Tekken no Kimochi escrita por Ina sama, TamashiiKitsune


Capítulo 1
Escolta à Embaixadora


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós novamente!

FAAAAALA POVO! Tia Ina voltou com mais uma fic pra vocês!

Eu sei que parece clichê, muita gente já fez fic com essa temática antes e blábláblá, mas vamos ver se conseguimos fazer algo legal com essa aqui. Até agora a história tá bem fechadinha na minha mente, vamos ver se conseguimos desenvolver.

Mais um AU de Naruto que eu faço explorando os Uzumakis. Pra quem leu ESFR sabe do que eu to falando.

A história se passará no início do clássico e pega pra frente. Ainda estou decidindo se vou englobar o shippuden ou não.

Sim, eu gosto de fazer fics sobre o clássico. É fofo e tem toda aquela pegada de descoberta, eu adoro.

Chega de enrolação, vamos soltar o vídeo!

Ah, aviso importante: alguns de vocês estão familiarizados com a minha descrição de flashbacks, mas agora eles vão se destacar por serem fragmentos todos em itálico. Então vocês já sabem, se tem itálico no fragmento todo, é flashback.

Boa leitura



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A chuva se intensificava, deixando a noite sem lua cada vez mais sombria. Minha capa já estava ensopada, fazendo o frio penetrar meus ossos. Deslocávamos pelas árvores em silêncio, e entramos em uma caverna escondida para escapar da chuva. Eu me aproximei da entrada, olhando ao redor para me certificar que ninguém nos seguia.

—Acho que os despistamos finalmente. Fica difícil ver algo nessa escuridão, então devem ter assumido que já ultrapassamos a fronteira. Chegaremos ao ponto de encontro rapidamente. – Comentei, virando-me para olhar para o meu colega, que estava sentado no chão de costas para as pedras. Mas o que eu vira ali foi algo que me deixou surpresa, mesmo que fosse algo normal em sua condição.

 

Ele estava chorando.

 

Em todos aqueles anos, eu nunca o vira derramar uma única lágrima. Mas agora elas caíam em profusão por seu rosto. Me aproximei com cuidado dele e o abracei, recostando sua cabeça em meu peito. Ele retribuiu o gesto. Estava gelado e tremendo. Talvez fosse a chuva. Talvez fosse o horror que vivera. Era minha culpa. Se eu não fosse tão tola...

 

—Pode chorar. Não tem mais ninguém aqui. – Eu disse suavemente. Ele pareceu entender o gesto e seus soluços se intensificaram, assim como o aperto em minha capa de chuva. Eu afagava-lhe os cabelos enquanto ele chorava com toda a alma, extravasando toda a tristeza que sentia. Eu tinha uma forte sensação de que aquela seria a última vez que ele se permitiria esse luxo. Não havia mais como retroceder. Não havia mais luz. Não havia mais nada.

 

Tudo o que restava era seguir em frente.

 

 

O time 7 se aproximava rapidamente da fronteira. De acordo com as informações dadas pelo Sandaime, sua missão era simplesmente escoltar a Embaixadora do País do Fogo até a mansão do Senhor Feudal. Passando pela estrada de terra que levava até a fronteira que levava ao País da Terra, o time avistou uma velha senhora vestida em um kimono fino parada, parecendo esperar alguém. Assim que o grupo se aproximou, os olhos negros da velha recaíram-se sobre os rostos jovens, brilhando estranhamente ao ver a face de Kakashi. O jounin se aproximou da senhora e esta finalmente falou, em tom cortês:

—Vocês são os enviados de Konoha? Estão atrasados.

—Embaixadora Kakura, perdoe-nos pela demora. Eu sou Hatake Kakashi e estes são os meus alunos: Haruno Sakura, – Ele apontou para a rosada, que fez uma pequena reverência para a senhora, sendo retribuída com um sorriso afável. – Uchiha Sasuke, – Ela olhou para o rapaz, que muito sem vontade lhe deu um respeitoso aceno de cabeça. Seu olhar se demorou mais sobre o moreno do que sobre Sakura, encarando-o com mais profundidade. E finalmente lhe sorriu um sorriso discreto, mas não menos caloroso do que o dado à menina.

—Eu ouvi a respeito do que houve com o seu clã, meu jovem. Eu sinto muito. – A senhora disse suavemente. Sasuke piscou confuso, encarando a senhora de cabelos muito brancos. As palavras dela foram realmente inesperadas. Ele franziu o cenho, pronto para virar a cara, mas havia algo nela e na maneira como ela o dissera que ele não conseguiu ignorar. Sem muita criatividade para responder, ele só assentiu, permanecendo em silêncio. Por fim, seus olhos se viraram para Naruto, arregalando-se levemente.

—Este é Uzumaki Naruto. – Completou Kakashi. O loirinho abriu seu melhor sorriso colgate.

—Prazer, obaa-san!

—Naruto! Não chame a Kakura-sama assim! – Ralhou Sakura, mas a senhora parecia alheia a confusão. Ela encarou o loirinho fixamente por alguns segundos, mas de uma maneira diferente da de Sasuke. Agora havia surpresa e até espanto em seu olhar. Kakashi notou a expressão da velha, que ao sentir o olhar do sensei sobre si, resolveu sorrir para o loirinho também.

—É um prazer conhecer vocês todos. Bem, como bem sabem, eu estou muito velha e preciso de companhia durante minhas viagens. Consegui viajar até aqui com comerciantes do País da Terra que foram muito gentis em me ceder um espaço em sua carroça.

—Uma embaixadora fina como a senhora andando de carroça? – Admirou-se Sakura. Kakura riu.

—Eu já fiz muitas coisas nesse mundo, minha jovem. Mas deixemos de conversa. Vamos andando. – Kakashi assentiu. O grupo entrou finalmente em movimento, alheio a sombras que se ocultavam nas árvores, a espreita.

O sol já estava se pondo quando o grupo parou para descansar. O loirinho sentou-se no chão, molhando a nuca com um pouco d'água enquanto a cliente se sentava numa pedra. Kakashi retirou os pacotes de ração da bolsa, entregando um para cada um. A velha suspirou.

—É tão bom poder descansar, não acham?

—Sim. – Respondeu Naruto, abrindo seu saquinho. – Aliás, obaa-san, você tem bastante energia pra alguém da sua idade. Quem dera o velhote fosse as... AI SAKURA-CHAN, ISSO DOEU, -TTEBAYO!! – Gemeu ao levar um murro da rosada.

—Não insulte o Sandaime, Naruto!!

—Mas é verdade. Ele é uma múmia.

—Mais respeito, Naruto. Sandaime-sama é um excelente ninja e merece ser tratado com a devida consideração. – Kakashi disse em tom de reprimenda. Sasuke bufou, arrancando mais um berro do loiro.

—E VOCÊ, O QUE TÁ FAZENDO, EIN, TEME?!!

—Você é mesmo um idiota.

Enquanto o Uzumaki avançava para dar no Uchiha, Kakura riu.

—É mesmo um grupo cheio de energia. Você deve se orgulhar deles, Hatake-san.

—Hm? Oh, sim, a maior parte do tempo. São boas crianças. – O olhar de Kakura se demorou por um momento nos três genins brigando e perguntou em um tom baixo e pensativo.

—Aquele garoto... É o menino da Kyuubi, não é? – O olho negro do moreno recaiu sobre a anciã. O rosto dela estava sério, mas não continha nenhum medo ou repulsa. Continha algo, sem sombra de dúvida. Mas Kakashi foi inábil de ler a expressão da mulher.

—Sim. E isso lhe rendeu uma vida bem difícil.

—Eu imagino. Pobre criança. – Os olhos de Kakura se voltaram para o saco de ração de campo que segurava. Seus punhos estavam tão cerrados que o conteúdo estava prestes a escapar pela abertura. O jounin ergueu a sobrancelha.

—E quanto a você, Kakura-san? O que fazia no País da Terra? – Kakura pareceu se distrair de seus próprios pensamentos, retomando a expressão neutra que tivera antes.

—Negociando um acordo de paz. Como nossos aliados de Sunagakure têm um passado conturbado com Iwagakure, Konoha tem dificuldades de travar acordos comerciais importantes com o País da Terra. Já que a situação política ao redor do mundo está finalmente caminhando para uma calmaria, é o momento certo para fazer mais alianças. – Kakashi assentiu. As palavras dela eram verdadeiras. Com a Terceira Guerra Ninja tão recente nos corações das pessoas, o pós-guerra era sempre um momento conturbado. Mas havia algo que havia aquietado os corações das nações.

—Isso é culpa da Guardiã da Paz, não é? – Kakashi encarou a velha profundamente, e teve o olhar retribuído. A senhora sorriu. Ele era afiado.

—De certa forma, ela contribuiu para isso. Mas a maior importância da figura da Guardiã da Paz é com certeza para Konoha, especialmente depois dos desastres pelos quais a vila passou nos últimos anos. Símbolos são importantes para manter a esperança nos corações de multidões.

—Eu não teria dito melhor. – Kakashi riu.

—Guardiã da Paz? – Perguntou Sakura. O trio finalmente havia se aquietado e retomado a conversa. – Essa não é aquela kunoichi famosa que salvou os daimyos naquele encontro há anos atrás?

—Você é esperta. – Elogiou a embaixadora, fazendo a rosada corar. – Sim, a Guardiã da Paz é aquela moça. Os daimyos estavam reunidos para finalmente discutir o que fariam com relação aos ninjas. Com todas aquelas guerras, houve uma grande pressão da sociedade civil e dos samurais para limitar o poder de ação dos shinobi. Era um evento sem precedentes na história, pois era uma das poucas vezes em que os líderes das 5 nações se reuniam no mesmo lugar.

—Mas havia um grupo que queria que todos vissem os ninjas como vilões. Então eles cercaram o palácio onde ocorreu o encontro e fez os senhores feudais de reféns. Ninguém conseguia entrar ou sair. Ela se infiltrou e eliminou os inimigos, deixando claro a importância dos ninjas para o mundo. Por isso foi apelidada de Guardiã da Paz. – Kakashi completou a história e olhou ao redor. O trio estava ligeiramente inclinado para frente, entretido na conversa.

—Poxa, ela deve ser incrível! – Exclamou Naruto. Kakashi olhou para o céu.

—Ela sempre foi uma ninja habilidosa. Sua força aumentou com o tempo.

—Você a conhece? – Perguntou Sasuke.

—Sim, eu a conheci quando ela era uma criança. Assim como eu, ela começou a vida ninja bem cedo. Da última vez que a vi, já era chuunin. Mas isso foi há muito tempo. – O professor deu uma olhada rápida de soslaio para Naruto. Havia algo que Kakashi realmente nunca havia entendido naquilo tudo.

Kakura ouvia a conversa calada, sentada calmamente em sua pedra. A noite caía rapidamente e não faltava muito para o castelo do daimyo. A brisa soprava suave e fresca, destoando da tensão crescente e silenciosa que se abatia sobre o grupo, sendo unicamente percebida pelo jounin e a embaixadora. O mantra de conversa dos genins com o professor foi rompido quando um homem se esgueirou sobre a velha e tentou apunhalá-la pelas costas, tendo sua tentativa não lograda pela rapidez de Kakashi, que bloqueou o golpe com uma kunai. – Então finalmente resolveram aparecer, ein?

O time 7 prontamente fez uma formação de defesa ao redor da anciã ao mesmo tempo em que mais quatro inimigos surgiram, todos com bandanas e uniformes de Iwagakure. O líder deu um passo para trás para liberar sua lâmina do bloqueio do jounin e sorriu.

—Nos dê a velha e o tratado e ninguém se machuca.

—Quem são vocês?! Por que estão fazendo isso, se esse acordo é importante pra vila de vocês também? – Perguntou Sakura, erguendo a kunai em modo de defesa. Os homens riram levemente.

—Eles não são de Iwa. É um embuste. – Disse a velha. O líder sorriu.

—Disseram que você era afiada, Kakura-dono. Sim, representamos uma firma privada. A paz entre Konoha e Iwa forçaria Suna a cessar fogo também, e isso seria muito pouco lucrativo. – Kakura franziu o cenho.

—Shindou. Ele está por trás disso, não é? Ele planeja me matar e destruir o tratado para incriminar Iwa. Konoha não terá escolha a não ser acabar com a paz armada e entrar em confronto direto. Isso jogaria Kumo e Suna no conflito, já que são aliadas de Iwa e Konoha. Só faltaria um incidente para envolver Kiri e vocês teriam uma guerra mundial em mãos. Shindou é fabricante de armas. Ele lucraria horrores com uma guerra dessa proporção. – O sorriso do líder se alargou, assim como a expressão horrorizada dos genins.

—Exatamente. Não é incrível como a paz é frágil? A morte de uma simples pessoa pode causar todo esse estrago, tsc tsc. Bem, que peninha, descobriram o segredo do mestre... Agora vocês vão ter que morrer.

Os cinco atacaram ao mesmo tempo. Naruto não teve tempo de fazer seus bunshins, pois teve que se esquivar de uma kunai. Na fração de segundo em que o time 7 estava ocupado, o quinto inimigo achou uma brecha e se lançou sobre Kakura.

—KAKURA-SAMA!! – Sakura gritou, mas já fora tarde. O ninja aproximou-se da velhinha, bloqueando parcialmente a visão do grupo. Sangue jorrou, impregnando o ar com seu cheiro.


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Notas finais do capítulo

Começando com tensão porque começos calminhos são muito overrated.

Logo logo posto o próximo! Mandem reviews!

Ja ne

Kissus, Ina-sama



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