Moment of Truth

       Sam Pov

 Acordei com os raios de sol batendo em meu rosto.Abri lentamente meus olhos,me lembrando da maravilhosa noite que passei com Leah.Me virei,apalpando meu lado da cama,mas para minha surpresa ela não estava lá.Abri completamente os olhos e a vi,de pé,vestindo suas roupas.

    - Nossa,já acordou?_perguntei sorrindo._Vem ficar aqui comigo,mais um bocadinho,vai...

     Leah me ignorou por completo,ainda vestindo suas roupas.

   - O que está se passando?_perguntei confuso.

    Leah se virou completamente para mim,com as mãos na anca.

   - Não está acontecendo nada Sam,na verdade nem deveria ter acontecido...o que fizemos ontem foi um erro.Estamos comprometidos com outras pessoas.

   Fechei os olhos,enquanto suspirava e punha a mão na testa.

  - Ai Leah,não se iluda...nenhum de nós foi obrigado a fazer aquilo.Nós os dois queriamos,não há como negar isso._me levantei,tentando abraçá-la e beijá-la,mas Leah me afastou antes de eu completar meu acto.

  - Já disse que não quero!Não posso fazer isso com Jason.Ele tem sido impecável comigo,como ninguém jamais foi.

  - Mas você não o ama._falei com voz determinada,me aproximando dela.

 - Talvez não,mas irei com o tempo..._e então apertou o último botão da camisa._E você ainda está com Emily.E se pensa que eu estou disposta a assumir o papel de outra,está muito enganado.

  - Então é esse o problema?Não se preocupe,eu irei falar com Emily sobre esse assunto._e mais uma vez tentei investir contra ela,mas Leah recuou.

  -Eu não quero que faça isso por mim.Você é que tem a obrigação de falar dessa gravidez por conta própria.E apesar dos apesares,Emily não merece que escondam o assunto dela por muito mais tempo.

   Suspirei,acariciando a nuca.Conhecendo Emily como a conheço,ela não vai gostar dessa história.Quem gostaria?

   - Muito bem,eu conto a ela._e fui vestir minhas roupas,meio contrariado.Leah foi até á porta,abrindo-a,esperando que eu saísse.

  - Venho assim que puder, para acompanhar sua gravidez._e acariciei sua barriga que estava crescendo.Leah estremeceu com meu toque,mas não retirou a mão.

  - Vai me dando notícias,por favor._me inclinei com a intenção de beijá-la nos lábios,mas Leah virou o rosto e fui obrigado a dar um na sua bochecha.

   Ao descer as escadas,reparei na carrada de mensagens e telefonemas que Emily fez esses dois últimos dias.Eram mais de 50 chamadas.Foi por essa razão que mantia meu celular no silencioso.Ela deve estar puta da vida essa hora.Decidi não pensar muito nisso.O melhor é enfrentar a fera,quando chegar a casa.

    Ao sair pela  porta do prédio,esbarrei com alguém,que acabou caindo desamparado no chão,totalmente desnorteado.

   - Me desculpe cara,estava distraído._lamento e estendo a mão para o sujeito.

   - Não tem problema._disse este ainda dorido,pegando minha mão.O sujeito já de pé,se virou melhor para mim e ao me ver seu rosto endureceu.Esbocei um sorriso,olhando-o de cabeça a baixo.

   - Que faz aqui?_perguntou o engomadinho.Com os olhos crispitarem de raiva.

  - Não deve ser díficil de adivinhar,não acha?Vim ver Leah._falei ainda sorrindo.E cada vez que via sua raiva,meu sorriso se estendia mais.

  - Já te avisei para se afastar da minha namorada._disse,me ameaçando.Dessa vez não aguentei e gargalhei.

   - Sua "namorada" está esperando um filho meu cara,se toca.

   - Ah claro,não se faça de coitadinho.Você ambandona ela e ainda quer dar uma de pai prendado.Você é um imbecil,isso sim!

   - Pode me chamar do que quiser.Você não sabe nada da minha vida,muito menos da minha relacção com Leah.Eu sou o pai da criança que ela está esperando e você terá que viver com esse estorvo para o resto de sua vida.

   Dessa vez foi ele que riu.

  - Não vai ser estorvo nenhum,cara.Em primeiro lugar:eu amo Leah para valer e faria de tudo para vê-la feliz e em segundo lugar:eu cuidarei dessa criança com todo o amor e carinho que ela merece e com certeza serei melhor pai que você jamais sonhará ser.

   Trinquei meus dentes e agarrei-o fortemente pelo colarinho,levantando-o do chão.

  - Olha aqui seu cretino de uma figa,nem pense que eu irei deixar que cuide de meu filho,entendeu?_falei,ameaçadoramente.

   -Vá bata!Está esperando o quê?Me bata se isso te faz sentir mais homem!Mas não se esqueça que Leah está comigo e que pretendo me casar com ela.Isso você não vai mudar!

   - Seu..._a raiva me tomou e sem demoras,dei um valente soco naquela cara de pastel.E ele acabou por cair no chão,com a mão na cara.

   - O que está se passando aqui?_perguntou o segurança do prédio,olhando para nós os dois.

   -Não está se passando nada,senhor guarda._falou o engomadinho se levantando com uma certa dificuldade,limpando a boca ensaguentada e meneando um sorriso.

   - Este cavalheiro é que está de saída._cavalheiro é o cú do seu pai,desgraçado.Parei ao seu lado,me aproximando de seu ouvido.

   - Não pense que vai se ver livre de mim,tão facilmente._cochichei e o sujeito sorriu levemente.Bem,estava avisado,depois não reclame.Saí finalmente do edíficio e meu celular começa a vibrar.Pego nele, irritado pensando que fosse Emily,mais uma vez.Mas vi que era Embry que ligava e deicidi atender.

   - Fala Em.

   "Oi Sam.Quando é que vai voltar,afinal?"

   -Se der,ainda hoje.Leah me fez uma espécie de ultimato.Se eu quiser ter notícias de meu filho,tenho que contar a verdade a Emily,imagine.

    "E ela fez muito bem!Você tem que conversar com sua mulher sobre esta situação.E por falar em Emily,nossa Sam ela está puta da vida.Vive reclamando que liga constantemente e que você não atende.Diz que está a evitando.Se prepare quando chegar."

   - Já tinha imaginado isso..._bufei irritado._Também melhor assim.Assim me livro desse peso de uma vez por todas.A gente depois se fala,tenho que arrumar minhas coisas.Não esquece de me apanhar no aeroporto.

   " Beleza.Até Sam."

  - Até._desligo o celular e pego um táxi de volta para a pensão.

   Arrumei minhas coisas e paguei a última estadia na pensão.Peguei outro táxi para o aeroporto e lá comprei um buquê de rosas vermelhas num quiosque.Esperei algumas horas até que meu vôo saiu finalmente.

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  Lá estava eu de novo na minha calma e pacata cidade.Como tive saudades dessa tranquilidade.Depois de pegar minha mala,vi Embry me esperando,encostado no carro.Nos cumprimentamos com um forte abraço e depois Em olhou para o buquê intrigado.

  - Para quê as rosas?

  - Para amansar a fera._Embry abanou a cabeça com minha resposta.

  - Você é doido.Só te desejo sorte,meu amigo.Mas me conte como foram as coisas com a Leah._disse,já entrando no carro.

  - Na verdade correram melhor que eu estava esperando.O problema é que ela arranjou um namoradinho de meia-tigela,filhinho de mamãe e papai que cismou que vai tomar conta do meu filho.

   Embry deu um longo assobio.

  - Que mau cara.Mas veja por outro lado,Sam.Vai ser até bom.A criança terá melhores condições e uma vida mais confortável.Você não iria conseguir dar toda a atenção que a criança merece com os assuntos que tem aqui em La Push.Isso não quer dizer que vai deixar de vê-lo.

  - Que mané vida melhor,Embry?O filho é meu e eu é que vou cuidar o preciso do dinheiro sujo daquele cara para sustentá-o!

  - Ok cara,só estava sugerindo.Não é preciso se estressar.

  - Acho bom e agora cala a boca e dirija._ordenei.Embry riu,sem argumentar mais nada e então seguimos a viagem em silêncio.

 -Chegámos._disse Em,parando o carro.Peguei na minha mala e sai da viatura.

 - Quer que eu entre com você?_perguntou Em.

 - Não,obrigado.É melhor eu tratar disto sozinho.Se cuida.

  Embry acentiu ainda receoso sobre a conversa que iria suceder e deu a ré,desaparecendo pelo caminho.Respirei fundo e fui em direcção á casa,abrindo a porta.Ao entrar me deparo com nada mais nada menos que Emily,que como suspeitava não estava muito animada.Mesmo nada animada.

 - Oi amor.Como passou?_perguntei,indo até ela dando um beijo e entregando as flores.Emily ficou olhando para o buquê até derrubá-lo brutamente sobre o chão.

  - Mas qual é o seu problema?!_perguntei estranhando sua atitude.

  - Quer mesmo que eu fale,Sam Uley?_disse com uma voz dura e seu rosto não aparentava expressão nenhuma._Porque não atendeu nenhuma das minhas chamadas?

 - Estava ocupado,Emily.Viajei em negócios e você sabe muito bem disso._falei meio irritado com  tanta desconfiança.

  - Há-há-há me faça rir._disse irônica._Me acha tão otária assim?Eu liguei para cada um dos seus clientes e nenhum deles sabia da tal peça que você disse.Me diga a verdade Sam.Isso não tem dedo da Leah,pois não?_disse e pude sentir ódio em cada palavra proferida por ela.

   - Quer mesmo saber..._falei enchendo meus pulmões de ar._Tem sim,Emily.Eu fui para Nova Iorque ver Leah..._antes que eu pudesse acabar,Emily veio até mim me socando,com uma raiva inimaginável.

   - EU SABIA,EU SABIA!SEU FILHO DE UMA ÉGUA,COMO SE ATREVE A ME TRAIR E AINDA ME FALAR ASSIM NA CARA DURA?_esbravejou ela,com lágrimas de raiva,escorrendo pelo rosto.Peguei nos seus pulsos,forçando para que ela se acalma-se.

  - Emily se controle,me deixe te explicar.Leah está esperando um filho meu,por isso que fui vê-la._falei finalmente.Emily me olhou perplexa,quase sem respirar.Se afastou de mim lentamente,tentando processar a informção.Vi seus braços tremerem e teve que se apoiar no balcão.

  - Emily...?

  - Não...não pode ser...não ela.Porquê que isso teve logo que acontecer comigo?Ela quer é estragar meu casamento,isso sim..._murmurava Emily e por instantes eu pensei que ela estivesse ficando doida._Como pode fazer isso comigo Sam?E porque não me contou desde o ínicio?!

  - Não estavamos planeando isso,Emily.Foi um acidente e agora não há como impedir.Ela está grávida de 4 meses.O que quer que eu faça?_Emily me olhou lentamente,com o rosto vermelho e com os olhos igualmente vermelhos devido ás lágrimas.

  - Quero que me dê o divórcio Sam!!

                                      Continua...