A igreja decorada com todos os adornos possíveis para enfeitar o casamento acomodavam todos os parentes e amigos nos noivos. Nas primeiras fileiras de bancos, os parentes de Nathanael esboçavam sorrisos felizes pela conquista do rapaz, igualmente os pais do noivo que aguardavam no altar. Sabine só faltava dar pulinhos de alegria, usava um vestido estilo oriental enquanto segurava um lenço nas mãos. Alya, Nino e Felix preferiram ficar longe dos holofotes, evitar qualquer um que os reconhece-se. Felix digitava freneticamente no celular trocando mensagens com o irmão mais novo, querendo saber de seu paradeiro.

Nathanael parecia ser o mais feliz entre todos. Sonhara com aquele dia por anos e finalmente poderia realizar sem problemas. No altar cumprimentava os padrinhos com sorrisos gentis e cordiais. Lindo por fora. Os cabelos ruivos brilhosos alinhados em um penteado para trás. O terno preto caia bem sobre o corpo masculino o deixando elegante, gravata azul-escuro e sapato social engraxado. Uma pequena flor ostentava no bolço superior do terno. Nathanael prestava atenção em todos os cantos, ao redor da igreja seguranças contratados guardavam o lugar alertas a chegada de Adrian Agreste, seu rival.

Todos ficaram em silêncio e levantaram-se quando a marcha nupcial iniciou. O ruivo se aprumou no altar e olhou para o padre que sorriu em apoio.

Marinette parou em frente as portas da igreja. Sentiu os olhos marejarem ao ver seu futuro marido lhe direcionar o olhar. Suspirou e “engoliu” a vontade de chorar, deu o primeiro passo diante do tapete vermelho, sozinha, afinal se recusava a entrar com outro sem ser o próprio pai. Fingiu sorrisos para os convidados, na maioria desconhecidos ou que não lembrava de conhecer. Viu os amigos que mandaram gestos simples para que confiassem neles.

Sem perceber, chegara ao altar onde Nathanael estendia a mão para ajudá-la, Marinentte aceitou receosa e se uniu a ele para iniciarem a cerimonia de casamento.

—Estamos reunidos aqui hoje para celebrar o matrimônio entre… -A cerimonia se iniciou, o padre proferia as palavras que seriam um sonho a ser escutadas por qualquer mulher, e esse não era seu caso. -Marinette Dupain-Chang, aceita Nathanael Kurtzberg como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo até o fim de seus dias?

O ruivo já havia feito seus votos e ela ao menos perceberá. De mãos dadas sentiu o aperto na própria mão para seguir adiante. De relance mirou o lugar onde os amigos estavam sentados e não os encontrou, procurou mais a fundo e viu Alya na porta acenando para que esperasse mais um pouco.

—Eu, eu… -Começou a gaguejar.

—Só diga sim meu amor. -Pediu ele.

Sem mais saídas, abaixou a cabeça respirando fundo, ali seria o fim de sua liberdade.

—Eu acei…

—Já chega!

As portas antes fechadas foram abertas com brusquidão, com as mãos em frente ao corpo, Adrian andava em direção ao altar, vestindo suas roupas comuns e com os cabelos desalinhados, mais atrás, Nino e Felix o seguiam de perto, mantendo a segurança. Os pais do ruivo ficaram sem ação assim como Sabine.

—Parem esse homem!

Gritava Nathanael em plenos pulmões enquanto escondia Marinette atrás de si. Adrian caminhava em passos firmes, não havia hesito em seus olhos verdes, talvez fúria, mas ela viu apenas amor, Ele estava ali, e por ela.

—Nathanael solte-a agora!

—Onde estão os seguranças?

—Provavelmente dormindo. -Debochou Felix enquanto agitava uma garrafa, com alguma bebida suspeita.

—Vim pegar o que me pertence. Vamos para casa Marinette.

Adrian estendeu a mão em sua direção quando estava próximo o suficiente para alcançá-la.

—Ela não ira.- Respondeu firme abraçando-a por trás e segurando a mão que se estendia.

—Certo. Alya pode por favor começar.

—Claro loiro. -Gritou a morena no fundo da igreja com um laptop nas mãos.

—Hoje eu não sairei daqui sem ela.