Herança Real escrita por TessaH


Capítulo 16
As Coisas Que Se Vive




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música do capítulo

 

Capítulo 16

— Serena, já é hora do chá. Quer acompanhar seu padrinho na biblioteca? Ele pediu para convidá-la. - Marie me abordou, naquela tarde, quando eu tinha acabado de desligar o telefone no escritório de Jean.

— Pode avisá-lo que irei logo, logo, Marie. - respondi e vi a governanta abandonar o recinto.

Na mesa de tio Jean - que há poucos dias eu tinha decidido chamá-lo assim, pois era mais prático -, tinha inúmeras folhas rabiscadas perto do telefone em que eu estivera falando com Vic. Minha amiga insistia em me manter por dentro dos detalhes da festa nem que fosse por chamada, de forma que eu respondia suas muitas perguntas e fazia desenhos aleatórios nas folhas.

Desde meu fatídico episódio no porto, preferi, novamente, ficar em casa. De onde eu não devia ter saído, na verdade. Depois de minha explicação para Marie e tio Jean, eles não me importunavam para que saísse, também, então preenchi meus dias com livros e conversas.

Jean Burnier parecia estar mais presente em casa desde meu quase desaparecimento, então nós nos aproximamos bem mais durante nossos chás de várias tardes.
Que por sinal, já estava na hora.

Segui para a biblioteca e o encontrei numa poltrona perto da mesinha onde repousava uma bandeja cheia.

— Olá, tio.

— Olá, Serena. Muitas coisas a decidir esta tarde? - Jean indagou quando desviou seus pequenos olhos do livro para pousá-los em mim.

— Você nem imagina! - suspirei e me joguei na poltrona ao seu lado. - Vic quis saber até cinco tipos safras diferentes! Como eu poderia saber? Tive que pesquisar e vamos rezar para que o príncipe goste.

Tio Jean riu e bebeu seu chá.

— Pelo menos isso a diverte, minha querida, não?

— Não posso negar mesmo.

— Está nervosa?

Ao ouvi-lo, recordei de meu compromisso pela noite.

— Ah, não, o senhor acaba de me lembrar.

— Desculpe, querida. Mas dará tudo certo.

Gemi, temerosa. E pensar que aquela bola de neve tinha começado por nada...

Em mais um dia em casa, Marie viera com sua mania de pedir para acompanhá-la. Ela sabia o porquê de eu querer estar mais em casa, porém às vezes era inevitável não ficar me perguntando se gostaria de ir até o mercado.

E eu sempre negava, tentando não ser chata.

— Serena, só dessa vez. Estou preocupada com você! Você não irá se perder, se este for o caso, ficará comigo todo o tempo! Prometo!

— Quando atendi a um pedido parecido, não deu muito certo.

— Prometo que não deixarei que a levem!

E se instalou uma discussão infindável. Mas ela me venceu pelo cansaço.

Droga! Eu precisava ser mais insistente também.

Eu a acompanhei até o mercado, mas, no caminho, minha curiosidade me impulsionou a observar uma cena que se desdobrava do outro lado da rua; um cachorrinho, que aparentava ser da rua, choramingava à frente de dois brutamontes, um dos quais tinha acabado de chutá-lo.

Eu não pude me conter. Como aquele idiota fazia aquilo? Ele não via que era só um cachorrinho?

Antes que eu pudesse pensar, já tinha atravessado a rua e ficado na frente dos dois homens.

— Você é cego?! Ele é só um cachorrinho, não faça mais isso!

— Saia daqui, garota. Ele não é problema seu.

— Agora é! Só podia ser um cara com um braço maior que o próprio cérebro para maltratar um animal que está no seu caminho! Use a pequena porção que resta na sua cabeça e desvie dele, caramba!

Depois de cuspir todas as palavras carregadas de ira, eu notei o olhar furioso do homem e podia jurar que ele faria em mim o que fez com o cachorrinho.

Bom, era um risco. E dane-se, estávamos no meio da rua!

Acho que só fui salva porque um fotógrafo nos abordou e rapidamente os homens foram embora, me deixando à mercê de várias perguntas do paparazzo - ele me disse que era de um tabloide, depois.

Eu só sei que quis levar o cachorrinho para casa, mas Marie proibiu e eu quase chorei na rua, então ela disse que poderíamos levá-lo a um abrigo que cuidava de animais da rua.

Senti-me péssima quando vi tantos deles ali e voltei para casa mais triste. Pareceu que minha foto na revista repercutiu rapidamente e, no dia seguinte, uma organização não governamental me contatou. Na verdade, fizeram contato através de Jean, que se mostrou muito orgulhoso de mim por algum motivo. Tio Jean me informou sobre a ONG desejar minha presença em um evento, dada à minha imagem associada a causa deles, e acabei aceitando. Não faria mal ir ajudá-los.
Até tio Jean me falar:

— Como eu sei que seu aniversário está chegando, tive a liberdade de doar uma generosa quantia para a causa beneficente dos animais abandonados em seu nome, querida. Sei que ficaria feliz em ajudá-los da melhor maneira.
Bem, eu fiquei feliz em ajudá-los, mas não saberia que por isso teria que ser a convidada de honra deles.
A embaixadora.
Meu Deus.
— Serena?
Tio Jean me trouxe de volta à realidade.
— Desculpe. Estava pensando em como me meti nisso tudo.
— Oh, querida, você está se envolvendo em algo que vale a pena, não fique assim
— É verdade... Só fico com medo de cair na frente de todos com os saltos que Marie fez questão de escolher para mim.
Jean deu uma risada.
— Tenho certeza de que será esplêndida. Não se preocupe. Que tal discutirmos outro clássico hoje?
Eu e ele tínhamos adquirido a estranha habitualidade em discutir alguns livros daquela enorme sala.
— Podemos sim.
Respondi e fui à procura de um pelas prateleiras. Acabei encontrando o velho envelope da outra vez e me lembrei do convite de casamento entre Alexandra e um tal de príncipe Jorge.
— Tio Jean...
— Diga. Já achou um?
— Já, mas queria tirar uma dúvida antes.
Jean assentiu, e mordi o lábio, apreensiva. Sabia que existiam limites quando o assunto era o passado que por algum motivo, Jean se esquivava e ficava longe de mim.
— O príncipe soberano, ou seja, o que governa aqui é o Louis, certo?
— Isso mesmo.
— E o filho dele que tem mais ou menos a minha idade se chama Pierre.
— Exato. O que foi?
— E quem foi o príncipe Jorge?
Jean crispou os lábios levemente e me respondeu depois de uma pausa.
— Foi o irmão mais velho de Louis. Ele era jovem e promissor, porém morreu cedo.
— O que aconteceu com ele?
— Ele se suicidou. - sucinto, tio Jean respondeu e eu percebi que o limite tinha chegado.
Jean fechou seu livro em um estrondo.
— Dizem que o príncipe Louis não é muito fã do trono, tio. - falei rapidamente para mudar de assunto e não afastar minha companhia. - E que por isso deseja logo passar para o filho.
— De fato, Louis teve que assumir algo que nunca fora para ele. Não se habituara nunca, em contrapartida seu filho foi criado para isso. Sua mãe deu a vida para que Pierre nascesse.
— Oh. - fiquei calada, sentida por saber que o príncipe, como eu, tinha crescido sem mãe. - Pobrezinho.
— É... Qual livro a senhorita escolheu para hoje? Temos que ser rápidos para que dê tempo de se arrumar.
Balancei a cabeça, afastando os pensamentos de condolência que sentira por Pierre.
— Sim, certo. Será este aqui.

(...)

— Que tal este? - Marie me empurrou um vestido preto.
— Muito ousado.
— Querida, neste evento você será a estrela! Não pode ir de qualquer jeito mais, Serena.
— Ei! Como assim qualquer jeito? É só mais simples...
— Terão vários olhares, Serena, a partir de agora para você. Sem contar que hoje terão presenças únicas! Membros da realeza!
— Que eu saiba só a filha do diretor geral.
Ai, eu sabia que teriam várias revistas e coisas do tipo porque só Vic confirmando presença, já era suficiente.
Suspirei.
— Suas antigas roupas foram substituídas, viu, Serena querida? - Marie me informou e continuou procurando no guarda-roupa, pela infinidade de roupa que encomendados a mando de Jean.
— Muitas coisas de festa.
— Terá que se acostumar, Serena.
— Infelizmente. Iremos como?
Marie pegou um vestido curto, estilo sereia, com detalhes brilhantes no ombro.
— Muito bonito, devo admitir.
— É a sua cara! - Marie vibrou. - Vamos logo, pois faltam cabelos, maquiagem...
Marie tagarelou. Suspirei. O que eu não fazia por pobres cachorrinhos?
.
.
.

Tio Jean tinha me abandonado em seu carro preto.

Eu sabia disso, pois uma elegante senhora, sendo acompanhada de um segurança, abriu a porta do carro e me chamou para entrar.

— Seja bem-vinda, Serena. Você faz parte desta celebração. – a senhora me estendeu a mão e não tive opção senão aceitá-la.

Vieram os flashes ao mesmo tempo e uma balbúrdia se instalou.

— Não se preocupe com os fotógrafos, é apenas curiosidade. – a senhora me acompanhou pelo caminho até entrarmos no prédio. – Mas é um evento da sociedade, afinal fazemos um belo trabalho. Obrigada por fazer parte dele.

— Não se preocupe – balbuciei as palavras quando pude respirar longe das câmeras. – Fico feliz em ajudar.

— Fique à vontade, Serena. Começaremos quando nossos outros convidados chegarem, mas seu padrinho já está cumprimentando os outros.

Assenti para a senhora (Jean tinha falado sobre a diretora da associação, que parecia ser ela), e fui ao encalço de meu padrinho. Encontrei-o numa rodinha e, discretamente, o puxei na minha oportunidade.

— Tio Jean! Por que me deixou entrar sozinha como uma presa ao redor de leões?!

Apesar de meu descontentamento, Jean riu.

— Querida, era necessário, você é a convidada de honra deles, não eu.

— Mas era meu acompanhante. – ralhei.

— Oh, perdão. Por que não vai observar o lugar? Lá em cima está tendo uma exposição de fotógrafo italiano renomado.

— Depois eu irei.

Deixei que Jean voltasse à conversa com seus conhecidos e meus olhos pousaram no púlpito arrumado no centro da sala.

Eu ia falar ali.

Meu estômago embrulhava só de imaginar.

Passei um bom tempo andando pela sala, com fotos de vários animais mal cuidados sendo transformados em animais fofos e me lembrei por que tinha me sujeitado àquilo.

Quando a sala começou a encher e vários desconhecidos me abordarem, optei por fugir por enquanto. Bebi o resto de champanhe que tinha em minha taça e a deixei na mesa, partindo para um canto escuro que indicava uma escada.

O andar superior mais parecia um apartamento totalmente em branco com fotos espelhadas em sua parede. Uma música ambiente era ouvida e consegui relaxar da tensão que carregava.

Eram paisagens retratadas nas fotografias e eram inacreditáveis; lugares exóticos captados por uma pequena lente que prometia um novo mundo ao observador. Deliciei-me com cada lugarzinho e desejei ter a oportunidade de algum dia conhecê-los.

— Ora, finalmente a encontrei.

Aquela voz me fez sobressaltar.

— Conrad!

Vê-lo ali, impecável em um terno liso, diante de mim com um sorriso ladino me trouxe lembranças que eu lutara para não revivê-las.

— Que bom te ver também.

— É bom te ver, sim. – retruquei e ele se aproximou lentamente.

Quando estava a uma distância capaz de tocar meu ombro, ele murmurou:

— Como você está?

Eu entendi naquela frase toda a preocupação que ele carregava. Como não tínhamos nos visto por dias, desde aquele fatídico episódio do porto, ele não tinha como saber como eu estaria. Por reviver o que compartilhamos outrora, meus malares esquentaram, mas tratei de balançar a cabeça.

— Estou bem... – respondi, e ele, com sua mania, arqueou somente uma sobrancelha. – De verdade, Conrad, não precisa se preocupar.

— Sim. Isso é bom, então. – Conrad desviou os olhos para as fotografias expostas.

— Como me achou? – tive que perguntar, pois era improvável que fosse coincidência ele subir para o mesmo lugar que eu.

Mas Conrad não me respondeu. Seus olhos continuavam a observar as mesmas fotos que antes eu estava sonhando e parecia apreciar a música que soava.

— Todo mundo está lá embaixo. – prossegui.

— Você não é todo mundo. – retrucou rapidamente e voltou a ficar calado e observador.

Virei-me para vê-lo se afastar até um retrato de uma catedral gigante.

— O que houve, Conrad? – a pergunta voou de meus lábios antes que eu pudesse contê-la. Na realidade, eu estava mesmo estranhando o comportamento dele no momento.

— Sabe... – ele iniciou. – Eu tive um dia péssimo. Não, não. Eu tive dias péssimos.

Mordi o lábio, sem saber como respondê-lo.

— Ouvir uma música italiana nesta calmaria não poderia ser melhor.

— Você está entendendo a música? – perguntei, baixinho, e passei a ouvi-la com mais atenção.

— Sim. Além do inglês, o italiano me fascinou.

Conrad voltou para perto de mim e me estendeu a mão.

— Para compensar vários dias ruins, dançar me faria muito bem. Você quer?

Eu não podia negar. Mesmo que eu nem entendesse a música nem soubesse dançar aquele ritmo, não conseguia negar ao ver Conrad tão estranhamente retraído, diferente de todas as vezes, mostrando uma parte de si que parecia... Frágil.

Aceitei sua mão, relutante em tocá-lo, mas já sabia qual era a sensação de ter a sua palma colada à minha. Fiquei parada, presa no lugar, então ele, com um leve puxão, me trouxe próximo de si, parecendo um abraço. Pôs as mãos em minha cintura e fechou os olhos, balançando-se sutilmente, determinando um ritmo que passei a fazer parte.

—- dê play na música do cabeçalho do capítulo –

Minhas mãos pousaram em seus ombros e podia senti-los tensionados, e me perguntei pelo que ele tinha passado nesses dias para estar mudado.

— Não entendo a música – cochichei quando ele começou a sussurrá-la em um fluente italiano.

Pela primeira vez na noite, os olhos verdes me fitaram demoradamente até Conrad juntar sua testa na minha. E eu não sabia que estava sentindo falta de olhá-lo.

— Irei traduzi-la para você.

Anuí.

Quando a amizade, te atravessa o coração, deixa uma emoção, que não se vai.

"Não sei dizer como,
Mas só acontece.
Quando duas pessoas
Fazem um voo juntas.

Que nos leva no alto,
Além das outras pessoas.
Como dar um salto
Na imensidão...
E não há distância...
Nunca mais
Não é suficiente, se...
Se você já está dentro de mim
Para sempre."

Eu o seguia no balanço de nossos corpos e o olhava, mas Conrad só murmurava a música de olhos fechados.

"Abra os seus braços,
Me mande um sinal,
Não tenha medo, eu vou te encontrar
Você não estará mais sozinho...
Eu te encontrarei
Continuando o voo que
Me traz de volta para dentro de você
Para sempre.

Em qualquer lugar estarás
Em qualquer lugar estarei
Entre as coisas que você vive
Eu para sempre viverei
Em qualquer lugar estarás,
Não existirão limites..."

Para meu espanto, fui pega ao observá-lo. Conrad me fitou por longos segundos enquanto alguma coisa me fazia apertar ainda mais seus ombros.

Se era possível, seu rosto ia se aproximar ainda mais e eu sabia o que viria.

Mas não queria me afastar.

Eu estava preparada para saber como seria não ter distância alguma entre nossos lábios quando fui tomada por uma força que me fez arquear o corpo bruscamente, me afastando.

Como se tivesse acordado de um sonho, Conrad se viu com as mãos abertas e quando entendeu o que aconteceu, ele riu.

Riu alto.

E eu me senti queimar.

Por que raios eu tinha que ter espirrado? Naquele momento?!

— Ah, Serena! – ele exclamou e continuou a rir, ficando mais vermelho que eu.

— Meu Deus, que vergonha! Conrad, pare de rir!

O rapaz só me olhou mais uma vez e desatou a rir.

— Pare já com isso, está me deixando com mais vergonha!

O riso foi cessando de seu corpo, porém estava com o rosto afogueado. Eu também, mas por motivos diferentes.

— Só você, Serena. – ele murmurou, mas deu um sorriso imenso. – Até que você compensou meus dias ruins, hein.

— Para! – repreendi-o, mas também sorri.

Íamos nos beijar, porém o clima estranho não existiu. O que me deixava aliviada por não passar mais uma vergonha.

— Gostou da música, pequena?

Revirei os olhos para o apelido abreviado, posto por conta de minhas inabilidades.

— Até que é bonita. – eu o provoquei, pois percebi o quanto ele gostava da mesma música.

— Deve ter adorado! Essa música é incrível!

— Pode ser.

Conrad riu mais uma vez e deduzi que tivesse se lembrado de nosso quase momento. Soltei-lhe um olhar reprovador até que ele baixou os olhos para seu relógio.

— Está quase na hora de seu discurso. Vamos lá?

Respirei fundo para encarar mais um desafio e esquecer o que tínhamos feito.

— Vamos.

Fui à frente, mas Conrad insistiu em manter uma mão em minhas costas como se me conduzisse.

— Para não cair. – ele explicou depois de eu olhá-lo interrogadoramente.

Chegamos à sala principal e todos já estavam observando a diretora do projeto dizer suas palavras para ao final todos ovacionarem-na.

Logo após, foi a minha vez de estar sob os olhares da sociedade monegasca e minha perna tremeu.

Segurei firma no móvel onde estava o microfone e pigarriei para começar o discurso que tio Jean tinha me ajudado a fazer. Com toda a experiência que eu sabia que ele possuía, eu pedi ajuda para expressar minha felicidade em ajudar a seres tão indefesos e cheios de amor como os animais, que precisavam de nossa dedicação e ajuda. E também que estava honrada em ser o rosto de uma causa como aquela.

Ao fim, graças a Deus, não cometi nenhum erro grotesco no discurso e aplaudiram.

As formalidades  prosseguiram, encontrei Vic e conhecidos, mas minha mente estava aprisionada no momento que tinha vivenciado há pouco.

Conrad permaneceu a distância depois dos discursos, embora eu notasse que olhava algumas vezes. Eu me perguntava se ele iria se despedir quando chegasse a hora, mas as pessoas não paravam de me abordarem com diversos assuntos, inclusive um fotógrafo implorando para que eu tirasse fotos com ele na próxima matéria sobre o evento.

No momento, eu tinha as sentido, distraída, pois meus olhos estavam presos na figura de Conrad saindo da galeria acompanhado de uma moça com volumosos cachos pretos.

Depois de sua saída, o resto da festa se tornou um breve vislumbre em meu dia.

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Olá, gatinhas manhosas! Um feliz Natal para todos! Trouxe um presentinho e pretendo saber o que estão achando até agora! É muito importante eu saber a opinião de vocês para dividirmos ideias! Além, é claro, de me motivar para mais capítulos!
Eu gostaria de verdade de saber se tem alguém acompanhando, então deem um oi!
Bjs!


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