Wonderwall escrita por NaturalDisaster


Capítulo 1
Capítulo 1 -- Violeta


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic de Os Vigadores ♥, não sei se está bom :( Me digam vocês se devo continuar a posta-la aqui e o que acharam do capitulo.


Enjoy



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 Abro os olhos e estou momentaneamente cega, demora algum tempo até que meus olhos se adaptem a luz, após isso enxergo a sala. Computadores, agulhas e siringas. Eles me pegaram. Oh não. Levanto bruscamente do que parece ser uma maca, ignoro a tonteira que me dá ao fazer isso. Não posso ficar aqui, não posso deixar que me usem! 

 

 Levanto e minhas pernas fraquejam me levando ao chão, e então uma terrível dor atinge meus braços. Eu grito. 

 

 Agulhas balançam em meus pulsos e tremo ao mover os braços para tentar remove-las. Tubos me ligam a uma máquina, minha cabeça dói e além de meus pulsos, sinto uma pressão na costela. Estou sem ar. Sinto um líquido escorrer molhando minha roupa. Sangue. Estou morrendo. Não quero morrer. É melhor que eu esteja morrendo. Não posso deixar que me usem! Arranco os tubos ligado a mim. Ao tempo que uma máquina exclama aos quatro ventos oque houve. 

 

 Não há tempo o suficiente, puxo uma seringa que estava em cima da mesa e me concentro apenas em me controlar e respirar. A porta é bruscamente aberta e por ela dois vultos passam vindo em minha direção, minha visão vacila. Levanto a seringa pronta para atacar qualquer um que chegue perto. Não estou lúcida o suficiente para usar de meus outros recursos.

 Sinto meu braço ser segurado e outra pessoa arrancar a seringa da minha mão, me debato com todas as minha forças, porém n surge efeito algum em quem está me segurando. Em um lapso, meus olhos se fixam na pessoa a minha frente, sua mão está firme em meu pulso, o que me causa dor. Meus olhos estão cheios de lágrimas e ergo minha cabeça para encaro homem como último pedido de piedade.

 

 Anestesiada. Isso é o que sinto quando encaro novamente aqueles olhos que demostram apreensão. Já os vi. Eu sei. Posso senti-lo, sua aura está forte e vívida ao seu redor irradiando o que muitos abandonam ao decorrer da vida. Pureza. Ele a tem. Paro de me debater e em um milésimo de segundo depois, me encontro no escuro.

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P.O.V. Steve

 

 Seguro o corpo da garota que pende em meu colo e a apoio na cama enquanto Dr. Banner retira a seringa de seu pescoço. A coloco na cama com o maior cuidado possível.

 

"O que houve aqui?!" Natasha adentra ao laboratório de uma maneira estrondosa. Ela me encara pedindo uma resposta é logo seus olhos descem para minhas mãos, estas que continuam a segurar o pulso da garota que agora está sujo de sangue. Afasto-me na hora.

 

"Essa não." Ouço Banner dizer. Enquanto com uma tesoura parte a camisa da garota, já encharcada se sangue, ao meio. "Os pontos abriram." 

 

"Consegue dar conta?" Pergunta Natasha preocupada verbalizando meus pensamentos. 

 

"Sim." Diz ele depois de um suspiro. 

 

"Steve preciso que me acompanhe." Ela disse e logo após seguiu para a porta. Dei uma última olhada na garota na cama, nesse momento desejei protege-la. De qualquer que seja o que a deixou tão apavorada quando acordou.

 

Caminho com Natasha pelos corredores do subsolo da mansão Vingadores. Aqui é onde estão os laboratórios de Banner e Stark. Também os escritórios e área de treinamento de Natasha e Clint. 

 

"O que precisa me mostrar?" Digo não aguentando a curiosidade.

 

"Descobrimos algo sobre a garota." Ela me encarou como dissesse "temos um problema" e tudo que passou pela minha cabeça foi "por favor, que ela não esteja do outro lado."

 

  Subimos para o primeiro andar e lá encontramos Clint, Stark e Wanda acomodados na sala de estar. Stark e Wanda conversavam sobre algo desconhecido por mim enquanto Clint apenas permanecia de olhos fechados.

 

 Clint tem andado desatento a algumas coisas desde as últimas horas. Não o culpo. Deve estar preocupado com a garota no subsolo, já que a mesma está lá por sua culpa, segundo ele.

 

"Ruivinha!", exclamou Stark. "Ouvi uns barulhos estranhos e ... Oh meu Deus!" Disse Stark olhando para mim fazendo com que todos fizessem o mesmo.

 

"O que aconteceu?" Clint perguntou já de pé e vindo em minha direção. Minhas mãos e roupas estavam  sujas de sangue, droga. Esqueci de limpá-las. 

 

"Ela acordou. Relaxa. Banner está com ela, vai ficar bem." Tranquilizou Natasha a todos. "Jarvis."

 

Jarvis (N/a: entendão J.A.R.V.I.S. e tals, mas dá preguicinha de escrever assim.) ligou a imensa televisão que se encontrava em nossa frente e todos se atentaram ao que Natasha iria dizer. 

 

"Então, vamos descobrir quem é nossa 'olhos violeta'?", Wanda perguntou se levantando do sofá e caminhando para o meu lado, tirou uma toalha do nada e me entregou. 

 

"Obrigado." 

 

"Na verdade não.", Prosseguiu Natasha.

 

"Como não? Jarvis não pode ter vasculhados todos os registros do mundo inteiro e não ter encontrado um sequer.", Indagou Stark inquieto.

 

"Análisei todos os possíveis senhor, de agora e até os antigos também." a voz de Jarvis ecoou pelo ambiente. 

 

"Então estamos abrigando a um fantasma pessoal.", Stark se pronunciou novamente passando a mão na cabeça em frustração. 

 

"Não foi apenas isso.", Natasha pegou a placa de vidro a qual se encontrava o controle e logo a tela foi dividida em várias câmeras. "Câmeras de todo o bairro no último mês, não foi difícil encontra-la. Como vêem a menina morava na rua, logo, podemos pensar que não possui família também."

 

 Encarei os vários momentos em que a garota era retratada. Roupas surradas e ela mantinha o cabelo preso. Tinha uma vida miserável, todo dia estava em um lugar diferente. A câmera retrata quando foi ajudda por um senhor que a ofereceu uma coberta, pelo visto estava frio, e lhe deu uma flor. A menina irradiava alegria, como se tivesse recebido dinheiro e não uma simplória flor. Despediu-se do homém e encaixou a flor no cabelo. 

 

 Na tela ao lado estava novamente em um beco diferente, dessa vez durante a noite. Está acomodada em um canto apoiada na parede acariciando o pelo de um gato de rua, seus lábios se mexem. Devia estar cantando. 

 

"Agora, prestem atenção a essa câmera." Natasha amplia a que eu estava assistindo e está toma conta da tela inteira. A menina continua a mover os lábios e do nada para bruscamente. Seus olhos atentos se fixam em apenas um lugar. Ela está com medo. Ela se põe de pé e alguns segundos depois três homens invadem o vídeo. Eles cambaleiam, estão bêbados e o do meio possui uma garrafa de vidro na mão. Se aproxima da garota.

 

"Natasha a...", Wanda diz perplexa ao pensar em ter que assistir a um ato de violência. Meus punhos estão fechados e nunca pensei que sentiria tanta raiva, não podem tê-la machucado, eu... Oh meu Deus. Não posso assistir isso. O que Natasha tem na cabeça? Me viro para sair.

 

"Espera!" Respondeu. 

 

 Me atendo novamente ao vídeo. A garota é empurrada contra a parede e a mesma revida empurrando o homem para longe de si em vão. O mesmo se enfurece e lança a garrafa que segura em cima da menina que se esquiva dos estilhaços. Ela fecha os olhos por uns segundos enquanto os três homens riem de seu recente susto. 

 

 Assim que ela abre os olhos os homens param. Um deles parece perplexo ao que acorreu ali e logo se afasta saindo correndo. O terceiro movimenta os lábios no que acredito ter sido um "oh meu Deus" seguido de um "desculpa". O homem que lhe tacara a garrafa cai de joelhos e tapa o rosto com as mãos, seu corpo convulsiona, primeiro achei que fosse dor, mas não. Ele estava chorando. 

 

 A menina já de pé, se aproxima do homem que antes era seu agressor e o puxa para um abraço. Leio seus lábios. "Me perdoa, eu não sei como parar." O homem disse, ela levantou se afastando do homem que lhe implorava perdão por suas recentes intenções. Natasha pausa o vídeo. 

 

"Eu não sei vocês, mas eu não acredito que bêbados e estupradores em potencial podem ser persuadidos em apenas um piscar de olhos." Todos se mantêm em silêncio. Não desvio meus olhos da menina na tela. Ela fez aquilo? Como ela fez aquilo? Graças a Deus ela podia fazer aquilo...

 

"Parece que encontramos mais uma para feiticeira. Tudo bem Wanda, você ainda vai morar no meu coração.", Cantarolou Stark recebendo como resposta uma almofadada na cara. 

 

"Outra coisa que deveriam saber é: não fomos só nós que acessamos os computadores em busca de informações sobre ela. A seis meses atrás ocorreu a mesma pesquisa, e desde então seus passos estão sendo monitorados." Completou.

 

"Então os agentes da HYDRA que encontramos em meio a corrida atrás dos ladrões de banco não foram enviados para nós.", Afirmei. Tudo faz sentido agora.

 

"Estavam em menor número, e até meio inexperientes. Me senti até meio ofendido achando que teriam sido mandados para nos enfrentar." Disse Stark se levantando e tomando o controle da mão de Natasha. Ele encarou um pouco a placa e logo três câmeras foram novamente ampliadas, mas dessa vez focando nas pessoas que se encontravam ao redor da garota. Agentes HYDRA. 

 

"Vói alá". 

—________________

FIM P.O.V. STEVE

 

 Vozes e mais vozes invadem minha cabeça. Estou girando e voando ao mesmo tempo.

Meu corpo dói como se mil agulhas tivessem me perfurado. Faço um esforço enorme para abrir meus olhos e me arrependo logo em seguida. Luz. Mantenho os mesmos fechados. 

 

"Você pode abri-los se quiser agora.", Abro-os imediatamente. Meus olhos já se acostumaram com a luz então não é tão difícil encarar o homem a minha frente. Seu rosto me é familiar, cabelos e olhos castanhos, porém não é o suficiente para inibir o frio que corre minha espinha ao lembrar de onde estou. Abaixo os olhos. Me acostumei a não encarar as pessoas por muito tempo. Minha respiração acelera e eu quase posso ouvir meu coração.

 

"Acalme-se." Ele disse se aproximando. "Não quer que eu tenha que refazer seu pontos de novo, certo?"

 

 Respiro fundo e me concentro em senti-lo. Lar. Isso é a primeira coisa que me vem à cabeça. Respiro fundo novamente. Ele não vai me machucar. 

 

"Muito prazer senhorita. Sou o Doutor Banner. Seu médico temporário por aqui." Ele diz e é a sombra de um sorriso que atravessa seus lábios. "Qual seu nome?"

 

 Eles não sabem meu nome? Como não? Estão atrás de mim a meses. A não ser que...

"Onde eu estou?", Pergunto encarando minhas roupas e a sala onde estou. Estou usando uma calça do que parece ser moletom e uma blusa branca larguinha. Estou limpa. Não é um hospital nem um laboratório, estou em uma cama de casal em um quarto. Não demoro muito em detalhes, volto a encarar o Doutor. 

 

"Está na mansão Vingadores." Uma voz feminina ecoa da porta. Uma ruiva de vestes pretas adentra ao quarto. "Bruce posso conversar um pouco com ela?", Dr. Banner a encara e depois seus olhos se direcionam a mim. Ele exita um pouco, mas acinte e se levanta. Ele está prestes a sair quando me lembro de algo. 

 

"Obrigada." Sorrio para ele. "Por ter me concertado.", ele acinte novamente e sai logo depois. 

 

"Olá." Disse se sentando ao meu lado na cama. "Não nos conhecemos, sou Natasha." Encaro fingindo interesse na barra da minha blusa. "Você deve ter perguntas, e eu também tenho algumas. O que acha de entrarmos em um acordo?" Sim. "Você já fez uma, então é minha vez." 

 

"Como você se chama?" Ela pergunta. Exito em responder, mas de quê adianta. Uma hora ou outra iram descobrir mesmo.

 

"Angel.", ela me encara como se esperasse que dissesse meu sobrenome, mas eu não tenho um. "Só Angel." Ela concorda e diz que é minha vez.

 

 "Como eu vim parar aqui?", Digo finalmente olhando em seus olhos. Ela me encara surpresa, estou acostumada a causar essa reação nas pessoas, a tonalidade dos meus olhos assusta. Meu pai me lembrava disso todos os dias. Abaixo os olhos novamente. 

 

"Do que você se lembra?" Pergunto ta após se recompor. 

 

"Me lembro de estar andando pela rua principal quando um homem me abordou. Ele queria me levar para um lugar onde eu não queria ir. Então eu corri, dois homens e uma mulher se juntaram a eles e eu estava cansada, não dava mais para correr quando... Eu fui atropelada!" Lembrei. "E eu me lembro de você. Você lutou com aquelas pessoas. Sozinha." 

 

"Sim." Ela sorriu. "Quem te atropelou foi Clint. Não foi por querer, nós estávamos em meio a uma perseguição quando você apareceu do nada. Stark a trouxe para cá, para Bruce poder te ajudar. Os hospitais daqui estão um caos com um atentado recente." 

 

"Então vocês meio que são a polícia?", Perseguição a bandidos, lutam maravilhosamente, e me ajudaram diferente da última vez que fui atropelada e nem mesmo voltaram para ver se eu estava bem. A diferença é que na época eu tinha nove anos. Agora tenho dezenove. 

 

"É, tipo a polícia." Ela sorriu. Eu pude senti-la mais facilmente agora. Coragem. Ela transmite coragem e determinação. 

 

"Sua vez." 

 

"Você conhece quem estava atrás de você?" Questionou. Logo fiquei séria. Apenas concordo com um movimento de cabeça. "Como os conheceu?"

 

"Eles já me pegaram uma vez."

 

"E o que aconteceu?" 

 

"Eu consegui fugir." Viro o rosto para a janela dando aquele assunto como encerrado. Não gosto de me lembrar daquele dia, não posso relembrar o que eu fiz. Flashs passam involuntariamente na minha cabeça e tenho que controlar minhas emoções. Estar triste em um ambiente com mais alguém, implica em deixar essa pessoa triste também. Tenho que me conter.

 

"Angel", me chama.

 

"Preciso que me conte porque estão atrás de você." Ela afirma com convicção. Porém, não posso contar. Eles vão querer me usar também. Nego decididamente. Ela não acreditaria se eu dissesse também. "Não sei o quanto conhece daquelas pessoas, ou o que fizeram a você, mas saiba que não vão parar até conseguirem o que eles querem. Podemos te ajudar, mas só se você deixar.", Ela disse enquanto levantava se preparando para sair.

 

Ela está certa. Eles não vão parar. Mas contar a eles pode nos fazer inimigos no futuro. Não quero isso. Não aguentaria, mas ficar em silêncio também não ajudaria. Preciso arriscar. 

 

"Natasha.", Disse em um lapso de coragem. Ela se virou e se aproximou novamente. "Eu... Eu faço coisas." Disse mexendo as mãos nervosamente.

 

"Que tipo de coisas?" Perguntou sentando-se novamente.

 

"Coisas que nenhum outro ser humano faz." Disse a encarando. Ela apenas sorriu. 

 

"Descanse, amanhã cedo voltarei aqui para te ver, preciso te apresentar a uns amigos." Afirmou. 

 

—____________________

 

Eu estava muito acordada. Dormir naquele momento não era uma opção, estava em um lugar estranho com pessoas estranhas. Claro, eles cuidaram de mim, mas isso não prova que não vão querer me usar depois que descobrirem dos meus dons.

 

Levantei da cama agora sem tubos e agulhas para me prenderem, mas a dor da recente cirurgia continuava ali. Soltei alguns resmungos enquanto tentava me por de pé. Pelo que parecia ainda eram umas dez horas da noite, e havia alguns sons no andar de cima.

 

 Talvez fosse burrice o que faria mas resolvi sair daquela sala para ver se descubro algo a mais. Ao ir em direção a porta avisto a seringa de antes, mas agora vazia. Não precisaria dela, agora voltei ao "controle" das minhas emoções poderia me virar sozinha. E além do mais, ela não me ajudou muito da última vez.

 

 Está frio, continuo com as mesmas roupas de mais cedo quando Dr. Banner me acordou então abraço a mim mesma tentando me manter aquecida. Assim que saio do laboratório me encontro no que pare e ser uma oficina, há objetos vermelhos e ferramentas por todo canto apesar de estar impecavelmente limpa. Posso ver mais salas ao final de um corredor. Me apoio na parede e observo tudo perifericamente. 

 

Pensava estar sozinha quando o sinto. Tem mais alguém aqui comigo e a única coisa que fiz foi torcer para que fosse Dr. Banner ou Natasha. Mas não era eles. Podia captar os sentimentos momentâneos divertimento, curiosidade e empolgação. Isso poderia estar vindo de uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo, mas não. 

 

O homem mais velho adentrou finalmente meu campo de visão. Ele não me era familiar, e algo me dizia que não deveria confiar nele. E acredite, minha intuição nunca falha. 

 

"Estava me perguntando quanto tempo demoraria até que viesse xeretar as coisas por aqui.", disse sarcástico se jogando em uma das cadeira que tinha ali. 

 

"Quem é você?", perguntei. Eu estava atenta a cada um de seus movimentos.

 

"Como se você não soubesse.", o vi revirar os olhos e logo depois se levantar. Ainda estava apoiada na parede em frente à onde ele estava. Continuei a encará-lo e então ele entendeu. "Tony Stark. Em que mundo você vive?!", perguntou com descrença.


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Notas finais do capítulo

E então? Devo continuar?