A summer to remember escrita por Writer KB


Capítulo 13
Te vejo em breve...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom, antes de qualquer coisa gostaria de esclarecer algo pra vocês. Aqui quem está "falando" é uma amiga da Writer KB, a pedido dela eu estou aqui para postar o capítulo. O motivo é aquele que nenhum de nós gostaríamos de passar um dia, ela perdeu a mãe recentemente e está sendo uma fase bem complicada... Como o capítulo já estava pronto, e ela prometeu que postaria (até porque já tinha um tempinho que não postava) ela me pediu para postar e também pediu para serem compreensíveis pois está sendo difícil escrever agora, e que tivessem um pouquinho de paciência pois pode ser que ela venha a demorar a atualizar tanto essa quanto Keep yourself alive e Behind the lens. É isso! Esse capítulo veio com um pouco de drama e de angst-love (que eu particularmente amo rs) mas que no fundo tá fofo. Eu espero que gostem. Boa leitura!
Por: Elo.



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Como tinha um bebê em seus cuidados, Kate falou com alguns amigos policiais e acabou deixando que Castle fosse ao loft sozinho. Era claro uma cena de um crime, e Liz era inocente de mais, estava frio e já era bem tarde, ou diria cedo? Bom, era madrugada e sair com um bebê nas ruas de Nova Iorque não seria nada responsável. Claro que não conseguiu dormir nada, apenas observou a criança, e esperou até que desse um horário decente para dar início ao dia, esse que seria o mais longo e pesaroso do que os outros.
Arrumou as coisas da Liz, e antes de sair de casa tentou ligar para o comandante, que pela terceira ou quarta vez não atendia. Beckett estava ficando preocupada, ele saiu as pressas para checar o loft que havia sido invadido.

Assim que chegou ao distrito pôde reparar intensos olhares á ela, talvez por suas enormes olheiras, mas o mais provável era que fosse o simples fato da detetive durona carregando um bebê. Alguns dos policiais brincaram e sorriram para menininha quando passaram por elas, e ela agradeceu a Karpovisc que pegou a pequena e levou para a sala de descanso, ela era uma policial amiga deles e já tinha mais experiência com crianças. O coração da detetive apertou quando indo em direção a sala, nos braços da oficial, Liz fez um pequeno gesto com as mãozinhas, e resmungou quando foi tirada de perto da detetive.

Beckett observou a sala do capitão fechada e de persianas abaixadas, tinha um movimento um pouco maior na delegacia e os policiais estavam mais sérios, pensou por um instante que ela estava exagerando, e que sua mente estava colocando em proporções maiores tudo ao seu redor, pois após dias tumultuados e uma noite muito confusa, não seria difícil sua mente lhe pregar algumas peças.

Enquanto esperava para falar com o capitão, Beckett se pegou fazendo a ligação que era inevitável, Liz precisava de cuidados e ela não era a pessoa mais propícia para a tarefa, se odiou por não ter encontrado Rose e por não poder cumprir sua vontade, mas acima de tudo era uma oficial da lei e teria que andar segundo ela. Assim que explicou o ocorrido para a assistente social, ouviu que logo buscariam a criança, e não era de esperar diferente, a pequena havia sido deixada por sua mãe, não sabiam quem era seu pai e não tinham tido sucesso na busca pelos avós que constavam os nomes na certidão.

Ela estranhou a falta de seus parceiros no distrito mas lembrou que eles deveriam estar no loft, e se sentiu de certa forma aliviada, sabia que o comandante não estaria sozinho. Era uma grande bobeira se preocupar com o bem estar dele, mesmo com os perigos, Castle era bom no que fazia e era um homem treinado, porém nem esses pensamentos afastavam um aperto que sentia ao lembrar das circunstâncias e dos últimos acontecimentos.

Tentou ligar para ele mais uma vez e como novamente não obteve resposta decidiu enviar uma mensagem.

"Castle? Estou tentando te ligar. Já estou no distrito assim que resolver as coisas aí poderia vir para cá?" KB

Ela ficou algum tempo olhando a tela do aparelho, mas como não obteve resposta, guardou no bolso e sentiu por um instante sua respiração falhar quando viu o superior do comandante sair da sala do Montgomery.

Conhecia o capitão, e sua feição falava por si só, praticamente gritava "problema". Assim que se despediu educadamente do homem fardado e sério, fez um gesto com a cabeça chamando a detetive para sua sala.

"Senhor?" - Ela disse se virando, fechando a porta após adentrar.

"Kate. Onde está a bebê?"

"Com Karpovisc. Já comuniquei ao CT, disseram que vão mandar alguém."

"Fez bem!"

"Mas?" - Kate perguntou ao ver o semblante quase que derrotado do capitão.

"Está fora de nossas mãos."

"O que? A neném?" - Beckett ficou confusa, claro que estaria fora, o CT era um órgão completamente diferente.

"O caso Beckett, o general acabou de anunciar que tudo será investigado internamente, e que não nós preocupássemos mais."

Kate levou longos minutos para digerir. - "Como assim nos tirou do caso? Temos um corpo, duas invasões e o comandante... Senhor alguém invadiu o loft do Castle." - Ela praticamente cuspia sua raiva.

"Eu sei, por isso estamos fora. Castle assumiu."

"Oi? Assumiu? Como assim?"

"Ele voltou para a base hoje pela manhã."

"O que?" - Ela praticamente gritou. - "Como ele voltou? Ele estava sob proteção."

"Kate, olhe, Castle sabe se cuidar. Sei que vocês se aproximaram, mas está fora de nosso alcance agora. Espero que não faça nenhuma idiotice." - Ele conhecia bem a detetive.

Kate tomou alguns segundos, apenas forçando a entrada e saída de ar grotesca que seus pulmões faziam, controlando seu coração que batia rapidamente, não sabendo se de medo por ele ter simplesmente ido em direção ao caos ou a imensa raiva que estava sentindo.

"Se aproximado? Só estava fazendo meu trabalho, o capitão e eu somos apenas amigos." - Após um suspiro pesaroso. - "Pelo jeito, nem isso, já que não teve a mínima consideração em avisar ou se despedir." - Inconscientemente deixou escapar sua frustração.

"Ele deixou isso para que te entregasse." - O capitão lhe oferecia um envelope amarelo.

"Seja o que for, não me interessa. Não estamos mais no caso, e provavelmente tenho outros para ver. Ainda preciso falar com o CT." - Beckett segurou a lateral de sua cabeça, como se com o aperto causado por seus dedos pudessem afastar as pontadas de dor que estava sentindo. - "Eu agradeço capitão, mas pode jogar fora."

"Beckett não seja tão injusta."

"Injusta? Eu? Senhor por favor... Eu realmente não quero ser mau educada. Se não tem mais nada a dizer, gostaria de voltar as minhas obrigações. Esses dias bancando a babá me deixaram cheia de papelada acumulada."

"Kate?" - O capitão ainda mantinha o envelope em sua mão apontando para ela. - "Que mal vai fazer em ler? Veja o que ele quis te dizer".

"Senhor, com todo respeito, Castle tem meu telefone e até horas atrás estava em meu apartamento, se quisesse dizer algo teria dito." - Um sentimento novo inundava a detetive, uma mistura de angústia e traição. Como ele pode fazer isso? Simplesmente voltar para a base e pior, tirar a investigação deles assim.

Um som de batidas na porta de Montgomery tirou a detetive de seus pensamentos. - "Beckett... Senhor! Com licença, a assistente social chegou." - Sam, um dos policiais veio avisar.

"Viu, tenho muitas coisas para lidar." - Ela disse mostrando-se indiferente ao envelope ou ao pedido do capitão para que ela lesse.

"Você quem sabe Beckett, porém lembre-se que a vida é curta para perder tempo com sentimentos de raiva." - As vezes achava que Montgomery devia ser algum tipo de mestre sensei ou algo do tipo, ele sempre tinha um ditado ou uma parábola que a fazia gastar horas pensando e refletindo. Kate sorriu com o pensamento de imaginar ele como algum tipo de mestre. Ele era muito mais que um chefe, as vezes esquecia de dizer isso à ele, mas era muito grata pela sua paciência com ela.

"Ok capitão!" - Ela pegou o envelope." - Se te faz mais feliz assim."

"Ah Beckett, ainda há tanto para você aprender." - Ele não pode deixar de sorrir ao vê-lá sair da sua sala. Kate de longe era a pessoa mais teimosa que ele já havia conhecido. Castle havia explicado para ele seus motivos, no fundo ele já tinha percebido a intensa troca de olhares entre eles e ouvindo o comandante pela manhã só teve certeza de que algo entre eles tinha acontecido.
Conhecia bem a detetive para entender que suas barreiras eram nada menos que um mecanismo de defesa, e sentia-se triste por não poder ajudá-la. Tinha ainda a bebê e tantos outros problemas para resolver. As vezes temia que Kate não fosse tão forte quanto demonstrava ser, temia que um dia ela viesse a cair ou se prender em seus próprios muros. Mas sabia que enquanto estivesse ali, enquanto a teimosa detetive o ouvia, ele não deixaria isso acontecer, á protegeria como podia, por que no fundo Beckett era como uma filha para ele, e se fosse preciso umas chacoalhadas as vezes, ele o faria.

Beckett passou horas conversando com Sara a assistente social, explicando sobre o caso, sobre as circunstâncias que havia conhecido a pequena Liz, e como gostaria de ajudá-la.

"Detetive, eu não tenho muita opção... Elizabeth irá para uma casa de amparo, até que apareça alguém de sua família ou será encaminhada ao sistema."

"Eu entendo senhorita Miller, só não gostaria de que ela enfrentasse maos bocados."

"Pode me chamar de Sara. Eu realmente te entendo. Se apegou à ela, você parece uma boa pessoa, Elizabeth está ótima, é fácil entender por que sua mãe à deixou com você."

"Foi apenas uma noite, não fiz muito acredite, tive ajuda!" - Kate se entristeceu ao se lembrar de Castle brincando com a garotinha. - "É? Se por um acaso eu encontrar a mãe dela, ainda poderia ter a filha de volta?"

"Sabe Ketherine..." - "Kate, por favor." - A Detetive a interrompeu para reforçar que á chamasse de forma menos formal. - "Kate! Eu acho um pouco difícil, visto que ela abandonou a filha. Consciente ou não, mesmo você tendo feito um ótimo trabalho, ela abandonou e em casos assim, geralmente a criança acaba no sistema, encaminhada para adoção."

Beckett sempre preferiu a sinceridade e estava grata por Isso, mas não era bem o que gostaria de ouvir. - "Eu.. Eu posso ir vê-la?" - Kate perguntou um pouco insegura. Não entendia porque, mas estava lhe custando mais que achou que custaria se separar da criança.

"Bom, geralmente não é permitido. Mas, como é detetive e está tomando conta do caso, acho que podemos abrir uma exceção." - Ela vasculhou na bolsa que estava segurando, pegando um cartão. - "Aqui, meu cartão, me ligue caso tenha alguma novidade."

Kate aceitou o cartão, oferecendo um com o número dela também, pedindo que ligasse, não importando o horário, que se precisasse não evitasse em ligar.
Ela juntou as coisas na bolsa da criança, pegou um pequeno bichinho que por alguma razão a bebê tinha gostado muito e Castle havia cortado do arco que ficava por cima do tapetinho que havia comprado antes, entregou na mão da pequena que estava deitadinha sobre o sofá, brincou um pouquinho com as mãozinhas dela e com os olhos cheios de lágrimas se despediu da pequena prometendo fazer de tudo para resolver o caso e localizar sua mãe. Liz por sua vez não compreendia nada, e tudo que fez foi segurar um grande cacho do cabelo da detetive em sua mão dando à ela um enorme sorriso, fazendo brilhar seus lindos e pequenos olhos azuis.

Em meio à protestos da pequena, Sara a assistente a pegou no colo, com a ajuda da detetive pegou também sua bolsa e se despediu de Kate levando Liz aos berros chamando ela com a mãozinha. Kate ficou parada olhando as portas do elevador se fechando, ainda podia ouvir o choro da pequena, e teve que usar todo seu autocontrole para não chorar ali no meio do distrito na frente de todos.

Sentou quase que derrotada em sua cadeira, o dia não estava nem na metade e já sentia-se mentalmente e fisicamente destruída.

Quando os rapazes chegaram ao distrito ela pode perceber que não só ela mas eles e principalmente Esposito estava péssimo, estavam trabalhando mais que o normal, que já era bastante. Mas com ela sempre com o comandante, o trabalho aumentava para eles.

XX

Já passava das quatro da tarde e Kate não tinha se saído de sua mesa, exceto para encher a caneca de café. Os rapazes tinham sido dispensado pouco após o almoço devido à terem trabalho na madrugada, e Lanie estava ocupada, o que fez Beckett passar o dia presa em seus pensamentos. A repentina volta do Castle para a base, a neném que fora as prantos para um lugar desconhecido. A ideia dela sozinha ou sem receber os cuidados e carinho necessário estavam atordoando a detetive. Se ela fosse sincera consigo mesma, a noite de ontem com a bebê e o Castle tinha sido uma das melhores em anos.
Dedicou o resto do tempo preenchendo papelada, desviando de seus próprios pensamentos. De vez em quando se pegava encarando o envelope amarelo que o capitão tinha insistido que ela pegasse. Estava muito zangada com a decisão dele, mas também tinha um sentimento de curiosidade para saber o que estava lá dentro e porquê o capitão fez tanta questão.

Nem percebeu as horas passarem, mas sentia uma enorme dor de cabeça e seu estômago estava começando a incomodar. Pegou seu telefone para ver as horas e se assustou com o número de mensagens não lidas que apareciam na tela. Ao desbloquear viu dez mensagem e todas eram de uma só pessoa, Castle! Pensou em deletar sem ler, mas mudou de ideia e foi abrindo para ver o que tanto ele insistiu.

1ª mensagem:
"Kate eu sei que você provavelmente não quer saber ou ouvir sobre mim, mas tive meus motivos, por favor peço que procure me entender.
R.C - 10:30 a.m.

"Claro que entenderia, se tivesse ao menos me falado não é?" - Ela disse para ela mesmo enquanto abria a segunda mensagem.

2ª mensagem:
"Ok, posso pelo menos pedir que leia o que deixei com o capitão? R.C - 11:20 a.m.

"Não!" - Ela resmungou.

3ª mensagem:
"Aposto que nem leu. Por favor Kate me responda. Me xingue, sei lá...
R.C - 12:00 p.m.

4ª mensagem:
"Olha, fui verdadeiro em tudo que eu disse e fiz, cada momento com você me fez extremamente feliz.
R.C - 12:20 p.m.

5ª mensagem:
"Kate?"
R.C - 12:40 p.m

6ª mensagem:
"Vou entrar em uma área onde o sinal de celular não chega, espero mesmo que possa me perdoar e que possamos conversar quando eu voltar.
R.C 13:20 p.m.

Kate sentiu um enorme aperto com as palavras "quando eu voltar". Na verdade o sentimento de raiva tão grande estava ligado ao receio, ao medo que ele não voltasse. Abriu ainda a sétima mensagem.

7ª mensagem:
Desculpe estar te enconodando, mas posso te pedir um favor? Ou melhor dois?
R.C - 14:00 p.m

8ª mensagem:
"Já que não respondeu, ai vai. Poderia ficar longe desse caso? Por favor Kate, não quero que aconteça algo á você. E Alexis está chegando essa tarde, será que poderia ficar de olho nelas? Ela gostou de você e ficaria feliz se fosse vê-lá."
R.C - 14:35 p.m.

Kate abaixou o celular, colocando sobre a mesa. Por que ele não contou o que sabia e juntos continuavam com a investigação? Era tão grande assim? No que eles estavam se metendo? E por que o pedido de ficar de olho em sua filha? Alexis era uma criança adorável, mas a proximidade não era exatamente o sentimento da detetive no momento.

9ª mensagem:
"Se você puder o vôo dela chega às 18: 30 hrs.
Me sentiria menos angustiado se as levasse ao loft."
R.C - 15:00 p.m.

Olhou para o relógio, eram 17:00h por mais que estivesse chateada, não negaria esse favor, provável que nem conseguisse dormir se não estivesse certa que a mãe dele e Alexis estivessem seguras em sua própria casa. Mas ainda faltava uma mensagem, rapidamente olhou as configurações para entender o porquê de não ter visto a chegada das mensagens e percebeu que o aparelho estava no modo silencioso, e com ela tão concentrada na papelada não pegou o aparelho durante o dia.

10ª mensagem:
"Kate, provavelmente essa é minha última mensagem, o sinal já está ruim. Me desculpe, eu tenho que fazer isso. Peço que leia o que te deixei, e que quando puder olhe Alexis para mim, sei que é pedir muito, que você não tem a mínima obrigação, mas eu confio em você. Quase escuto você dizer agora 'se confiasse teria me contado', mas não fiz exatamente por que sei que a colocaria em perigo. Ouça o capitão e se afaste, podemos, eu posso lidar com isso. Te expliquei no bilhete que deixei, por favor leia ele. Você é importante para mim, e o sentimento de voltar e te ver me fará firme e forte aqui. Como no filme que vimos, te vejo em breve!? Com muito amor, Richard - 16:00 p.m.


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Notas finais do capítulo

Ah, ela deixou um beijo a todos vocês que acompanham as fics e um obrigada. Logo ela voltará!



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