Passei a noite toda pensando nele, não consegui nem dormir, eu pensei em ligar para ele só que não fiz isso, eu queria que ele fizesse isso, queria que ele desse o próximo passo para provar mesmo que tudo que ele me disse era real e não da minha imaginação, cheguei a pensar que ele só disse aquilo por dizer, que nada que ele me disse era real, que eu estava sonhando acordada.

Levantei para ir para a escola. Me arrumei e desci para tomar o café da manhã.

— Filha um rapaz ligou para saber se você já acordou e eu disse que sim! – disse minha mãe desligando o telefone.

— Qual o nome dele?

— É um nome estranho igual daquele coreano que você é doida! – disse minha mãe rindo.

Sendo que ela nunca entendeu o porquê de eu gostar tanto de músicas coreanas, tanto dos cantores ou grupos coreanos, na verdade asiáticos, mas focando mais nos coreanos ou corebas como eu falo.

— Por um acaso o nome dele é Choi Junhong mãe? – perguntei sem esperanças de ser ele.

— Sim é esse o nome dele, mas eu achei muito estranho ser igual daquele garoto coreba que você gosta.

Sentei na mesa rindo meio sem graça.

— Não me diga que é o mesmo Yaçanã?

Fiquei sem reação e vermelha. O suficiente para ela entender que era o mesmo.

— Yaçanã por favor minha filha não faça nenhuma doidice ou besteira por causa desse menino.

— Tá mãe! – disse pegando minha mochila e indo embora pra escola.

Ao abrir a porta de casa tinha um carro branco em frente parado, passei por eles sem olhar, quando percebi ele começou a me segui, quando chegou ao meu lado o vidro abaixo automaticamente.

— Você não quer uma carona! – falou um cara que estava dentro do carro, sem eu ter olhado reconheci a voz, e era ele.

— O que você está fazendo aqui? – perguntei me virando em direção a ele.

— Vim busca a minha namorada, você!

— Eu não sou sua namorada, você nunca me pediu em namoro, você só me beijou!

Imediatamente o carro parou bruscamente e ele saiu do carro me agarrando pelo meu braço brutalmente, ficamos nos olhando fixamente.

— Yaçanã Duarte você quer ser minha namorada, companheira e se possível futuramente se casar comigo? Eu te amo e quero você pra sempre ao meu lado, você é uma princesa e eu quero ser seu príncipe.

— Claro que eu aceito! – disse dando um sorriso.

Ele me beijou, depois abriu a porta do carro para mim entrar. Fomos para a escola e chegando lá ele entrou segurando minha mão o tempo todo. Entramos na sala do mesmo jeito e eu vi que minha melhor amiga estava lá sentada no lugar dela de sempre me esperando. Quando ela me viu acompanhada por ele ela teve um surto emocional gritando igual uma doida. Imediatamente peguei ela pelo braço e levei ela pra fora da sala.

— É o Zelo! E você estava pegando na mão dele! Como isso aconteceu e eu não estou sabendo? – disse ela entrando em pânico.

—Depois eu te conto em detalhes, agora eu só vou te falar o seguinte, você não pode falar para ninguém que ele está aqui nada de postar fotos dele e outras coisas do tipo! Entendeu?

— Entendi! – disse ela claramente.

— Andressa eu estou falando sério!

— Eu também Yaçanã!

Quando entramos na sala ele tinha coloca mais uma cadeira ao meu lado e estava sentado nela, já que na outra que estava do meu outro lado a Andressa iria sentar. A professora de literatura entrou e começou a aula, durante a aula aconteceu o mesmo do dia anterior ninguém disse uma palavra, até mesmo a Andressa não disse nada, sendo que eu pensava que ela não iria parar de falar nesse dia. Na hora do intervalo ele começou a conversa do dia.

— Então por que você teve aquela reação quando entramos na sala? – ele perguntou para a Marcely (que é a Andressa, ela tem dois nomes, mas tudo mundo a chama mais pelo segundo que é Marcely).

— É que... – ela disse sem continuar.

— Pode falar Marcely – eu disse, porque pensei que ela não queria dizer nada pensando que ele não sabia que nós sabemos quem ele é de verdade.

— É que eu te conheço! – disse ela já mais calma.

— Como assim? Você sabe que eu sou um idol?

— Sim eu sei Zelo.

— Por favor me chame pelo meu nome verdadeiro!

— Ok Choi Junhong!

A aula retomou com o professor de matemática e depois ao acabar fomos embora para nossas casas, o Zelo e eu deixamos a Marcely na casa dela, e depois ele me deixou na minha, quando eu ia sair do carro ele teve uma reação que eu já esperava ele ter.

— Ainda não saia fique mais um pouco aqui por favor! – disse ele segurando minha mão, e como eu poderia recusar um pedido desse?

— Claro que fico!

— O que você irá fazer amanhã já que não terá aula? – ele me perguntou

— Acho que nada, por quê?

— Vai ter um almoço lá em casa em comemoração ao aniversário da titia, você está convidada junto com sua família.

— Dá pra mim ir sim com a mamãe!

— E seu irmão não vai?

— Acho que não, porque toda vez quando não tem aula ele vai pra casa do papai passar o dia e dormir lá com ele!

— E você não vai lá na casa do seu pai junto com ele?

— Não eu nunca vou na casa do papai, e prefiro não falar dele.

— Ok então! Hoje de tarde você está livre!

— Não eu irei para a casa da Marcely! – respondi

— Vai fazer o que lá? Me responda só se quiser! – disse ele me dando a entender que ele quer saber, mas que ele também não quer que eu me sinta sufocada por ele.

— Ensaiar! Hoje é dia de ensaio, temos um grupo cover de dança.

— Ah então não vamos nos falar mais hoje. – ele falou com uma cara decepcionada.

— Se quiser apareça por lá!

— Não muito obrigado, não quero ver mais reações igual a dela por hoje.

— Ok então! Tchau! – disse, mas na verdade eu não queria ir.

— Tchau amor! – ele disse com um sorriso angelical e me beijou.

Ao sair do carro fiquei feliz por um lado, por está realizando um dos meus sonhos de namorar o Zelo, mas por outro fiquei triste por eles ter se despedido de mim me chamando de amor e eu não.