Raio de Sol escrita por Liran Rabbit


Capítulo 1
Capítulo Único




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Me lembro da primeira vez que vi o sorriso dela. Era lindo.

O que mais me assusta foi a mudança repentina da qual ela passou, não que ela tenha sido fraca e frágil. Muito pelo contrário, ela era mais corajosa do que eu a defendendo em meio a garotas clichês do time de torcida e isso me fazia ficar encolhido de tanto constrangimento.

Essa era uma sensação boa, mas depois de ser traída pela própria pessoa de confiança, pela própria "mãe"... Não desejaria isso nem ao meu pior inimigo.

O incrível era quando o sol batia em seus fios loiros, a brisa de verão passava e fazia com que eles caiam em pequenas ondas sobre seu rosto, era parecido com uma cena de um filme quando o cara apaixonado pela amiga se vê a admirando. Pode chegar a ser lamentador para alguns por causa de ser apenas o amigo, mas eu conseguia contentar com o pouco que era oferecido por ela.

Ela me ajudou e quando eu vi a oportunidade, fiz o mesmo por ela e com o pensamento aposto de que não haveria dialogo depois disso. Como eu sou um trouxa por pensar nisso.

A encrenca da qual ela me ajudou foi por me ajudar a fugir de uma briga, e das feias... O necessário e obrigatório para quem mora numa bairro pequeno é o conhecer desde o nascimento, se não tiver cabeça, saiba pelo menos do básico que já basta.

Rapunzel Corona era o nome dela, mal chegou a morar aqui e sabia de tudo. Como eu posso provar que ela sabia realmente? Além de se meter onde não foi chamada, tinha que ter a aparência de uma princesa dos livros de contos de fadas.  Enquanto a fuga da futura briga, ela tentou dar um sermão no valentão - que não adiantou de nada -, e quando o clima tenso estourou, pegou a minha mão e me puxou em direção a uma corrida sem fim.

As ruas estavam desertas e escuras, a luminosidade era horrível e o perfume que vinha do pescoço dela deixava o cheiro do subúrbio suportável. Os gritos chegavam a nos alcançar e quando isso ocorria, ela pegava o atalho, isso mesmo, o bom e velho atalho. Desconhecido e bem planejado.

Só tínhamos que deixar a noite passar e permanecer escondidos e quando passou, ela me aconselhou a segui o beco e ir para a rua a direita, ninguém passava naquela rua, mas que a patrulha da policia passava sempre ali.

Podíamos dizer que eu adorava quando ninguém de casa perguntava aonde eu estava, o que era bom pois, deixar alguém preocupado por causa das minhas irresponsabilidades já é de pesar o coração.

Digamos que na vez em que eu a ajudei, eu posso falar que não foi agradável para os olhos de ninguém. Líderes de torcida  começavam o famoso "quem grita mais alto manda aqui". A cena para quem tinha cérebro era e sempre será ridícula.

A loira dos cabelos trançados com fitas rosas não se rendia, o olhar serio e zangado mostrava que ela não tinha tanto aquele visual de princesa de antes, parecia uma personagem de um RPG. Não sabia se colocava um pé no meio para ajuda-la, defende-la. Mas por que eu o faria? Ela só me ajudou uma vez e eu nem precisava tanto da ajuda dela. Mas é ai que está o problema, ela não tinha sido chamada, então ela não teria o que reclamar de mim se eu colocasse um fim na briga quando estivesse esquentando.

A morena a xingava de tanto nomes, repugnantes e que deviam ser nomeados a ela, e não a Rapunzel. E então o primeiro tapa foi dado e o rosto ficaria com uma marca vermelha em seu rosto pelo resto de duas semanas.

E foi então que eu finalmente agi. Coloquei o fim naquilo. Recebi um xingamento, um olhar de advertência para ficar longe, pontapés de quem não regaria uma luta e meu nome chamado pelo tão querido e chato do direto. Só podia rir daquela cena com o rosto bonitinho de Rapunzel com raiva. Tinha pego e a colocado no meu ombro, ignorando qualquer pontada de dor ou provocação para solta-la, mas era aquilo ou a loira poderia ficar com suspensão.

Depois disso nossa relação, digamos assim... Em vez de afundar, cresceu e se tornou intensa. Nem os comentários mais babacas a desanimavam e os xingamentos não me deixavam para trás

Era só o inicio das férias de verão, Rapunzel tinha acabado de passar por um trauma e eu, tentava ajuda-la da melhor maneira possível, mas sem perder a pose de badass.

O sorriso em seu rosto não escondia o seus olhos inchados, seu cabelo voltou a ficar com todas as fitas de antes e o pequeno lacinho que eu dei a ela estava puxando a franja para trás. Era bom ela ter voltado como antes, muito bom mesmo.

 Quer parar de me olhar, Overland?  Falou rindo ao final da frase.

 Não dá, raio de sol. Seu fios loiros me atraem como uma flor necessitando de ajuda Toquei o pequeno lacinho em seu cabelo, fazendo-a me olhar com uma careta de reprovação.

 Sabe que eu não gosto quando mexem no meu cabelo, Jack  Afastou minha mão do cabelo dela, seu olhar sério assustava e dava a sensação de desconforto.

Antes eu podia tocar a vontade, lembra?  Dei um sorriso cúmplice, tentando aliviar o clima que ela criou.

 Antes, mas agora...  Sua voz foi sumindo a medita que o assunto avançava.

 Olha... Vamos animar um pouco, ok?  Segurei seu queixo para que seu rosto se levantasse e olhasse para mim.

 Ok... Sorriu e deixou uma lágrima cair.

 Pare de tentar me seduzir, Punzie...  Dei uma risada e beijei brevemente seus lábios, a surpreendendo com tal atitude.

 Obrigado, Jack. Por tudo. 


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Notas finais do capítulo

Olha, faz muito tempo desde que parei de ler ou fazer fanfics com o mundo de the big four... Muito tempo mesmo, mas é tão precioso que lembro quando o fandom era gigantesco e ri com as piadas e entrava no tumblr.

A pouco tempo recebi uma mensagem do Batalhão TBF para me juntar e fazer alguma long, shot ou one, então me lembrei que tinha essa guardada a três anos e só publiquei no meu blog com vergonha de mostrar aqui...

Mas espero que tenho gostado, um dia eu ainda volto para o fandom.



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