I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 48
Capítulo 48 - O Amor é Fácil


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE!! Meu, que saudade haushas. Eu sei que fiquei décadas sem postar (duas semanas, o que é tipo uma eternidade), mas é que, sei lá, eu não estava inspirada para escrever e postar. Entretanto, eu pensei em meus amáveis leitores e que faltavam só três capítulos para eu finalizar a fic e que eu não poderia deixar vocês na mão. Então não liguem para o fato de esse cap estar relativamente pequeno e sem-graça, eu realmente não estava inspirada, mas pensei que seria melhor postá-lo de uma vez. Já estamos beeem na reta final, só avisando, e obrigada a todos que comentaram no último capítulo. Qualquer notícia a respeito da fic de Max e Miranda eu aviso, ok. Boa leitura e beijinhos.



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Se isso é amor, então o amor é fácil

É a coisa mais fácil de fazer

Se isso é amor, então o amor me completa

Porque parece que eu estive sentindo sua falta

    (Love Is Easy)

 

POV Thomas   

Eu e Isa estávamos nos acostumando a voltar a namorar. Às vezes parecia que ela ficava triste e um pouco distante, mas acho que estávamos progredindo bem. Como ela mesma disse, era como se tivéssemos começado a namorar de novo. 

—Frio ou calor? -Ela pergunta, com a cabeça apoiada em meu braço direito. 

—Acho que calor. 

—Doce ou salgado?   

—Qualquer um. Desde que seja comestível. 

—Não vale. Tem que escolher um. 

—Tá. Salgado então. -Passo os dedos pelos cabelos lisos dela. Estamos deitados na cama de casal do quarto de Luke, onde passamos a dormir depois do Natal. 

—Como você se vê daqui a dez anos? 

Fecho os olhos, imaginando a cena. -Me imagino bebendo uma cerveja, uma música alta tocando, Marcos conversando com Matt, Evey rindo das merdas que Alex fala, Nath grávida trazendo comida para todos. Talvez Max e Miranda chegando de uma longa viagem pelo mundo e... 

—Nath grávida? -Ela interrompe meu devaneio com uma risadinha. -Os filhos nasceriam lindos. Mas será que todo mundo vai ficar junto assim? Não é muito... utópico?   

—Gosto de pensar que sim. Você me interrompeu. Eu não tinha terminado. 

—Ah tá. Desculpe.   

—Onde eu havia parado? Ah, e ao meu lado a mulher mais bela do mundo, me olhando de modo apaixonado, e de preferência com um anel no dedo. 

—A mais bela do mundo?  

—É. Minha linda esposa. Conhece? -Pergunto, me apoiando no cotovelo. Ela faz uma expressão pensativa. -É a mais linda e mais inteligente. Sabe? A garota que fez meu mundo virar de cabeça pra baixo. 

—Como você está romântico hoje. -Ela diz com um sorriso. Me inclino e lhe dou um beijo.   

—Estou melancólico. Teremos mais poucos dias juntos até eu voltar para o Brasil.   

Isa suspira. -Infelizmente.   

—Não quero ficar longe de você de novo agora que reatamos. 

—É uma pena. Mas eu vou voltar no fim de Janeiro. E a gente vai ter todo o tempo do mundo pra ficar junto. 

—Mas isso vai demorar. -Eu falo arrastado. Ela pressiona a testa contra a minha. 

—Algumas semanas só. Depois disso, nada mais vai conseguir separar a gente. 

Resmungo. Não sei por que Isa vai continuar aqui. Ela literalmente não tem mais nenhum motivo para ficar, já que veio para os EUA só para me esquecer. Entretanto, não quero discutir. -Certo, certo. Eu vou estar te esperando então. 

—Como vamos passar o Ano Novo? -Ela pergunta enquanto se levanta da cama vestindo só uma camiseta minha. Isa prende o longo cabelo em um coque bagunçado. 

—De branco. -Falo admirando-a. Ela mostra a língua para mim. 

—Bobo. Por que não vamos para a praia? Aquela, aqui bem do ladinho. A gente passa só a virada, depois voltamos para cá. 

—Pode ser. Você quem manda. Você tem falado com o pessoal?   

—A família inteira de Evey foi passar o Natal na casa dela, mas ela fugiu à noite para ir para a casa de Alex ficar com ele e o pai dele. Faz tempo que não tenho notícias de Nath. 

—Marcos está na Inglaterra. Não sei de Nath também. -Falo vendo Isa se maquiar e prender o cabelo em uma trança complexa. 

—Max está se preparando para ir para São Paulo resolver um negócio no trabalho. Parece que vai ser promovido. 

—Miranda me disse. Ele está estressado. 

—Os dois ainda estão morando juntos? Ela vai para São Paulo também?   

—Acho que sim. Mas o pai dela não quer deixar. Ele já quase enfartou quando percebeu que ela havia fugido do hotel. Nem fudendo que vai dar permissão para ela ir a São Paulo. Não que ela se importe muito com a opinião dele a essa altura. 

Isa sorri e passa uma camada de batom nos lábios. 

—Aonde vamos para você se arrumar assim?   

—Eu falei que a gente ia para a praia.  

—Mas agora?   

—Daqui a pouco. Vamos deixar tudo pronto para comermos quando voltarmos, mas vamos logo antes que anoiteça e fique muito gelado. Vai, Thomas, levanta. 

Sorrio e pulo da cama. Vou até Isa e lhe dou um beijo. -Posso ir assim?   

—Não. Não quero que você morra de frio, então pelo menos coloque uma camiseta. E uma blusa. E penteie o cabelo. -Ela coloca uma das mãos na minha cabeça e bagunça minha cabeleira. -Que bagunça.  

  

Surpreendentemente, não havia muitas pessoas na praia. Provavelmente porque ainda estava um frio do caralho, mas ficamos cerca de uma hora por lá e quase não encontramos ninguém. O mar estava agitado e com ondas fortes, e o sol já estava se pondo. Eu iria embora em três dias, mas queria muito ficar

—O que você vai ficar fazendo todo esse tempo aqui? -Pergunto para Isa, segurando a mão dela enquanto vamos de uma ponta a outra da pequenina praia perto do apartamento de Luke. 

—Não sei. Mas eu disse para Luke que iria ficar, então terei de ficar. Ainda tem lugares para irmos, segundo dele. -Ela da de ombros e se abaixa para pegar uma concha branca. 

—Mas... Que merda. -Falo baixinho. Ela coloca a concha no bolso do meu casaco e continua andando. 

—Só quero aproveitar mais um pouco o tempo com Luke antes de ir embora, já que praticamente esse mês inteiro eu só fiquei chorando e me lamentando pelos cantos por sua causa. 

—Agora você vai me culpar por não ter ficado mais tempo com o seu melhor amigo?   

—A culpa é sua mesmo. -Ela mostra a língua para mim e pega mais uma concha, com traços acinzentados dessa vez, e coloca no meu bolso. 

—Você que não queria me escutar. Ei, o que vai fazer com todas essas conchas? Olhe isso. -Dou um pulo e as conchas fazem barulho no meu bolso. 

—Guardar como lembrança. Espera. Eu posso embarcar no avião com isso?   

—Sei lá.   

—Ah, tanto faz. -Ela fecha o zíper do meu bolso, mantendo as conchas a salvo e eu beijo sua testa. -Vamos nos sentar? Tem um tronco ali. 

Nós vamos para a área com algumas árvores e troncos de madeira jogados na areia úmida e nos sentamos lado a lado.   

—Isso me lembra daquela noite que passamos na praia com o pessoal. -Ela diz enquanto olha fixamente para o mar.   

—É. Foi divertido. -Ela apoia a cabeça em meu ombro e eu respiro fundo. -Será que esse mês que ficaremos separador correrá bem? Eu tenho medo... tenho medo de te perder novamente.   

—Só algumas semanas Thomas. Não vai acontecer nada. Desde quando você é inseguro assim?   

—Desde que você se recusou a me ouvir e fugiu de mim entrando em um avião. -Falo franzindo a testa. Ela se retrai, envergonhada. 

—Eu tive minhas razões. Aquele dia que você me ligou bêbado foi o cúmulo, se quer saber. –Ela diz de repente na defensiva. 

—Bem, eu já pedi desculpas. Mas se você quiser, eu peço novamente. Sinto muito, Isa. Quantas vezes eu já falei isso para você? Sinto muito por tudo. -Pego a mão dela e beijo-a diversas vezes, com medo que ela fique brava comigo.  

—Daqui a pouco vai ser a virada. -Ela me interrompe e fita o céu, como se tivesse esperando ver os fogos a qualquer momento. -Olha, Thomas. -Ela aponta para cima. -Aquelas estrelas são as mesmas que estavam nos observando naquele dia na praia e em todos os outros. Algumas coisas nunca mudam. As estrelas sempre estarão no céu e eu sempre estarei aqui para você. Toda vez que você olhar para cima e ver as estrelas, pense em mim porque eu estarei pensando em você.   

Os fogos finalmente começam a estourar acima de nós. Pego Isa no colo enquanto ela gargalha, comemorando o novo ano que chega enquanto penso que ela é a única estrela que importa para mim. 

  

*****

 

POV Isa   

—Você pegou o passaporte né?   

—Peguei.   

—Documento?   

—Confere.   

—Passagem.   

—Aqui.   

—Pegou os presentes que eu comprei para o pessoal? Não esqueça de tomar cuidado com... -Thomas me interrompe com um beijo molhado. 

—Já está tudo pronto, amor. Conferimos duas vezes. E se eu esquecer alguma coisa, você pode levar de volta no fim do mês quando voltar para o Brasil. -Ele puxa o boné azul para baixo, quase chegando a cobrir os olhos verdes e sorri de lado.   

—Certo. Eu só estou preocupada com sua viagem. 

—Não precisa ficar preocupada. 

Ele pisca para mim e pega a mala apoiada na parte de trás do sofá da sala. Thomas não trouxe muita coisa, então dei um jeito de enfiar os presentes de Natal que comprei para nossos amigos dentro da mala dele. 

—Quando você chegar ao Brasil, lembre-se de me ligar falando que chegou bem.  

—Você parece minha mãe. –Ele fala rindo. 

—Vamos logo, ou você perde o voo. 

—Bem que eu queria... 

—Você tem estágio a partir de amanhã. Vai Thomas, circulando. O táxi já tá esperando a gente lá embaixo. 

—Sim, senhora.  

Descemos pelo elevador e entramos no táxi que eu havia chamado.  Thomas vai embora hoje e amanhã mesmo Luke e Felipe estarão de volta. Na verdade eu estava bastante ansiosa para voltar para o Brasil e reencontrar meus amigos e família, mas terei que ficar mais tempo nos Estados Unidos. Thomas também não estava lá muito satisfeito com a situação, mas ele tentava não me aborrecer falando muito sobre isso. 

—Não se esqueça de me notificar de como estão as coisas com Nath, Alex e o resto do pessoal.  

—Por que você mesma não pergunta para eles?  

—Acho que Nath não está recebendo minhas mensagens. Sei lá. Fala para ela me ligar.

—Tudo bem. -Ele diz pegando minha mão. Thomas passa o polegar distraidamente nas costas da minha mão enquanto olha pela janela até chegarmos ao aeroporto da cidade. Pago o motorista do táxi e Thomas tira a mala do porta-malas. Ele passa a mão pela barriga  e sorri para mim. -Vamos comer alguma coisa antes. 

 

Thomas partiu dessa vez sem nenhum peso na consciência. Talvez o de ter me deixado sozinha aqui, mas nós dois estamos bem. Melhor do que nunca estivemos, já que antes nosso namoro estava envolto em uma mentira, mas agora não há nada disso. Apenas um namoro límpido, puro e amoroso, do jeito que deve ser. 


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Notas finais do capítulo

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