Sinta o amor escrita por mhel


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então Gente, está é a minha primeira fanfic SwanQueen e tal. Ela surgiu de uma adaptação de outra que eu tinha escrito há um tempo atrás e postei em outra conta, mas como era sobre animes vai ser meio difícil encontrarem ela ahushas A sinopse é horrível, mas história é legalzinha Enfim, Espero que gostem ♥



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"Novembro era um mês geralmente tranquilo. Nunca acontecia nada demais.

Normalmente eu e você íamos á nossa cafeteria preferida na esquina de onde eu morava.  Mas quando você me ligou pedindo que nos encontrássemos no meu apartamento, soube que aquele dia era tudo, menos um tipico dia de novembro.

Eu só consegui pensar em como estava certa quando abri a porta do meu apartamento e encarei seus lindos olhos verdes.

Aquela expressão….Assim que coloquei os olhos em você sabia que o que quer que você fosse tratar comigo, seria algo que mudaria tudo, que nos mudaria. Aquele olhar decidido, que me fez tantas vezes te admirar, naquele momento me surpreendia,  e eu comecei a realmente achar que fosse algo muito sério.

Você se sentou a minha frente no grande sofá de couro que eu sabia que você detestava, e ,desmanchando suas feições serias, sorriu colocando as duas mãos em minhas bochechas.

Eu definitivamente não sabia como reagir, não disse nada, não fiz nada, apenas te fitei com um brilho nos olhos que não sabia que tinha, com a curiosidade exalando de meus poros.

Queria me pronunciar, dizer algo, mas antes que tivesse a oportunidade vi com confusão seus lábios grudarem nos meus.

Demorei alguns segundos para dirigir aquela informação e mau pude aproveitar aqueles instantes no paraíso. Seus lábio eram macios e gentis, acho que nunca em toda a minha vida tinha experimentado um beijo como aquele. Nunca tinha sentido uma sensação como aquela. E no fundo, aquilo me assustou mais do que deveria.

E quando eles seus lábios se afastaram dos meus, meu peito apertou, acho que sabia o que estava por vir.

Seus olhos estavam com um brilho estranho, cheio de amor, cheio de tristeza até um pouco de ressentimento. Mas acima de tudo… Estavam cheios de firmeza.

—Eu vou embora—Ouvi você dizer com um sorriso de canto no rosto, arregalei os olhos digerindo o que havia acabado de escultar, mas você não esperou eu me recuperar do choque, você continuou—Não se preocupe, você não fez nada de errado, quem fez foi eu, eu te amei demais Regina, por muito tempo e agora…Eu sei que você nunca vai sentir o mesmo, então preciso me afastar. Isso é um Adeus Regina.

Naquele momento eu senti minha garganta secar, meu peito apertar e pior sensação que tive na minha vida, se apossar do meu corpo como a luz do sol se apossa de tudo a seu alcance. Eu me sentia a pior pessoa do mundo. Ainda não tinha ideia do quanto aquilo me faria remoer as minhas atitudes e do quanto meu coração sairia abalado.

—Emma… Nã… Porque?—Eu não sabia as palavras certas a serem ditas naquele momento, acho que se fosse agora, teria pedido que ficasse e diria o quanto tudo que você sentia por mim era reciproco. Mas como uma jovem tola, não tinha o mesmo amadurecimento que você possuía para discernir sentimentos... Eu não me apegava a algo tão forte quanto o amor... claro, eu te amava, mas você era minha melhor amiga, não era? Naquele momento eu não tinha certeza de nada e não sabia o quão importante seria se tivesse tentado entender o que havia no meu coração, e tivesse deixado de lado a imagem que tinha de você como amiga. Teria sido tudo diferente creio eu.

Mas vi você sorrir com seus dente ligeiramente tortos e suas adoráveis covinhas uma ultima vez para mim, e sussurrar um Adeus doloroso tanto para meus ouvido quanto para o meu coração. Você não disse que me amava, mas eu senti, ao fitar seus olhos, com todo o meu ser que esse amor ainda existia.

Eu não reagi, na esperança de que talvez aquele sentimento que você tinha por mim, fosse ser o suficiente para lembra-la que o seu lugar era ali, comigo. Mas no fundo eu sabia que não era suficiente, que você não aguentava mais a realidade e que mesmo que eu implora-se, naquele momento, você ainda teria razão em partir.

E que motivos eu poderia lhe dar para que ficasse?

Eu acho que concordava com você. Você sempre esteve do meu lado sendo minha confidente, e e em segredo me amando, eu não suportaria ouvi-la dizer dos garotos com quem ficava, então eu entendia o porque de você estar passado pela minha porta naqueles segundos.

Talvez eu não entendesse toda aquela situação. Eu sempre soube que você gostava de garotos, assim como sabia que já tinha ficado com garotas,  e não me surpreendeu o fato de que você gostava de mim, Regina, garota, mas nunca imaginei que você pudesse sentir aquilo por mim realmente, por quem eu era. De todas as coisas com que eu poderia ter me importado ao saber, a que me deixou mais aflita e sem respostas foi: Como você se apaixonou por mim conhecendo a pessoa quebrada que eu era?

Quando você passou  por aquela porta, eu entendi muitas lacunas que existiam em nossa amizade e sei que parece impossível de se acreditar mas, inevitavelmente, eu me apaixonei por você quando você foi embora da minha vida.

Seria engraçado, se não doesse tanto.

 

 

...

 

 

Num dia qualquer de janeiro, acordei assustada, coçando os olhos e sentindo aquela sensação já comoda assolar o meu peito, o ressentimento e a raiva por ter sido fraca e covarde por te-la deixado ir,e a solidão que as lembranças da última vez que te vi me traziam.

Eu não queria mais pensar nisso, nesse arrependimento e nessa angústia. Eu queria ter as memórias boas apenas, queria que aquilo fosse o bastante.Mas eu sabia que não era, as lembranças da ultima vez juntas, do nosso primeiro e ultimo beijo, vinham sempre a tona quanto tentava apagar os meus sentimentos.

Inevitavelmente eu não conseguia negar que aquele sentimento angustiante, me dava a certeza de que eu nunca poderia deixar de ama-la, e com certeza seria um fardo um dia.

De qualquer maneira, o tempo correu.

 

 

...

 

 

Quando pude perceber, os dias se arrastaram em meio a minha confusão, e uns dois anos desde sua partida haviam passado. Mal sabia como havia passado por todo esse tempo sem vê-la.

Eu acatei seu silencioso pedido de que eu não fosse atras de você. E talvez fosse a melhor coisa a se fazer, ou talvez você espera-se o contrário.

 Acho que por muito tempo quis acreditar que a minha atitude era altruísta, pois era egoísta ir atras de você me dizendo apaixonada, quando você fora embora acreditando que eu nunca poderia retribuir o seu amor e me infiltrar na nova vida que você tinha. Uma vida que com certeza deveria ser melhor sem mim. Mas um tempo depois eu percebi que eu estava apenas sendo um pouco mais covarde.

Meus amigos, que se resumiam em nossas melhores amigas Ruby e Tink e Zelena minha irmã, aos poucos percebiam minhas mudanças, o meu sofrimento. Eu nunca disse o que tinha acontecido, mas acho que elas tinham uma vaga ideia, como também acho que elas sempre souberam não é? Apenas eu não pude perceber os sentimentos que você tinha por mim. Mesmo sem realmente saber o verdadeiro motivo daquilo tudo, elas sempre disseram para eu ir atras de você, para procura-la e resolver o que quer que nós tinhamos pra resolver.

Mas como… Se nem eu nem ninguém tínha ideia de onde você poderia estar?

 

 

...

 

 

Francamente, se eu acreditasse no destino diria que teria sido o culpado por ter me colocado ali, diante de você a alguns metros de distância e também á umas 4 horas da nossa cidade.

Era julho e chovia razoavelmente. Era uma chuva boba então não me importava de andar na rua sem guarda-chuva. Eu precisava fazer um trabalho muito importante para minha faculdade de direito. O tema era sobre a realidade criminal e outras coisas relacionadas, e eu não podia faze-lo em nossa pequenas cidade, pois Storybrooke era tudo, menos uma cidades com uma população presidiaria com mais que 5 detentos. Na grande maioria das vezes eram apenas bêbados brigões que passavam as noites na cadeia, então tive que ser um pouco radical e ir para Nova York, que com certeza tinha material para o meu trabalho.

Eu tinha acabado de chegar na grande cidade e priorizei conhecer um pouco um dos maiores marcos turísticos de lá. O central park.

Foi esquisito, mas acho que tinha um sensação de que algo bom iria acontecer naquele dia. Tanto que cumprimentei com bom dias muitas pessoas antipáticas que passavam por mim, só pelo simples prazer de compartilhar um pouco da minha animação. E você conhece, eu nunca sou simpática assim.

Depois de andar por um tempo sem realmente saber para onde eu estava indo, ouvi uma risada desengonçada a minha frente, e congelei onde estava sem ter coragem para procurar com os meus olhos a dona daquela voz, que eu tinha certeza que era você.

Depois de pensar no quanto era estranho uma mulher adulta estar parada no meio da calçada ,olhando para o chão como uma expressão completamente perturbada e angustiada, resolvi acabar com aquilo e erguer meus olhos até você. Quando eu te vi, aquele sentimento que eu tentei evitar veio a tona, todo amor que eu tentei sufocar, agora me sufocava.

Acho que a alegria que meu coração sentiu ao te ver foi tão grande, que ignorei que você não estava sozinha. Só depois de sorrir de canto com a sua visão, percebi que você estava acolhida nos braços de um homem, um homem que não era eu. (obvio)

Podia jurar que meu sangue ferveu e mesmo sem que eu percebesse, meus punhos se cerraram.

Você me conhece, eu não lido bem com ciúmes. E tudo que eu mais queria naquele momento era ter um saco de pancada para poder socar, de preferencia um com a cara desse cara. Porque talvez você ainda não soubesse, mas você era minha, e mesmo sem direito algum, eu morri em ciumes ali.

Você tinha o sorriso mais bonito do mundo para mim. Eu conhecia cada um dos seus sorrisos ,aliás, e cada um deles me encantava de um jeito único. E você estava sorrindo o seu sorriso feliz pra ele e isso me entristeceu. Parecia que o peso do mundo caiam sobre os meus ombros.

Mas no instante que flagrei sua gargalhada, meus músculos tensos… Relaxaram.

Acho que parte de amar era querer bem, e não havia nada no mundo que eu quisesse bem como eu queria você. Mesmo nos braços de outro.

E acho que eu finalmente entendi parte do sentimento que te levou a ir embora de Storybrooke. Pois era egoísta demais querer que sua felicidade fosse comigo, sendo que naquele momento ela era com outra pessoa, e eu precisava deixar você ser feliz Emma, de verdade.

Então eu tentei sorrir e ficar feliz por você.

Você merecia a felicidade, e se eu não pudesse da-la á você, torceria para que alguém conseguisse.

Eu fui embora com um sentimento estranho no coração. Eu te amava e estava abrindo mão desse amor para que você amasse aquele cara. E você parecia tão feliz... Mesmo arrasada, saber disso foi o suficiente para mim.

 

 

...

 

 

Depois de um tempo, cheio de uma angústia agridoce, pensei que talvez devesse fazer como você.

Você me amou e estava superando esse amor com outra pessoa. Por mais que meu coração gritasse para que eu não fizesse o mesmo, que me mantivesse imutável até que voltasse, sentia-me ferida o suficiente para não negar algum consolo. Faziam 3 anos que eu não conhecia alguém e talvez fosse o momento de fazer isso.

Num daqueles dias habituais em que eu descia de meu prédio e ia direto para a pequena cafeteria na esquina, encontrei uma pessoa que amorteceria a minha dor.

Lembro que costumávamos nos sentar e conversar por horas a fio tomando um chocolate quente ou capuchino, que riamos e trocávamos confidencias... Aquele era um programa só nosso, nem Zelena, Ruby e Tinker participavam, e elas reclamam até hoje por isso.Mas com esse tempo no passado eu vi, com um pouco de confusão, uma mulher que não era você sentar a minha frente, na mesa em que sempre sentávamos.

Aquela mulher era bonita, bonita de verdade, tinha um cabelo clarinho, um loiro na altura dos ombros que destacava seu rosto magro e cheios de detalhes únicos, seus olhos eram cintilantes e exibiam um céu cheio de esperança, ela me lembrava de certa forma você, o jeito doce de falar e a delicadeza de cada movimento.

Seu nome era Ingrid e ela me revelou que estava de olho em mim à semanas. Quando ela disse isso ri como não ria a meses. Ela disse que sempre me achou diferente e intrigante e que naquele dia surgiu em sua cabeça que deveria falar comigo.

Depois daquele dia, sempre a mesma hora, me sentava na cadeira e instantes depois lá estava ela, conversando e brincando comigo. Durante todos esses dias, eu era consumida pela nostalgia daqueles momentos que tive com você ali e também pela culpa, talvez se você soubesse daquela situação poderia achar que aquilo era um tipo de traição.

Eu tinha bastante carinho por aquela garota e parecia ser mutuo. Num dia qualquer depois de algumas conversas aleatórias, a chamei para um jantar. Aquela sensação de “traição” já chegava a me irritar e se eu seguiria em frente, teria que seguir do jeito certo.

Na noite em que nos encontramos, ventava bastante e os céus ameaçavam jogar sua fúria em nós. Mas mesmo assim me arrisquei e fui o mais rápido possível para o restaurante em que nos encontraríamos. Ela estava linda, com um vestido rosa claro tomara que caia. Estava adiantada, eu podia constatar, mas devia ser pelo fato de estar tão nervosa quanto eu.

Eu fui até ela e ela sorriu para mim ao me avistar. Ela estava radiante e eu sorri com a animação dela.

Pensei que se começaríamos alguma coisa, deveria ser com as cartas na mesa, então contei sobre você, o quanto te amei. Apenas omiti a verdade, de que ainda te amava, porque isso acabaria com as minhas chances de esquece-la e criar algo com ela, mas algo em seu olhar parecia demonstrar saber desse detalhe.

Ela pediu licença e saiu do restaurante no mesmo instante que um raio cortou o céu. No primeiro segundo não sabia o que fazer, mas no seguinte corri até ela, não poderia deixa-la partir como uma vez fiz com você.

Ela disse que gostava de mim e pediu que não fosse usada para me fazer esquecer você. Eu lhe disse que era reciproco, poderia não ama-la como te amava, mas gostava o suficiente para seguir em frente com ela. Decidi arriscar e a beijei sentindo a chuva cair sobre nós.

Ela sabia que sairia um dia machucada dessa relação, e sabia que eu seria o motivo disso. Mas nossos corações machucados acharam naquele momento que deveriam juntar seus cacos e ferimentos em um só coração. Então, em dia chuvoso de Dezembro, começamos a namorar.

 

 

...

 

 

Ingrid era uma mulher apaixonante e em nenhum momento da nossa relação não atendeu minhas expectativas assim como eu sempre tentei atender as dela.Sempre tentando me animar, me ajudando e sendo aquela que me reerguia da lama, que me dava uma felicidade que já tinha esquecido. Ela me ajudou a passar por momentos difíceis, como a morte do meu pai. Eu sempre achei que  a unica pessoa do mundo que poderia aplacar aquela tristeza fosse você, mas ela aplacou.

Mas apesar de todo o carinho e amor, depois de quase um ano ao seu lado tive uma crise que decidiria tudo a partir dali.

Me sentei numa fonte em um parque no centro da cidade e comecei a pensar.

Eu ainda te amava e mesmo depois de tanto tempo sem vê-la, esse sentimento continuava latente e imutável, como se nem a morte o fizesse acabar, como se em minha lápide fosse ser escrito “amante eterna de Emma Swan”.

E mesmo com todo o amor que minha namorada me dava, vi que não era suficiente.

Porque todos os dias entraria em minha sala e lembraria do beijo que você me deu, sentaria no sofá e lembraria das vezes que passamos acordadas assistindo filme e comendo pipocas juntas, das vezes que você me aconselhava, das vezes que eu te abraçava e você chorava em meu peito e dos momentos que estavam eternizados em nossas fotos.

Eu andei sem rumo aquele dia e quando a tarde dava boas vindas a noite, parei em frente a uma peixaria admirando uma cena muito estranha. Um labrador azul, por mais incomum que fosse, olhava intensamente para um dos peixes pendurados na bancada. Eu achei engraçado porque você sempre disse que gostava de animais coloridos mesmo que fosse totalmente esquisito.

Comprei uma pequena sardinha ali e me senti observado por aquele cachorro estranho. Joguei para ele e depois que ele comeu me senti feita e sai dali, só não contava em ser seguido pelo tal cachorro.

Resolvi leva-lo para casa, na verdade ele não me deu muito escolha já que ele não me perdia de vista por um segundo… A chamei de Lola ,sim era ela, só notei um tempo depois de nomeá-lo de Happy pelo simples motivo de que todos os meus momentos com você tenham sido assim como seu nome deixava claro, “feliz”. Mas quando notei meu erro, chamei-a de Lola. Uma personagem de um livro que você amava.

Ingrid morria de medo de cachorros,então suas visitas a minha casa estavam menos frequentes.

...

Um dia levei Lola a um veterinário para saber o porque dele-se ser azul. Muitas suposições foram feitas por mim, como pintura por um dono louco entre outras coisas, O veterinário disse que era uma tinta provisoria e que provavelmente sairia depois de alguns banhos bem dados. eu respirei aliviada depois de saber disso. Mas ele não encontrou nenhuma explicação lógica para Lola querer sardinhas todos os dias e choramingar sempre que eu me atrasava para entrega-las.

Ela era estranha, estranha assim como tudo que nos envolvia, assim como você… a minha estranha.

E eu sei que era mais estranho ainda eu estar relacionando tudo a você, mas entenda. Aquela foi uma época estranha para os meus sentimentos. Eu estava mais nostálgica e dramática do que de costume.

Depois de uma semana que acolhi Lola, que já tinha mais pelos marrons do que azuis, a vi arranhando algo em meu quarto e quando me aproximei pude ver uma foto nossa, tirada de um jeito completamente natural. Na foto eu estava sentada no meu sofá e você estava com a cabeça em meu colo, riamos como duas crianças, aquela cena demonstrava nossa felicidade e agradecia eternamente Zelena por te-la tirado tão remotamente.

Fiquei observando aquela foto com um aperto no peito. Com uma mão a segurava e com a outra puxava minha camisa bem no coração.

Aquilo acontecia com frequência, em alguns momentos eu parava e olhava no céu, agarrava minha camisa e sorria.

Acho que na esperança de que onde quer que você estivesse, a minha existência ainda fosse algo que você se lembra-se. Que você sentisse a mesma queimação no peito que eu sentia quando pensava nisso.

Que talvez ainda tivesse um fio que nos ligasse, mesmo desgastado.

Coloquei aquela foto de volta no lugar com as outras, elas que antes decoravam a casa inteira, agora pareciam escondidas com medo que Ingrid as visse e tirasse conclusões erradas(ou certas).

 

 

...

 

 

Mesmo depois de semanas, mantive os mesmo pensamentos que tive naquele dia na praça. Eles estavam mais frequentes e de uns dias para cá, e agora vinham acompanhados por impulsos de ligar para o seu antigo número

Respirei fundo algumas vezes com ideias malucas em minha cabeça que só ganharam uma extrema confiança e impulso quando viram que dia era.

Fazia exatos 4 anos você deixava o comodo em que  eu estava naquele momento e sumia da minha vida, mas não do meu coração

Então tomei a decisão mais importante da minha vida. Percebi que como estava não poderia continuar.

Eu não peguei mala alguma, só alguns documentos e meu celular.

Rumei ao aeroporto. Fazia 3 dias que que eu estava em Washington para um congresso de advocacia muito importante que ocorria á cada 2 anos, mas não liguei para isso quando e peguei o primeiro voo para New York.

Passei o trajeto todo pensando no que estava fazendo e pensando em você.

Lembrando que estava faltando a melhor palestra de advocacia que eu teria em vida , que não tinha comprado o peixe matinal de Lola, não tinha dado o bom dia por mensagem de Ingrid que deveria estar dormindo naquele momento e nem muito menos avisado qualquer um sobre a minha repentina viagem.

Mas aquilo eram coisas pequenas comparadas a minha missão.

Horas depois, senti uma vibração no avião e uma mulher anunciou a todos que havíamos aterrissado com segurança em New York e senti a agitação contagiar minhas veias, a minha cabeça criar centenas de possibilidades sobre o que iria acontecer e meus pés baterem ansiosos no chão querendo que todo aquele processo de desembarque fosse rápido.

Fiz tudo muito rapidamente quando parei para respirar percebi já estar em taxi.

Pedi para o simpatico taxista, que alias se chamava Gepeto, que me levasse até o lugar em que vi você a quase dois anos atras.

No caminho estava tão nervosa que Gepeto notou e me perguntou sobre o que me afligia.

Eu não era o tipo de pessoa que contava coisas pessoais para estranhos, mas senti que poderia confiar naquele senhor.

Eu contei a nossa história e Gepeto em retribuição me contou a dele. Ele tinha 63 anos e tinha perdido há espoca a 10, para um tumor nos ossos. Ele me disse que tinha ficado sem chão e que talvez só se manterá firme até então pelo filho August e pela pequena netinha de 5 anos.  Também me disse que não se importava com o fato de nós duas eramos mulheres, e que pelo contrario, achava muito bonito nosso amor. Ele disse que eramos parecidas com seu filho August e seu genro Graham, que também era pai de sua neta. E que se pudesse estar lutando pelo amor da mulher que ele amava, assim como eu estava, estaria lutando com unhas e dentes, e que se você me rejeitasse, ele iria dar um jeito de puxar sua orelha se você precisasse qualquer dia desses de um taxi.

Segundo ele, o amor é a maior magia de todas e que se nós o temos em vida, devemos cuidar e cultiva-lo. Pois tão subitamente quanto aparece, ele some, por inúmeros motivos.

Eu sou eternamente grata por todas as sábias palavras daquele senhor. Acho que se tinha algum vestígio de insegurança em mim, sumiu depois daquela inusitada corrida de taxi.

O céu estava nebuloso e o vento agitado, de vez em quando conseguia notar finas gotas de chuva caírem do céu e sessarem minutos depois. Acho que na maioria dos momentos dramáticos da minha vida, chovia ou o tempo ficava realmente ruim e nublado.

Estava tão entretida pensando nisso que não notei de imediato Gepeto dizendo que enfim tínhamos chegado. Eu estava tão eufórica, que botei duas notas de 100 nas mãos do senhor e sai correndo, quase não ouvindo os agradecimentos e votos de boa sorte daquele bondoso homem.

 Os caminhos que se podia fazer por aquele parque eram cercados de árvores, era algo belo, extraordinário e único.

Caminhei um pouco incerta sobre o que eu faria se te encontrasse e se o maldito destino existisse seria o culpado novamente por aquela situação.

Eu conseguia ver perfeitamente você a alguns metros de mim, mesmo de longe conseguia ver sua cabeleira loira caída em cascata em suas costas. Você estava de costas pra mim e como da última vez, estava acompanhada por ele.

Vocês conversavam sobre algo serio, nenhum dos dois estampava um sorriso no rosto. Quando a vi da última vez não prestei atenção no marmanjo que estava com você, mas tentei prestar…Ele usava uma roupas sócias pretas, tinha os cabelos morenos e bagunçados e usava óculos de sol. Francamente, ele não parecia ser bom o suficiente para você. Não com toda aquela pose esnobe que exibia.

Fiquei alguns minutos parada observando.

Querendo saber se eu deveria ou não desistir. Pensando no quão precipitada eu fui, no quão egoísta eu estava sendo.

Mas, como se fosse um banho de água fria, o vi ir embora. Talvez se eles demorassem ou se mostrassem felizes ao extremo, eu tivesse ido embora. Mas quando vi ele partir em outra direção, comecei a andar acelerando um pouco. Você também vinha em minha direção.

Não sei se a mensagem de texto escrita as pressas a ela, seria o suficiente para explicar o que eu faria agora, amanha e sempre, mas o “desculpe, Ingrid” Foi o melhor que eu pude escrever em dez segundos até começar a correr em sua direção. Eu sabia que Ingrid merecia mais, que ela merecia uma conversa franca frente a frente, como também sabia que mesmo que não fosse agora, ela entenderia, porque eu acreditava que ela encontraria alguém como eu te encontrei. Sabia que teria que esclarecer as coisas mais cedo ou mais tarde.

Corri, mesmo que a distância entre nos não fosse tão longa.Corri tanto que passei um pouco de você, mas quando virei senti meu coração bater mais forte. Aqueles quatro anos haviam feito tão bem a você… Rolei meus olhos por toda você… Estava perfeita.

Ainda com suas calças jeans apertadas, ainda com aquela jaqueta vermelha que eu te dei quando você completou 18 anos. Ainda com o seu brilhante sorriso de dentes tortos.

Você sorriu para mim ainda de olhos arregalados, e eu admiti o quanto aquilo me fazia falta, admiti o quanto contraste entre o seu sorriso, seu rosto, e as árvores balançando fazendo as folhas secas de verão caírem, eram perfeitos. O quanto ver as folhas secas caídas serem pisoteadas , me fazia notar que você estava fazendo parte de mim como nunca antes fez, era reconfortante para mim.

Nós passamos alguns segundos nos encarando, como duas estranhas que pareciam tentar se conhecer ou como duas pessoas apaixonadas que conseguiam com um simples olhar admitir em seu íntimo que a pessoa a sua frente continuava sendo a dona de seu coração.

Passamos segundos que para mim se arrastaram por horas e mesmo que fosse desgastante, eu não sabia parar de te olhar. Já bastava os 4 anos de saudade… Aquele tempo nunca voltaria, mas eu o compensaria.

Eu tentei falar e você também, rimos juntas. No meio da nossa trapalhada você soltou uma risada gostosa, aquelas risadas que você dá quando está feliz de verdade, que você da quando não se cansa de sorrir por esse mesmo motivo.

Queria conversar, eu queria ouvir mais da sua melodiosa voz novamente. Então te convidei para tomar alguma coisa, vi com felicidade você assentir.

Mas eu não conhecia nada por ali, quando te vi dois anos antes, fora por acaso, estava de passagem apenas, então era natural que eu não soubesse a onde ir.

Te disse que não sabia onde te levar porque não tinha programado nada disso, tinha acabado de sair de um avião e corrido até ali na esperança de que talvez a encontra-se, você riu daquilo acreditando que era uma brincadeira e me puxou.

Nossa caminhada fora silenciosa e rápida, quando pude perceber estávamos nos sentando em uma cafeteria bem ao fim do parque.

Você me revelou que aquele era o seu lugar preferido desde que chegara na cidade. Contou como estava sua vida, como tinha concluído com louvor sua faculdade e como estava pensando firmemente em ser uma escritora, que enquanto pensava em seu grande sucesso trabalhava como redatora no jornal da cidade.

Me contou de varias coisas, de novos hábitos, de algumas conquistas, de algumas novas amizades.

E dele, Killian. A parte que menos gostei alias.

Enquanto ouvia a história do relacionamento de vocês, por baixo da minha cara um pouco fechada, pensava em como tudo que me falava era semelhante ao que havia me acontecido. Uma pessoa insistente e carismática chegava como um cobertor em uma manha fria, te aquecendo, conseguindo diminuir o frio e como ele te fazia bem, mas nos sabemos, um cobertor não aquece como um sol de verdade.

A sua história ao contrário da minha, não tinha um fim nem um hiatos. Ela apenas contava o começo, não o agora.

Olhei nos seus olhos quando a ultima palavra sobre aquele assunto saiu de sua boca, e me vi em seu lugar.

Comentei que eu também tinha alguém, contei parte da história pois queria ver sua reação ao que eu falei sobre Ingrid. Você torceu o seu nariz umas 5 vezes, e quando eramos mais novas você tinha me dito que se essas torcidinhas acontecerem mais que 3 vezes, você estava irritada/magoada com o que a pessoa estava dizendo para você. Eu não devia, mas fiquei feliz com isso. Afinal, acho que eu ganhei esperança.

Eu contei que tecnicamente, eu tinha terminado com minha namorada assim que cheguei no parque e sorri. Eu sabia que ter sorrido assim tão de repente pra você era estranho, mas não me importei.

Antes que você perguntasse o porque daquele largo sorriso, me adiantei e lhe respondi. Disse que tudo bem, eu não me importava que agora ela tinha alguém ou que eu acabará de sair de um relacionamento, que aquilo não me impediria de conseguir o seu amor novamente. Que aquela história não me faria deixar de ser egoísta naquele caso.

Você arregalou os olhos, surpresa com a minha atitude, tentando entender o que eu queria dizer.

Então te observei nos segundos seguintes. O céu agora limpo e com um sol iluminado cada canto, era admirado por você com suas bochechas tingidas de rosa e seu cabelo seguindo o curso da brisa.

Não medi as palavras quando vi aquela cena, meus lábios se moveram sozinhos assim como cabelos se movem com a brisa.

Eu disse que te amava. Que sempre te amei.

Você me olhou ainda com o sorriso no rosto, ainda com as bochechas coradas, ainda com o mesmo jeito que fez me apaixonar por você.

Eu não precisava de um “eu também.”

Eu sabia que você ainda me amava.

E se um dia duvidei de que ainda ouve-se algo que nos mantivesse juntas, naquele momento eu tive a certeza…Ainda estávamos ligadas”

 

 

— Então foi isso—Terminei minha fala respirando bem fundo. Aquela história era bem longa  e a básica resumida que dei precisou sugar toda a minha concentração em lembrar de tudo.

— Eu não sabia…—Ela disse sorrindo. A olhei com uma sobrancelha arqueada e ela riu levemente—Não sabia que as coisas para você tinham sido tão complicadas assim.—Ela respondeu colocando uma mecha de seu cabelo loiro atras da orelha.—Claro que você já tinha me contado ainda mais resumidamente, mas com tantos detalhes, não achei que tinha lhe feito sofrer tanto.

Ri com seu comentário e me endireitei na cadeira bebericando meu costumeiro café puro. Me foquei em sua imagem, com a luz do sol refletida em seu rosto e o seu famoso olhar curioso.

— Não tinha como você saber Emma—Respondi divertida—Acho que foi até bom termos demorado tanto para nos reencontrarmos sabe? Naquela época eu era muito imatura, e com tempo e todo esse meu drama exagerado, consegui entender de verdade os meus sentimentos.

— Acho que você deveria ter sido um pouco mais rápida nessa questão, Gina. Afinal, tive que esperar quase 6 anos para beijar o seus lábios de novo—Comentou se inclinando para frente e me olhando intensamente nos olhos. Rimos juntas.—Sua parte da história da de 10 a 0 na minha.—Disse soltando o peso dos ombros e sorrindo.

— Bom… Agora eu estou aqui, não estou?—Segurei sue queixinho entre meus dedos e aproximei meus lábios dos seus. Eu amava provocar Emma, principalmente quando eu via aquele brilho de malicia passar pelo verde dos seus olhos, então a puxei para um simples beijo na bochecha e observei suas feições ficarem levemente irritadas.— Algum problema Em-ma?— Eu também amava chamar ela assim, carregando seu nome com todas as mais impuras intenções que eu tinha com ela.  

— Cinco anos pra você negar um beijo Regina.— Sorri maldosa vendo um bico emburrado se formar em seus lábios.— Você é malvada.

— Eu sei querida, mas também sei que você adora.—Sorri—E você não vai receber nenhum beijo meu até eu esquecer de você flertando com a garçonete que nos atendeu.— Vi as feições de Emma ficarem indignadas. Eu sabia que ela não tinha flertado de volta com a menina que viera pegar nossos pedidos e depois de um simples troca de palavras, deixará seus telefone para a Swan. Contudo, eu gostava de instigar Emma—Às vezes a saudade esclarece mais do que a presença, Emma. Foi o que disse depois da nossa primeira conversa em Nova York não foi?

— Com certeza—Concordou e sorriu. Acho que mesmo depois de dois anos desde o nosso reencontro, e até muito antes disso, quando nos conhecemos no colégio, ela ainda sorria da mesma forma._Ah Regina, você vai se arrepender quando eu for matar essa saudade de você._Ela sorriu maldosa e depois se manteve em silencio. Apenas olhando no fundo dos meus olhos. Como se quisesse que eu desistisse daquela ideia.

O nosso silencio e a nossa troca de olhares só fora interrompida pelo toque estridente do celular de Emma. Ela atendeu e falou por alguns minutos.

Enquanto a mesma estava ocupada fiquei pensando.

Estar naquela cafeteria ali com ela era um grande feito.

Depois do nosso reencontro, as coisas não tinham acontecido tão facilmente.

Eu sabia que Emma não abandonaria sua vida na capital, assim como sabia que se eu fosse lutar pelo seu amor novamente, teria que deixar para trás muitas coisas.

Quando voltei para minha cidade 1 ano 5 meses atrás, Ingrid me esperava em casa com um olhar cansado e confuso. Sabia que a mensagem não havia sido o suficiente para lhe explicar a situação.

A reação dela fora o que eu esperava. Ingrid era discreta e não arranjava confusões, mesmo que algo a magoasse fortemente, ela não apelava para meios de descontar sua raiva. Quando a contei a verdade e a abracei logo em seguida, ela apenas chorou em meu peito.

Ela sempre soube que isso aconteceria algum dia e eu também. Mas não podia negar que a amava, só não era o amor que eu queria lhe dar, o amor que ela merecia. Nos conseguimos encerrar tudo em paz e com um grande esforço continuamos amigas.

Depois desse assunto encerrado consegui uma transferência para New York, em um importante escritório de Advocacia.

Consegui um apartamento no centro, bem aconchegante e marquei a mudança corretamente.

Levei minhas coisas e abandonei minha vida passada. Meus amigos me incentivaram, sabiam que aquilo era importante para mim então dei adeus a todos eles sem hesitação.

Na missão de faze-la minha, passei por muitos apuros. Sempre soube que não poderia esquecer que ela tinha alguém, e que assim como Ingrid pra mim, era alguém muito importante ela.

Tentei ganhar espaço em sua vida e quando consegui, quando vi aquele fio de esperança de que talvez ficássemos juntas, Killian, seu namorado, se pôs entre nó.

Minha presença na vida de Emma fez as coisas ficarem turbulentas no relacionamento dela até que tudo terminou.

Desde o momento que havia chegado com o pretexto de ganha-la, cheguei como uma velha amiga. Ela já sabia que eu a amava e sabia que era reciproco então não fiz nada que atrapalhasse sua vida. Afinal se ela me escolheria era algo dela e não forçaria a barra.

Então quando presenciei o fim do relacionamento me aproximei com intensões puramente amigáveis. Ela estava abalada e eu era sua melhor amiga.

Emma levou um bom tempo para se recuperar e quando achei que nossa história continuaria assim pelo resto dos nossos dias. Num dia como outro qualquer, me beijou e disse que me amava.

Aquele foi um dia que sempre levaria comigo em meu coração e não me importei que pedisse que fossemos com calma depois de se declarar para mim.

Nossa vida transcorreu como devia e nossa amizade colorida foi se tornando séria.

A pedi em namoro um ano depois do nosso reencontro e ela aceitou.

E a cada dia a amava mais, se é que isso fosse possível.

— Era o meu chefe_Respondeu ao desligar o aparelho celular e guarda-lo novamente em sua bolsa—Ele disse que precisa conversa comigo sobre algumas matéria que queria que eu fizesse.

— Você devia terminar seu capuchino querida—Sugeri e aparentemente ela aceitou a ideia.—Sabe mais o que eu acho?—Perguntei dando uma ultima golada do café.—Ele vai ser um sucesso.

Emma riu e guardou um caderno de anotações onde os detalhes que lhes tinha falado estavam anotados—Vai sim—Respondeu sorrindo de canto.

— E já pensou em um nome?—Perguntei animada.— Sabe, acho que como sou a estrela principal, devia ser o primeiro a ser informada.—Me curvei para frente ficando alguns centímetros de distância do rosto de minha namorada, que fizera o mesmo que eu.

Ela me olhou nos olhos durantes alguns segundos, antes de juntar nossos lábios e me beijar avidamente. Segurei sua face delicadamente e aprofundei um pouco o beijo até que ela separou nossas bocas com um olhar divertido—Não teria graça se não fosse segredo.—Seu sorriso então se tornara provocativo.—Parece que Regina Mills não consegue ficar muito tempo sem meus lábios não é mesmo?

Ela se afastou e colocou a bolsa no ombro. Sorrindo para mim. Antes que saísse da cafeteria deu uma piscadela e sorriu de lado novamente.

Eu era sortuda. Tinha o amor de verdade no meu dia a dia, tinha a história que muitos queriam ter. mas mais importante que isso…

… Eu finalmente tinha Emma em meus braços. Tinha a consciência de que todo o tempo que passamos separadas fora precioso, pois por mais que eu não o tivesse passado longe dela, inevitavelmente ele foi preciso para que eu pudesse reencontrar-la e eu enfim pudesse ama-la da maneira que ela merecia.

 

 

...

 

 

Emma somente terminou seu livro 3 anos depois do dia em que eu contei em detalhes o meu lado da história. Pois 6 meses depois eu a levei em uma viagem pela Europa e a pedi em casamento de maneiras diferentes todos os dias em que estivemos lá. dois ano depois, após nos casarmos em uma linda praia com todos os nossos amigos e parentes, decidimos que teríamos um filho e o tivemos. Henry Swan Mills nasceu na primaverá e transbordou nossas vidas com alegria, e Emma finalmente se sentiu completa para que pudesse terminar a história de nossa jornada.

Emma nunca escreveu um segundo livro. Depois que nossa história se tornará um sucesso entre jovens e adultos, ela deu uma entrevista em algumas convenções de fãs, e em todas disse que não precisava fazer uma continuação, que o amor que os personagens principais sentiam um pelo outro não precisava ser testado mais vezes, que ele já era infinito e que isso deveria bastar.

Mas Henry, quando completou 11 anos, discordou disso, Pra falar a verdade, o sonho do nosso menino era ser escritor como a mãe e nós duas apoiávamos muito ele. Ele dizia que queria falar sobre família e amor, pois tinha a melhor do mundo.

No outono seguinte á ele decidir o que faria em sua vida. Seus irmão gemeos nasceram. Um menino e uma menina, com cabelinhos castanhos e grandes olhos verdes que fizeram com o que o nosso primogênito se sentisse inspirado o bastantes para começar o seu livro.

Henry sempre fora um garoto inteligente, ele acabou terminando seus colégio antes que os demais, e logo já estava na faculdade de literatura.

Quando terminou seu livro, lembro como se fosse hoje, nos levou ao seu lançamento, que a proposito estava lotado e subiu num palanque com a foto de seu livro e disse:

 

“Uma vez, quando eu tinha 6 anos de idade, minha avó Mary disse que o amor verdadeiro era a maior força de todas e que ele poderia ir contra tudo e todos e que mesmo machucado, nunca acabava. Minha avó era casada a 40 anos naquela época, e ela dizia que por mais insuportável que meu avô fosse nos domingos em que insistia em ir jogar futebol, mesmo não tenho mais coluna para aquilo, e em outras ocasiões, ela nunca deixou de ama-lo nem por um segundo. Hoje, ela já tem mais de 60 anos e ainda diz que não saberia como viver sem o velho David Swan. Quando eu tinha 10, minha avó Cora foi diagnosticada com Alzheimer e um tumor incuravel no cérebro. Ela foi morar comigo e com minhas mães naquela época e eu não lembro de ter passado por tantos momentos difíceis quanto durantes os 9 meses em que ela ainda pode estar conosco. Minha mãe Regina, disse que antes de eu nascer, Cora era uma mulher dura e seca para o amor e que não sabia como Henry, meu avô, tinha passado tantos anos ao seu lado. Ela nunca demostrou o que sentia pelas filhas, tanto que minha mãe e minha tia Zelena deram muito trabalho para suas esposas em faze-las aceitarem que ser amada era bom. Ela também disse que quando eu nasci foi tudo diferente. Cora adquiriu carinho muito grande por mim. E eu sabia que eu era muito amado do jeito dela. Num dia de semana, no ultimo dia de vida de minha avó, Cora teve um lapso de memoria e viu sua filha mais nova em mim. Lembro como se fosse ontém. Ela me disse que amor era uma fraqueza, e que se eu me apaixonasse por alguém eu só iria sofrer. De noite depois de voltar a si, ela me disse que Regina tinha contado que eu tinha chorado por aquilo, porque tinha medo de amar e me machucar. Ela me pediu desculpas, com o semblante mais sublime que já vi em seu rosto, e disse que me amou no instante que soube que eu existia. Disse que ainda acreditava que o amor era uma fraqueza, mas disse que não se importava de ser fraca por pessoas como eu. E que amor também era cura.

Minha vó morreu naquela madrugada. Eu chorei muito e me senti confuso sobre o que era o amor de verdade.

Dois anos depois eu descobri mais coisas sobre o amor. Meus irmão gêmeos nasceram num dia quente de outono e eu nunca vi um olhar tão apaixonado no rosto de minha mãe Regina como quando segurava cada bebê em um abraço, nem um tão choroso e feliz de minha mãe Emma quando me viu entrando na sala e sorriu para mim dizendo que agora nossa família estava completa , muito menos um tão cheio de um amor tão infinito nos olhos das minhas duas mães no instante em que se olharam depois da fala de Emma. Eu nunca fiquei tão feliz daquele jeito até então. Acho que eu me senti pleno.

Anos depois eu experimentei o verdadeiro amor fraternal por Benjamin e Hope. Quando eles davam os seus primeiros passos, eu sempre sentia uma preocupação monumental em não deixa-los cair e se machucar. E sabia que tudo que eu sentia era um terço do que minhas mães sentiam. Amor também era cuidado, e eu era um pouco paranoico com isso até.

Quando eu tinha 15, me vi querendo um amor como os das minhas mães. Elas nunca dormiam brigadas. As duas sempre tiveram gênios difíceis e discordavam em muitas coisas, mas nunca era grande o suficiente para que se esquecessem que se amavam. Minha mãe Emma me disse que no instante que conheceu Regina, soube que seria impossível não se apaixonar por ela, e mais impossível ainda deixar de ama-la. Disse que até tentou, e que ficaram separadas por 5 anos até que minha mãe Regina fora atrás dela. Disse para não ter pressa em me apaixonar, que se é amor, vai acontecer. A vida colocando obstáculos ou não.

Foi ela mesma que me apresentou à Violet Jones, a mulher a qual eu me apaixonei todos os dias desde então. Aquele dia foi engraçado. Violet  é filha do ex-namorado de minha mãe Emma, e Regina teve pequenos ataques de ciumes o jantar inteiro, o qual Killian e sua mulher Milah , participaram. Eu não lembro por que o ex da minha mãe estava-la, mas acho que  o jantar era sobre trabalho. Violet parecia odiar a nossa família , e eu não lembro de ter feito algo para ela.

Naquele dia eu entendi as consequências de um amor incorrespondido e como era se apaixonar lentamente por alguém.

No jardim de trás, enquanto observava meus irmãos brincando na grama, vi com confusão ela sentar do meu lado e pedir desculpas pelo seu comportamento naquela noite. Eu disse que ela não precisava fazer isso, mas ela me ignorou. Disse que só sentia magoada de verdade com pai. Que num dia, depois de muito rum, confessou á própria filha que não amava sua esposa. Que se casou com ela querendo instigar minha mãe Emma á sentir ciumes e querer voltar para ele. Disse que ele planejava se separar no primeiro mês de casado depois de ver que o plano não tinha dado certo, mas que teve que ficar por Milah que engravidou de Violet.

Eu fiquei chocado quando soube daquilo. Eu sabia que o amor tinha vários lados e já tinha aceitado que alguns eram ruins, mas saber que aquele era tão torto que machucou quem menos tinha haver com isso, me deixou mal de verdade. Me perguntei se a mãe dela sabia o mesmo que a filha, e como se lê-se meus pensamentos, ela disse que a mãe dela sempre soube e que queria ficar com ele mesmo assim, por que o amava.

O amor tinha vários lados, realmente, admiti que minha avó Cora tinha bons motivos para ter a opinião que tinha.

Quando Violet se despediu de mim, me deu um beijo na bochecha que durou mais que todos os beijos que eu já tinha recebido em vida. Ela me agradeceu por tê-la ouvido e foi embora dando o sorriso mais bonito do mundo para mim.

Eu me apaixonei ali.

Violet era 2 anos mais velha que eu e acho que o universo conspirava a meu favor quando minhas mães me matricularam numa escola de superdotados naquele ano, depois que eu passei do 1º ano direto para o 3º e me vi estudando todos os dias na mesma sala da garota por quem eu morria de amores.

Eu gostaria de dizer que foi fácil fazer ela se apaixonar por mim, mas o caminho até lá não foi nenhum pouco. Acho que toda aquela escola tinha sentimentos por aquela garota e eu não devia ter chance alguma, eu era um garoto mais novo e sem brilho algum além de um cérebro acima da média, o que alias todos ali tinham, então não eram bem uma qualidade unica.  De qualquer forma, surpreendentemente... Foi melhor do que eu esperava.

Eu era o primogênito de Emma e Regina Swan-Mills e conseguir o amor de uma garota não era nada para um garoto com o DNA daquelas duas.

Eu me declarei. Ela riu da minha cara. Eu dei um buque de batatas fritas do McDonalds para ela porque eu sabia que ela amava aquelas porcariazinhas deliciosas e disse que não importava se ela não sentia o mesmo, que eu faria ela se apaixonar por mim mesmo assim. Ela disse que nem precisava mais depois daquele buque, e me deu um beijo na bochecha. Até hoje não sei como eu ganhei aquela gata de olhos castanhos intensos e um sorriso de tirar o folego, com meia duzia de caixas de batatas fritas enroladas num jornal. Depois de 3 anos de namoro, ela admitiu que por mais tentador que fosse namorar um cara que lhe dava comida sempre que ela quisesse, não foi isso que a fez aceitar minhas investidas depois daquele dia, e sim o conforto e carinho que, por incrível que pareça, ela sentiu por mim  desde que me conheceu e que só estava esperando que eu tomasse o primeiro passo.

Até hoje eu acho que o crédito foi das batatas fritas, mas prefiro aceitar a versão dela.

E eu conheci o amor de maneiras muitos intensas, e não acho que pude passar com exatidão tudo o que eu acho desse sentimento com esse livro. Mas tenho certeza que vocês já sentiram essa queimação no peito quando você está com aquele que você ama, ou quando não está, ou quando você não o tem e você entenderão cada palavra que eu escrevi.

O personagem desse livro não sou eu, mas ele sentiu que o amor é a maior força de todas, que ele o enfraquece se você  não souber como amar. Que todos os tipos de amor são amor, independente do que o torne diferente. Que o amor é paciente e benevolente, mas ele também pode ser traiçoeiro. Que o amor está em nós mesmo que não saibamos. Ele sabe, assim como eu e como vocês saberão.

Vocês vão encontrar o amor, não se preocupem. A vida é muito curta para se preocupar em quando ele chegar. E quando mesmo você espera, ele se mostrar em uma amor fraternal como o de Cora por mim e o meu para com os meus irmãos, ele se mostra num amor de infância como o de Mary Margareth e David, como um amor adolescente se transformando e evoluindo como o meu e o de minha noiva, Violet, e se transforma em um amor visceral como o que Emma Swan sentiu por Regina Mills e Regina sentiu por ela, fazendo com que se desencontrassem apenas para que pudessem amar uma á outra do jeito certo.

Sintam o amor e o vivam, não há sensação melhor.”

 

fim


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Notas finais do capítulo

Espero que tenhammmmm gostado!
Sobre a lola kk Eu fiquei com preguiça de mudar totalmente essa parte, então só mudei algumas coisas para não ser tão estranho. Como eu disse,a fic foi baseada na música de um anime,mais especificamente a "Kimi to kare to boku to kanojo" que é uma ending do anime Fairy tail. Se quiserem dar um lida na letra fiquem á vontade
O que vocês acharam?Deixem coments hein?!



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