Tales of AppleLoosa escrita por ColdbrewCoffee


Capítulo 5
Tale 1 - Bara no Manshon ( A Mansão das Rosas )


Notas iniciais do capítulo

Tales of AppleLoosa - Tales, são spin-off de histórias individuais em um capítulo único.

Bara no Mashon - Coldbrew Coffee e AppleSunrise recebem um contrato vindo de Equestria Oriental, um local que até então era desconhecido por ambos, lá eles irão conhecer Genmaicha e sua irmã mais nova Ryokucha, o qual se mudaram para uma grande mansão das rosas no topo da colina com sua madrasta Kottonfurawa, porém esta mudança não lhes trouxe boas vindas pois desde então coisas estranhas vem acontecendo na mansão, onde acredita-se ter um espírito de uma garota que parece ter algum envolvimento com o campo de rosas morto atrás da mansão, cabendo a Cold e Sam descobrirem o por que dos acontecimentos para impedir que esse fantasma desta garota causem problemas a esta família, quando eles irão perceber que nem sempre os fantasmas são os vilões da história.



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Era um dia normal como todos os outros em AppleLoosa, um calor de quarenta graus, um deserto seco e rochoso, um horizonte desfocado pelo calor da areia, pedras, arbustos mortos que voavam contra o vento. Os moradores como de costume estavam com seus chapéus e suas roupas ao estilo AppleLoosa como de costume, mas algo diferente iria acontecer neste dia, totalmente diferente do que estamos acostumados ver em nossa querida cidade e região.

Era meio-dia na estação de trem de AppleLoosa, o relógio soava indicando que logo o trem iria partir para um destino além da fronteira. Todos os pôneis estavam pegando suas bagagens e se preparando para embarcar no trem, um por um entravam, mas neste dia haviam passageiros diferentes, os quais não costumam pegar um trem para fora da região, eram eles Coldbrew Coffee e AppleSunrise ;

— Deixe que eu coloco a bagagem aqui em cima para você – disse Cold.

— Não me faça me sentir baixinha! - disse Sam enquanto estava de cara emburrada.

— E não estou fazendo, só estou sendo cavalheiro. – respondeu com um sorriso no rosto.

— Mas é que...

Neste momento eles são interrompidos;

— Suas passagens por favor.

Sam pega de seu casaco a passagem deles com destino a "
村花" (Mura Hana), ao olhar a passagem o pônei diz;

— Mura Hana? É muito raro ver alguém indo até este lugar. Tenham ciência de que é a última parada, então provavelmente chegaremos somente em três dias.

—Tudo bem, estamos cientes disso, afinal temos um trabalho importante neste lugar – disse Sam.

— Espere, não me diga que vocês são ColdRise?! – disse surpreso.

Cold estava sentado olhando para a janela admirando a paisagem com o trem em movimento, quando ao ouvir isso ele olha para o sujeito levantando levemente sua sobrancelha, então Sam responde;

— Sim é nóis dois.

— Incrível! Ouvi falar muito de vocês dois e o trabalho que vocês fazem agindo como caçadores atrás dessas coisas para todo lado nesta região não é ? Fiquei sabendo que o destino de vocês pode ter algo, então é o motivo de vocês estarem indo até este local estou certo?

— Ocê anda bem informado hein? É bom que estamos sendo reconhecidos por Equestria a fora. E sim, este é o motivo dessa nossa "Grande Viagem".

— Legal! Bem desculpe o incômodo, tenho que pegar a passagem dos outros passageiros. Se precisarem de algo é só chamar.

— Pode deixar, quarque coisa nois chama.

E assim o sujeito continuou o seu trabalho, Sam então se sentou ao lado de Cold e encostou sua cabeça em seu ombro;

— Então Cold, o que ocê tanto fica oiando essa janela, parece que não está apenas admirandu a paisagem – diz Sam meio preocupada.

Cold abaixa a cabeça por um momento e olha para Sam dando um leve sorriso;


— Não se preocupe Sam, está tudo bem. Só estou pensando em algumas coisas aqui, besteira.

Sam coloca seus cascos sobre o rosto de Cold;

— Ocê sabe que pode confiá e conta quarque coisa pra sua maçã aqui né? – Disse com um sorriso simpático.

— Claro que sim, é que, sei lá, olhar todo esse deserto e o que passamos, o que eu passei, e onde estamos hoje, o que eu me tornei, encarar essas cicatrizes toda hora que vejo o meu reflexo me traz coisas as quais não quero lembrar. – Enquanto dizia isso, Cold olhou para a Janela observando o deserto repleto de lembranças, onde pelo vidro observava o reflexo em seu rosto, observava as cicatrizes.

— Cold, não precisa se preocupar com isso, não deixe que os fantasmas do passado machuquem quem ocê é hoje. Ocê não é mais o garoto chato e bobo de antes, ocê não é um monstro, nem essas cicatrizes lhe transformam em um. Só mostra as dificuldades que ocê venceu na vida, fico feliz por ter ocê aqui comigo depois de tudo o que passamos, fico feliz em acordar toda manhã cocê do meu lado – Enquanto as palavras saíam da boca da Sam, ela o abraçava, confortando Cold com o seu calor e com sua presença. – Além do mais, ocê tem eu aqui para sempre – Termina suas palavras com um beijo no rosto dele.

— Obrigado Sam. – Disse Cold, contente e com os olhos meio aguados.

A Viagem era longa, então eles começaram a conversar sobre o caso que iriam enfrentar desta vez;

— Então Sam, qual é o caso desta vez? E por que tão longe assim? É a primeira vez que temos que nos locomover para um lugar tão distante de AppleLoosa, não é o tipo de coisa que costumamos fazer.

— Eu sei, mas dessa vez é diferente.

— Conte mais sobre...

— Bem, recebemos uma carta com um pedido de ajuda na semana passada, mas estávamos no caso do Metamorfo nessa semana.

— Antes ou depois do SkinWalker?, o Metamorfo levou 3 dias então ela chegou na sexta?

— Provavelmente, lamento não ter lido ela antes, na carta dizia “Urgente!”, a Tia Blush leu a carta e passou para mim, dessa vez parece que seremos muito bem pagos.

— Só por causa disso aceitou o pedido?

— Sim, isso vai ajudar a quita as dívidas da Tia Blush com o Saloon, quem sabe até sobre um pouco pra nóis dois usar.

— Isso é bom, e o que diz na carta?

— Deixe me ver – Sam pega a carta e tira do envelope para a leitura;

“Olá Sr Coldbrew Coffee e Srta AppleSunrise, ou como são conhecidos ColdRise.

Meu nome é Genmaicha, e eu estou mandando esta carta a pedido de ajuda. Nós não sabemos mais o que fazer, e estamos desesperados por uma solução, creio que vocês precisam de uma explicação sobre o que está acontecendo, antes de aceitarem o contrato. Pois bem, eu e minha irmã mais nova Ryokucha nos mudamos para uma nova casa há um mês, junto com nossa madrasta Kottonfurawā, mas desde que nos mudamos coisas estranhas vem acontecendo. Temos ouvido choros por cômodos da casa, choros de crianças, às vezes o local fica frio. Sentimos cheiro de rosas em lugares onde não haviam, e às vezes vemos pétalas de rosas pelos cômodos como se quisessem nos levar a algum lugar. Também vem acontecido acidentes, como se alguém nos empurra-se, como se algo tentasse nos matar fazendo com que tudo parecesse um acidente. Não conseguimos dormir porque existem noites que ouvimos sussurros, e desde então minha irmã mais nova tem agido de forma estranha. Existem situações onde os móveis da casa são encontrados de cabeça para baixo, e ainda queimando como se fosse uma brincadeira, temos medo de que o pior possa acontecer, não podemos deixar essa casa pois ela é tudo que temos.

Por favor, espero que leia nosso pedido de ajuda, e venha nos ajudar. Não sei mais a quem pedir ajuda, pois ninguém me ouve, tenho medo que algo aconteça a Ryokucha.

Espero por vocês, irei lhes pagar em uma quantia generosa se nos ajudar, espero ansiosa.

Assinado: "
玄米茶"


— E é isso – concluiu Sam.

— Só uma coisa...

— Hum?

— Que raio de nome é
Genmaicha, Ryokucha e Kottonfurawā? E que assinatura é essa?

— Eita Cold! Elas provavelmente vivem nas terras distantes do Oriente.

— Não sabia que isso existia.

— Nem eu.

— Então como sabe disso?

— Está escrito aqui atrás da carta ó ; "De : Mura Hana ( Oriente ) Para :  AppleLoosa ( Ocidente )" – mostrava para Cold.

— Hahahahahahaha.

— Que foi?

— Nada não, só foi engraçado o que aconteceu agora, nada demais.

Então o tempo passou, e a noite chegou;

— Já está tarde Cold, o que ocê acha de irmos ao vagão do nosso dormitório para dormirmos um pouco? Se conseguirmos é claro haha, afinal ainda temos mais dois dias de viagem. – disse Sam enquanto bocejava.

— Eu já vou...
— Ocê vai me deixar esperando na cama ?

— Não, é que...

— Oiando as estrela de novo é ?.

— É que eu nunca me afastei tanto de casa, ainda mais neste lugar.

Cold observava uma vegetação mais verde, com montanhas, outras haviam picos com neve e morros com várias plantas, uma paisagem diferente do Laranja de seu costume;

—Este lugar é lindo, tão cheio de vida e tão belo, tão diferente da nossa realidade, e olhar o céu a noite, as estrelas neste lugar... não importa onde estamos, ele sempre será o mesmo. As estrelas nunca mudam de lugar, faz me sentir em casa mesmo não estando em casa é engraçado isso.

— Ocê e suas estrelas Cold, mas ocê tem razão, tudo aqui é mais belo, traz uma paz e tranquilidade.

— Sim, pois bem vamos deitar, não quero te deixar sozinha na cama, gosto de me aquecer durante a noite com você.

AppleSunrise, fica corada e abraça Cold, ambos se dirigem ao seu dormitório para descansar e continuar a sua longa viagem. Os dias passaram e eles finalmente chegaram ao seu destino, a última parada "Mura Hana";

— Finalmente chegamos, não aguentava mais ficar apertada naqueles vagões – disse Sam enquanto se esticava na estação.

— Concordo, aliás, você está sentindo Sam? – disse Cold enquanto respirava fundo.

— O que?

— O Ar, aqui parece tão limpo e puro, me traz uma calma, uma paz...

— Agora que ocê disse, é verdade, sinto uma leve brisa passar pela minha crina – Disse Sam enquanto respirava o puro ar com os olhos fechados enquanto uma leve brisa batia em sua crina, que fazia balançar levemente contra o vento.

Ao virar para trás onde estava Cold, Sam se mostrava bela com seu lindo olhar verde brilhante tão vivo quanto a natureza que os rodeava, junto a sua crina que fazia ondas leves ao vento em seu rosto, acompanhado de um sorriso meigo, o qual deixou Cold um pouco sem jeito;

— Então Cold, vamos?

— Ah, sim! Claro é que eu... ok, ok.

Enquanto eles caminhavam pelo vilarejo, os moradores de Mura Hana apenas os observavam;

— Parece um vilarejo pequeno aqui Sam. – Disse Cold enquanto olhava para os cantos do vilarejo.


— Sim, talvez isso nos ajude a juntar informação de onde fica essa tal casa, afinal deve ser uma casa pequena que nem as outras.

AppleSunrise corre até uma mercante de rua que vendia alguns bolinhos;

— Aaah! Eu estou morrendo de fome! Esses bolinhos parecem estar deliciosos, e tem cheiro de maçã, hmmmmm - dizia Sam enquanto babava olhando os bolinhos. – Vai querer, Cold?

— Não não, obrigado, eu estou bem, só não coma demais se não irá passar mal.

— Azar o seu, vou comer tudo sozinha - falou Sam com um monte de bolinhos no colo e com um sorriso se achando toda.

Aproveitando o momento Cold pergunta a mercante;

— Com licença, estamos procurando por uma pônei chamada Genmaicha, você sabe nos dizer onde ela mora?

Então a pônei apontou para o alto do vilarejo onde seguia um caminho de pedras seguido de uma escada. Cold estranhou, pois aparentava ficar fora do vilarejo, quando ao chegarem lá se depararam com uma grande e enorme mansão. Ela parecia ser muito antiga, onde passou por várias gerações. Tinha paredes claras e algumas janelas rosas e vermelhas. Acabamento de madeira e telhado escuro seu estilo era um tanto quanto clássico da região;

— Sam... pensei que você tinha dito que era uma casa. Olha o tamanho disso! É maior que a antiga mansão que você morava.

Sam não respondeu.

Cold vai até o portão da mansão que estava aberto e avista uma pequena potrinha brincando no balanço na frente do jardim. Ele se aproxima e a chama;

— Hey mocinha! Nós qu...

Antes mesmo de Cold terminar a potrinha saiu correndo para dentro da casa sem dizer uma palavra;

— Que estranho, ela deve ter se assustado comigo. – Pensou Cold de cabeça baixa.

Neste momento, uma pônei saiu pela porta da frente e chamou atenção de Cold;

— Hey, me desculpe, me desculpe. Ela é minha irmã mais nova, e meio que não está muito bem ultimamente. Se envolver com estranhos quando aparecem assusta ela. – Disse a moça preocupada.


— Tudo bem, já estou acostumado. - Diz Cold.


— Que bom, eu acho. Pois bem, eu me chamo Genmaicha e você é? – Dizia a pônei em uma posição sutil com os cascos alinhados.

— Eu sou Coldbrew Coffee, estou aqui pelo pedido de ajuda que nos enviou dias atrás, e desculpe ter demorado mas a viagem era grande. – Disse Cold enquanto devolvia a carta que ela havia enviado.

— Vocês vieram! Vocês realmente vieram! Muito obrigada por ter aceitado o meu pedido de ajuda! – disse Genmaicha muito contente.

— Não há de quê! É só o nosso trabalho.

— Entendo! Mas ColdRise, não era para ter mais alguém com você?

— É mesmo, onde ela está? – diz Cold olhando em sua volta a procura de Sam.

— Aqui! Eu aqui! – Gritou Sam acenando.

—  Essa aqui é minha parceira e namorada AppleSunrise, Sam essa é a Genmaicha . – apresentou Cold.

— Olá Srta AppleSunrise, é um prazer conhece-la, fico feliz por sua vinda. – disse Genmaicha

— Que nada, tamo aí sempre que precisar – disse Sam confiante.

— Vocês devem estar com fome  e cansados da viagem, preparei um café com bolinhos e...

— Bolinhos?! – disse Sam.

Sam começa a fica verde e nauseada, quase a vomitando;

— Eu disse para você não comer todos aqueles bolinhos que você iria acabar passando mal – disse Cold preocupado com Sam.

— Tudo bem, tudo bem, já passa. – diz Sam.

— Bem, eu aceito o café Genmaicha – disse Cold com Sam nos braços esperando algo vindo dela.

Sem jeito pela situação, Genmaicha os convida para entrar;

— Vamos, entrem. Irei lhes mostrar onde podem deixar suas coisas, há um quarto de hóspedes no segundo piso no final do corredor. Estarei esperando vocês aqui em baixo na cozinha.

A Mansão possuía detalhes de uma flor, era de Rosa, em todo canto, o piso de madeira escura, os móveis eram muito antigos, todos pareciam ter sido esculpidos manualmente à madeira, os corredores eram longos com poucos pontos de luz, tinha-se várias pinturas de campos de flores e esculturas. Na sala principal havia um grande candelabro, sua luz ao bater no piso formava uma rosa criando uma aparência única no local, por mais que o lugar aparentasse ser tão belo, ele tinha seus motivos para ser assustador também, pois ele era muito antigo e, por maior que fosse a beleza, haviam áreas perdidas, devido ao desgaste com o tempo. Ao mostrar o quarto para Cold e Sam no segundo piso, Genmaicha desceu as escadas. Ao entrarem, Cold e Sam se depararam com um quarto aconchegante, com uma cama de casal e lençol vermelho, as janelas eram grandes, e as cortinas eram rosas com detalhes vermelhos, os moveis pareciam ser bem antigos como todos da casa, havia um vaso em cima de um criado mudo no canto do quarto e um tapete vermelho escuro que se destacava bem no piso de madeira, e um espelho com borda de madeira e desenho de rosas esculpida nela, ao entrarem e se acomodarem Cold fechou a porta e começou a abordar um assunto com a Sam;

— Bem, finalmente chegamos, precisamos pegar mais informações do ambiente, iremos passar a primeira noite para ver o que acontece, amanhã pela manhã se conseguirmos dormir iremos explorar toda a mansão. No segundo dia iremos ver os arredores, no terceiro dia, se ainda estivermos vivos, iremos descobrir como acabar com isso e, se tiver um quarto dia, já sabe o que deve ser feito.

— Sim! Mas, pelo que ela relatou nas cartas, não me parece ser algo tão grave, já enfrentamos coisas piores.

— Nunca se sabe.

Sam vai até a porta do quarto para descer até a cozinha com Cold quando ele segura ela;

— Antes de descermos...

Cold a agarra e da um beijo forte;

— Não me faça pensar que você morreu de novo, você é especialista em se fingir de morta. – Disse preocupado com Sam aos braços.

— Não se preocupe, eu prometi me cuidar mais. – Disse Sam, corada com um sorriso para despreocupar Cold.

— Obrigado, te amo Sam.

— Eu também amocê Cold - Dizia isso enquanto ia beijar Cold.

Antes mesmo de tocar seus lábios no de Cold, ela viu uma sombra de uma criança na janela os observando. Rapidamente ela empurra Cold e corre até a Janela para ver o que era. Ao olhar para todos os lados ela diz;

— Eles já sabem que estamos aqui. – disse Sam olhando para a janela com uma expressão séria.

— É hora de começar a fazer o que sempre fazemos, vamos Sam, nosso trabalho começa agora.

E assim começou o caso da Mansão das Rosas.
Cold e Sam se dirigiram até a cozinha, ela era agradável e bem aberta, seu acabamento era em pedra e uma janela de madeira que dava para um jardim, a janela estava coberta por ramos de folhas e havia muitos vasos de planta na cozinha sobre um piso de madeira escura. Ao entrarem na cozinha lá estava Genmaicha acompanhada de outra pônei;

— Com licença – disse Sam, ao entrar na cozinha.

— Ah, olá! Parece que já se acomodaram, os bolinhos e o café já estão na mesa. Sirvam-se à vontade – disse Genmaicha.

Este momento foi um tanto quanto estranho, pois a outra pônei não disse uma palavra, enquanto todos eles estavam comendo, o momento era de tensão e nenhum deles se pronunciaram. Genmaicha e a outra estavam de cabeça baixa, tristes, quando AppleSunrise tenta puxar assunto;

— Então... Como tem estado as coisas por aqui? – perguntou Sam sutilmente.

Ninguém respondeu e o rosto de tristeza ficava mais estampado na cara das duas;

— Desculpe Srta Sam, tem sido difícil esses dias, desde que mandamos a carta as coisas só pioraram. Perdemos alguns cômodos da mansão que queimaram sem motivo algum, principalmente o quarto onde ficava as coisas do meu pai – Disse Genmaicha com tom de tristeza.

— Entendo, mas onde está seu pai agora? – perguntou Cold.

Assustada e surpresa com a pergunta de Cold, Genmaicha tenta não dizer quando a pônei em silencio se pronuncia;

— Ele está morto.

Genmaicha se levanta da mesa e sai da cozinha indo para o segundo piso provavelmente para seu quarto. Sam olha para Cold com uma expressão de pena da pobre Genmaicha;

— Desculpe a pergunta mas quem é você? – perguntou Cold.

— Eu sou a esposa viúva do pai de Genmaicha. Me chamo Kottonfurawā.

— Lamento, não termos chegado a tempo para salvar o seu marido – disse Sam entristecida.

— Não há com que se preocupar, ele morreu faz meses, então decidimos nos mudar e viemos para este lugar, para recomeçar com o resto das economias que o meu marido deixou para trás. Genmaicha está triste porque tudo que trouxemos dele foi colocado em um quarto especial, que foi o primeiro a queimar de forma misteriosa, perdendo todas as lembranças que Genmaicha tinha de seu pai.

— E a mãe delas? – perguntou Cold.

— Ela morreu quando elas eram pequenas.

As palavras de Kottonfurawā soavam como se não se importasse com as meninas;

— E há quanto tempo ocê e seu marido ficaram juntos? – perguntou Sam sentindo que algo estava errado nessa relação.

— Um ano e meio. Depois de tudo isso eu me mudei para cá com as filhas dele – Disse de forma fechada.

— Entendo – Diz Cold.

— Bem, muito obrigada pela comida, mas agora temos que começar o nosso trabalho. – Disse Sam enquanto levantava da mesa. – Vamos Cold...- Falou com determinação enquanto puxou o Cold para ir junto a ela.

Ao chegar a um ponto dentro da casa ela para e começa a conversar com Cold;

— Cold, ocê sentiu isso? – sussurrou.

— O quê? A atitude dela?

— Sim, sim. Isso foi muito estranho, parece que ela está aqui por estar, como se nem ao menos se importasse com as meninas.

— É verdade, ela disse tudo de forma tão fria, como se nem amasse o próprio marido ou sentisse algum remorso pela sua perda.

— Vamos ficar espertos, tem coisa naquela pônei e eu não gosto dela.

— Tudo bem.

— Enquanto isso ocê e eu vam... – Enquanto dizia Sam se deparou com a pequena Ryokucha que os observava durante a conversa.

A potrinha logo correu de Sam ao perceber que ela havia a visto;

— Droga - disse Sam preocupada.

— O que foi?

— A pequena, ela ouviu toda nossa conversa sobre a madrasta dela e... – Sam para de falar quando vê a potrinha retornando.

 A pequena agora está acompanhada de uma boneca que carregava, chegou para a Sam e disse;

— Não se preocupe, eu sei que ela é malvada, minha amiga me contou tudo sobre a Kottonfurawā. Sei que ela é um monstro, ela também me disse que eu posso confiar em você. – Disse a pequena com tom de inocência.

— Pera, ocê disse que a boneca te disse isso? – Questionou Sam.

— Sim, ela é minha melhor amiga – Disse Ryokucha contente.

Sam se abaixa até a altura da pequena, sorrindo para ela pergunta;

— É uma boneca muito bonita, como ela se chama? – Disse com um tom de carinho com a pequena Ryokucha.

— Ela se chama Hana – Falou enquanto abraçava forte a boneca.


Cold só observava a conversa das duas, quando Sam se lembra que a menina estava agindo estranho e não largava da tal boneca, quando se levantou e sussurrou no ouvido de Cold;

— Cold, será que tem algo errado com essa boneca? Lembro que na carta dizia algo sobre a menina, além dela não soltar a boneca pra nada, ela diz que a boneca fala com ela. – sussurrou com Cold.

— Não podemos tomar ações precipitadas Sam, não sabemos se a culpa é da boneca. Veja bem, ela está sozinha em uma mansão, sem amigos e uma madrasta que não da a mínima para ela, é normal ela criar uma amiga imaginaria como a boneca.

— Ocê tem razão, além do mais, parece que Kottonfurawā quer se livrar das duas.

— Exato.

— Alguma maldição talvez?

— Não faço ideia...

— Que hora será que é?

Sam avista um velho relógio de pêndulo no corredor e tenta observar as horas, mas estranha pois o relógio parece estar parado;

— O relógio não funciona, moça – disse a pequena.

— Ah, obrigada por avisar.

Nesse momento Genmaicha saia do seu quarto no final do corredor, quando;

— Sam, fique com a Ryokucha, eu irei conversar com a Genmaicha para ver se consigo recolher mais informação sobre os acontecimentos, logo logo estará escuro, prefiro vasculhar a mansão durante o dia.

— Tudo bem... Hey Ryokucha, ocê quer brincar comigo? – disse Sam sorrindo super contente.

— Você quer brincar comigo?! – disse Ryokucha super contente.

— Claro, porque não?

— Eba! Ouviu, Hana? Teremos uma nova amiga para brincar com a gente. Moça, você pode me chamar de Ryoku se quiser.

— Tudo bem, Ryoku.

— Ah, eu não sei como você se chama...

— Haha, meu nome é AppleSunrise, mas pode me chamar de Sam.

— Tudo bem Sammy–chan.

Sam se surpreende com a reação afetuosa com ela;

— Então do que ocê gostaria de brincar Ryoku?

— Podemos brincar de esconde-esconde?

— Podemos sim. – Disse Sam com um sorriso. – Cold nós já aparecemos por aqui.

— Tudo bem.

Então Sam foi brincar com Ryoku enquanto Cold pegaria os relatos com Genmaicha;

— Genmaicha... você está bem? Desculpe qualquer coisa se toquei no assunto de seu pai – Disse Cold com seu casco sobre Genmaicha.

— Tudo bem, não foi nada. Eu só estou em um momento delicado da vida, e com tudo isso acontecendo, sinto falta dele. Nada disso estaria acontecendo se meu pai estivesse aqui. Nós nem teríamos nos mudado para essa maldita mansão! A culpa é da Kottonfurawā, ela que decidiu escolher morar aqui só para agradar os gostos dela – disse enquanto chorava.

Cold abraçada a jovem que chorava aos montes e a disse;

— Acalme-se vai ficar tudo bem, eu sei como você se sente, e te prometo que iremos parar com tudo isso para que você e a Ryokucha possam viver em paz novamente.

— Promete? – Perguntou enquanto limpava as lágrimas dos olhos.

— Eu prometo.

— Obrigada.

— Não me agradeça ainda há muito oque ser feito, então, pode começar a me contar detalhadamente o que vem acontecendo aqui?

— Tudo bem.

Cold acompanha Genmaicha até o seu quarto onde lá ela começa a contar sobre como tudo isso começou;

— Bem, as coisas começaram a ficar estranhas desde que o meu pai conheceu Kottonfurawā...

— Como assim?

— Bem quando papai conheceu ela, ele começou a ficar mais ausente dentro de casa, querendo fazer de tudo para agradá-la e sempre, chegou até a ignorar a Ryoku, então eu comecei a cuidar mais dela, foi quando ele trouxe a Kottonfurawā para dentro de casa. Meses depois o papai ficou doente, e se negava a ir ao hospital, enquanto isso Kottonfurawā ficava medicando ele dentro de casa, dando chá para ele comida na cama, não demorou muito e em poucas semanas o papai havia morrido, eu fiquei sem chão, sem saber o que fazer, e não sabia como explicar isso para Ryoku, mas ela acabou descobrindo sozinha, ela chorava e gritava "eu quero o papa! Eu quero o papai! Papai, por favor volta! Volta!". Eu fiz de tudo para tentar animar Ryoku, passou 2 semanas e eu havia recuperado parte da alegria dela, depois comecei a perceber que Kottonfurawā nem se sentiu abalada e nem se importou com o que aconteceu com o nosso pai. Ela estava, tranquila, depois descobrimos que nosso pai assinou um atestado de óbito onde dava a herança dele para mim e para Ryoku, comecei a ouvir pela parede de nossa antiga casa Kottonfurawā reclamando e resmungando sozinha, no dia seguinte ela falou que iriamos nos mudar, que pegou o nosso dinheiro para comprar essa casa, disse que era o melhor para nós, para esquecer tudo aquilo que aconteceu com nosso pai, sendo que ela nem nos consultou antes de fazer essa compra já avisando da mudança.

— Você acha que talvez ela esteja querendo acabar com vocês para ficar com a fortuna de seu pai?

— Talvez, mas, não existe motivo disso estar acontecendo, pois nem ela se salva das coisas estranhas que estão acontecendo aqui.

— Como assim?

— Certo dia ela foi acender o fogão na cozinha, mas ele não ligava de forma alguma. Quando ela foi checar se tinha algo errado o fogo acendeu com uma brasa forte em seu rosto, por sorte dela ela não se queimou no rosto mas perdeu metade de sua crina.

— É por isso que ela tem a crina tão curta assim?

— Sim, sua crina era muito grande e ela era muito vaidosa com ela, quando isso aconteceu ela entrou em fúria e descontou em mim e na Ryoku mas não deixei ela tocar na minha irmã, o que acabou sobrando apenas para mim, pois achou que talvez tenha sido nós que aprontamos isso com ela.

— Isso explica muito, mas e essas coisas paranormais que você mencionou?

— Bem, quando nos mudamos Ryoku havia encontrado uma boneca no quarto que ia ser dela, o quarto já era de criança, desde então ela vive para todo canto com essa boneca. Talvez pertencia à filha da antiga dona da casa. Contudo, depois disso ela começou a ficar estranha, mais calada, e só falava com aquela boneca, dizia coisas estranhas como "Kottonfurawā merece ser queimada".

— Isso parece fazer ligação com o que ocorreu na cozinha.

— Talvez, quando eu perguntei para Ryoku se ela que havia feito isso, ela negou. Não importava o quanto eu gritava com ela, ela culpava a boneca, e isso não faz sentido, como pode uma boneca fazer isso?

— Acredite, o que você menos esperar que pode acontecer, acontece. Enfim, continue...

— Bem, fora o caso dessa boneca, na primeira semana começamos a ouvir sons estranhos na casa, rangendo, arranhando as paredes, alguém andando pelos corredores, e sempre que íamos não tinha ninguém, ou parecia não ter.

— O que quer dizer com isso?

— Sempre que íamos onde supostamente ouvíamos o tal passo, encontrávamos pétalas de rosa pelo chão, às vezes faziam um caminho, mas eles nos levavam a lugar algum.

— Por acaso existe algum lugar na casa que possa ter essas tais rosas?

— Sim, nos fundos da mansão existe uma grande estufa.

— E vocês cuidam de rosas lá certo?

— Não.

— Como? Mas você me disse...

— Sim, é um lugar que era para ter rosas, mas tudo que você vai encontrar indo até lá, são flores mortas.

— Irei ver isso amanhã, pois bem, mais alguma informação sobre?

— Acho que é só.

— Muito bem, obrigado pelas informações. Como o meu quarto e da Sam é logo ao lado, se precisar de algo a noite é só dar um grito, veremos assim o que podemos fazer.

— Tudo bem.

Cold sai do Quarto e começa a ir em busca de AppleSunrise que estava brincando de esconde-esconde com Ryoku;


— Agora eu vou achar ocê Ryoku!- Disse Sam em busca de Ryoku.


Sam começa a andar pelos corredores da mansão, já estava tarde, e a casa estava muito escura para essa busca. Sam então ia de cômodo em cômodo acendendo as luzes procurando por Ryoku;

— Onde ocê se meteu...

Sam começa a procurar pelos quartos, atrás de portas, embaixo de cama, dentro de armários e pelos corredores, até que ela chega em uma biblioteca. Ao tentar acender a luz do lugar ela percebe que provavelmente a luz do local está queimada e teria que procurar por Ryoku no escuro mesmo. Sam adentra a grande e antiga biblioteca da mansão, com várias prateleiras velhas e livros velhos, parece que ninguém ia naquele lugar há anos. Ela continua a sua busca, olhando entre os livros, entre as estantes, embaixo das mesas. Cada passo que Sam dava naquela velha biblioteca com piso de madeira fazia um ruído, o qual aparentava que a madeira estava podre. Foi quando Sam começa a ouvir outro passo dentro da biblioteca, ele se movia lentamente quase como se não quisesse que soubesse de sua presença alí. Sam logo pensou "deve ser a Ryoku se escondendo atrás de alguma estante". Sem evitar, ela vai em direção ao ruído, que ficava cada vez mais e mais perto. Sam não enxergava nada, andava com seus cascos na estante de livros para se guiar, e ia se guiando através do som, quando por um momento algo chama atenção de Sam;

— Que engraçado, cheiro de... Rosas... – Pensou Sam.

Sam continuava caminhando entre a biblioteca quando ela enxerga uma silhueta de uma pônei logo a frente na escuridão e começa a fugir dela. Certamente é Ryoku, quem mais poderia ser? Sam começa a correr atrás da silhueta no escuro tropeçando em alguns livros no chão. Sam corre cada vez mais e mais para tentar alcançar a silhueta quando ela vira pela estante e finalmente a pega;

— A-Há! Consegui! Achei ocê! – Disse Sam contente.

Sam continuava sem enxergar a menina que abraçava, mas ela sentia frio. Foi quando uma luz da lua começou a entrar pela janela da biblioteca iluminando as duas. Então Sam olhou para baixo e viu que a menina não era Ryoku, mas sim uma menina morta. Sam se apavorou e ficou travada sem reação olhando para a criança, que a encarava de volta. Seus olhos eram vermelhos e penetrantes, parecia sangue. Ela cheirava como rosa, e sua pelagem era extremamente pálida, e sua crina tão negra quanto a escuridão. Sam foi coberta por um medo extremo, e uma gota de suor começou a escorrer na lateral da sua testa. Seus olhos estavam dilatados, e ela paralisada como se tivesse perdido a consciência, enquanto a menina estava parada sem fazer nada, apenas observando Sam, quando finalmente Cold chega gritando na biblioteca, recuperando a consciência de Sam, mas ao retomar, a menina que alí estava desapareceu, ela não sabia o que aconteceu, e por que aquilo aconteceu, nada disso havia acontecido com ela antes, foi uma experiência que Sam jamais esquecerá;

— Sam! Estava te procurando por toda parte. Bem, acho que está tarde para brincar de esconde-esconde não acha? Aliás, você achou uma biblioteca. Bom, talvez deva ter algo sobre a mansão aqui que podemos usar. – Sam? Sam!

— Ahh! Quem? Quê? Como? Ah, Cold! Desculpe, é que eu não sei, aconteceu algo estranho, isso nunca me aconteceu...

— Como assim? O que houve Sam?

— Eu estava brincando com Ryoku, e vim para esse lado em busca dela. Quando percebi que tinha alguém aqui, decidi seguir, mas quando eu encontrei não era Ryoku, nem ninguém que eu tenha visto. Foi quando nós nos encaramos, eu fiquei paralisada e depois, eu não lembro o que aconteceu. – Disse Sam um pouco atordoada.

— Depois você me fala mais dela, vamos sair daqui. Você precisa esfriar a cabeça.

Cold leva Sam para a cozinha onde estava Kotton, Ryoku e Genma;

— Hey, podem nos dar uma força aqui, a Sam não está bem! – disse Cold segurando a Sam para não cair.

— Por Celestia! Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Genma preocupada.

— Bem, parece que Sam foi provida do primeiro contato aqui.

— E não foi nada legal! – Disse Sam meia zonza.

Genma alcança um chá para Sam se recuperar um pouco:

— Sam, poderia nos dizer quem foi que você viu na biblioteca? – Perguntou Cold.

— Pera! Você foi na biblioteca? – Perguntou Genma assustada.

— Sim, por que? – Questionou Sam.

— É que evitamos ir lá, pois achamos aquele lugar assustador, e sempre que chegamos perto, ainda mais essa hora da noite, coisas estranhas começam a acontecer. – Disse Genma.

— Parece que tenho mais um lugar para investigar amanhã. – Diz Cold.

— Mais um? Como assim? – Perguntou Sam.

— Bem, Genma me disse sobre uma estufa de flores mortas que tinha atrás da mansão, preciso ir até lá amanhã pela manhã dar uma olhada. – Disse Cold.

— Agora que ocê disse isso, eu me lembro que a garota tinha cheiro de Rosas. Aliás, Ryoku, onde ocê tava, num te achei em lugar nium. – disse Sam.

— Eu sei me esconder bem Sammy-Chan, mas a Hana me contou que você a encontrou. – Disse Ryoku sorrindo.

— Pera, a boneca? – Questiona Sam.

Nesse momento Ryoku tira a boneca debaixo da mesa e percebe que a boneca é a menina que ela havia visto na biblioteca;

— É ela! – Gritou Sam.

— O quê? – Perguntou Cold.

— A boneca, ela é a garota que eu vi na biblioteca! – Disse Sam em um tom de preocupação.

Cold então pensou;

— Será mesmo que a boneca é culpada de tudo isso, será um espírito que está dentro da boneca?

— Nós nunca vimos nenhuma criança, sempre era um som ou algo estranho que acontecia - Disse Genma preocupada.

— Tem alguma coisa aqui, Ryoku, eu poderia ver a sua boneca? – Perguntou Cold.

— Não! Ninguém toca na Hana! – Disse enquanto saiu correndo.

Nesse momento Genma gritou por Hana e foi atrás dela, Cold precisava fazer algo a respeito da boneca, já que todas as suspeitas indicam que a boneca tem algo a ver com isso;

— Bem, não iremos fazer nada por enquanto, amanhã pensamos melhor sobre, vamos todos dormir – diz Cold.

E assim ColdRise se recolhem para seu quarto, onde eles se preparam para dormir. Mas Sam observa pela porta ainda aberta Ryoku indo para seu quarto e decide seguir a pequena, até que escuta pela porta do quarto;

— "Eu sei, eu sei, mas não quero que nada demais aconteça com a Sammy-Chan. Ela é legal comigo... Não, claro que não. Por que eu faria? Eu prometo.

Sam então decide abrir a porta do quarto;

— Ryoku? Com quem ocê tava falando?

— Com a Hana, ela gosta de você.

— A Hana gosta de mim é? Bom saber disso...  Olá Hana, ocê parece ser bem legal, porque num cunversamo às vezes, hm?

— Hana não pode falar com você.

— Por quê?

— Porque você é adulta.

— Ah, tá. Então, ocê pode fala pra Sammy-chan o que a Hana está falando procê?

— Hm... Hana disse que depois dessa noite não vai precisar.

Sam olha com uma expressão preocupante para a boneca;

— Tudo bem então, eu acho que eu vou ir dormir, tudo bem?

— Uhum.

— Então, boa noite Ryoku. Se precisar da Sam eu vou estar no quarto ao lado. Não tenha medo que cê num ta sozinha não, tá?

— Mas eu não estou sozinha.

— Sua amiga Hana vai estar aqui cocê então?

— Não só a Hana, mas as minhas outras amigas também – Disse isso enquanto apontava para a porta aberta do corredor atrás de Sam.

Sam se vira lentamente para a porta e ao olhar para o corredor se depara com silhuetas de várias outras crianças. Ao se deparar com isso Sam fica assustada e sem reação;

— Não se preocupe Sammy-Chan, elas talvez não irão te machucar.

— Por que diz isso?

— Porque elas tem medo da Hana.

Sam solta um suspiro de terror e pensa pela situação "Afinal o que está acontecendo?!", quando de repente Cold aparece na porta;

— Sam, dormir...

— Sim, eu estou indo, boa noite Ryoku. – disse Sam enquanto ia em direção a porta.

— Boa noite, Sammy-Chan.

Sam conta para Cold tudo que viu naquele momento, tudo que Ryoku a disse, "tem algo errado na mansão, algo muito errado, e talvez isso vá além de uma história familiar e uma boneca". Cold e Sam se deitam para ter sua noite de sono. Algo diferente aconteceu naquela noite, Sam teve um sonho, algo fora do normal que ela costuma ter, parecia estar vivendo a vida de alguém, começou a ter imagens da casa em seu sonho, e várias crianças brincando com ela, Sam brincava de esconde-esconde, pega-pega, e outras brincadeiras infantis com as crianças dentro da mansão, mas ela era tão pequena quanto as crianças e a casa não parecia velha e antiga, quando em meio sonho ela se depara com uma tristeza enorme e... Sam e Cold despertam no meio da noite com as badaladas do relógio;

— O relógio está tocando Sam! – disse Cold preocupado.

— E oque que tem?

— São 3 da manhã.

— Eeee?

— E que é o relógio quebrado da Sala que está tocando. – disse Cold enquanto levantava.

Sam abre os olhos e percebe a situação quando de repente começam a ouvir trotes pelos corredores em um som alto e estrondoso, indo de um lado para outro. Pareciam várias crianças correndo nos corredores. Depois foi seguido de várias risadas e um forte cheiro de rosa, Cold corre até a porta e ao abri-la tudo fica em silencio, e, ao acender as luzes, Cold vê pétalas de rosa por todo corredor, fazendo um caminho até as escadas. Nisso Genma e Ryoku abrem a porta de seus quartos;

— O que foi isso? O que está havendo? – disse Genma com medo.

— Acalme-se, eu irei dar uma espiada. Sam, fique aqui cuidando delas! - Disse Cold seguindo o rastro de pétalas de rosa.

— Okey! – afirma Sam.

Cold então começa a correr seguindo a trilha de rosas feita, e vai abrindo porta a porta, passando por várias salas e chegando finalmente em um corredor com uma porta totalmente de vidro diferente da de madeira na entrada da Mansão. Quando Cold abre a porta, o rastro de pétalas seguia por um imenso jardim que lá tinha, levando até a parte de trás da casa na estufa. Cold então continua seguindo a trilha até chegar na entrada da estufa, e quando ao abrir ele se depara com algo totalmente inesperado;

— As rosas, elas estão todas aqui... E vivas! – disse desacreditado.

Cold começa a andar pela estufa que por sinal era enorme, passava por um grande caminho de flores e pétalas de rosa. O lugar tinha um cheiro agradável, era um cheiro de paz. As flores eram vivas e iluminadas pela luz da lua em seu teto de vidro. Cold caminhou sobre as rosas e se admirou com a beleza do local. As estrelas pareciam estar mais fortes e brilhantes. Ao chegar até a parte de trás da estufa ele se depara com um enorme e lindo Campo de rosas. Cold fica fascinado com a beleza dos campos, a luz da Lua o brilho das estrelas era mais intenso naquele lugar. Cold fechou os olhos, respirou o ar puro em uma brisa suave que tinha alí, enquanto ele observava do alto o lindo campo de rosas, quando de repente ele escuta um grito enorme de uma criança vindo do campo. Desesperado, ele corre até o grito para saber o que está acontecendo, mas quando ele chega no meio do campo ele se depara com uma pedra grande, e, quando percebe, diante dos seus olhos o lugar todo desaparece e fica escuro novamente. O campo estava morto e destruído, havia apenas alguns galhos secos, o céu foi tomado por uma neblina... Cold então voltou para a estufa, e ao subir lá novamente viu que todas as rosas estavam mortas e negras. O chão estava destruído e os vidros quebrados. Era como se ele tivesse visto como o lugar era antes de ser o que é agora era naquele momento. Após sair da estufa ele ouviu uma explosão que tem de dentro da casa e corre para dentro para ver o que era, chegando até as meninas novamente;

— O que aconteceu?! Que som foi esse? – perguntou Cold preocupado.

Ele então olhou para Genma e Ryoku, que estava recolhidas em um canto de cabeça baixa sem expressão;

— O que ouve Sam?!

— Bem, lembra que existem alguns casos onde, alguns cômodos pegam fogo do nada?

— Sim...

— Me siga...

Cold segue Sam até o corredor do lado e abre a porta de um dos quartos;

— Que cheiro forte de queimado!, o que era aqui? – Perguntou Cold.

— Esse era o quarto de Kottonfurawā.

— Então quer dizer que...

— Sim.

Cold olha entre a fumaça que saía do quarto e avistou um esqueleto carbonizado, era Kottonfurawā;

— Eu não sei o que dizer, não sei se é algo ruim ou bom isso ter acontecido com ela. – disse Cold.

— Eu também não sei.

— Elas sabem disso já?

Sam só acena a cabeça afirmando que sim, ambos então retornam até Ryoku e Genma;

— Bem, sei que parece difícil mas devemos voltar a dormir, não há muito o que fazer pelo ocorrido. O sol logo irá nascer, talvez pela manhã as coisas fiquem mais calmas – disse Sam.

Ambas aceitaram o que Sam disse e foram dormir, porém Ryoku desta vez preferiu dormir junto a Genma, deixando Hana em seu quarto, enquanto elas dormiam, Cold acordou antes de Sam e das garotas, foi até o quarto e pegou a tal boneca levando ela para a parte de trás da casa. Ao chegar lá ateou fogo na boneca, que virou cinzas por completo. Assim Cold acredita que possa ter resolvido o problema sobre a boneca, quando ao entrar dentro de casa;

— Cold querido, o que ocê tava fazendo lá fora já cedo? – perguntou Sam.

— Eu estava resolvendo o problema com a Hana.

— Queimou ela?

— Sim.

— E ela virou cinzas?

— Sim, isso indica que deu certo, então, acho que parte do problema foi resolvido ent...

Antes de Cold terminar Ryoku aparece os dando bom dia com a boneca Hana abraçada. Cold e Sam olham assustados. Como pode a boneca aparecer alí do nada?

— Bom dia Ryoku! – Disse Sam enquanto Cold não conseguia falar uma palavra.

Então a pequena foi até a cozinha onde estava sua irmã Genma, Cold aproveitou o momento e explicou a Sam sobre o ocorrido no campo de rosas, Sam se surpreendeu pois é algo estranho, ainda mais naquele horário. Talvez o espírito de Hana esteja preso a algo e o horário que as coisas aconteceram. É a hora que ela poderia ter morrido, se é que ela está morta. Após tomar o café da manhã Cold sai para o vilarejo em busca de informação. Enquanto isso, Sam, Ryoku e Genma ficam na casa;

— Então fiquei sabendo de um Jardim bem grande e bonito aqui – Disse Sam.

— Sim, acredito que seja o único lugar da casa que me agrada e me traz paz – diz Genma.

— Então que tão irmos um pouco lá tomar um ar? Podemos brincar lá fora o que acha Ryoku? – Diz Sam empolgada.


— Claro Sammy-Chan! – Disse Ryoku contente.


— Ocê não acha que Hana vai se importar se eu te pega emprestada dela não né ? – perguntou Sam sendo brincalhona.

— Não, eu não a vi o dia todo mesmo – disse Ryoku.

— Que? Como assim? Mas ocê estava com ela no começo do dia e ocê não larga dela. – disse Sam assustada.

— Aan? Não, eu fui dormir como a mana, dei bom dia para vocês, e não fui ao meu quarto pegar a Hana ainda.

Sam não entende o que está acontecendo, mas espera que Cold chegue logo;

— Sammy-Chan, vamos coletar algumas flores? Quero fazer uma surpresa para Genma.

— Claro! Vamos coletar flores – disse Sam, tentando disfarçar a sua preocupação.

O dia passa, Sam e Ryoku passaram a tarde coletando tipos variados de flores, brincando uma com a outra, fazendo cocegas e outras coisa;

— Sammy-Chan!

— Oi?

— Você é bem mais legal que minha irmã Genma, queria que você fosse minha irmã! – Disse contente enquanto pulava em cima de Sam.

— Não diga isso Ryoku, sua irmã também é bem legal, e ela se preocupa bastante cocê sabia?

— É mesmo?

— Claro! Foi ela que nos chamou para te proteger, e ajudar ocês.

— Hmm.

— Mas por que ocês num brinca assim como estamos fazendo?

— A gente sempre brincou, mas Hana falo que Genma está braba comigo e que eu não deveria falar com ela.

— E ocê acha que a Hana tá certa?

— Eu...Eu, não sei...

— Bem, se ocê ta pegando esse buque de flores que juntamos para ela é porque ocê ama sua irmã e quer brincar de volta com ela to certa?

— Sim! É, você tem razão, eu amo a minha irmã, e não tenho que ficar ouvindo o que Hana manda eu fazer!

Sam pensou nisso que Ryoku disse "não tenho que ficar ouvindo oque Hana manda eu fazer!". Ryoku saiu correndo atrás de sua irmã;

— Vai lá, eu já te alcanço! – Disse Sam enquanto via a pequena indo atrás de Genma.

Minutos se passaram e Sam ficava olhando o céu azul tentando entender a situação confusa que eles estavam quando;
— Sam? Ah, você está aí, você viu minha irmã? – perguntou Genma

— Eu pensei que ela estivesse cocê! – Dizia isso enquanto se levantava rapidamente.

Ryoku havia desaparecido, e elas não sabiam o paradeiro da pequena;

— Droga eu não deveria ter tirado os olhos dela! Desculpe Genma, tínhamos combinado algo pensei que iria gostar então eu. – disse Sam desesperada.

— Tudo bem, não se preocupe. Só por favor vamos achar a Ryoku!. – gritou super preocupada.

Elas procuraram, procuraram e procuraram e nada, chamavam pelo nome de Ryoku e ela não respondia, foi quando Sam chega em uma área mais afastada entre as árvores da Mansão e observa um grande lago negro, quando ao olhar para a ponta ela vê Ryoku de ponta ao lago;

— Ryoku! Genma! Achei ela! – gritou Sam.

Mas quando Sam se aproxima de Ryoku ela olha lentamente para Sam, com uma expressão serena, tudo ficou parecendo mais lento, alguma coisa estava errada, o que Ryoku ia fazer? Foi quando ela se joga no lago, Sam se desespera gritando por Ryoku, quando ao chegar no lago vê a pequena se afundando nele. Sem pensar duas vezes, Sam  pula no lago e mergulha para salvar Ryoku. Enquanto isso na beira do lago chegava Genma desesperada pelas duas. Sam estava no lago mergulhando cada vez mais fundo para alcançar Ryoku. Ela dava o melhor de sí, mas ela já quase não conseguia prender a respiração e mergulhar mais, pois o lago parecia não ter fundo, ficava cada vez mais e mais fundo. De repente, Sam começa a ter umas imagens passando na cabeça. Eram crianças brincando no lago, e Hana tacando pedras na agua para ver elas baterem e irem cada vez mais longe, então ela ouve alguém chamar pelo nome Hana e retoma a consciência. Ao ouvir isso, ela percebe que está com Ryoku nos braços e desesperadamente tenta nadar com todas as suas forças para cima para salvar Ryoku, ela se esforça. Cada vez mais, sua vista começa a ficar turva. Sam começa a engolir e a inalar aguar se afogando lentamente, mas continuava dando o melhor de sí para subir novamente. Foi quando ela começou a ver a Luz do Sol novamente. Sam começou a chorar embaixo da água pois não sabia se conseguiria salvar Ryoku ou se salvar. Sam começou a ter imagens passando em sua cabeça como se estivesse perto da morte, quando em um último esforço de sua força ela é puxada para fora da água com Ryoku nos braços, sendo salva por Cold, que chegou na hora certa;

— Sam! Sam!!!, você está bem?! - Gritou Cold desesperado.

Sam não responde, estava totalmente inconsciente;

— Não! Não! Sam!

Cold coloca seu ouvido no peito de Sam, o qual não estava respirando. Cold desesperado começa a tentar fazer respiração boca a boca em Sam, uma, duas, três vezes e nada. Ao checar o peito, o seu coração não estava mais batendo;

— Por favor Sam, reaja! Reaja!!!

Cold começa a tentar fazer uma ressureição cardiopulmonar em Sam;

— Vamos Sam! Vamos! Você prometeu que não ia fazer isso de novo! Você prometeu!!! – Gritava Cold.

De repente Sam começa a reagir e a tossir com muita força tirando toda água que avia inalado dos pulmões e engolido, quando ao terminar ela olha para Cold, que estava com o rosto coberto de lágrimas. Ela nunca havia visto ele chorar tanto, foi quando ela começou a chorar e o abraçou com muita força;

—Eu estou aqui meu amor, eu estou aqui! – Disse Sam contente.

Cold chorava enquanto tinha Sam abraçando-a forte entre os braços, foi quando Sam se pronunciou;

— Cold eu vi, eu vi tudo...

— O que você viu?...

— Mamãe, Papai, as estrelas, estão são tão lindas, são belas comocê diz que elas são.

— Sam...

— Ela também me mostrou...

— Ela?

— A Hana, Cold, ela me mostrou tudo que aconteceu com ela – disse Sam fraca, quando logo após dizer isso desmaia novamente.

Cold, se preocupa com o estado de Sam, foi quando ao olhar novamente para o lago lá está com parte do rosto debaixo da água e apenas os olhos vermelhos observando. Era Hana, mas não parecia ser apenas uma boneca, era a menina em sí, sua pele estava seca, seus olhos fundos e mais vermelhos que o normal, foi quando ela se afundou no logo novamente, Cold olhava seriamente para Hana para entender o que ela queria com tudo aquilo. Então ele com ajuda de Genma, leva Sam até o quarto, ela fica desacordada por algumas horas, quando ao acordar;

— Onde eu to? – diz Sam meio cansada.
 
— Está no quarto, trouxemos você aqui para se recuperar. – Disse Cold contente por ela acordar.

— Sam, eu irei trazer um chá para você, só um minuto – diz Genma

— Essa moça é louca, eu me afoguei e ela quer me dar mais coisa para tomar. – disse Sam ironizando.

— Hahaha, Sam, até na situação que está não perde o humor. – diz Cold dando risada.

— Sammy-Chan! – Gritou Ryoku

— Ryoku... – disse Sam.

— Desculpe Sammy-Chan eu não queria que você ficasse assim... Eu não queria que fosse se machucasse, me desculpa! - disse ela enquanto veio correndo para abraçar Sam.

— Tudo bem Ryoku, não tem porque se desculpar.

— Tem sim! É tudo culpa minha.

— O que ocê quer dizer com isso?

— Foi a Hana, ela me disse que eu deveria fazer isso!

— O que nós combinamos Ryoku? – disse Sam séria.

— Me desculpe, Hana me disse para eu me jogar no lago para ficar com ela, senão ela iria machucar minha irmã e a Sammy Chan!

— Entendo.

Genma chega com o chá;

— Por favor, coloque o chá aqui do lado, eu preciso contar uma história procêis, do que eu vi aos olhos de outro, do que eu vi dentro dessa casa, das coisas terríveis que aconteceram, das coisas que Hana queria me mostrar - disse Sam.

Todos então sentaram envolta da cama onde Sam estava, e ela começou a contar tudo;

— Há muito tempo atrás essa mansão pertencia a uma família chamada “Ketsueki Bara”, eles eram uma família feliz, mas após a morte de sua filha eles se sentiram sozinhos demais e culpados, acredito que ela tenha morrido por causa natural. Tempos depois os pais da garota fizeram desta mansão um abrigo para crianças, onde os pais as deixavam e vinham os buscar, como se fosse umas férias. Certo dia, uma nova menina chegou e foi deixada aqui. Ela se chamava “Hanabira Bara”, Hana foi deixada aqui pelo seu pai, que a prometeu vir busca-lá na próxima primavera, porém, os anos se passaram e o pai de Hana nunca mais voltou. Nesse meio tempo, Hana ficava na casa brincando com as outras crianças, foi quando ela se apaixonou pelas rosas que aqui tinham, e começou a cuidar das rosas da estufa que tanta amava. Isso deu a ela a sua Cutie Mark, que era um amor por Rosas, porém tinha algo em Hana que fez as outras crianças se afastarem dela, ela tinha um poder de paranormalidade, Hana conseguia ver e falar com os mortos, e as outras crianças começaram a falar que ela era uma mentirosa, um monstro, uma aberração. Com isso Hana se fechou e se sentiu sozinha, e a única companhia dela era sua boneca de porcelana, que foi feita para ela com a aparência dela, e os fios de crina dela era de Hana também. O tempo passou, foi quando ela conheceu uma garota a qual sempre brincou com ela. Elas eram melhores amigas, se divertiam e essa garota aceitava Hana pelo que ela era, sem sentir medo algum, foi quando ela sugeriu algo terrível a Hana, que elas se matassem para ficar juntas para sempre, a convencendo que seu pai jamais retornaria para buscar Hana, foi quando ela e sua amiga se jogaram no lago, mas só Hana saiu viva de lá quando os antigos donos as resgataram. Depois disso ela começou a ser perturbada pelo espírito de sua amiga que queria que Hana se matasse. Hana antes via o espírito da filha dos moradores da casa, a qual era chamada de aberração, mas depois disso começou a partilhar isso com as duas, foi quando ela desistiu de se matar e começou a querer tentar ter uma vida normal tendo esperança que na terceira primavera, a mais floral de todas, seu pai retornaria. Com o tempo, o espirito frágil das duas meninas se foi, encontraram a luz e não tinha mais espíritos para Hana conversar, foi quando as crianças normais convidaram Hana para uma brincadeira de esconde-esconde, Hana se sentiu feliz pelo convite, mesmo que elas já tivessem feito ela chorar, falando que o pai dela nunca retornaria. Ela achou que eles haviam mudado, daí Hana nesse dia decidiu se esconder no campo de Rosas. Ninguém, nem as crianças a encontrariam lá, mas elas haviam armado uma armadilha para Hana, e sabiam que Hana sempre se escondia alí, e quando ela chegou no meio do campo de rosas, entrou dentro de um buraco que tinha lá e se escondeu, foi quando as crianças chegaram, e foi horrível, elas, juntas pegaram uma pedra e colocaram em cima do buraco para Hana não sair mais, prendendo ela viva naquele buraco. Hana passou horas pedindo socorro e ninguém apareceu. Hana gritou por dias e ninguém apareceu, então tempos depois ela morreu naquele buraco, onde eu acredito que seus restos estejam lá até hoje.

— Que história horrível! Como podem crianças ser tão cruéis?! – Disse Genma.

— A História não acaba aqui. Quando Hana morreu, ela começou a assombrar a Mansão e todos que aqui residiam. Ela não queria ficar sozinha, então queria uma amiga, alguém para brincar nos campos com ela, pois isso pediu para Ryoku se jogar no lago. Além disso, existem outras crianças aqui, essas crianças são as mesmas que Ryoku matou por vingança, por isso esses espíritos dessas crianças tem medo da Hana.

Cold então se pronuncia;

— Eu tenho a parte da História que você não sabe Sam, porque você viu oque Hana viu. Não o que ela sabe, e se ela estiver aqui ela saberá agora que irei dizer. Quando fui ao vilarejo, eu descobri coisas sobre essa casa, que realmente era da tal família que você mencionou. Após os incidentes e morte das crianças eles decidiram ir embora do lugar, mas ninguém sabe para onde foram, e a Mansão esteve abandonada durante 80 anos, até ser comprada recentemente. Sobre Hana, eu vi alguns documentos de registros falando sobre, e envolvendo alguns crimes que aconteceram com relatos. Hana foi abandonada aqui pelo pai “Toge” quando tinha 5 anos. Ela era abusada sexualmente por ele , e para esconder isso de sua esposa "Howaito Bara", ele abandonou a menina aqui. Dizendo que Hana havia desaparecido, enquanto seu pai também estava traindo sua mãe com outra mulher. Tempos depois eles se separaram, e a mãe de Hana ficou sem chão. O mundo dela desabou e a vida dela parecia não ter mais propósito, foi quando o seu marido disse a ela que Hana estava viva e que estava aqui, nessa Mansão. Com ódio de seu marido, Howa o assassinou junto de sua amante, e fugiu para a montanha até a mansão. Chegando aqui, ela perguntou sobre Hana, mas era tarde demais e ela provavelmente já havia falecido abaixo da pedra, pois relataram que a menina havia desaparecido. Com isso, a última gota de esperança de Howa se foi e ela resolveu ir até a floresta atrás da mansão, onde existe um poço. Lá ela se jogou, onde tempos depois seu corpo foi encontrado. O corpo de uma mãe que teve a filha tirada por um maldito sem coração, que era o pai.

Sam fica sem reação e começa a chorar, desacreditada com tamanha tragédia;

— Existe uma coisa chamada dor e sofrimento, física, psicológica, eu passei por isso, mas isso que Hana passou, é emocional, a partir do momento em que o psicológico é destruído não existe mais o emocional. Elas sofreram da pior forma que se possa imaginar, elas sofreram por amor e foram levadas pelos seus sentimentos. – Disse Cold de cabeça baixa.

Genma e Ryoku permanecem em silêncio com a situação. Ryoku não sabe como agir, Genma limpa as lágrimas de seu rosto no momento;

— E agora o que vocês irão fazer? – Perguntou Genma.

— Levar a filha de volta para a mãe.

Então naquela noite, às 3 da manhã o céu ficou estrelado, as flores e rosas ficaram vivas e Sam estava lá para apreciar;

— É aqui - Disse Cold olhando para a pedra.

— Entendo.

— Bem vamos, empurremos isso, um... dois... três!!

Eles empurram a pedra e veem um buraco, e lá está o esqueleto de Hana. Os ossos de uma potrinha que foi deixada alí e através do ódio e raiva fez tudo isso. Cold com ajuda de Sam começam a coletar os ossos e colocam eles dentro de uma caixa;

— E agora? – Perguntou Sam.

— Levamos até o poço onde a mãe dela se suicidou, onde acredito que seu espírito está.

Eles então levaram os restos de Hana até o poço e jogaram lá. Nesse momento ouviram um grito de várias crianças vindas da mansão. Gritos de dor, de desespero, mas por um momento aqueles gritos pararam, é como se tivesse encontrado um fim para o desespero e os espíritos foram libertados, quando de repente, Cold e Sam se deparam com uma forte luz vinda do poço e algo começa a aparecer. Era uma luz amarela, e aconchegante, eram Hana e sua mãe Howa juntas abraçadas. Nesse momento a floresta ficou repleta de luz, e um calor morno tomou conta do momento trazendo conforto, aconchego e felicidade. Hana estava feliz e sorrindo por se reencontrar com sua mãe, quando ambas olham para Cold e Sam;

— Muito Obrigada por tudo – Disse Hana.

— Muito Obrigada por me reencontrar com minha filha. – Disse Howa.

Sam sorriu, e chorou;

— Não há de quê.


E assim o espírito de Mãe e filha se reuniram e subiram juntas para as estrelas onde ficarão juntas para sempre;

— É, parece que nosso trabalho termina por aqui – Diz Cold.

— Antes de irmos tenho algo que quero fazer. – Disse Sam contente.

Ambos voltam para a mansão, para buscar suas coisas e se despedir de Genmaicha e Ryokucha;

— Muito obrigada Cold e Sam, vocês nos ajudaram muito, sei que as coisas podem mudar e melhorar daqui para frente – Disse Genma supercontente.

— E irão, sei que é difícil no começo mais ocêis vão conseguir, poderão ser aquela família feliz novamente – Disse Sam.

— Sim, muito obrigada! – Disse Genma enquanto abraçava Sam fortemente.

— Não há de que.

— E o nosso pagamento? – perguntou Cold.

— O paga...mento? Ah, sim! Er... ai, desculpe mas não tenho como pagar vocês. – Disse Genma.

— Como??? Por quê? - Questionou Cold.

— Todo o dinheiro que tínhamos para economia e para pagar vocês estavam no quarto da Kottonfurawā. – Disse Genma com tom de tristeza.

— Ah, tudo bem, não faz mal! O importante é que estão todos felizes e deu tudo certo! – Diz Sam.

— Sim, não se preocupe. – diz Cold.

— Sério?! Muito obrigada!

Neste momento Ryoku vem correndo;

— Sammy-Chan!!!


— Oi Ryoku! Veio se despedir da Sam? – diz Sam

— Eu não quero que você vá embora, por favor fique!

— Ryoku, eu não posso, eu tenho que voltar para casa.

— Mas quem vai cuidar de Ryoku sem a Sammy-Chan aqui?

— Sua irmã vai estar aqui procê, não se preocupe não, e ocê vai me prometer que vai cuidar dela okey?! Aquilo que combinamos.

— Certo!

— Promete?

— Prometo!

— Então dá um abraço aqui na Sam. – Diz enquanto abre os braços para receber Ryoku.

— Então é isso, até mais Sammy-Chan.

— Até. Aliás, aqui. Fique com isso – Sam entrega seu chapéu a Ryoku.

— O seu chapéu...

— Sim, para se lembrar de momentos em que ocê deve ser forte, para lembrar que ocê consegue, para lembrar quem ocê é, para lembrar da sua grande amiga Sam.

Ryoku começa a chorar;

— Obrigada Sammy-Chan!!! - Diz enquanto chora abraçando Sam forte contra o peito. – Tchau Sammy-Chan!

— Adeus... pequena Ryoku.

Cold e Sam Acenam para Genmaicha e Ryokucha, dando sua despedida, enquanto o Sol está nascendo mostrando sua beleza do amanhecer novamente. Cold e Sam param no alto do morro antes de descer as escadas e olham o lindo nascer do Sol, quando eles olham para atrás e observam Genma e Ryoku brincando juntas como não faziam a tempos, tirando um sorriso de Sam;

— Sabe Cold...

— Hm?

— Nós realmente passamos por batalhas e situações difíceis, mas sabe qual é a melhor parte do nosso trabalho em tudo isso que nós fazemos e caçamos?

— Qual?

— É ver o sorriso das vidas que salvamos. Faz todo esse esforço ter valido a pena.

Cold olha para as duas ;

— Você tem razão, é a coisa mais gratificante que recebemos, é ver que fizemos alguém se sentir feliz novamente.

 Ambos falam;

Como se tivesse iluminado o Dia em uma noite Escura.

— Cold... – Fala Sam de forma suave.

— Que foi amor?

— Ocê pretende ter uma filha um dia?

— Claro que sim, mas prefiro esperar o momento certo em que toda essa maluquice de monstros e espíritos fiquem mais de boa em nossas vidas.

— Eu também, o que acha de morarmos em um campo, ter nossa fazenda, respirar o ar puro de uma vegetação verde, onde poderemos ver as estrelas a noite bem mais bonitas?

— Eu aprovo essa ideia!

— Hahahaha, eu sei.


— Enfim, vamos embora, estou afim de tomar um café.

— Ocê só pensa em café Cold...

— Quando não estou pensando em você...

Sam fica toda corada por ouvir isso;

— Te amo Cold, obrigada de novo por me salvar.

— Também te amo Sam, e eu faria de tudo por você.

— Eu sei.

Eles se beijam e se abraçam com muito carinho quando Cold fala ;

— E então Sam... está afim de comer uns bolinho?

— AH não! Chega de Bolinhos!!!

E ambos descem as escadas abraçados para voltar para casa para voltar a AppleLoosa.

Fim.
 



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