Antes de ir para casa dele fiquei me fazendo várias perguntas como: “O que ele está fazendo nesse fim de mundo que é minha cidade? ” “ Por que ele escolheu minha escola para o intercâmbio? ” “ Por quê na minha sala? ” e não encontrei resposta para nenhuma delas. Me arrumei peguei minha mochila e falei para minha mãe que iria sair e não sabia que horas voltaria, sair e fui em direção ao endereço que ele me repassou, ao chegar lá me espantei ao ver qual era a casa, ela era muito bonita e chique, apertei a campainha e o portão abriu, fui em direção a porta e uma mulher bem vestida abriu ela antes que eu batesse.

— Boa tarde o Choi Junhong está? – perguntei antes que ela dissesse algo.

— Está sim, por quê? – ela disse me olhando da cabeça aos pés.

— Sou a Yaçanã Duarte colega de classe dele e vim ajudá-lo com o assunto de Biologia.

— Prazer Yaçanã, sou a Dona Safira tia do Junhong. – ela disse com um sorriso angelical igual ao dele.

— Prazer Dona Safira.

— Entre irei chamar ele.

Ao entrar ele vinha descendo as escadas com pressa.

— Estou saindo Junhong só volto ao anoitecer junto com seu tio, se comporte! – disse a Dona Safira.

— OK tia! – ele disse olhando para mim.

A tia dele sai imediatamente.

— Vamos para o meu quarto! – disse ele fazendo um sinal com as mão pra mim segui-lo.

Ao entrar no quarto dele sentamos em frente a uma escrivaninha e estudamos o assunto todo de Biologia, ele olhou o relógio e já tinha se passado 2 horas e me perguntou o seguinte:

— Você tem hora para voltar para sua casa?

— Não! – lhe respondi.

— Vamos descer para lanchar? Eu faço um lanche para você!

— Vamos sim! – respondi rápido, pois, estava com muita fome.

Descemos e enquanto ele preparava um lanche para nós, começamos a conversar.

— Você é muito inteligente! Como você consegui gostar tanto assim de Biologia? – disse ele me olhando.

— Obrigada pelo elogio, bom eu sou assim porque minha mãe é formada em Biologia e ainda é professora de CFB.

— Nossa que legal! – ele falou enquanto colocava um sanduiche na minha frente com muito ketchup e maionese.

Começamos a comer e sem perceber sujei o canto da minha boca com ketchup, ele pegou um lenço e foi em minha direção, e como eu não sabia que eu estava suja fiquei me preguntando “O que ele vai fazer?”. Ele se aproximou olhou para mim fixamente, sorriu e ao levantar a mão disse:

— Você se sujou posso lhe limpar?

— Pode sim! – eu disse mais tranquila.

Só que em vez de ele me limpar com o lenço ele me beijou. Só tive reação para autorizar o beijo e deixar as minhas emoções me levar. Nunca alguém me deu um beijo tão bom e intenso como aquele.