O Destino do Príncipe escrita por Miahwe


Capítulo 8
Leste e Oeste


Notas iniciais do capítulo

Hello, pessoal ^^



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            Arregaçou as mangas enquanto saía da sala de reunião após longas discussões com os outros três comandantes da guarda. Aparentemente um Guarda da Cidade havia criado um problema entre dois Guardas do Rei, que possuem a liderança de Kisame Hoshigaki. Quando Itachi recebeu a notícia seu primeiro pensamento foi de fazer o possível para que a confusão não se alastrasse e para sua sorte Kisame foi bem cooperativo. Os três guardas, todos cavalheiros, receberam sua penalidade.

            Outro foco da reunião foi decidir sobre o armamento da guarda da floresta e logo depois uma breve pausa para que os três comandantes – da Guarda da Cidade, da Guarda da Floresta e da Guarda do Rei – passassem, se tivessem, missões para o Comandante do Esquadrão Especial de Assassinado e Tática do Fogo, Obito Uchiha.

            Naquela manhã Itachi não estava nada bem, não havia dormido direito ajudando o pai com alguns infindáveis documentos, além de ter ficado o dia anterior chefiando seus subordinados nas fronteiras da cidade do Fogo. Tinha andando de cavalo o dia todo e suas coxas doíam por baixo da calça de algodão; vermelhas.

Durante a passagem por áreas de vigia na fronteira, passou perto da floresta do Lume, onde a Guarda da Floresta mantinha seu forte, e decidiu ir ver o comandante da mesma.

            Mordeu a parte interna das bochechas lembrando da visita.

Ao entrar na floresta não demorou para que fosse parado pelo sentinelas, depois de ter se apresentado foi escoltado pelos quatro guardas até uma clareira onde algumas cabanas serviam como guarida e esperou enquanto um deles entrou na primeira cabana para comunicar o Comandante.

            — Vossa Alteza — Shisui cumprimentou quando se aproximou fazendo uma reverência, usava um protetor de peito de couro duplo com o símbolo dos Uchihas costurado; no antebraço havia um bracelete do mesmo material para amparar a corda do arco recurvo que trazia em um ombro — liso na parte interior do braço e coberto por uma placa de metal na parte exterior. A aljava estava presa à cintura pelo cinto onde também trazia duas adagas e facas, balança a cada passo que ele dava.

            Shisui era o tipo de comandante que gostava de estar sempre em ação no meio do trabalho interagindo com os subordinados.

            — Comandante Shisui — Itachi devolveu a vênia descendo do cavalo.

            Shisui assentiu, o olhar possuía um toque brincalhão. — Aconteceu algo?

            — Estava fazendo a ronda para ver a situação de meus guardas — Itachi começou, a voz grave estava alta e decidida. — Decidi fazer uma parada aqui e beber algo.

            — Infelizmente não temos o vinho que tanto gosta.

            Itachi concordou dando de ombros, entregou o palafrém a um dos guarda e seguiu Shisui até a cabana. Sentou-se em uma cadeira, um pouco desconfortável e observou enquanto o Comandante da Floresta enchia dois cornos com vinho.

            Shisui estendeu um corno para Itachi e encostou-se na borda mesa. — Alguma notícia do príncipe Sasuke?

            — Nenhuma.

            — Ouvi que um espião do Obito foi morto.

            Itachi assentiu levando o corno aos lábios. — Sinto-me tão injustiçado como ele se sentiu há dois anos atrás, não posso culpá-lo, Mikoto era tudo para Sasuke. Mas o reino não pode ficar sem um segundo herdeiro, qualquer coisa pode acontecer comigo.

            Shisui balançou a cabeça. — Sasuke sempre foi muito obstinado quando desejava algo, daquela vez não foi diferente.

            — Meu pai continua resmungando e reclamando, não aguento mais. Já mandei guardas de mais atrás de Sasuke e já faz dois anos!

            Shisui deu de ombros. — Ele vai voltar. Viveu com tanta mordomia a vida toda, logo, logo vai sentir falta de criados o servindo e pessoas o paparicando.

            Itachi terminou o vinho sem nada a dizer. E observou Shisui enquanto sentava na mesa e tirava a luva de três dedos, gotículas de suor escorriam levemente de suas têmporas e algumas madeixas de cabelo estavam úmidas na nuca e na testa. — Sabe, Itachi — falou enquanto o herdeiro se levantava —, eu estava pensando em fazer uma reuni... — Antes que terminasse de falar, Itachi tinha se posto à sua frente, as mãos em cima da mesa, ao lado das coxas do Comandante, cercando-o. — Não deveríamos fazer isso aqui — Shisui lembrou. — Aqui não, tenho guardas na porta.

            — É só não fazermos barulho, ok? — O Comandante da Guarda da Cidade deu um sorriso torto cheio de diversão. Fazia quase quatro dias que não tocava em Shisui e, naquele momento, sentia obrigação de aproveitar aquele tempo, mesmo que sendo curto. — Então, caladinho.

            Shisui ergueu uma sobrancelha e levantou o rosto para encarar o de Itachi, as madeixas que estavam soltos da fita emolduravam o rosto marcado com pequenas olheiras. Shisui sorriu com o olhar provocador do outro e o príncipe abaixou os lábios em busca de aprofundar o calor que o simples sorriso o causou.

            O Comandante da Floresta acompanhava o beijo lentamente. Itachi levou uma das mãos até a coxa de Shisui a apalpando enquanto mordia o lábio inferior do mesmo que se esforçou para não gemer alto. Adorava quando ele fazia aquilo.

            Logo o príncipe deixou o beijo ser rompido, apreciando as mordidas e o hálito quente de Shisui em seu pescoço, sussurrando frases provocativas em seu ouvido. Itachi queria fazer mais, mas ali não dava. Afastou de leve as pernas do companheiro se colocando no meio, Shisui o puxou pelo cinto e entrelaçou as pernas em sua cintura enquanto mordia levemente a curvatura de seu pescoço. Itachi mordeu os lábios para não gemer e levou as mãos aos cabelos do amante.

            O Comandante da Guarda da Floresta levantou a cabeça o encarando, os lábios do príncipe estavam úmidos, vermelhos e tremiam levemente pelo beijo e mais alguns fios tinham se soltado do aperto da fita que os prendiam em um rabo de cavalo. Abriu a boca pra comentar algo mais Itachi a invadiu cheio de ânsia, querendo mais. Shisui sentiu a língua alheia tocar na sua e um choque seguido por arrepios subiu seu corpo, amolecendo-o; gemeu junto a Itachi durante o beijo, levou os braços até os ombros deste, encaixando as mãos nos cabelos lisos e puxando o príncipe para si, afim de saciar seu desejo...

            Uma mão tocou seu ombro e Itachi virou, saindo do devaneio. O Comandante da Guarda da Floresta se encontrava ao seu lado e apesar do olhar sério, a boca tinha um misto de provocação e felicidade. Itachi sentiu algo estranho subir até seu rosto enquanto lembrava das provocações que trocaram no dia anterior. Shisui soltou uma risada.

            — O príncipe Itachi Uchiha está com vergonha?

            Itachi franziu as sobrancelhas e ao abrir a boca para responder não encontrou palavras e a fechou novamente. Shisui agora sorria abertamente.

            — Não importa — disse sutilmente. — Tenho que ir, chegaram uns novatos e preciso fazer um teste com eles.

            Itachi assentiu e despediu-se. Não acreditava que tinha enrubescido bem ali no corredor onde várias pessoas passavam.

                                                           ***

Nada.

            Até aquele momento nada havia acontecido. A cidade da Estrela estava tão calma quanto as águas de uma poça depois da chuva, apenas alguns de seus moradores andavam apressados para terminar o restante dos preparativos para o festival do trigo.

            — Que gostoso! — Menma falou enquanto saboreava alguns dangos de uma pequena e simples barraca onde haviam parado mais cedo já que o parceiro reclamava de estar morrendo de fome. Usava o sobretudo cinza da Akatsuki do Leste aberto — sem a faixa larga — por cima de uma túnica preta que ia até os joelhos, o calção da mesma cor desaparecia por dentro das botas, onde uma adaga estava escondida.

            Sai já havia parado de comer a alguns minutos e observava as pessoas passando na rua. Sorriu para duas meninas que passavam, elas os olharam e continuaram o caminho com pequenas risadas. — Culpa sua — falou dando um peteleco na orelha de Menma que o olhou com raiva.

            — Minha o quê? — Menma perguntou com o cenho franzido.

            — Elas foram embora por que virão que você tinha pinto pequeno.

            — Que?! — Menma exclamou alto e repentino que até dono da barraca soltou um arquejo com de susto. — Elas olharam para você.

            — Como sabe? Você nem se quer olhou para elas! Estava ocupado comendo — apontou enquanto levantava-se do banco.

            — Cale a boca, Sai.

            — O menino de pau pequeno está mandando quem calar a boca?

            Menma se levantou colocando os dois últimos dangos na boca, pousou o palito na mesa e foi para cima do seu suposto companheiro, este que desviou saindo da barraca a passos cegos.

            A lua já estava no céu e as pessoas mais calmas. O festival havia começado finalmente. De fato eles ficaram muito tempo comendo, Sai torceu para que a estrela já não tivesse sido roubada. Ele odiava fracassar em suas missões.

Jogou-se para o lado desviando do ataque de raiva de Menma. Ele era tão fácil de irritar que chegava a ser divertido. Olhou para cima em meio a um desvio de mal jeito e avistou sombras correndo por cima de casas, saltando de telhado em telhado. Semicerrou os olhos tentando enxergar melhor. — Menma... — começou prestes a apontar para os telhados quando uma forte pressão o atingiu abaixo das costelas, dobrou o corpo com o impacto, os joelhos bateram no chão e logo o tronco esbarrou no chão em um som abafado.

Menma tinha-o pegado distraído.      

            Não soube quanto tempo havia ficado ali deitado tentando recuperar a respiração, mas sabia que não podia perder muito mais tempo. Levantou desajeitado segurando a barriga em um abraço e contou ao companheiro o que havia visto, este logo se empertigou e começou a correr na direção que havia indicado.

            — Espere! — Sai gritou enquanto cambaleava pela rua atrás do parceiro. Não fora a primeira vez que havia recebido um soco de Menma e cada vez que era acertado notava uma diferença de força.

            — Ouvi falar que vão mostrar a estrela quando a lua estiver no topo do céu — escutou uma voz feminina falar e virou automaticamente o rosto para identificar quem tinha dito a frase, apenas para dar de cara com uma senhora enrugada e de cabelos ralos. Quando olhou para frente novamente, pronto para ver Menma, notou que o havia perdido.

            — Merda — falou para si mesmo e desatou a correr ignorando a dor, está que passava aos poucos.

                                                           ***

            Soltou um bocejo longo e tocou a katana que estava presa acima das nádegas, apoiando o cotovelo na empunhadura. Tinham chegado cedo demais.

            — Se Hidan tivesse aqui estaria fazendo o maior barulho irritado com a demora — Sasori comentou cheio de ênfase para irritar Kakuzu.

            — Se Hidan tivesse aqui você não estaria enchendo meu saco, pirralho.

            — O único pirralho aqui é o Uchiha — Sasori disse sério. Sasuke nunca havia visto nenhuma centelha de humor na voz de Sasori.

            — Vocês querem calar a boca? — Sasuke falou rosnando. Apoiou o pé na ponta curvada do telhado e olhou para baixo, para a rua larga por onde passaria a estrela.

                                               ***

            — Sai! — escutou vozes femininas gritarem atrás de si. Parou olhando para trás e viu os cabelos loiros e lisos da Ino balançando para trás com o vento enquanto corria; o sobretudo da Akatsuki do leste cobria a roupa de baixo. Tenten estava ao lado, as espadas gêmeas nas mãos e nas costas um arco pequeno estava atravessado junto com a aljava de poucas flechas.

            — O que estão fazendo aqui?

            — Chegamos atrasadas no esconderijo e vimos o mais rápido possível. O senhor Hashirama nos contou tudo! — Ino falou colocando o cabelo para trás de um jeito sensual como sempre fazia.

            — Cadê Menma? — Tenten perguntou de imediato enquanto se recuperava da corrida.

            — Não sei, sumiu — Sai respondeu. — Foi naquela direção. Mas o perdi de vista. — Olhou para as duas. — A Oeste está na cidade.

                                                           ***

Naruto corria e olhava os telhados à procura de figuras humanas se movimentando. Mas não encontrou nada. Chegou na rua onde o desfile iria ser feito e encostou-se na parede ao lado de um restaurante, enquanto aguardava qualquer coisa estranha acontecer.

            Sai havia sumido, deixado-o sozinho.

            Covarde.

            Em poucos minutos ali encostado escutou tambores em batidas fortes e persistentes, logo depois flautas juntaram-se a música. O desfile tinha começado. Mulheres dançando com lindos vestidos rodados estavam na frente, em seguida acrobatas fazendo piruetas, homens cuspindo fogo e dançando. Naruto não desviou o olhar por muito tempo dos telhados. Iria proteger a estrela a todo custo.

            Uma mulher com um vestido de seda esvoaçante cheio de camadas e cores diferente passou defronte a ele, uma linda e rica almofada decorada a fios de ouro e pedras preciosas sustentava a estrela. O diamante roxo cintilava as luzes da cidade, era simplesmente magnifico. Naruto estava hipnotizado observando o diamante quando em uma fração de segundo a estrela foi surrupiada da almofada, a mulher empurrada no chão e a procissão desfeita em balburdia. Os olhos do impostor cruzaram com os de Naruto rapidamente, usava o mantado negro com nuvens vermelhas da Akatsuki do Oeste e naquele instante, enquanto o garoto — que não parecia ser muito mais velho — passou por ele correndo e entrando em uma viela qualquer.

            Naruto piscou e não demorou a seguir o rapaz de cabelos escuros.

            A rua estava terrível: pessoas corriam e gritavam pelo ladrão. Naruto perseguiu o rapaz até área da encosta. A cidade da Estrela se situava em uma área alta cercada por uma floresta de um lado e por uma encosta que aparentemente ninguém tinha uma estimativa de tamanho.

            Ao chegar lá Naruto escutou gritos e o tinir de espadas. Uma luta.

            Um rapaz ruivo, vestido como um membro da Oeste lutava com Sai trocando socos e chutes. Ao olhar mais à frente viu as meninas — Ino e Tenten — lutando com outro da Oeste.

            Como aquilo foi parar daquela forma?

            Naruto se curvou diminuindo o passo e pegou uma adaga no cinto. Mirou e jogou no ladrão da estrela. A adaga fincou atrás do braço e o garoto parou enquanto soltava um grito de dor. Aproveitou que ele havia parado e apressou-se em alcança-lo.

            Um homem com uma foice apareceu sabe-se lá de onde e o rapaz de cabelos negros jogou a estrela para ele. O ladrão puxou a adaga do braço e a jogou no chão, apertando o local com a mão que logo ficou suja com líquido escarlate.

           O homem alto com a foice guardou a estrela em uma bolsa e correu em direção a floresta, mas Tenten se apressou em interceptá-lo no caminho.

            Naruto finalmente alcançou o ladrão que já se levantava pegando a espada presa nas costas. Desembainhou a sua imitando-o e atacou com força.

            Começaram uma dança ao som de guinchos e o gritar das lâminas. O rapaz tinha pés rápidos e movimentos precisos mesmo com um braço machucado. Naruto se perguntava o quanto que estaria doendo e o quanto aquele rapaz era bom espadachim.

                                                                       ***

            Sai bloqueou dois socos e os segurou puxando o mercenário em direção a um chute frontal. O inimigo inclinou o corpo para o lado colocando o peso para o chão e desequilibrando Sai que precisou pisar de volta no chão cruzando as pernas para não cair, soltou os punhos do inimigo, resfolegante. Todavia não tardou a entrar em ação e preparou um soco de direita em direção ao homem? Garoto? Sai não sabia dizer, ele tinha uma aparência jovem a luz dos archotes e um ar velho e experiente, durante a luta. Aquilo de certa forma era estranho.

            — Ino! Cuidado — escutou Tenten gritar e logo depois uma pancada: metal com metal.

                                                           ***

            Mitsashi sentia o suor escorrendo por suas costas. Deu algumas passadas para trás procurando tempo para respirar. O cara da foice correu com tudo em sua direção, Tenten bloqueou fazendo um X com suas espadas gêmeas. O impacto correu pelo braço e ela mordeu o lábio com força para aguentar o choque em seus punhos. Girou o pé da frente junto com o quadril fazendo com que o a perna de trás fosse em direção ao homem em um movimento circular prestes a acertar a cintura. O homem soltou um arquejo com o chute e diminuiu a força com que sustentava a foice. Aproveitou esse instante para avançar, colocando uma espada na garganta do homem.

Com destreza seu oponente se jogou para trás, longe da espada de Tenten enquanto pronunciava palavras avulsas.

Ele com certeza vai ganhar se continuarmos nesses ritmo... Eu só preciso pegar aquela bolsa. Se eu conseguisse cortar a alça...

                                                           ***

            Naruto estava no chão. O garoto de cabelos escuros em cima de si desferindo socos. Naruto segurou os pulsos do inimigo e fazendo força com os braços, o quadril e o abdômen o jogou para lado. Levantou pegando a espada e correu para ajudar os amigos.

            Mitsashi tinha conseguido pegar a bolsa com a estrela e havia matado o rapaz da foice. O manto da Akatsuki do leste que usava estava sujo de sangue e terra. Um dos coques que Tenten usava de um dos lados da cabeça havia caído e sua expressão corporal transmitia puro cansaço e adrenalina.

            Naruto foi em direção a Ino que estava quase encurralada em uma árvore. Aumentou a corrida e preparou um chute lateral, acertando o oponente que cambaleou desnorteado. — Você está bem?

            — Vou ficar — falou. — Cuidado!

            Naruto olhou para trás e viu o rapaz de cabelos negros indo em sua direção. Desviou de um ataque e se afastou andando de costas enquanto bloqueava os ataques do inimigo, este que em certo momento se abaixou e deu uma rasteira em Naruto fazendo-o cair no chão em um baque doloroso.

            O ladrão colocou a espada na garganta de Naruto que bloqueou com uma adaga de caça tirada do cinto e rolou afastando-se, pegando a espada no caminho.

Não demorou muito e as armas de ambos colidiram — Naruto de joelhos, prestes a levantar. Estava ofegante, o suor caindo nos olhos, salgando-os.

            O garoto de cabelos escuros fez um movimento giratório com a espada na ponta da arma de Naruto que não conseguiu segurá-la nas mãos e a soltou.

            Olhou, rapidamente, ao redor para ver a situação de seus companheiros. Mitsashi estava ajudando Ino e Sai persistia trocando golpes duros com o homem de cabelos claros. Aquela batalha não estava indo a lugar nenhum. Pelo menos tinham conseguido recuperar a estrela.

            Naruto pulou para trás esquivando da espada e correu. Pegou mais uma adaga do cinto — a última — e atirou no inimigo acertando-o na cintura de raspão, este que soltou a espada em um reflexo ao corte. Naruto deu um chute frontal no rapaz derrubando-o no chão, este que sem perder a oportunidade usou as pernas para chutar os joelhos de Naruto fazendo-o cair no chão desajeitado.

            — Menma! — alguém gritou. — Saia daí!

            Naruto não entendeu o porquê, mas logo olhou ao redor. Estava praticamente na borda da encosta. Começou a levantar pronto para sair dali, mas o garoto de cabelos negros o puxou pelo sobretudo fazendo-o voltar ao chão em um baque surdo. Naruto desferiu um chute sem jeito que foi segurado.

            — Merda! Solte-me! Tire suas patas de mim, seu filho da puta!

            O garoto de cabelos pretos apertou mais seu tornozelo, Naruto sentiu uma dor se espalhar do tendão de Aquiles e logo depois não o sentiu mais, apenas uma dormência incomoda. Em poucos segundos estava com o inimigo novamente em cima de si trocando socos. Rolaram de um lado para outro. O suor pingando e impropérios sendo desferidos de forma ríspida.

            Então começaram a rolar, mas não como antes e sim para baixo. Cada vez mais rápido. Soltaram-se um do outro e a situação só piorou. Naruto sentiu a cabeça bater de encontro a algo duro, os braços descontrolados se enroscando nos do inimigo; o manto enroscando no corpo; as pernas batendo no garoto que não estava mais em cima de si.

            E naquele momento o seu único pensamento foi irônico e cheio de tristeza. Lembrou-se de algo parecido que aconteceu a dois anos atrás, então apenas deixou-se rolar.


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Notas finais do capítulo

Iai? Gostaram?
^^ Até o próximo.
Beijos, Miah sz



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