - A morena explicou.
Ela que havia ligado para mim, eu não queria falar sobre o Harris por telefone, então teria que esperar ela voltar para Boston e contar tudo a ela.
— Sei sim, sua irmã é terrível. - Falei. - Você vem mesmo amanhã? - Perguntei.
— Sim, vou pegar o vôo das 14:00 horas. - Respondeu.
— Então, a Trina vai ficar sozinha com as crianças? - Indaguei.
— Não. Ela vai pra casa dos nossos pais. O Sinjin está na casa da mãe dele, ontem conversei com ele, o pobrezinho está muito arrasado, não para de chorar pensando nas crianças, a Trina não quer vê-lo, a situação por aqui está realmente complicada. - Contou.
— Que pena... - Murmurei.
— Pois é... É muito triste, só espero que eles possam fazer as pazes logo. Mas então, o Aladim continua te dando trabalho? - Perguntou mudando de assunto.
Mordi o lábio, já fazia quase 3 horas que ele havia sumido. O procurei pela casa e não o encontrei, fui até a garagem e nem sinal dele, perguntei para alguns vizinhos e ninguém viu ele, saí com o carro e percorri alguns quarteirões e nada.
— Jade? Ainda está na linha? Oi! - Me chamou.
— Estou ouvindo sim... Ele foi embora, Tori... - Falei por fim.
— QUÊ? - Gritou. - COMO ASSIM O ALADIM FOI EMBORA? - Gritou histérica.
— Ele saiu de casa, simples assim... - Soei indiferente.
— Meu Deus, Jade! O que você fez para o coitadinho? - Perguntou, séria.
— Ei, por quê a culpa tem que ser minha? - Retruquei. - Eu não fiz nada, foi ele que...
— Jadelyn! - Insistiu.
— Ai, que saco, Vega! Eu me estressei com ele. Ele bagunçou toda a minha cozinha e eu fiz ele limpar, daí ele veio com aquele papo machista pra cima de mim, eu fiquei puta com ele, dei umas vassouradas nele, ele não gostou e ficou falando aquelas baboseiras de sempre, sobre a vida com o amor platônico imaginário, você me conhece, perdi a paciência e falei algumas coisas, o idiota não gostou, gritou comigo e saiu correndo. - Contei a verdade.
— Então que dizer que vocês discutiram... - Ela pareceu chocada.
— É, acho que sim... A gente se desentendeu e ele saiu de casa. - Afirmei.
— Sinto muito, Jay... - Lamentou.
— Ah, tô nem aí. Talvez isso tenha sido melhor, ele não vai fazer falta mesmo... Ele não é meu parente e nem porra nenhuma, estava comendo e morando aqui de graça, nem sei porque eu acolhi ele por tanto tempo. Agora terei sossego e minha privacidade de volta! - Desabafei.
— Mas tadinho, Jay... - Lamentou ainda mais.
— Tadinho uma ova! - Bufei.
— Nossa! Hoje você acordou com um péssimo humor mesmo." - Resmungou. - Vou ter que desligar, a Trina está me chamando, o Kennan está chorando e eu já estou para enlouquecer aqui. - Ela disse apressada.
— Amanhã a gente se fala, quero conversar com você pessoalmente. - Avisei antes dela encerrar a ligação.
[...]
— Sossego. Privacidade... Maravilha! - Sorri enquanto terminava preparar o meu jantar.
Estava chovendo, eu já havia me acostumado com os temporais noturnos. O friozinho era gostoso, as noites em Boston eram sempre assim.
Apaguei o fogo, coloquei a minha janta no prato em cima da bancada e sentei na banqueta. Comi a primeira colherada de risoto de carne, não tinha frango e eu não gostava de legumes, então cortei carne em cubinhos, acrescentei cebola, requeijão e salsinha. Não ficou tão cremoso e gostoso, mas dava para engulir e matar a fome. Com certeza acabei esquecendo de colocar algum ingrediente... Será que coloquei manteiga o suficiente?
— Foda-se... - Dei de ombros e dei mais uma boa colherada.
Mastiguei com força, fiz careta e enguli forçada. Desisti de comer aquela gororoba depois da terceira colherada, joguei o projeto de risoto de carne num recipiente com tampa, guardei na geladeira e preparei uma caneca grande de café.
— Não existe nada mais saboroso que isso... - Falei voltando a sentar em frente à bancada. Esfriei um pouco e tomei um grande gole. Gemi satisfeita, estava uma delícia.
O telefone da cozinha tocou, levantei sem pressa e fui atender.
— Alô! - Nada, ninguém respondeu. - Alô! - Falei mais alto. Silêncio. Em seguida, ouvi somente o som de uma respiração quase ofegante. - Escute aqui, seja lá quem for, pare de ligar e... - Bip. Bip... Desligaram na minha cara.
O telefone tocou de novo, o desliguei da tomada, peguei minha caneca e fui para a sala. Liguei a TV, estava fora do ar, nenhum canal estava pegando. Soltei um palavrão frustrada e continuei bebericando o meu café.
A luz enfraqueceu, começou a piscar, apagou, acendeu, piscou, apagou, acendeu e apagou de vez...
— Merda! - Levantei, voltei para a cozinha e vi que a luz dali estava piscando quase apagando.
A chuva estava forte, trovejava cada vez mais. Terminei de tomar o meu café, deixei a louça na pia e decidi ir me acomodar em meu quarto.
Parei perto do sofá quando ouvi fortes batidas na porta. Me aproximei e parei em cima do tapete, a luz da sala acendeu de repente e eu recuei ouvindo um baque, a porta tremeu e deram mais uma, duas, três, quatro batidas frenéticas na porta...
Peguei o comprido guarda-chuva que estava pendurado no gancho, aquilo teria que servir como arma... Girei a chave quando as batidas cessaram, segurei a maçaneta com firmeza, abri a porta e me deparei com ele.
— Você... - Larguei o guarda-chuva.
Lá estava o Aladim ou melhor, o Beck na chuva. Dei espaço para ele entrar, o moreno entrou pingando, tremendo e eu fechei a porta, trancando-a rapidamente.
— J-jade... - Seu queixo tremia e seus dentes batiam.
Desci o olhar pelo seu corpo, desviei me deparando com sua completa nudez.
[...]
— Eu sinto muito, sinto muito...
— Não fale nada. Apenas tome essa sopa. - Empurrei a tigela nas mãos dele.
O moreno ainda tremia, estava enrolado em três cobertores grossos. Ele tomou toda a sopa e ainda repetiu, o conduzi para o quarto e fiz ele tomar uma ducha morna.
— Aonde você estava? - Perguntei.
— Andando, andei muito e quase não consegui voltar... - Respondeu com a voz completamente rouca.
O ajudei a colocar uma camisa e uma calça de moletom.
— Passou o dia e a tarde toda andando por aí, é? - Cruzei os braços e ele assentiu.
— Me desculpe por ter feito aquilo mais cedo, eu não deveria ter gritado com você, eu só...
— Isso é o de menos. Eu também me exaltei, ok? Mas você sumiu, eu procurei você, eu me senti mal, seu idiota. Odeio estar admitindo isso, mas eu me importo com você. Eu fiquei o dia todo pensando em você, porra! Eu fiquei com medo... - Acabei confessando.
— Jade... - Ele se aproximou e eu recuei.
— Eu pensei que você... Pensei que... VOCÊ ME DEIXOU MUITO PREOCUPADA, SEU IMBECIL! - Avancei nele, distribuindo tapas por seu peito.
Ele ficou imóvel, parado feito estátua, continuei estapeando-o, soquei seu peito e extravasei até me cansar...
— Eu voltei. - Afastou as mechas que estava espalhadas pelo meu rosto. - Sinto muito, Jay... - Seus braços me envolveram.
— Nunca mais faça isso... - Sussurrei tremendo, ofegante.
— Não farei... - Prometeu.
Me apertou contra si e eu ofeguei, seu olhar parou em minha boca, ergui a cabeça e fechei os olhos... Logo senti seus lábios contra os meus, foi um leve roçar. Me coloquei nas pontas dos pés e ele afrouxou os braços ao meu redor, passei os braços em volta do seu pescoço e juntei nossas bocas.
Deslizei a língua entre seus lábios, ele abriu a boca e iniciamos um beijo ardente. Nos beijamos até ficarmos sem fôlego, tirei sua camisa e o fiz sentar na cama, subi no colo dele.
— Você vai acabar me fazendo perder o controle. - Apertou minha cintura com ambas as mãos.
— Então, perca... Eu quero que perca o controle... - Beijei toda a pele sensível de sua garganta e pescoço. - Me faça sua... - Mordisquei seu lóbulo direito.
— Oh, por Deus, você não sabe o que está dizendo... - Disse baixinho.
— Acredite, eu sei o que eu quero. - Beijei o seu queixo e rocei nos lábios. - Eu te quero... Te quero tanto. - Rebolei em seu colo.
Me afastei o suciente apenas para tirar o meu blusão de moletom que servia como um vestido. Seus olhos castanhos fitaram os meus seios, saí de cima dele e tirei o minúsculo shortinho, ficando completamente nua...
O moreno enguliu em seco quando me aproximei encostando nossos corpos e abaixei a calça de moletom, ele estava sem cueca. Desci a calça ainda mais fazendo-a deslizar por suas pernas e cair aos seus pés...
O fiz deitar na cama e fiquei por cima. Ficamos nos encarando por alguns segundos. Ele acariciou meu rosto e me beijou com avidez, urgência e não foi nada delicado.
Mudamos de posicão e ele ficou no comando, o acomodei entre minhas pernas e paramos de nos beijar...
Gemi quando ele apertou meu seio direito, desceu a boca até o esquerdo e o abocanhou. Levei a mão direita pondo-a entre nós para poder me tocar, gemi deslizando dois dedos e espalhei meu líbido, parei de me tocar e comecei a acariciá-lo.
Seu membro ficou completamente ereto depois de alguns segundos, fechei a mão em torno dele e continuei o estimulando, sentindo toda a sua extensão... E com calma, o deslizei para dentro de mim, nós dois gememos.
Ele ficou imóvel e me encarou por alguns segudos. Movimentei meus quadris, ele arqueou as costas, se retirou por completo e me invadiu me preenchendo toda com uma única estocada.
Gemi me abrindo mais, e o moreno passou a se mover, investindo quase frenético, tentei acompanhar seu ritmo movendo meu corpo junto com ele...
— Olhe para mim, anjo... - Apoiou as palmas contra o colchão.
Fitei o seu rosto suado, seus lábios estavam entreabertos, encarei seus belos olhos castanhos, sentindo a cama tremer abaixo de nós.
Deslizei minhas mãos por seus ombros e costas aonde senti suas cicatrizes, apertei seus braços, gemendo com ele a cada estocada profunda...
— Eu acho que... Que... Ahhhn... Mais forte... - Fechei as pernas ao seu redor, eu ia chegar ao ápice a qualquer instante.
Aumentou o ritmo das investidas, deu algumas estocadas fortes, gemendo rouco e foi perdendo o ritmo, senti seu corpo tremer por inteiro e ele chegou lá, o acompanhei sentindo os fortes espasmos percorrendo o meu corpo.
[...]
— Você está tão calado. - Apoiei o queixo em seu peito, deslizei os dedos por sua barriga.
Ele continuou em silêncio, com os olhos fixos no teto.
— Ei? - O chamei, lhe dando uma pequena cutucada no abdômen.
— Hum? - Finalmente olhou para mim.
— Não precisa ficar tímido só porque nós...
— Só estou pensando. - Me interrompeu. - O que nós fizemos foi perigoso, eu poderia tê-la machucada e eu jamais me perdoria se isso acontecesse. - Tocou no meu rosto e eu mordi o lábio inferior, prendendo o riso. - Se eu te machuquei, diga para mim, eu preciso saber... - Afastou meu cabelo do rosto e olhou em meus olhos.
— Você não me machucou, não fale bobagens, eu estou bem... - Sorri para ele, tentando tranquilizá-lo. - Você gostou? - Me ajeitei, sentando na cama.
— Sim. Não tenho palavras para descrever. - Abriu um sorrisinho bobo.
— Sério? Você nunca... Nunca se deitou com nenhuma mulher antes? - Perguntei hesitante.
— A Crystal foi a única mulher que eu já possui, nunca estive com outra mulher. - Disse com firmeza.
— Oh, isso é... Quer dizer que.. Ah, deixa para lá. - Desviei o olhar e ele sentou na cama.
— Eu a desonrei, eu assumirei, não precisa se preocupar, eu conversarei com seu pai e pedirei sua mão amanhã mesmo! - Falou com seriedade.
Não aguentei ouvir aquilo e comecei a rir.
— Estou falando sério! - Protestou não gostando nenhum pouco de me ver rindo dele.
— Oh, merda... Você acha que tirou minha virgindade? - Perguntei descrente após me recompor da crise de riso.
— Creio que sim, eu não fui o seu primeiro? - Franziu o cenho.
— Não. Cara, eu tenho 25 anos. Perdi a virgindade ainda adolescente. - Expliquei.
— Ohhh! - Arregalou os olhos pasmo.
— Pois é, isso não importa, foi há anos.. - Dei de ombros.
— Mas não é certo, Jade. Uma moça desonrada que não é casada é uma grande pecadora. Você teve relações e nem é casada, isso é inaceitável, o seu pai a expulsou de casa, meu Santo Deus! - Me olhou lamentando.
— Ei, o meu pai não me expulsou. Sai de casa por livre e espontânea vontade, acredite. Agora você mora comigo, não é mesmo? A gente já deu uns beijos, acabamos de transar e eu estou com vontade de repetir... Você quer fazer de novo? - Sorri maliciosa.
— Você... Você é... - O calei com um beijo e subi nele.
Ele deitou e eu comecei a estimulá-lo, o acariciando-o, seu membro cresceu em minha mão... Me posicionei e rocei a cabecinha em meu clitóris, fazendo-o sentir todo o meu calor, "brinquei" mais um pouco com ele antes de introduzí-lo em mim.
— Ooh... - Agarrou minha cintura.
— É tão gostoso, não é? Descreva a sensação. - Pedi começando a me mover devagar.
— É muito boa.. Uma sensação única... Você é tão quente... Molhada... Muito macia... - Suas mãos foram para a minha bunda.
Apoiei as mãos em seu peito e aumentei o ritmo das cavalgadas. O senti inchar e pulsar, me preenchendo toda... O pau dele era quente, macio e grande na medida certa... Ia me deixar ainda mais dolorida.
Chegamos ao climáx quase ao mesmo tempo, desabei exausta em cima dele e seus braços me envolveram. Eu estava me sentindo nas nuvens, toda molenga e saciada... Foi uma transa deliciosa, melhor que a outra.
— Preciso de uma ducha... - Minha voz soou rouca e quase inaudível.
Saí de cima dele, o tirei de dentro de mim. Me senti vazia e dolorida como jamais havia me sentido antes... Sentei na beira da cama, dando um tempinho, eu ainda estava ofegante. Fiz um coque no cabelo.
— Jade? - Me chamou.
— Hãn? - Me virei.
Ele estava de joelhos bem atrás de mim.
— Isso aqui... - Tocou na região embaixo da minha nuca. - É uma marca de nascença? - Perguntou com a voz baixa e extremamente rouca.
— É sim, é engraçada, não é? O meu irmão também tem uma igualzinha, mas a dele é no ombro, fica na parte direita perto do peito. - Falei.
— Hum... - Acariciou a minha estranha marca e eu levantei.
— Vou tomar banho, você vem comigo? - O convidei.
— Sim... Pode ir na frente... - Passou a mão nos cabelos assanhando os fios que já estavam desalinhados.
Rumei para o banheiro, regulei a temperatura da água para quase morna. O moreno adentrou o box e se juntou a mim. Ele parecia distante, estava tão calado...
— Algum problema? - Perguntei.
Ele balançou a cabeça negando... Talvez só estivesse cansado.
— Posso te ensaboar? - Me aproximei com o sabonete.
Apenas assentiu e ficou parado, observando minhas mãos deslizarem pelo corpo dele, percorrendo por sua pele morena molhada. Sorri quando cheguei na parte mais sensível, o senti estremecer...
— Oh, Jade, não faz isso... - Afastou minha mão.
— Tá bom, agora é a sua vez. - Lhe entreguei o sabonete.
Fechei os olhos, suas mãos ensaboadas tocaram a minha pele... Pescoço, ombros, braços, seios, barriga e eu soltei um gemido quando ele chegou lá, me acariciou lentamente, gemi de novo...
— Me beija... - Sussurrei.
Logo senti seus braços me puxando, seus lábios se apertaram contra os meus, agarrei seus cabelos, nossas línguas se encontraram e ele me beijou como jamais havia me beijado antes. Parecia um beijo de despedida.
Meu coração se apertou, senti vontade de chorar. Temi que aquele fosse o nosso último beijo.
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