Herança Real escrita por TessaH


Capítulo 39
Dois É Melhor Que Um


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente, me perdoem a demora! Esse finalzinho da história está me dando um trabalhinho para programar, mas estamos seguindo. Não sei se perceberam ou se sacaram qual é a solução de Serena e Pierre!

Gostaria de dizer que eu quero MUITO saber a opinião de quem acompanha e que me faz, de verdade, querer prosseguir. Quando vejo algum comentário logo me sinto compelida a aparecer aqui o mais rápido possível! Por isso espero feedback de vcs!



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"Há muito tempo

Para descobrir o resto da minha vida

E você já me pegou abrangido

Estou pensando dois é melhor do que um."

Boys Like Girls – Two Is Better Than One

 

Capítulo 36 - Dois É Melhor Que Um

 

O sol nascia preguiçosamente. E eu o acompanhava da mesma forma,  quase em piscar os olhos para não perder seus movimentos. Era lindo como o amarelo tingia a imensidão da água, e mais ainda era sentir aquele calor me tocar o rosto.

Quando eu imaginei que viveria um momento desse? Parecia surreal.

Espalmei as mãos sobre a cerca prateada e virei o corpo para fitar Conrad embolado em meio aos lençóis brancos. Parecia um anjo, dormindo serenamente, o sol tocando as partes de seu corpo que saiam do cobertor. Ressonava baixinho, por isso me aproximei e toquei seus cabelos, passeando pelos fios pretos desalinhados e me perguntando em que mundo paralelo eu iria, alguma vez, dividir essa intimidade com aquele engomadinho futuro duque que eu havia conhecido há alguns meses.

Mas ele era mais do que isso, já havia me mostrado. E a sensação de sorte decorrente disso não saia do meu corpo. 

Continuei fazendo carinho em Conrad discretamente, com as pontas dos dedos contornando seu rosto, seus lábios e o sorriso que estava colado ali.

Ele se remexeu e virou-se para mim.

— Bom dia, sereia.

— Bom dia, duque - sussurrei ao vê-lo abrir o sorriso e segurar minha mão.

— Vejo que não obtive sucesso em fazer uma surpresa para você antes que acordasse.

— Tenho um sono desregulado.

— Puxa vida - ele riu e me deu um beijo na cabeça quando levantou. - Estragou meus planos, mas foi impossível resistir à melhor noite da minha vida.

Meu peito se aqueceu ao ver aquele ser deslumbrante em toda sua beleza, se espreguiçando sob o sol com aquela pele, músculos e contornos maravilhosos, e falando de uma noite comigo.

— Só peço que me perdoe - brinquei e também levantei. - Foi minha melhor noite também.

— Ainda bem, cortaria meu coração se me enxotasse depois disso - ele me abraçou. 

— Precisamos voltar - eu gemi baixinho, contrariada em ter que sairmos daquela bolha de sonho. - Não queria causar problemas lá na casa.

— Eu sei, infelizmente. Já vamos, sereia, vou só me arrumar. Eu amo você.

Conrad se despediu com um beijo em minha bochecha e foi para a parte de dentro do barco. Suspirei, cansada.

Tínhamos que voltar para a realidade, não é?

Eu já estava pronta por ter acordado mais cedo que ele, mas não demoramos. Conrad logo colocou o barco na direção para voltarmos à costa enquanto eu via a água passar e ficar mais distante do melhor lugar do mundo que eu havia descoberto, ali, em mar aberto e na sua beleza.

— Ei, sereia, no que está pensando? - ele chegou perguntando ao meu lado. - Essas rugas na testa não negam que já está pensando em problemas.

— Eu não tenho rugas! - reclamei quando os dedos de Conrad passaram pelos vincos em minha testa.

— Tem sim, mocinha. - ele riu e continuou brincando comigo. - Mas então...?

— Estava só pensando no que terei que passar nesses dias. - desabafei, apertando fortemente a mão do homem que tinha se tornado um pilar para mim.

— Eu sei que é muita coisa, sereia, mas não fica dessa forma. Você não está sozinha, ok? - ele me abraçou. - Eu estou com você. Já disse que não sei viver sem você, garota, como acha que vai se livrar algum tempo de mim?

— Graças a Deus então - dei um soquinho em seu braço. - Obrigada por isso.

Conrad só me segurou mais forte em seus braços e ficamos vendo o sol se tornar maior sobre as águas, pintando todo o céu de um amarelo brilhante enquanto voltávamos para casa.

 

(...)

 

— Está entregue, meu amor - Conrad se esgueirou de seu banco para me dar um beijo. - Sentirei saudades.

Eu sorri entre seus lábios.

— Eu também. Pode me ligar, você sabe - eu respondi e desci de seu carro que estava parado em frente à casa em que eu residia por hora.

— Não vou te deixar em paz - Conrad desceu também e aproveitou para não quebrar nosso contato físico. - Eu amo você, sereia. 

— Eu te amo.

Ele riu bobamente, fazendo-me ter a vontade de repetir quantas vezes fosse só para vê-lo com aquela expressão.

— Até mais! - eu disse e foi ao encontro da entrada.

Estranhamente, estava tudo silencioso. Eu sabia que não era tarde, a manhã havia acabado de começar, mas ninguém estava em canto algum. Fiquei procurando-os por um tempo até ir ao jardim e me surpreender.

Tio Jean e Pierre estavam conversando com expressões sérias.

— Bom dia. - anunciei minha chegada e Pierre logo se levantou.

— Olá, garota, que bom que está com uma expressão mais feliz - meu amigo me saudou, porém não parecia o mesmo Pierre de sempre. O rosto contraído denunciava alguma coisa.

— Venha aqui, Serena querida. Vossa Alteza Pierre veio justamente aqui hoje para falar conosco. - tio Jean me estendeu a mão e, relutante, eu fui.

— O que você tem pra dizer, Pierre? Achei que já iríamos nos encontrar no Palácio amanhã, em alguma reunião.

Pierre pigarreou e desviou os olhos.

— Eu sei, porém o assunto não podia esperar.

— E do que se trata? - eu indaguei aos homens e os dois pareciam não querer me contar.

— Vossa Alteza pensou em alguma saída para nossa situação, querida. Nossa melhor chance, de forma que você já seria a princesa de Mônaco se quisesse.

— Mas como isso seria possível?! Não demoraríamos meses? Pierre, por que você não está falando nada?

Meu amigo me olhou com uma cara de pesar.

— Porque essa escolha requer sacrifícios, garota. Você vai conhecer o lado ruim de servir a uma nação; não somos de nós mesmos, mas servimos a interesses.

— O que você quer dizer com isso, Pierre? - meu peito se contraiu. 

— A solução apaziguaria todo o território, minha querida, a melhor saída para paz em nossas terras e ainda garantirmos seu direito. - tio Jean me respondeu.

Eu estava apreensiva.

— Pierre, me conta logo.

Meu amigo abriu a boca e eu percebi que tinha me arrependido. O maior arrependimento da minha vida.

Por que minha vida dava tantas voltas? 

Sacrifícios, sacrifícios... Eu arrancaria meu próprio coração como sacrifício por aquilo.

Infelizmente.

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Notas finais do capítulo

Olá, gente, me perdoem a demora! Esse finalzinho da história está me dando um trabalhinho para programar, mas estamos seguindo. Não sei se perceberam ou se sacaram qual é a solução de Serena e Pierre!

Gostaria de dizer que eu quero MUITO saber a opinião de quem acompanha e que me faz, de verdade, querer prosseguir. Quando vejo algum comentário logo me sinto compelida a aparecer aqui o mais rápido possível! Por isso espero feedback de vcs!



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