Delphi escrita por Tyke


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, para vocês que estão lendo a fic. Boa leitura e espero que gostem



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Em seus aposentos o Lorde das Trevas fechou os olhos ainda sentindo a dor do Medalhão de Slytherin destruído. Sabia que era essa horcruxe, pois era a única que estava perdida. Assim que Dumbledore conseguiu destruir o anel de Servolo, ele soube que precisa se proteger. Escondeu a taça de Helga "Texugo" e quando foi atrás do Medalhão não o encontrou na caverna. Alguém chegara primeiro. O velho passou o seu segredo adiante e alguém estava atacando seu ponto fraco. Possivelmente era Harry Potter que estava desaparecido a meses.

Voldemort concentrou-se em seu interior para ignorar a dor. Pensou no seu segredo mais profundo que ainda estava protegido da Ordem: Augurey. E assim acabou se afundando em uma lembrança bastante antiga. Pelos vultos da mente viu um rapaz  saindo da loja Borgin & Burkes.

Ele trancou bem a porta, fechou todas as janelas e iniciou seu caminho pelos becos da Travessa do Tranco. Naquela noite ele conseguiria a taça da mulher iludida. Sua aparência lhe trazia essas vantagens de manipulação. Pelo menos em algo o trouxa lhe serviu. Tom virou um beco, o último que levaria à rua principal do Beco Diagonal, travou o passo e observou uma figura que bloqueava o caminho. O rapaz não tinha medo assim como tão pouco era ingênuo. Aproximou vagarosamente da pessoa com a varinha escondida entre as vestes.

— Olá, mi lorde — Cumprimento a voz cordialmente.

Tom continuou seu caminhar lento e ao chegar em ponto de iluminação suficiente pode ver o rosto do homem. Não muito velho, nem muito novo, olhos grandes e vidrados, postura encurvada e mãos tremulas.

— E quem seria você? — O rapaz indagou sabendo que aquele não fazia parte de seu grupo pessoal de seguidores.

— Sou um enviado das vozes — Riu pelos nariz — Estou aqui para lhe trazer um recados delas.

Louco! Tom logo deduziu e segurou com firmeza a varinha pronto para tirar aquele ser de seu caminho. Então o homem continuou:

— O senhor vai conseguir, mi lorde — Ele sorriu amarelo — Vai conseguir tudo o que quer, mas apenas ao lado do Augurey.

— Um pássaro? — Tom riu pelo nariz e afrouxou a firmeza na varinha. Agora estava interessado no que o homem tinha a lhe dizer.

— Oh não. Um augurey qualquer não é tão poderoso. Pensei que entendesse de artifícios, meu senhor — O homem falou e deu um passo mais à luz.

— O que quer dizer? — O rapaz não recuou ao passo e olhou para o homem avisando com as Iris azuis que mais uma aproximação e ele estaria morto.

— Quero dizer que o senhor precisa dele. Foi o que as vozes me disseram.

— Uma pessoa?

— Talvez... — Sorriu amarelo.

— Quem?

— Eu não sei. O senhor quem deve descobrir quem colocará ao seu lado, mi lorde. Mas algo as vozes avisam — O homem apontou um dedo para o rapaz e em seguida o levou à boca lambendo-o — O afeto é perigoso.

— Afeto? — Riu alto e debochado — Acha que eu sentiria algo assim por alguém? — Deu um passo ameaçador na direção do homem, que corajoso, ficou no mesmo lugar.

— Oh, mi lorde! É claro que não. Oras, mas talvez não seja do senhor que as vozes estão alertando.

Tom remexeu-se por alguns instantes. Encarou o homem que lhe tomava o precioso tempo com aquelas sentenças eloquentes.

— Quem é você? — Perguntou cauteloso.

— Me chame de Bravus, mi lorde. Sou seu humilde servo que pode vê além da visão — Ele circulou as mãos no ar exageradamente e se curvou ainda mais do que naturalmente já era.

Um clarevidente me pode ser útil. Tom sorriu compassivo para Bravus.

— Eu jamais dividiria minhas conquistas — O rapaz ergueu o queixo. Em seu interior relutante com a ideia de ter alguém sentado ao seu lado no trono do poder.

— A questão, mi lorde, é que sem Augurey não haverá conquistas

Tom empunhou a varinha com destreza a apontava entre os olhos do clarevidente. Sua ira transpassava o rosto bonito e atraente, o contorcia em formas estranhas e dava uma palha da aparência que um dia iria possuir.

— Acha que não consigo sozinho? Você não sabe do que sou capaz, Bravus — Cuspiu o nome e afundou a varinha ainda mais fazendo com que o homem recuasse, mas sua face não demonstrava medo.

— Eu não acho nada. Quem diz são as vozes, mi lorde — Bravus sorriu e curvou-se.

O homem havia sido recuado até o canto da parede. Tom ainda o olhou por mais alguns instantes, depois deu as costas e continuou seu caminho.

— Nos veremos, senhor. Nos veremos — O clarevidente gritou para o outro que desaparecia.

Tom podia tê-lo matado, mas ficara intrigado com esse Augurey. Nunca esteve em seus planos precisar de alguém. Esse louco está errado e irei provar. O rapaz respirou fundo e sua jornada seguiu.

Um dia chegou ao poder. Estava no caminho de dominar tudo e fazer o que julgava certo, mas então o garoto nascido no final de Julho o derrotou. Uma criança que mal sabia o próprio nome. Foi então, quando sua alma vagava em busca de reconstruir o corpo, que Bravus reapareceu e lhe lembrou:

— Augurey. Precisará dele, mi lorde.

Tom, que a muito deixara de ser essa pessoa, décadas mais velho. Sentado em seus aposentos, com Nagini lhe acariciando os pés e a dor de perder parte da alma lhe consumindo, levantou de uma pulo da cama. Pegou a varinha das varinhas e junto com a cobra desaparatou.


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Notas finais do capítulo

Voldemort precisar de alguém pra conseguir o que quer? Que desaforo, não?
Mas é exatamente isso que Cursed Child propôs ao criar Delphi. Que somente com a existência dela tudo ainda teria uma chance de ser diferente.
E é claro que se pararmos pra pensar: Voldemort jamais teria esse herdeiro se não se provasse realmente necessário ter. Ou se de repente um clarividente o convencesse da importância dele.
Ps: Lembrando que Voldemort já fez merda por causa de uma profecia ao marcar Harry como seu igual.

Obrigada a todos por lerem.
Comentem o que pensam e se concordam ou discordam.



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