Delphi escrita por Tyke
Notas iniciais do capítulo
Olá. Obrigada a todos que estão lendo e acompanhando.
Em breve vou procurar um beta pra me ajudar com a história e melhorar os capítulos. Provavelmente o próximo vai ser betado, mas por enquanto esse ainda não é.
Espero que gostem.
Naquela manhã Euphemia acordou cedo, alimentou e lavou a menininha que agora brincava no andar de cima. Depois a mulher preparou a própria refeição. Ela comia à mesa quando escutou a porta da frente da casa ser praticamente arrombada.
— Rowle! Rowle! — Uma voz familiar ecoou pelos cômodos a chamando.
Temente pela vida de Augurey, Euphemia segurou a faca que estava sobre a mesa e seguiu de encontro com o invasor. Logo que este estava em seu campo de visão ela o reconheceu. Rodolphus Lestrange. A última vez que o viu foi a mais de um ano, no nascimento de Augurey. Mesmo sabendo que Lestrange não era um risco em primeira instância, Euphemia permaneceu em alerta esperando ele se pronunciar.
— Tome — O homem lhe entregou um saco de tamanho médio — Ai está todo nosso dinheiro. Isso é um presente de Bella para Augurey — Estendeu um pingente com um bilhete para a ela pegar — Cuide dela e ensine tudo que precisa, pois há uma nova profecia e sinto que está destinada a ela.
A mulher encarou o comensal por alguns segundos. Confusa. Abriu a boca do saco e pode ver peças de ouro reluzirem dentro dele. Mais ouro do que fisicamente deveria caber naquele saco, obviamente havia um feitiço de extensão ali. Euphemia não pode evitar deixar o queixo cair, pois nunca tinha visto tanta fortuna na vida. A ganância a deixou estática por uma fração de tempo. Ela só despertou para a realidade quando Lestrange deu as costas e começou a caminhar em direção à saída.
— Espere! — Ela chamou e ele se virou — O que está acontecendo?
— O Ministério está julgando os comensais. Logo virão atrás de mim e você deve cuidar de Augurey. Nada muda Rowle — Lestrange respondeu a última frase com rispidez e voltou a dar as costas.
— Espere! — Euphemia bateu pé indignada pela confusão que ele lhe causava — O que aconteceu? O Lorde...
Ela hesitou com medo de se auto sentenciar ao insinuar o que estava pensando. Rodolphus a encarou, dor transpassava por seus olhos escuros. Ele se limitou por manear a cabeça afirmando o que a mulher deduzia, mas logo acrescentou:
— Ele irá retornar.
— E Bravus e Bellatrix? — Euphemia precisava saber até que ponto estava sozinha. Assim que fez a pergunta ela viu a dor nos olhos de Lestrange aumentar perigosamente.
— Mortos! — Ele respondeu com raiva e saiu batendo os pés até a porta, onde a bateu também.
Estupefata, a mulher ficou onde estava encarando a porta de madeira batida. Ela analisou o pingente que Bella mandou. Observou o frasquinho com um líquido brilhante. Bufou, abriu uma gaveta no aparador mais próximo e jogou o presente dentro. Com as pernas um pouco tremulas ela seguiu para a sala onde deixou o corpo cair no sofá. Euphemia não sabia o que fazer. A magia prometida pelo Lorde jamais ganharia com ele derrotado. Ela nunca imaginou que Harry Potter conseguiria derrotar o Lorde. Nunca!
— Meu Deus! — Rowle cobriu os olhos com as mãos e apoiou o cotovelo nas cochas. Sua mente estava a mil sem chegar a lugar algum. Suspirando fundo ela endireitou a postura — Calma, calma, Euphemia. Você é um aborto. O Ministério nem sabe da sua existência. O Lorde caiu. A louca e o velho estão mortos. Lestrange vai para Azkaban... — Um sorrisinho brotou nos lábios finos da mulher — Você tem mais ouro do que consegue gastar — O sorriso se alargou cobrindo quase todo o rosto magro.
Com esses pensamentos ela abriu o saco e mergulhou as mãos dentro. Sentia o metal gelado encostar na pele. Ela fechou os olhos com a sensação. Nunca na vida esteve tão feliz. Ela fugiria para longe, compraria uma mansão em uma ilha paradisíaca e viveria na ostentação pelo resto da vida. Então um ranhetar infantil veio do andar de cima. Seu sorriso de satisfação morreu de súbito.
A menina! O único empecilho no meu caminho.Euphemia agarrou a faca que trouxe junto quando caminhou até a sala. Largando o saco de ouro sobre a mesinha de centro, ela se pós a caminhar até o quarto da menina. Abriu a porta lenta e devagar. Augurey encontrava-se de costas brincando com uma fada empalhada. A mulher segurou firme o cabo da faca e aproximou-se lentamente da criança. Ela foi enfermeira por anos no mundo trouxa e conhecia a fragilidade do corpo humano. Um golpe certeiro e não precisaria de mais. Ela ergueu a faca, a virou de lado, encarou o pescoço alvo de Augurey... Hesitou.
Vamos! Faça enquanto esse monstro é inofensivo! Euphemia respirou fundo começando a tremer. Augurey, sentindo a presença da mulher a suas costas, se virou e a encarou curiosa sem pressentir o menor perigo. A tutora tremeu ainda mais ao ser encarada pelos olhos grandes e inocentes da criança. Vamos! Sua consciência gritou e ela soltou a faca. O barulho do metal batendo no carpete ecoou pelo quarto mal iluminado. Ofegante Euphemia saiu do quarto, fechou a porta e escorou na madeira do lado de fora.
— Existem maneiras mais limpas — Disse para si mesma.
— Mia — A voz de Augurey veio do lado de dentro do quarto. Era assim que ela chamava sua tutora — Mia!
Com as costas escoradas na madeira, Euphemia sentiu as mãos da meninas bater na porta. Augurey estava ficando grande e logo alcançaria a maçaneta. Pensando nisso a mulher girou a chave da porta a trancando. Ignorando os chamados da menina, ela caminhou em direção ao quarto. Precisava de um banho quente e refletir sobre o que fazer com a criaturinha. Quando ela foi escolhida para aquela missão o Lorde a fez prometer que sempre cuidaria da menina. Mas ele estava morto e a promessa não tinha mais valor. Euphemia deixou a água quente lhe acariciar o corpo enquanto a mente voava para longe cogitando milhões de possibilidade para se livrar da menina.
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Não tenho muito o que falar desse cap. É só a Rowle querendo se livrar da menina por enquanto. Foi a primeira reação dela diante da queda do Lorde das Trevas.
Me perdoem pelos erros ortográficos que ainda terão nesse capítulo.
Obrigada por ler. Comentem :)