PRÓLOGO

Todos os olhares se sobressaiam ao redor da mesa.

Fordis lewis, o conselheiro real, bebericava um pouco da sua taça de champanhe, enquanto tentava disfarçar o seu desconforto diante daquele lugar.

A mesa estava farta de comida e bebidas, e ninguém ainda teve a audácia de tocar em seu prato.

Parecia mais um campo de batalha. Estavam todos aguardando silenciosamente apenas que a primeira bomba logo explodisse, para que começasse logo a catástrofe que estava por vir, e era só uma questão de tempo, e Eleonor estava aguardando pacientemente a primeira explosão.

— Onde está o príncipe? - Perguntou um dos conselheiros, logo a primeira vista, está parecia apenas uma pergunta normal, mas uma ponta de raiva sobressaia, esmagada por debaixo da falsa formalidade.

— Deve chegar logo, paciência. 

— Paciência? Paciência? Estamos esperando aqui a meia hora! Que ousadia! Deve estar se embriagando por ai outra vez sem dúvidas!

— Paciência. O garoto ainda está se recuperando da morte da mãe...

— Mas já faz dois meses! Todos nos estávamos de luto na morte da rainha. Porém, todavia, não vamos parar a nação inteira por conta dessa infelicidade, e as negociações com a Russia? como ficamos? Quem ira administrar os domínios se o príncipe permanece por ai enchendo a cara? Sem nem um senso de juízo, deixando tudo em nossas mãos, como baratas tontas. É um desmiolado!

— Não se esqueça que está falando do filho do monarca, Conde Dobler.

— Que se dane! O príncipe é um irresponsável. Garoto mimado! Não passa de uma criança, totalmente sem maturidade para lidar com aflições, completamente imaturo para governar um reino.

— Calado. - Interrompe Eleonor, se pronunciando pela primeira vez. - Quem você pensa que é para falar assim do meu irmão? Para se dirigir dessa maneira ao filho legítimo do rei Arthur? herdeiro do trono? Abaixe a cabeça quando dirigir-lhe a palavra, não esqueça onde é o seu lugar Conde Dobler.

— D- Desculpe, princesa Eleonor eu.... Peço desculpas pela minhas palavras inconvenientes. - sentou-se envergonhado. Abaixando a guarda. Dobler jogara a primeira bomba, Eleonor se levantou, pronta para lançar os canhões.

— Senhores. Infelizmente meu irmão, o príncipe Jonathan não está presente nessa reunião. Meu irmão ainda sofre muito com a morte de nossa mãe, e se encontra totalmente sem condições de assumir o trono. Algo que eu faria com todo prazer, se já não estivesse comprometida ao príncipe Esthepan, filho do monarca francês. Por isso, tenho uma declaração a fazer: Tomei a liberdade, na ausência de minha querida mãe, para procuramos os bastardos, para que assumam o trono, diante dessa blasfêmia.

Todos olharam chocados para a princesa.

— Mas... Isso... É....

— O reino se encontra em condições muito severas. Não podemos esperar o luto do príncipe Jonathan acabar. As crianças, são a unica solução. - Disse um dos superiores.

— Mas o que vamos dizer para o povo?

— Só nos resta dizer a verdade. - Disse Eleonor. - Que meu pai teve dois filhos com uma mulher que não era minha mãe. E que eles herdarão o trono.

— Mas, não podemos nos comprometer..... O que sabemos sobre esses garotos? Nada! Apenas seus nomes. Podem ser vagabundos, sem-tetos-, bandidos, ladrões, como teriam eles capacidade de governar um reino?

— É isso, ou Illeia morre.

Todos naquela mesa se encararam, apreensivos.

— Esses garotos, são nossa unica esperança. Não temos outra escolha.

— Como podemos depositar toda a nossa esperança em duas crianças?? 

— Não temos mais o que discutir. Já está decidido. Mandem procurar os herdeiros, Julius, mande uma carta para Noah, peça para que ele escreva no jornal, sobre os filhos escondidos do rei. Conte sobre sua hereditariedade, e fale que iremos anunciar uma seleção, e que a escolhida, se casara com um dos príncipes.

— Sim senhor. - Julius saiu da sala correndo.

— Senhores, encerro essa reunião por hoje. Obrigado.

 A ultima bomba explodira. Mas a catástrofe mal começara.... E que comece a Seleção.