O Best Seller de Emily Taylor escrita por God Save The Queen


Capítulo 11
Capítulo 11




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— Então... – estávamos em frente à porta do meu apartamento. Logan parecia um pouco constrangido e eu não sabia bem por que.

— Então...

— Você quer entrar? – perguntei de súbito. Ele me olhou por alguns minutos e acho que notou meu constrangimento.

— Não sei, está tarde, não é? – dei de ombros.

— Bom, ainda não são 23 hrs, ainda é cedo comparado com chegar ás 4 da manhã. – ele sorriu.

— Tem razão nesse ponto, mas não quer dizer que toda vez que a gente sair eu tenha que dormir na sua casa. – fingi cara de surpresa.

— Eu não estava te chamando pra dormir aqui. – claramente Logan não sabia onde se esconder.

— Claro que não... eu só... quer dizer... – dei um beijo na sua bochecha e sorri.

— Estou brincando com você. Entra logo.

— Emily...

— Se entrar, deixo você ler um trechinho do livro... – seu rosto se iluminou.

— Você sabe negociar, Taylor.

     Logan parecia um pouco perdido o que só o deixava mais fofo, peguei seu casaco e o cachecol e pendurei ao lado da porta, apontei para que ele sentasse no sofá.

— Quer beber alguma coisa?

— Algo quentinho? – sorri.

— Chocolate quente?

— Perfeito. Posso fazer?

— Você é meu convidado.

— Somos amigos, Em. Não custa nada.

— Tudo bem, você que sabe.

— Sente se, relaxe ou tome um banho quentinho que já estará pronto. – por alguns minutos fiquei o encarando encostada na porta do quarto. Logan mexia no cabelo de forma inconsciente e piscava mais do que o necessário.

— Tudo bem? – perguntei e ele deu de ombros.

— Você ainda me deixa nervoso, Emily Taylor. – revirei os olhos.

— Nem sabia que te deixava nervoso antes, por que está agora? – para minha surpresa, ele suspirou e se virou pra ir à cozinha.

— Pra alguém tão inteligente, você é meio burrinha ás vezes.

— Está me ofendendo na minha própria casa?

— Não é ofensa se for verdade.

— Ah, certo. Pois bem, eu vou tomar um banho então, por acaso você sabe fazer chocolate quente? – a expressão que ele me devolveu me fez dar meia volta e entrar no quarto.

     Meu primeiro pensamento foi: Que droga eu estou fazendo? Eu sei que as coisas estão melhores entre nós, mas eu não quero que ele crie muitas expectativas. Não pretendo que nada demais aconteça, entretanto se for isso que ele está pensando como vou lidar?

     Entrei debaixo da água quente e respirei fundo, cá estava eu pirando de novo. Não tinha necessidade de toda essa preocupação, o certo é deixar que as coisas aconteçam... Mas e se eu deixar rolar demais e estragar tudo? Como eu vou saber o que tem que ser feito? Ai, caramba. Ter um relacionamento de mentira era mais complicado do que eu tinha imaginado.


>>o Ponto de vista: Logan

    Enquanto eu mexia o chocolate quente no fogão, podia ouvir o barulho do chuveiro e por mais que eu não quisesse pensar nisso, não conseguia não pensar nela lá e o quanto eu queria fazer companhia.

Você não pode pensar essas coisas, cara. — o lado mais coerente da minha consciência tem razão. Ela não quer um cara assim e eu não quero ser esse cara.

Isso é meio verdade. Porque nós três sabemos que você está louco para...

Já chega! Vocês sempre parecem o anjinho e diabinho dentro da minha mente.

Deve ser porque seu lado depravado, nunca é inteligente. — tive que concordar com ele, por isso que era o esperto.

Mas pelo menos, quando eu entro em ação, todos nós nos divertimos. Afinal, se não fosse pela minha insanidade não estaríamos aqui. Porque se eu bem lembro, seu lado “inteligente” não queria aceitar a proposta da Emily-maravilhosa-Taylor. — agora era um empate.

     Enquanto eu estava em um conflito interno, o celular de Emily começou a tocar. Ele estava em cima da bancada da cozinha e eu não sabia se deveria ou não atender, acho que não tínhamos total intimidade pra isso. Por via das dúvidas mexi mais um pouco o chocolate e desliguei o fogão, pensei seriamente em deixar tocar até o fim, mas quando eu vi o nome da chamada, não resisti, achei que seria muito interessante.

— Alô? – se fez um silêncio de alguns instantes na linha.

— Emily? — ela parecia bastante surpresa.

— Não, é o Logan.

— Logan? Que Logan? Esse é o celular da Emily, não é?— soltei uma risada.

— Sim, esse é o celular dela. Emily está no banho. Você deve ser a senhora Taylor?

— E quem é você?— tentei controlar o riso.

— O namorado.

— Da Emily?

— Sim.

— Até parece! — a incredulidade me deixou curioso – Emily não tem namorado.

— Ela tem agora.

— Ah, meu Deus. E ela não me conta nada? Caramba! É um prazer, Logan. Você estuda na New York University também?

— Não, Columbia. Nós nos conhecemos em uma cafeteria.

— Uau, Columbia. – ela parecia que estava prestes a chorar. – Nem acredito que Emily fisgou você, ela sempre foi meio burrinha. — dessa vez, não segurei a risada.

— Acho que de vez em quando ela ainda é, senhora Taylor. – ela soltou uma risada bastante parecida com a da Emily.

— Por favor, me chame de Helen. Então, você vem para cá no dia de Ação de Graças?

— Infelizmente não.  Eu tenho que ir pra casa, é um dia sagrado pra minha mãe. Não posso perder.

— Ah, que coisa linda. Tem razão, e o Natal? Têm planos pro Natal?

— Acredito que não, posso ver com a Em.

— Em? Parece até a realização de um sonho. – sufoquei a risada. – Sim, fale com ela. E se precisar de ajuda, me liga, que eu a forço a vir, Emily ás vezes esquece que tem família.

— Não se preocupe que não vou deixá-la faltar.

— Já gosto de você, Logan. Espero vê-lo no Natal.

— Eu também, senhora Taylor.

— Helen! Até mais, dê um beijo na Emily por mim.

— Pode deixar.

— Hum... Lindos!— e desligou.

     Conversar com a mãe da Emily me fez perceber o porquê dela ser tão doidinha. Com certeza ela era uma pessoa divertida e cativante, mesmo não oficialmente eu já estava gostando de fazer parte da família.

— E aí? Está pronto? – Emily estava secando o cabelo vindo à minha direção, mas parou quando viu que eu estava rindo. – O que foi?

— Eu atendi seu telefone. – ela arregalou os olhos.

— Como é?

— Sua mãe te ligou e eu não resisti, tive que atender. – ela conseguiu arregalar mais ainda.

— Você fez o que?

— Atendi a ligação da sua mãe. Ela parece ser uma pessoa incrível.

— Ah.Meu.Deus! O que você disse pra ela?

— Que era o seu namorado. – Emily parecia que ia desmaiar.

— Namorado?

— Sim, ela até me chamou pro Natal.

— Natal?

— Exato. Acho que ela gostou de mim...

— Gostou?

— Você vai ficar repetindo tudo o que digo? – ela sentou no sofá com as mãos na cabeça.

— Agora eu não vou ter paz.

— Estranhamente Helen parecia bem surpresa com o fato de você ter namorado. – seu rosto transparecia pura incredulidade.

— Helen? Sério?

— Sim.

— Certo. Acredito que seja porque desde o meu último namorado, tipo há uns 2 anos e pouco, não fiquei com ninguém.

— Tipo, nenhum namorado ou...

— Ninguém mesmo. Nada de beijos, nem encontros. – agora eu estava surpreso.

— Mas você está na faculdade...

— Eu não queria distrações. Estava começando a escrever para a revista e tem os posts do Instagram. Minha vida estava corrida demais sem ter que inserir um cara no meio.

— Uau. E mesmo assim resolveu sair comigo.

— Sim, mas não é um relacionamento, tipo, de verdade... – eu tentei evitar a expressão de frustração, parecia que meu coração tinha despencado do Empire State.

— Certo... Bom, vamos tomar chocolate quente?

— Claro. Espero que esteja bom.

— É claro que está bom. Confia em mim.

— Eu confio, poxa.

      Emily colocou duas canecas térmicas na bancada e eu as enchi, com um sorriso, ela chegou a fumaça do chocolate perto do rosto. Como ela ficava linda assim. Seu cabelo castanho cacheado estava um pouco molhado e caía de um jeito lindo pelos seus ombros, seu nariz franzia um pouco quando ela sorria deixando as pequenas sardas ainda mais fofas.

Fofas, Logan Blake? Fofas? – aparentemente meu lado um tanto depravado desaprovava minha escolha de palavras.

Saí daí que eu estou ocupado.

— Logan? – Emily parecia confusa.

— Oi?

— Perguntei se queria ler o livro agora.

— Claro. Vai me deixar ler tudo? – ela revirou os olhos.

— Claro que não. Vou te deixar ler um pedaço do primeiro capítulo.

— Um pedaço? – fiz uma careta.

— Exato e sem pitacos porque o livro não é seu.

— Teoricamente ele é praticamente meu já que eu sou o personagem principal.

— Mas sou eu que estou escrevendo. Se quiser, escreva seu próprio livro.

— Caramba, Em, que hostilidade. Tudo bem, me mostre.

     Sentei no sofá com as nossas canecas enquanto Emily foi pegar o notebook. Eu estava bastante curioso pra ver como eu era pelos olhos dela, como agia e pensava.

— Eu quero apenas críticas construtivas, viu? – falou ela me entregando o notebook.

— Pode deixar.

— Estou falando sério, Logan Blake, seriedade. Esse é o trabalho da minha vida.

— Eu sou sério, Emily Taylor. Não se preocupe.

— Certo... – ela não parecia tão certa.

— Posso ir lendo tudo?

— Pode, ué.

     Abri o primeiro capítulo com cautela e comecei a ler. A primeira coisa que eu pensei era que Emily escrevia muito bem, era fluído e interessante, leve de um jeito gostoso. Fazia a gente querer mais. A história era a partir do ponto de vista de Ryan Finlay e aparentemente eu era um cara legal.

“Ryan Finlay sentia que estava diante de uma enorme aventura, embora não soubesse nem o nome dela. Os olhos dela estavam concentrados e corriam pela página de uma forma viciante [...]”.

— Você é boa. – falei e Emily abriu um dos sorrisos mais lindos que eu já tinha visto.

— Sério?

— Com certeza. Eu até fiquei interessante escrito por você.

— Fala sério, Blake, se você não fosse de fato interessante não teria porque eu escrever sobre você. – dei de ombros, embora tivesse feito bem para o meu ego.

— Na verdade acho pura licença poética. – ela revirou os olhos, mas sorriu.

— Que bom que gostou.

     Continuei correndo os olhos pelas linhas do seu livro e por mais que eu não quisesse admitir queria correr para ler como ela descrevia o beijo. Ler sobre isso era um jeito de entrar na sua mente de uma forma mais simples.

— O que está procurando? – perguntou Emily curiosa.

— O beijo. – ela pareceu enrubescer.

— Não leia isso.

— Claro que sim. Quero ver o que você pensa a respeito, vai ver você detesta por isso fica fugindo de mim.

— Não é por isso que eu fujo de você. – sua voz era um sussurro.

— Então assume que eu beijo bem.

— Logan.

— Eu só preciso ler essa parte, por favor. – antes que ela pudesse responder, eu achei.

“Eu podia sentir sua respiração, seu peito subia e descia com rapidez, era a adrenalina e sinceramente eu gostava de pensar que era causada por mim. Seu cheiro era floral, com um toque amadeirado [...]”.

— Que droga de cheiro é esse? – perguntei.

— Como assim?

— Ninguém tem esse cheiro, Emily.

— Precisamos descrever muito bem para que os leitores possam se sentir dentro da história.

— Mas não existe esse cheiro, Taylor. As pessoas não pensam assim. Se você falasse que ela tem cheiro de morango ou de chocolate, beleza, dá pra ter uma ideia. Agora floral com toque amadeirado? Tem milhões de flores, como é um cheiro floral? Um mix de flores diferentes? E que cheiro tem a madeira? – Em começou a rir descontroladamente.

— Logan... você...

— O que foi?

— Eu só... – parecia que eu fazia cócegas nela de tanto que ria. Ela estava linda assim.

— Você está me deixando ainda mais confuso. – quando ela finalmente se acalmou, virou pra me olhar com um sorriso.

— As coisas são tão simples pra você. Tem razão, eu vou trocar isso, pode deixar. Mas que cheiro ela deve ter? – e antes que eu pudesse pensar direito me aproximei dela. Emily parecia ter prendido a respiração.

— Chocolate e sabonete líquido de laranja.

— Como você... – dei de ombros.

— E é um cheiro delicioso. – por alguns segundos, Em me encarou. Seus olhos dilataram me pegando de surpresa, o que será que estava se passando na cabeça dela?


>>o Ponto de vista: Emily

     Logan de repente parecia irresistível aos meus olhos. Eu só queria que ele parasse de parecer assim porque estava cada vez mais difícil e estava tão perto...

— Emily... – sua voz era uma súplica que fez meu coração se derreter aos pouquinhos.

— Logan, eu... – ele me beijou como em um impulso. Seus lábios encostaram-se aos meus e se afastaram tão rapidamente que ele parecia ter levado um choque.

— Desculpe. – mas Logan não parecia arrependido e antes que eu parasse pra pensar, o beijei.

     Inicialmente ele tinha sido totalmente pego de surpresa e seus lábios estavam firmes, mas Logan se recuperou rápido e relaxou. Percebi que ele tinha colocado o notebook no chão e segurava minha cintura pra chegar mais perto. Por um mero segundo pensei em me afastar porque isso não era certo, mas eu o queria. Era isso, e queria muito, então dei esse pequeno momento de prazer pra mim.

     Uma das suas mãos se entrelaçou no meu cabelo enquanto a outra me puxava pra perto. Nossos peitos se encostavam e eu podia sentir seu coração acelerado, passei as mãos pelo seu cabelo e me perdi no céu da sua boca. Eu me afastei para respirar, mas Logan começou a beijar meu pescoço, seus lábios eram macios e deixavam minha pele ainda mais quente e meu corpo completamente arrepiado. O que não ajudava em nada no quesito respirar.

— Logan... – minha voz era um sussurro e um gemido escapou da minha boca.

     Seus lábios seguiram uma trilha de beijos de volta a minha boca e eu estava tão envolvida que não me importei por ele ter nos deitado no sofá. Seu corpo estava em cima do meu e eu o sentia em cada pedacinho dele, mas no instante que eu senti sua mão levantar levemente minha blusa algo em mim ligou o alerta e eu empurrei levemente seus ombros. Logan abriu os olhos e me encarou, seus olhos cinza estavam mais escuros e seu cabelo completamente bagunçado, eu quase me arrependi de tê-lo afastado.

— Desculpe... é que... hum... – como eu ia dizer isso?

— Não, tudo bem, eu que peço desculpas. Eu perdi a cabeça.

— Eu também. – ele levantou lentamente e sentou no sofá claramente muito constrangido. – Mas não me arrependo.

— Nem eu, Emily, nem eu. – seu sorriso não chegava aos olhos e eu senti que o tinha decepcionado de alguma forma.

Provavelmente é frustração. – exclamou minha querida consciência.

Frustração?

Sim, Emily, querida. Estamos todos assim.

— Acho que o chocolate esfriou, vou esquentar. – falou ele me tirando da minha conversa interna e levantou com as canecas na mão em direção a cozinha.

— Ah, tudo bem. – respirei fundo e ajeitei o cabelo. Alguns minutos se passaram e o silêncio estava desconfortável – Você quer ver algum filme?

— Qual?

— Não sei, podemos escolher alguma coisa que nós dois curtimos.

— O que você costuma assistir?

— Nessa época? Filme de Natal. – ele soltou uma risada.

— Filme de Natal? Sério?

— Sim, claro. Impossível que você não goste, eles são sempre lindos e românticos.

— Na verdade é bem possível. Mas sim, claro, filme de Natal.

— Tem certeza?

— Com certeza. – Logan apoiou as canecas na mesinha de centro e sentou ao meu lado. – Só escolher.

— Escolha um que você não tenha vontade de se matar que eu já volto. – entreguei o controle na sua mão e fui ao meu quarto pegar uma coberta.

     Peguei o cobertor e sentei na cama por alguns segundos. O que eu tinha acabado de fazer? Eu tinha perdido completamente a cabeça, não estava pensado e deixei meu corpo comandar a situação e sinceramente, não tinha como isso acabar bem. Pelo menos, não agora.

— Encontrei. Tem tudo o que você provavelmente gosta: romance, neve e muita música de Natal. – sorri e saí do quarto com o cobertor na mão. Logan já tinha aberto o sofá para que pudéssemos deitar.

— Não dá pra ver um filme desses com chocolate quente sem coberta. – ele assentiu.

— Sem dúvida.

     Sentei ao seu lado e estiquei o cobertor sobre nossas pernas e peguei nossas canecas. Estávamos bem perto um do outro e o cheiro do chocolate estava delicioso, era muito fácil estar ali com ele, fazia com que eu me sentisse bem.

— Posso dar play?

— Por favor.

>>o

     Quando o filme acabou, meus olhos estavam cheios d’água. O filme era muito lindo e eu não tinha conseguido me conter, embora Logan estivesse impassível.

— O que achou? – perguntei.

— Não deu vontade de me matar. – soltei uma risada.

— Fico muito feliz.

— Você deve ter gostado já que chorou, a não ser que sejam lágrimas de decepção. – revirei os olhos.

— Claro que eu gostei, foi lindo.

— Certo. – ele não parecia tão certo. Espreguicei-me e me enrolei ainda mais no cobertor.

— Aqui está tão quentinho que não dá vontade de levantar.

— Então não levante. Posso dividir minha cama com você. – falou em tom de brincadeira.

— Sua cama, é?

— Com certeza, a menos que queira dividir a sua comigo.

— Você não quer tomar um banho? – perguntei um tanto desconcertada.

— Tá bem. Posso pegar aquela calça emprestada de novo?

— Sim, está no meu closet. Em cima da cadeira.

      Logan assentiu e se caminhou para pegar a roupa, em seguida com ela na mão, entrou no banheiro. Eu tentei não o seguir com o olhar, mas não obtive sucesso. Ele era... uau e eu estava quase me rendendo completamente ao seu charme.

>>o

— Emily? – abri os olhos lentamente. Eu estava deitada no sofá e esperei para processar o que tinha acontecido. – Você dormiu.

— Ah, desculpe. – falei ainda grogue.

— Você quer que eu te leve pra cama? – aproveitei que poderia usar o sono como desculpa e levantei o cobertor.

— Entre aqui. – Logan sorriu e deitou ao meu lado. Graças a Deus, o sofá parecia uma cama ao abrir, mas mesmo assim, ele estava bem perto.

     Por alguns segundos ele apenas me encarou, seu cabelo estava um pouco molhado e ele cheirava a sabonete. Assim de perto, pude perceber que sua barba estava começando a crescer e seus lábios estavam vermelhos.

— Você é linda. – sorri, sua voz em um sussurro fazia meu coração acelerar.

— Estava pensando a mesma coisa. – sussurrei de volta e seus olhos escureceram. Logan colocou a mão na minha cintura e me puxou pra perto, estávamos bem, bem perto.

— Emily... – me surpreendi com o modo como ele disse meu nome. Era quase em adoração e eu não estava acostumada com isso. Não sabia como reagir, antes que eu precisasse fazer alguma coisa, ele encostou seus lábios nos meus e eu automaticamente fechei os olhos. Sem pressa, ele fazia carinho na minha bochecha e me dava beijinhos leves, quase como o bater das asas de uma borboleta. Quando se afastou, olhou dentro dos meus olhos.

— Eu... – ele pareceu pensar – acho que deveríamos dormir. – não era isso que ele ia dizer, era óbvio. Mas como tinha ficado com receio do que ele realmente queria falar, não insisti.

— Tudo bem. – Logan começou a fazia carinho na minha cabeça entrelaçando seus dedos nos meus cachos.

— Boa noite, Emily.

— Boa noite, Logan. – em poucos minutos, adormeci.


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