Presa no Tempo escrita por Menina Improvável


Capítulo 14
Capítulo 14: Eu não posso conter esse sentimento


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo gente! Espero que gostem!
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"Enquanto você sonha, você está fazendo um rascunho do seu futuro." ~ Charles Chaplin
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Link do título e da música do capitulo nas notas finais.
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#MeninaImprovavel



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~ 23:46, Terça-feira, Junho, Ano: 2140.

 

Depois de um tempo jogando vídeo game com Rafael, avisei que iria tomar banho e ele me disse que o banheiro tinha passado por uma reforma recentemente e que podia apresentar algumas falhas na luz.

— Tudo bem, to acostumada com falhas! - disse rindo.

Fui ao banheiro do meu quarto, entrando lá ele estava muito bem arrumado e no fundo tinha uma banheira. Antes não tinha banheira nesse quarto só no dele. Fazia tanto tempo que não tomava banho em uma e eu parecia uma criança olhando para ela.

Liguei a água e á deixei encher. Um mini monitor de LED se acendeu ao lado da banheira, lá estava opções dela, como hidromassagem, sistema de bolhas e até temperatura.

— Por que eu não sou rica? - falei alto.

— Eu já falei, não sou rico. - ele disse vindo do corredor - E eu também vou tomar banho.

Apertei o botão de bolhas, a temperatura estava morna e deixei a hidromassagem desligada.

— Eu até te convidaria para tomar banho comigo, mas eu não quero que você abuse do meu corpo. - ele disse.

Dei risada.

Meu quarto e o quarto dele é de frente um para o outro e os últimos cômodos do apartamento. Consequentemente, a minha parede do banheiro e a parede do banheiro dele é a mesma, então, conseguíamos ouvir um ao outro.

Tirei minha roupa e entrei na banheira. A água quente relaxou todas as minhas tensões.

— Que delícia... - disse.

— Você vai acreditar se eu disser que você disse isso exatamente quando tirei a roupa? - ouvi a voz de Rafael do outro lado da parede.

Dei risada.

— De fato, é verdade. – murmurei.

— Você deve estar me espionando isso sim.

— Eu nunca faria isso. – mentira, faria sim.

— Confessa logo.

Demos risada juntos depois ficamos em silêncio. Não posso negar que a visão de Rafael sem roupa veio em minha mente e que ele deve estar diferente de antigamente. A mesma visão que eu tive dele, ele deve ter tido de mim. Senti minhas bochechas corarem.

Ouvi que ele tinha murmurado algo mas não consegui decifrar o que era.

— Que?

— Nada.

Dei de ombros, estava relaxada de mais para insistir. Tampei meu nariz com a mão e afundei na água molhando meu cabelo.

— Fazia muito tempo que não tomava banho em uma banheira. - eu disse.

— Eu pedi para colocarem faz pouco tempo.

Ouvi o barulho da água se mexendo do outro lado da parede, parecia que Rafael tinha acabado seu banho.

Depois de uns minutos, eu levantei da banheira e peguei a toalha que estava pendurada ao lado. Me enxuguei, enrolei a toalha no meu corpo e fui para o quarto pegar minha roupa. Coloquei meu pijama, uma blusa violeta de alça com uns corações rosa com um short rosa claro com renda nas beiradas.

Eu precisava de uma bandagem para por no meu pé com uma pomada para que melhorasse rápido. Sai do quarto e fui até o móvel no canto da cozinha, a porta se abriu e ouvi o som de Rafael entrando na cozinha enquanto eu procurava as bandagens.

— Está na prateleira de cima. - ele me disse.

— Ah! - disse olhando pra cima.

Fiquei nas pontas do pés para tentar pegar e não consegui. Virei para o Rafael.

— Você podia me...

Quando olhei pra ele senti minhas bochechas esquentarem de vergonha. Rafael estava perto da pia tomando água, mas só com uma toalha amarrada na cintura.

Ele me encarou percebendo que o chamei.

— Hã? - ele murmurou com o copo na boca.

— Você... - fiquei encarando ele - Você parece mais forte.

Ele riu pondo o copo na pia.

— Eu preciso estar em forma, não é qualquer um que aguenta aquela moto.

— Ah... - murmurei, depois de uns segundos mexi a cabeça - Pega pra mim as bandagens?

Ele se aproximou do armário onde eu estava e se pois na minha frente. Eu estava morta. Os seus cabelos castanhos, molhados e grudados no rosto dava um toque mais sensual nele. Eu dei um passo para trás batendo as costas nas prateleiras do armário aberto. Chegando mais próximo de mim, ele levantou o braço e pegou as bandagens na prateleira de cima.

— Toma. - ele disse.

Peguei em sua mão e fui subindo acariciando as veias de seu antebraço até chegar ao seu pescoço. Olhei em seus olhos, eu parecia hipnotizada. Que saudade que eu estava de acaricia-lo.

Ele pegou minha mão que estava em seu pescoço e a beijou.

— Não faça isso. Sabe que não resisto. – ele me deu a embalagem.

Franzi minhas sobrancelhas para ele que deu uma risada fraca e gostosa voltando para o quarto. Fechei as portas do armário e encostei na porta pondo a mão na testa.

— Esses três dias vão ser longos... - murmurei levando meus dedos nas têmporas.

 

**

 

— Mas que caralho! - disse sentada na minha cama ao lado do Minx que se assustou com meu xingo.

— O que foi?

Rafael apareceu na porta do quarto do nada, dessa vez usando uma calça de moletom preta.

— Eu não consigo por essa bandagem! - disse me enroscando nos panos - Por que a gente ainda usa isso? Tem tanta coisa melhor e a gente fica aqui, usando paninho.

— Eu gosto de usar "paninho". - ele riu - É melhor na minha opinião.

— Eu odeio!

— Eu ajudo.

Ele se aproximou de mim e abaixando na minha frente pondo meu pé machucado em cima de sua perna. Ele pegou a bandagem de minhas mãos e começou a enrolar ela no meu pé e tornozelo.

— Me sinto uma princesa. - cruzei os braços - Odeio isso.

Rafa deu risada.

— Terminei. - ele disse.

— Agora saia dos meus pés. - disse fazendo ar de superior.

Ele riu, deu um leve beijinho no meu pé. Acariciou minha panturrilha levemente me fazendo arrepiar.

— Vingança por agora a pouco. - ele sorriu maliciosamente.

Revirei os olhos e sorri de lado.

— Obrigada. – disse tirando meu pé de cima da perna dele.

— Faço isso por livre e espontânea vontade, Helena. Não precisa agradecer.

Sorri.

— Durma um pouco. Você tomou remédio faz pouco tempo, tem que descansar.

Ele disse levantando do chão, pegando uma coberta pra mim e a estendendo na cama.

— Valeu. - sorri.

Ele sorriu, virou de costas e foi pra porta.

— Boa noite.

Ele saiu. Uns segundos depois, voltou.

— Hã... Esse pijama fica muito bem em você. - ele disse e eu senti minhas bochechas corarem - Te deixa... Sexy.

Sorri pra ele que saiu do quarto.

— Rafa! - chamei, a voz saiu da minha boca como se eu não pudesse controlar.

Ele voltou rapidamente quase correndo, como se esperasse algo. Levantei da cama indo até ele e lhe dei um leve beijinho no rosto.

— Obrigada. - disse.

Ele sorriu.

— Não era bem isso o que esperava.

— E o que você esperava? - perguntei.

— "Vem dormir comigo meu Herói." - ele tentou imitar minha voz.

Dei risada.

"Chama ele só pra ficar ao seu lado, você vai se sentir mais segura.", pensei.

— Fica comigo... Até eu dormir pelo menos...?

Ele sorriu.

— Fico...

Deitei na cama e me cobri, ele sentou ao meu lado.

— Vou te proteger sempre, Helena.

— Eu não quero que você me proteja sempre. Eu quero cuidar de mim mesma, me proteger.

Ele acariciou meus cabelos.

— Você é mais forte do que pensa.

Eu sorri.

— Me ensina a lutar? – falei.

Ele sorriu comigo.

— Um dia ensino.

 

**

 

~ ???, ???, ???, ???

 

— Não, se mexe. - Rafael disse apontando uma mão pra mim e a outra para o outro lado - E você não se atreva a destravar essa arma, se não você morre.

— O herói está defendendo a namorada? - uma voz familiar respondeu – Que romântico.

— Rafael? - disse dando um passo a frente.

— NÃO! - ele gritou e eu ouvi um tiro.

Senti meu corpo enfraquecer e sangue escorrer pela minha barriga.

— Eu falei pra você não se mexer. - Rafael disse me segurando pela nuca deitada no chão.

Eu não sentia nada.

— Rafael, eu não tomei um tiro, eu não sinto dor. - disse.

— Eu te matei. - ouvi a voz familiar de novo, só que dessa vez estava triste - Eu não acredito que atirei. O que você fez? Por que fez isso comigo? Por que você me traiu?

 

**

 

~ 03:33, Quarta-feira, Ano: 2140.

 

Acordei dando um pulo na cama e levando a mão a barriga. Olhei para o relógio.

— Ah... - soltei o ar pesado preso em meus pulmões - 03:33...

Puis o braço em frente ao olhos, logo depois o tirei e olhei para os lados, Minx estava dormindo em cima de um tablet na cômoda e Rafael não estava mais no quarto. Levantei da cama e fui para a cozinha, bebi um copo de água. Olhei pra mesa da sala, um notebook estava ligado em um bloco de notas com uns lembretes escritos. Encostei na parede da cozinha e fechei os olhos por um instante tentando ver quem era aquela pessoa do meu sonho, eu tentava buscar em todos os espaços da minha memória quem era, estava na cara, mas eu não o via. Abri os olhos e bati a mão na parede.

— Esquece, Helena. Você não vai saber quem é. É só um sonho, sonhos não dizem nada. - disse passando na frente do notebook ligado na mesa e olhei para ele.

Vi a lista de afazeres de Rafael para amanhã, me aproveitei da situação para por no topo da lista como primeira tarefa do dia:

"Servir café na cama para Heleka.", escrevi.

Dei um sorrisinho. Voltando para  o quarto me aproximei da porta dele, puis a mão na maçaneta, queria vê-lo, mas não abri a porta.

— Melhor deixar ele dormir e não incomoda-lo com essas bobagens.

Voltei pro meu quarto.

 

**

 

~ 10:03, Quarta-feira.

 

Abri os olhos. Rafael estava do meu lado me chamando.

— Finalmente acordou! - ele disse.

— Por que me acordou? Eu quero dormir!

— Eu fiz seu café.

— Aaaah! - virei pro outro lado da cama e puis a coberta por cima da cabeça – Mas ta muito cedo!

Senti ele levantar da cama. Segundos depois, ele se jogou em cima de mim.

— Ah! - soltei um suspiro - Rafael! Sai de cima!

Ele soltava seu peso ainda mais em cima de mim.

— Sai! - disse empurrando ele.

Ele começou a dar risada. Então, puxou a coberta do meu rosto.

— O que foi? - perguntei.

— Fiz café pra você! - ele disse - E não foi porquê segui o que você escreveu no meu tablet.

Dei risada.

— Eu nunca faria isso!

Ele sentou em cima de mim.

— Rafael você é pesado!

Rimos juntos. Peguei o braço dele e o empurrei para o lado que caiu no colchão.

— Você me venceria fácil num ringue.

— Sério? - disse olhando pra ele.

— Não. - ele riu.

— Idiota. - dei risada.

Sentei na cama e peguei a bandeja que ele tinha me trazido. Com leite frio e pão de queijo.

— Eu estou com muita fome!

Peguei um pão de queijo e dei uma grande mordida enquanto ele me admirava.

— Você sabia que seu gato jogou meu mouse no chão?

— O que? - parei de mastigar e disse com a boca cheia - Quebrou?

— Não. - ele riu.

— Ainda bem. Eu não tenho dinheiro para pagar agora.

Ele deu risada.

— Se quebrasse não ia precisar pagar.

— Ah é. Eu esqueci que você traficou drogas e ficou rico com isso.

— Eu não trafiquei drogas... Eu acho...

— Que? - perguntei pegando meu copo de leite.

— Tudo que consegui foi trabalhando duro.

Olhei para ele com os olhos cerrados.

— Ta bom. - tomei um gole de leite.

— Sabe... Ontem eu estava pensando... Em algo que você fez.

— O que?

— Ontem, de manhã, você saiu do meu quarto correndo logo depois que eu cheguei. Você estava fazendo algo que não devia?

Me engasguei com um pedaço de pão.

— O que?!

Ele não respondeu, só me encarava.

— Me diz o que achou.

Resolvi não esconder e contei de uma vez. Porque realmente, esconder não mudaria nada, é só uma foto!

—  Uma foto... Da sua mãe, seu pai e de você com uns amigos.

— É só uma recordação. – ele disse.

— É bom ter algo do tipo pra lembrar! – sorri.

 

**

 

~ 15:06, Quarta-feira.

 

— Você acordou a noite hoje? - Encostado na grade da varanda ele me perguntou.

— Como você sabe que acordei a noite?

"Será que ele ouviu que eu pegando na maçaneta?", pensei.

Ele sorriu para mim e veio sentar ao meu lado no sofá da sala.

— Eu não estava dormindo. Estava vendo TV no meu quarto.

— As 3 da manhã? - perguntei cruzando os braços.

— Eu tenho insônia as vezes, ta bom? - ele riu.

— Entendi. - sorri - Eu tive um sonho estranho, aí acordei para tomar água e relaxar um pouco. Aliás, como eu não ouvi sua TV?

— Meu quarto tem as paredes a prova de som. Tudo o que eu fizer lá dentro ninguém do lado de fora ouve. - sorriu maliciosamente.

Olhei pra ele, em seguida cruzei os braços em frente ao peito e revirei os olhos.

— O que você sonhou? - ele me perguntou.

— Sonhei que alguém me deu um tiro. E depois ficou perguntando por que eu tinha traído ele. Algo assim.

— Ele quem?

— Não sei... Não dava pra ver o rosto. - disse passando a mão no meu cabelo e pondo para trás da orelha.

Rafael me olhou com um ponto de interrogação estampado no rosto.

— Bom, - disse depois de uns minutos - só um sonho bobo.

— Minha mãe dizia que os sonhos as vezes é uma lembrança de uma vida passada, ou, algo que está por vir.

— Vida passada? - perguntei - Ela nunca me disse isso.

Ele deu um riso fraco.

— É, ela adorava essas coisas de "vida passada".

— Ela era espírita? - perguntei, nunca havia perguntado isso.

Eu evito papear sobre religiões com qualquer pessoa.

— Sim. - ele sorriu - Ela não fazia muitas coisas espíritas, mas ela praticava algumas ações.

— Como quais?

— Bom, ela dizia que não se alcança o espiritismo sem ter amor ao próximo, caridade, disciplina...

— Você não seguiu essa religião porque?

— Ah... - ele encostou a cabeça no encosto do sofá - Eu não acredito em religiões. Quando eu era criança eu acreditava mas... Parei.

— Por que?

— Bom, eu era criança. Você sabe que espíritas acreditam em reencarnação, né? - ele perguntou e eu acenei que sim com a cabeça - Bom, eu era bem criança quando meu pai morreu e eu, digamos que eu não entendia isso de reencarnação. Então, eu fiquei esperando dias acordado até meu pai voltar e ele não voltava.

Dei uma risadinha.

— Ah, da um desconto eu era criança! - ele riu e me empurrou o braço - Bom, ele não voltou. Minha mãe explicou direito a religião pra mim, mas na época não quis mais saber.

— Ai você virou deixou de lado?

Ele arregalou os olhos.

— Acho que sim. - ele riu.

Dei risada.

— Minha mãe ficou decepcionada comigo... Mas ela me aceitou mesmo assim... - ele imitou a voz da mãe: - "Pratico o amor ao próximo, não vou te julgar por suas escolhas. Ainda te amo..." - ele fez uma pausa e completou: - "sempre..."

Sorri com a felicidade que ele disse essas palavras.

— Acho que agora ela se decepcionaria um pouco com minhas escolhas... - ele disse num sussurro.

— Qual suas escolhas?

— Ah! Vou fazer um lanche pra gente! Está com fome? - ele disse levantando rapidamente e passando a mão no rosto.

— Hey! - disse caminhando meio mancando atrás dele.

Ele se aproximou do armário, as portas se abriram e ele pegou um pacote de pães de forma perfeitamente quadrados e sem borda. Encostou a pia com o pão a frente e ficou olhando pra ele.

— O que foi? - disse chegando atrás.

— Nada. - ele diz abrindo o pacote.

— Para. - disse.

Ele continuava tentando abrir o pacote mas o prendedor ficou preso na embalagem.

— Rafael calma, é só um pãozinho! - disse enquanto ele pegava da gaveta uma faca pequena de serra para cortar a embalagem ao meio.

— Para! - disse segurando a mão dele que tinha a faca.

Ele parou e olhou pra mim.

— Com essa violência o pão vai começar a implorar perdão! Cara! Ele vai começar a sangrar! - disse pegando o pacote - Ta só preso na embalagem porque furou o saco!

Peguei a embalagem e desenrosquei o prendedor.

— Toma. - disse.

— Desculpa. - ele guardou a faca de volta na gaveta.

Ele deu um sorriso.

— O que deu em você?

— Eu... - ele disse pegando quatro fatias de pão - Sonhei com minha mãe noite passada.

Encostei no balcão ao lado dele e cruzei os braços.

— Fala.

— Af... - ele reclamou - Eu estava no trem da estação aqui perto. Passou um gatinho, igual o Minx, correndo por mim, quando olhei na direção que o gato correu minha mãe estava lá... Me olhando... Ela não dizia nada, parecia estar esperando algo, parecia estar me protegendo, eu não sei, ela só sorria... Mas estava com um olhar de decepção... - vi ele piscar muitas vezes rápido - Ai, eu acordei.

— Não entendi nada. - disse pegando no colo o gato que se esfregava no meu pé.

Ele terminou de fazer meu sanduíche e me deu, enquanto colocou o dele na chapa para esquentar. Soltei o gato e peguei o pão. Ele me puxou pela cintura de repente para me abraçar, coloquei meu pão para cima para não amassar.

— Ter você aqui é a melhor coisa do mundo.

Olhei em seus olhos que me encaravam com uma doçura que eu não via a anos. Sorri. Eu não posso conter esse sentimento, o que ele faz comigo, quando me abraça desse jeito, me faz perceber que tudo está bem. Eu preciso dele.

“Eu não posso conter esse sentimento

Bem dentro de mim

Você simplesmente não percebe

O que você faz comigo

Quando você me abraça

Em seus braços tão apertados

Você me mostra

Que tudo está bem.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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Hooked On A Feeling - Blue Swede
https://youtu.be/NrI-UBIB8Jk
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#MeninaImprovavel



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