A Vilã Annielize Sataruss escrita por Bela Martins, Jeon JangMi


Capítulo 3
3.Bem-vinda a Capital, Srta. Quote


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Bela postando aqui de novo mais um capitulo quentinho para vocês!
Devo admitir que esse capítulo não tem tanta emoção, mas eu realmente gostei de escrevê-lo e espero que vocês também gostem dele!
Ah, e se houverem erros de ortografia/digitação, realmente me desculpem, já que ainda não tenho um beta para me ajudar com essa parte, mas, realmente tento o meu melhor!
Também quero agradecer a Doce Como Limão, pelo primeiro favorito da fic, e a SouEu por acompanhar.
Ufa! Acho que já falei tudo o que queria...
E sem enrolar mais,
Enjoy my Job!



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Passei todo o tempo em que fiquei no trem tentando entender como funcionava a segurança daquele castelo maldito, e devo admitir, de todos os lugares que eu já invadi, esse é sem sombra de dúvida, o mais protegido.

Não tive muito mais tempo para pensar no meu plano, pois logo cheguei à estação central da Capital.

Era um local exuberante, e se parecia muito com a arquitetura presente no centro da cidade dos Guinoverna, só que mais rica e com mais detalhes...

Colunas enfeitadas com espirais de ouro eram extremamente presentes, de modo que a estação mais parecia um templo grego do que realmente uma estação de trem. As pessoas que passavam por lá estavam excessivamente maquiadas e com roupas de pele e plumas... alguns mais pareciam pavões humanos do que realmente pessoas.

Logo que desci do trem, notei outro detalhe. Todo o teto da estação era de vidro, formando uma cúpula gigantesca, e assim que olhei para os meus pés, vi que o chão era tão reluzente que eu enxergava o meu próprio reflexo.

Quando olhei para cima outra vez, vi um homem pálido, com cabelos castanhos e olhos castanhos com alguns traços de dourado na íris, e sem dúvida alguma, agora eu estava em frente ao príncipe de Tylorn:

“Alteza” – Fiz minha melhor reverência, já que gostava da minha cabeça onde ela estava- “O Conde ainda está indisposto, por isso me mandou representá-lo aqui”

“E você seria?”- Ele me olhava com desprezo, como se minha presença fosse um incomodo.

“Sou Katlyn Quote, Alteza, uma nobre da região controlada pelo Conde”.

“Então, senhorita Quote, espero que saiba o que lhe aguarda na Corte”.

“Com toda certeza sei, Alteza”.

 Logo que ele se virou, pude enfim poder respirar sem ter que medir o tanto de ar que entrava pelo meu nariz e o tanto que saia.

Caminhamos pacificamente até a carruagem real, que era aparentemente para mim e ele.

“Entre primeiro”- Ao que me parece, ele é acostumado a dar ordens que são cumpridas, então simplesmente acenei com a cabeça e entrei na carruagem sem dizer mais nada.

Logo após entrar e me acomodar, foi à vez dele, que entrou, fechou a porta e logo bateu no teto, indicando ao cocheiro que ele poderia ir.

 “Não vem muito a capital, senhorita Quote?”

“Não Alteza, cuido de muitos assuntos para o Conde, assuntos que me fazem ficar presa a sua cidade e não me permitem muito tempo extra para fazer visitas a Capital...”

“Entendo, mas certamente já veio aqui algumas vezes, não é mesmo?”

“Sim, Alteza, vim aqui quando era apenas uma criança... Deveria ter apenas 5 anos de idade, e não me lembro muito bem de como são as coisas aqui... Mas, se me permite, acho que nunca mais gostaria de sair de uma cidade tão bela quanto é a vossa”.

“Certamente é uma cidade belíssima”- Ele parecia orgulhoso de sua cidade feita com tijolos de sangue- “Então, o Conde não acha os assuntos da Capital tão importantes quanto deveria...”.

“Alteza, me permite perguntar o porquê?”.

“Já perguntou, senhorita Quote, e não é obvio o porquê? Sem lhe ofender, mas os assuntos que teríamos que tratar são de suma importância, e vitais para o reino... Mas certamente já o sabe”.

“Com toda certeza sei, Alteza, e foi por isso que o Conde me mandou, para que alguém de sua confiança pudesse cuidar de assuntos tão importantes que ele não se julga capaz de conseguir cuidar no estado em que ele se encontra...”.

“Será que essa porcaria de castelo fica tão longe assim da estação?”Pensei aflita. Já estava começando a ficar sem fôlego de tantas respostas bem pensadas e articuladas... Precisávamos chegar logo ao castelo se não eu não iria aguentar muito mais tempo.

“Parece tensa, senhorita Quote”.

“Apenas estou sob muita pressão, Alteza”.

“E porque estaria?”.

“Porque tenho que representar bem o conde nos assuntos reais”.

“Ora, mas se é mesmo tão nobre quanto diz ser, não precisa se preocupar... Até porque, como disseste, já cuidas dos assuntos do conde na cidade dele”.

“Tem toda razão, Alteza... Mas apenas quero me assegurar de causar boa impressão a todos”.

Depois disso, ele apenas fitou a paisagem através da janela da carruagem, e parecia não estar mais conectado ao presente, mas conectado a algum mundo diferente do nosso, e por alguns segundos, me permiti observá-lo melhor.

Karl Joyer é o nome do príncipe herdeiro de Tylorn, e pela pouca conversa que tive com ele, parece que treinou a vida inteira como falar dando ordens e em como questionar as pessoas para ver as suas falhas, mas isso tudo de modo muito sutil, que uma pessoa “comum” apenas pensaria que esse é o jeito natural de um príncipe falar, mas eu já convivi com muitos tipos de pessoas, inclusive com pessoas da nobreza, e sei que esse jeito peculiar de falar, questionando tudo, e muitas vezes tentando modificar as palavras das pessoas, é típico de quem recebeu um treinamento para fazê-lo.

Não me permiti ficar muito mais tempo analisando o psicológico do príncipe, pois quando me dei conta, já estávamos atravessando os portões do castelo, e os guardas já começaram a descer as bagagens.

“Espero que aprecie sua estadia aqui no Castelo D’Rubi”- Disse ele com uma educação ensaiada.

“Obrigada por sua hospitalidade, Alteza”.

Logo após o príncipe sair de cena, uma senhora veio até mim e começou a despejar um monte de informação sobre o meu dormitório, meus horários aqui dentro,  e sobre eu estar confortável, e sobre sempre agradar o rei, e mais um monte de coisas que eu realmente não entendi a primeiro plano, mas como sempre, concordei com a cabeça e realmente desejei que ela parasse de falar um minuto.

Fui acompanhando a senhora, que descobri ser a governanta do castelo, e ela me levou ao meu quarto, dizendo que tinha sempre 3 criadas prontas para me servir.

“Se precisar de algo mais, senhorita, é só chamar uma de suas criadas e elas virão o mais rápido possível”.

“Obrigada”- Já estava ficando de saco cheio dessa mulher.

“Alias, o jantar é servido as 8 horas em ponto, portanto não se atrase, pois o rei odeia atrasos e os atrasados”.

“Certo, agora, se me dá licença, gostaria de tomar um banho”- Disse com frieza, esperando que a mulher entendesse que já tinha falado o suficiente.

“Quer que eu chame as suas serviçais?”

Pensei duas vezes antes de recusar ou aceitar o serviço.

“Sim, por favor”- E acabei por aceitar, pensando que era essa a atitude que uma Lady dessa corte teria, já que todas são tão incompetentes ao ponto de nem pentearem os cabelos sozinhas.

Antes das serviçais chegarem, dei uma rápida passada de olhos pelo quarto, e percebi que ele realmente era como tudo nessa cidade, muito luxuoso, porém com algo diferente...

Meu quarto tinha colunas em cada canto das paredes, e as colunas eram quase que as mesmas da estação central, só que os espirais eram apenas esculpidos no mármore e não eram dourados.

Tinha uma cama de casal no centro do quarto, que tinha um dossel com um anjo esculpido em algum tipo de pedra vermelha, que estava munido de arco e flecha.

Um cupido, que original...

As paredes eram de um tom vinho, e o papel de parede do quarto tinha espirais dourados. O chão era de madeira escura, e todos os móveis, apesar de rústicos, eram de um valor elevado.

Antes que eu pudesse analisar melhor o meu novo quarto por aproximadamente 1 ano, as serviçais chegaram, até mesmo antes do que eu esperava e logo começaram a preparar meu banho, e me despir.

Quando entrei no banheiro, vi que o mesmo dispunha do luxo que vi no quarto, e o que mais me chamou a atenção foi a banheira gigantesca de obsidiana que apresentava no centro.

Estava tão cansada que apenas deixei que as serviçais me lavassem, me secassem e colocassem algum vestido de minha mala no meu corpo, e assim, em menos tempo do que eu levaria para fazer tudo sozinha, já estava pronta para o jantar com o rei.

Dispensei-as e logo pude ver que vestido elas escolheram.

Era um vestido vinho, simples porem elegante, de mangas compridas, e que eram cravejadas de pequenos rubis, junto com todo o espartilho. Já a saia era de um tecido diferente que eu não saberia dizer qual é, mas era brilhoso e muito leve, de forma que quando eu andava ele mexia, e me encantava com a variedade de tons quentes que lá estavam.

O cabelo, as joias e a maquiagem estavam simples, de forma que o destaque ficasse com o vestido, mas nem por isso eu estava menos deslumbrante do que qualquer uma daquelas duquesas que se empanturravam de maquiagem e joias, e ainda colocavam o vestido mais caro e extravagante que tinham.

Sendo bem sincera, eu estava exatamente como O Ceifador disse que era para estar: Elegante, mas não extravagante... Foi assim que percebi que as minhas serviçais foram enviadas por ele.

Olhei no relógio e vi que já estava na hora de descer para o jantar.

No caminho, não pude deixar de notar todos os quadros caríssimos que estavam lá, e o mais curioso, é que tudo nesse castelo tinha tons parecidos, e eles eram escuros e fortes, muito expressivos e diferentes do exterior do castelo e da arquitetura e decoração da cidade.

Cheguei na sala de jantar sem nenhum problema. Encontrei meu assento, que era ao lado de Sua Alteza Real, Princesa Margaret Joyer.

Toda a corte estava presente, porém estavam mais distantes na mesa, e apenas eu estava sentada no mesmo lado da mesa que a família real estava.

Quando soaram as cornetas, todos se levantaram, inclusive eu.

Olhei para as portas do salão de jantar, e pude ver toda a família real ali, reunida e parecendo pronta para fazer o que fosse para ficar no poder.

Então me arrisquei a olhar para o Rei, que me encarava como se estivesse com fome, e não pude deixar de pensar: “Estou ferrada, ferrada e morta”.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Digam nos comentários o que acharam e quais suas expectativas para os próximos capítulos.
O próximo capítulo sai no mais tardar terça-feira, e esse ai sim, vai ter tretas e muita emoção.
Até o próximo capítulo,
Beijos da Bela ♥



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