You are My Mirror escrita por Dreamer N


Capítulo 1
Capítulo Único - You are My Mirror.


Notas iniciais do capítulo

Oiii geeente *-*, pois então, esse episódio 6x08 foi tão SwanQueen que eu não aguentei e precisei escrever sobre ele. Claro, acabei deixando ele mais SwanQueen do que já foi, mas é assim que a gente gosta, não é mesmo? ;)
Vamos lá ♥



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Emma e Regina estavam paradas próximas ao balcão da cozinha de Snow e David, enquanto ambos estavam deitados na cama, David sob a maldição do sono e Snow ao seu lado segurando firme em sua mão.

— É tudo minha culpa. – Regina observava a cena com o coração apertado dentro do peito.

— Não diga isso... – Emma disse fazendo-a voltar-se para si.

— Eu vou mudar isso. – foi em direção a porta rapidamente, mas antes que pudesse sair a loira se colocou em sua frente.

— Aonde você vai?

— Eu vou destruí-la. – se referia a Rainha e a loira sabia disso. – Eu posso feri-la.

— Não, você não vai se sacrificar. – olhou fixamente dentro de seus olhos. Ambas sabiam que a única maneira de ferir a Rainha, era ferindo Regina também. – Você sabe o que vai acontecer comigo, então eu preciso que você esteja lá pelo Henry e que cuide dele.

Regina deixou os ombros caírem sentindo-se exausta com toda aquela situação, mas o silêncio que se estabelecera logo foi quebrado por um barulho de vidro se quebrando que vinha de onde Snow e David estavam.

— O quê aconteceu? – a loira se aproximou dos pais com Regina logo atrás de si.

— Ela está nos observando. – Snow disse apontando para o espelho com o semblante sério.

A morena se distanciou e caminhou de volta a cozinha pensativa, o que não passou despercebido por Emma que assim que viu sua mãe se tranquilizar novamente, foi até ela.

— Eu não suporto vê-los assim. – Regina baixou o olhar ainda sentindo-se culpada. – Mas no que você está pensando?

— Agora que sua mãe quebrou o espelho me deu uma ideia, talvez algo que dê para parar a Rainha. – Emma ajeitou-se a olhando fixamente e esperando que ela continuasse. – Talvez possamos prendê-la no mundo atrás do espelho, enfeitiçando um.

— Ótimo... – seguiu em direção a porta. – Então vamos até sua cripta e você me explica como eu faço o feitiço.

— Como assim você fazer o feitiço? – Regina parou a olhando com o cenho franzido.

— Encarar a Rainha Má não é o ato menos perigoso, então se algo tiver de acontecer, que seja comigo que já estou fadada a isso.

— Emma, eu não vou deixá-la fazer isso sozinha. – olhou para Snow e David constatando que não as observavam, e aproximou-se da loira para falar com a voz baixa. – Escuta... Eu tenho medo de criar o Henry sozinha.

— O quê? Você foi ótima. – Emma franziu o cenho ante a declaração.

— Mas cadê vez que eu vejo a Rainha se aproximar do Henry, eu penso na péssima mãe que eu poderia ter sido.

— Mas você não foi e é por isso que não vou colocá-la em perigo. Preciso que cuide dele quando eu não estiver mais aqui.

— Você nem sabe se de fato vai acontecer algo com você, e a Rainha sabe que não pode me machucar, se não ela também saíra machucada.

— Regina, eu não quero e nem posso deixar meus pais e o Henry sozinhos nesse momento, então, por favor, só vamos até sua cripta, me explique sobre esse feitiço e eu cuido de tudo. – sussurrou voltando-se novamente para a porta, mas foi impedida pela mão da morena segurando em seu braço.

— Mas e o Killian? Ele irá me culpar se algo acontecer a você.

— Eu não estou mais com o Killian! – Emma disse sem expressão antes de virar-se e sair pela porta.

Regina permaneceu parada onde estava pensando no que acabara de ouvir da loira e no porque de aquela notícia estar fazendo um calor crescente surgir em seu peito. Só quando percebeu que Emma já havia partido, foi que ela saiu atrás dela.

Henry esperou que a porta fosse fechada para descer as escadas, de onde estava observando e escutando tudo.

***

Após chegarem à cripta e Regina fazer o feitiço, colocá-lo no espelho e entregá-lo para Emma, que prometeu tomar cuidado, voltou para o apartamento de Snow e David, afinal havia prometido que cuidaria deles e de Henry caso algo acontecesse com a loira.

Entrou e agora era David quem estava acordado, ela explicou para ele o que estava acontecendo e tentou tranquilizá-lo, porém ele conhecia a filha e entendeu, prometendo só acordar Snow quando tudo tivesse acabado.

Regina se dirigiu para a sala o deixando sozinho e sentou-se no sofá pensativa. Emma não estava mais com Hook e isso havia mexido com ela de uma forma que não sabia explicar, a fazia lembrar-se dos momentos que passaram juntas no passado e fazia ela pensar no quanto não queria que a loira se machucasse, muito menos que partisse para sempre. A imagem de uma vida sem Emma a assustava.

— O quê aconteceu? – Henry aproximou-se a trazendo de volta para a realidade. – Meu avô já me contou sobre o feitiço do espelho.

— Vai ficar tudo bem, meu amor. – Regina sorriu de canto apertando a mão do filho. – Emma sabe o quê fazer e logo estará de volta.

— E você, vai ficar bem? – indagou vendo a morena franzir o cenho, claramente confusa.

— Como assim, Henry?

— Eu escutei a sua conversa com minha mãe mais cedo e percebi que você está diferente desde então. Só quero saber o quê está acontecendo para poder ajudá-la.

— Eu não sei o quê está acontecendo Henry. – a morena sentiu os olhos se encherem de lágrimas, e por mais que quisesse desabafar com o filho, não sabia exatamente o quê dizer. – Eu só não quero perdê-la.

— Perdê-la? Emma? – Henry sorriu confuso. – Em que sentido?

Regina se separou dele e apoiou os cotovelos nos joelhos colocando o rosto entre as mãos deixando que seu coração falasse por si. Ela sabia o que estava sentindo, só tinha medo de admitir.

— Eu sinto algo por ela. – não encarou o filho em momento algum. – Eu nunca consegui admitir isso nem para mim mesma, mas eu sinto algo por ela...

— Você a ama? – Henry levantou-se e se colocou em sua frente com um sorriso lhe estampado o rosto. Regina o encarou deixando um sorriso surgir em seu rosto também, enquanto seus olhos brilhavam.

— Eu acho que sim. – sua voz saíra quase inaudível.

— Então você deve contar isso a ela, se não de que maneira ela irá ficar sabendo?

— Mas e se ela não sentir o mesmo?

— Só tentando para saber, você não acha? – a morena não disse mais nada, apenas sorriu antes de se levantar e abraçar o filho.

***

Emma chegou à praia de Storybrooke segurando o espelho em suas mãos e chamando pela Rainha. Um turbilhão de pensamentos a invadiam naquele momento. Queria ajudar seus pais, queria derrotar a Rainha, queria encontrar uma maneira de mudar seu futuro, queria que Killian ficasse bem com o término do relacionamento, queria entender a expressão que surgira no rosto de Regina quando lhe contara que não estava mais com Hook e queria entender o quê sentia.

Foi tirada de seus pensamentos pela fumaça roxa que se dissipou a sua frente fazendo aparecer a Rainha em seus trajes elegantes e com o sorriso de sempre no rosto. Tão diferente de Regina, era apenas isso que Emma conseguia pensar ao olhar para ela.

— Queria me ver? – a Rainha a olhou fixamente sem tirar o sorriso do rosto. – Ah, deixe-me adivinhar, é por causa dos seus pais?

— Nós vamos encontrar um jeito de mudar isso, só fique longe deles e do Henry. – segurava o espelho atrás de si.

— Longe do meu filho? – soltou um riso irônico.

— Não, longe do meu filho e da Regina. – sua voz saiu alta e convicta do que dizia.

— Vocês duas brigaram tanto por ele, e nenhuma das duas venceu.

— Não importa, porque essa conversa termina agora. – Emma estendeu o espelho em direção a Rainha, mas nada aconteceu.

— Esse não é o espelho que você e a Regina encantaram. – disse fazendo surgir em sua mão um espelho idêntico.

— Você os trocou? – abaixou a mão preocupada.

— Tudo com o quê Regina sonhou, eu já sonhei também. E eu nunca me esqueci do quanto você é esperta, Miss Swan. – e apontou o espelho para a loira.

A magia veio junto da fumaça roxa e envolveu o corpo da loira até que ela tivesse sigo engolida por ela e levada para dentro do espelho. Quando Emma abriu os olhos, se deparou com um lugar que nunca havia visto antes e cujo a única coisa que tinha além dela, eram os inúmeros espelhos por todos os lugares.

— Ah não. – a loira baixou a cabeça se dando conta de que era ela quem havia caído no mundo dos espelhos. – Eu preciso sair daqui. – levantou-se e começou a bater em todos os espelhos, a procura de alguém que pudesse ajudá-la.

***

Regina estava nos fundos do Granny’s junto de Henry que estava apenas esperando Violet para treinarem para o baile de outono. A morena olhava-se no espelho trocando a cor do seu brinco com magia.

— O quê você está fazendo? – Regina se assustou com a pergunta de Henry. – Está querendo ficar bonita, para ela?

— Henry.

— Violet chegou... – falou sorridente vendo a garota entrar. – Por que não treina o que quer dizer a ela? Eu vou ver a Violet.

— Tudo bem, meu amor. Boa sorte! – sorriu abraçando o filho antes de ele sumir dentro do estabelecimento atrás da garota.

Regina voltou-se para o espelho em sua frente e fez o brinco ficar vermelho. Era apenas uma distração para que não pensasse no que sentia, embora ela soubesse que Henry estava certo.

Enquanto isso Emma tocara no espelho e vira a imagem da morena aparecer nele, ajeitando os brincos vermelhos.

Regina. – gritou batendo contra o espelho. – Regina, eu estou aqui.

— Emma... – Regina fechou os olhos e respirou fundo antes de voltar-se para seu reflexo novamente tentando seguir o conselho do filho.

Sim, sou eu, a Rainha me prendeu aqui. – a loira continuava gritando, mas só quando Regina permaneceu em silêncio foi que ela percebera que a morena não estava a vendo.

— Emma... – Regina repetiu. – Eu não sei como te dizer isso, não sei por onde começar e nem se de fato há um começo, eu só sei que de repente eu me dei conta do que eu sentia e percebi também que era um sentimento antigo que estava adormecido dentro de mim. – a morena ia dizendo enquanto olhava para si mesma no reflexo do espelho, e Emma do outro lado prestava atenção em cada palavra sem saber o que estava acontecendo. – Mas agora eu percebi, e Henry me ajudou a ver isso, que eu não devo e nem posso mais esconder o quê eu sinto, que eu devo tentar mesmo que não signifique que você sinta o mesmo. Eu já me fechei para o amor por anos e não quero mais fazer isso, não com você. – respirou fundo novamente sentindo os olhos marejarem. Os olhos de Emma já estavam marejados desde que começara a escutá-la. – Eu te amo, Emma! Você é o meu espelho. Eu não me vejo em você, na realidade eu vejo em você tudo que eu quero ser e tudo o que eu mais quero para mim. Eu vejo você, Emma e é o que importa.

Emma sentou-se ainda assimilando tudo o quê havia acabado de ouvir. Regina estava se declarando, não diretamente para ela, mas era uma declaração do que ela sentia, pela loira. Um sentimento do qual Emma não fazia ideia de que Regina sentira, embora dentro de si e de suas lembranças das duas, ela pudesse perceber que havia algo inexplicável, algo que envolvia inclusive seus sentimentos.

Tornou a olhar para o espelho e os olhos de Regina estavam transbordando lágrimas. Há quanto tempo será que a morena a amava em segredo? Um calor crescente se formou no peito de Emma e foi a consumindo por completo, respondendo suas perguntas.

Regina... — bateu contra o espelho e sem medo do que se deixava admitir que sentia, disse sabendo que ela não podia escutá-la. – Regina, me tire daqui para que possamos viver nosso amor, por favor.

Mas na imagem refletida no espelho, Regina balançou a cabeça e enxugou as lágrimas que havia em seus olhos, antes de mudar a cor do brinco para azul.

***

A Rainha parou em frente ao Granny’s onde ninguém pudesse vê-la e sorrindo, usou magia para que se transformasse em Emma e assim entrou no estabelecimento.

Henry havia voltado para o fundo da loja assim que se despediu de Violet e estava sentado junto de Regina quando a loira entrou, ereta e sorrindo. Regina se levantou no mesmo instante sentindo o coração pulsar dentro do peito.

— Mãe, você conseguiu? – Henry perguntou com um sorriso no rosto parado ao lado da morena.

— Sim e me sinto incrivelmente bem. – acolheu o filho que correu para os seus braços e olhou para a morena sorrindo, porém Regina não sentiu o calor que sempre sentia ao olhar para Emma. Por um instante pensou que o que sentia não deveria jamais ser contado.

— Estou orgulhoso de você.

—Foi o que meus pais me disseram antes de me contarem que vocês estavam aqui.

— E a Rainha? – Regina perguntou.

— Foi mais fácil do que eu imaginava. – voltou o olhar para o filho. – Mas e Violet?

— Que ótimo, ainda bem. – Regina foi saindo em direção ao balcão. – Eu preciso tomar alguma coisa, com licença. – e saiu sentindo-se tola. Emma parecia tão fria, mas para a morena era apenas um sinal de que ela jamais sentiria amor por ela. Regina deveria desistir disso.

— Ela está muito animada para o baile de outono. – Henry continuou a conversa mesmo achando estranha a saída repentina da morena.

— Ótimo, mas Henry fique reto. Ter postura é ter respeito próprio. – Emma segurou em seus ombros o endireitando. Aquela era uma frase que Henry havia cansado de ouvir da Rainha Má.

— Eu, eu vou tomar algo com minha mãe, tudo bem? – indicou o balcão e foi saindo aos poucos.

— Tudo bem, querido. Estarei aqui se precisar.

Henry tentou não parecer rápido de mais, mas assim que se sentou ao lado de Regina, sussurrou sem olhar para ela.

— Não olha para mim. Aquela não é a Emma, é a Rainha Má.

— O quê? – a morena perguntou sem olhar para o filho. Fazia sentido para si, o jeito estranho da loira. Regina sempre se sentiu a vontade junto dela, sempre se sentiu em casa. O calor que emanava de Emma era algo inexplicável e do qual ela não havia sentido naquele momento com ela.

— Ela me mandou ter postura, igual à Rainha Má. – ele continuou olhando fixamente para frente. – E se ela está aqui, então a Emma...

— Está presa no mundo dos espelhos. – o coração de Regina se apertou dentro do peito. – Precisamos sair daqui e encontrar uma maneira de trazê-la de volta.

— Faça algo que nos obrigue a sair daqui.

Regina pensou por alguns instantes antes de escorregar discretamente o copo para a borda do balcão e deixá-lo cair em seu colo.

— Droga... – disse levantando-se com a roupa toda molhada. – Eu vou até em casa trocar de roupa.

— Eu te acompanho mãe. Assim posso tirar esse terno também, ainda não me acostumei. – ambos olharam para Emma, sorridentes, e a loira apenas lhes acenou com a mão antes que os dois pudessem sair.

***

Henry e Regina estavam na cripta da morena tentando encontrar uma maneira de abrirem o mundo dos espelhos para que pudessem trazer Emma de volta. Porém foram interrompidos pela fumaça roxa que trouxe junto de si a Rainha Má.

— Eu sabia que vocês não iam acreditar que eu era a Emma por muito tempo. – caminhou entre eles naturalmente. – Eu não consigo manter aquela postura ridícula que ela tem.

— Cala a boca. – Regina se colocou na frente do filho. – Agora eu acho bom que você a traga de volta. – a risada da Rainha ecoou pela cripta.

— Você é tão patética Regina, principalmente quando se apaixona. Fica tão fraca. – pegou um pequeno espelho e ajeitou os cabelos. – Mas justo Emma, que gosto estranho você tem.

— Só traga minha mãe de volta. – Henry se colocou a frente de novo e a enfrentou sem medo.

A Rainha mexeu as mãos no ar e fez a imagem de Emma aparecer no espelho, Henry e Regina correram até ele e começaram a chamar pela loira que se virou e correu em direção ao espelho também.

Henry, Regina, me tirem daqui.

— Por que você quer vir embora se está em tão boa companhia? – a Rainha perguntou e foi só então que se deram conta de que o Dragão estava junto de Emma.

Vocês precisam ajudá-lo também, mesmo que ele não possa ajudar meus pais.

— O que você quer? – Regina encarou sua outra face com os olhos semicerrados. – Eu juro que se pudesse te matava nesse exato momento.

— Será que alguém ficaria triste se algo acontecesse a você? – sussurrou para Regina que entendeu o que aquilo significava. A Rainha sabia de seus sentimentos, é claro que sabia afinal era uma parte de si. – Pois bem, vocês querem trazer Emma de volta, então basta o Henry usar isso. – fez aparecer em sua mão um pequeno martelo que Regina logo reconheceu como sendo o martelo de Hefesto.

— E o quê eu faço com isso? – o garoto questionou com o cenho franzido. Uma pequena plataforma apareceu em sua frente e sobre ela estava um coração vermelho e pulsante.

— Para salvar Emma basta você esmagar o coração do Dragão.

— E por que eu faria isso? Ele é inocente.

— Não será mais depois que ele matar sua mãezinha querida. – e com um menear de mãos o Dragão do outro lado do espelho cresceu envolto em uma fumaça que ao se dissipar revelou a enorme criatura.

Henry, Regina, socorro! – Emma gritou com o dragão vindo em sua direção.

— Emma! – Regina correu até o espelho, desesperada. – Você não pode fazer isso. Escurecer o coração do Henry não o fará te amar. – se voltou novamente para a Rainha.

— Você sabe muito bem qual é a única maneira de me parar e você não quer fazer isso, então é uma escolha que cabe apenas ao Henry. – estendeu o martelo e o garoto o pegou.

— Henry. – Regina o olhou sentindo o coração pulsar dentro do peito, pelo filho na situação em que estava e por Emma, não podia perdê-la.

Socorro! Tirem-me daqui. – a loira gritava do outro lado sendo cercada cada vez mais perto pela criatura.

Henry olhou para a Rainha que sorria vitoriosa assistindo a cena, depois olhou para Emma desesperada do outro lado do espelho, e então olhou para Regina que deixava discretamente as lágrimas lhe escorrerem o rosto. Ela amava Emma e não podia perdê-la, assim como ele também não, não podia perder nenhuma de suas mães.

Segurou firme o martelo em suas mãos e então o acertou com força contra o espelho. A luz que começou a emanar dele tomou conta do lugar até que uma força os empurrasse para longe e quando tudo voltou ao normal, lá estava Emma caída ao lado deles no chão.

— Mãe! – ele correu abraçá-la.

— Emma. – Regina levantou-se junto deles, seu coração pulsando de alegria por ver que ela estava bem e por sentir novamente aquele calor que emanava dela e a consumia. – Você está bem?

— Sim. – Emma sorriu trazendo o filho para junto de si.

— Vocês são uma família patética. – a Rainha tinha ódio crescente em seu olhar.

— Fique longe do nosso filho e de nós. – Regina se colocou a frente deles e disse antes da Rainha sumir envolta em sua fumaça roxa.

***

Já era noite quando Emma e Regina se direcionaram para o Granny’s e ficaram espiando Henry pelo lado de fora. Haviam contado tudo para David que acordara Snow para que também pudesse saber, e agora o garoto teria sua tão prometida dança com Violet.

As duas viram quando ele e Violet começaram a dançar e sorriram diante da cena, e o silêncio foi quebrado por Emma.

— Ele ficará bem, não é mesmo?

— Você está falando... – Regina a olhou sentindo um aperto no peito.

— Com ou sem mim, ele ficará bem.

— Sabe Emma, eu estava tão preocupada em como iria criá-lo que nem notei que...

— Ele cresceu. – a loira completou para ela. Alguns segundos se passaram antes da loira lembrar-se da declaração de amor da morena. – Você quer dançar? – estendeu a mão voltada para ela.

— Dançar? Eu e você? – perguntou sentindo o coração acelerar dentro do peito. Talvez fosse o momento para dizer o que sentia, mas não conseguia pronunciar nenhuma palavra sequer, estava perdida nos olhos verdes da loira e nem o sim conseguia dizer para a sua pergunta.

— Sim, eles lá, nós aqui. – Emma sorriu mantendo a mão estendida. – Eu sei que a música está baixa para nós, mas acho que conseguimos dançar.

Regina olhou para a mão da loira que estava estendida e seguindo seu coração segurou nela. Emma delicadamente a puxou para perto de si e posicionou uma de suas mãos na cintura da morena que tinha sua outra mão apoiada no ombro da loira. E assim começaram lentamente a se movimentar.

Regina fechou os olhos se deixando aproveitar daquele momento, do calor do corpo de Emma colado ao seu. Não sabia quando teria coragem de contar a ela seus sentimentos, mas tinha certeza de que eram os sentimentos mais reais que já tivera.

Após alguns minutos dançando naquela posição, Emma levou a mão da morena que segurava para suas costas e desceu sua mão, agora livre, para a cintura da morena. Seus corpos se aproximaram mais e a morena estremeceu ao sentir o toque. Agora ela tinha suas duas mãos envoltas no pescoço de Emma que enlaçara sua cintura com suas mãos.

Continuaram com movimentos leves e delicados aquela dança que nem repararam que Henry e Violet as observavam antes de retornarem a dançar também. Emma sentia que talvez aquele fosse o melhor momento para terem aquela conversa, portanto sussurrou bem próxima ao ouvido de Regina.

— Eu preferia os brincos vermelhos.

— O quê? – a morena franziu o cenho antes de se dar conta do que Emma falara. Havia trocado a cor dos brincos em frente ao espelho segundos antes de se declarar para a loira que ela acabara de descobrir que a via. – Você estava me observando pelo espelho? – perguntou sem coragem de parar os movimentos e encará-la.

— Te observando e te ouvindo. – pararam a dança e se separaram para poder se olharem.

— Emma... – olhou fixamente em seus olhos e sentiu que deveria dizer tudo o que sentia, principalmente pelo fato de que loira sorria, mas sua voz parecia não sair. – Eu não sei como te explicar...

— Não precisa me explicar nada. – a loira alcançou as mãos de Regina e as segurou com as suas. – Eu ouvi toda a sua declaração, então vamos partir do princípio de que eu já sei o quê você sente, então não precisa mais me contar... – as íris verdes brilhavam marejadas assim como as castanhas. – É só acontecer.

— Emma, como assim? – a voz quase inaudível. – Eu não entendo...

— Talvez não seja necessário entender. – a loira sorriu antes de se aproximar e delicadamente tocar seus lábios nos da morena que correspondeu ao toque no mesmo instante.

Voltaram à posição anterior, Regina com os braços envolta do pescoço de Emma e a loira com suas mãos enlaçando a cintura da morena, porém agora não dançavam, agora elas se beijavam deixando todo o sentimento que havia dentro delas sair e ir em direção a outra. Quando o toque cessou, permaneceram de olhos fechados e com suas testas coladas.

— Eu acho que você não foi capaz de me ouvir... – a loira começou e as duas fixaram seus olhares. – Mas depois de ouvir sua declaração, que a propósito foi a coisa mais bonita que eu já ouvi em toda a minha vida, eu só pedi para que me tirasse logo de lá para vivermos nosso amor.

— Vivermos nosso amor? – Regina sorriu sentindo uma lágrima lhe escorrer o rosto. – Então isso significa que...

— Que sim... – Emma sorriu, os olhos brilhando cheios de lágrimas. – Que eu também te amo, Regina!

— Emma. – as duas riram abraçadas. – Eu te amo! – disse finalmente em voz alta e para a mulher a sua frente, a mulher que amava e que agora sabia que também a amava.

E se beijaram novamente antes de ouvirem a música ficar cada vez mais alta. Voltaram então seus olhares para o Granny’s onde viram Henry e Violet as observando sorridentes. Ambos os casais sorriram e retomaram suas danças.

Ainda havia muito que ser resolvido, ainda havia muito mal a ser derrotado e um futuro incerto pela frente, mas a única certeza que tinham era de que não importava o que iria acontecer, tudo ficaria bem se estivessem juntas.

“Yeah I saw you in my dreams that night
And you took my hands and told me
‘I've been waiting for you’
And I told you, ‘Me too’
Yeah I saw you in my dreams that night
If I see you in my dreams tonight…”

“Sim, eu vi você em meus sonhos naquela noite
E você pegou minhas mãos e me disse
‘Eu estive esperando por você’
E eu lhe disse: ‘Eu também’
Sim, eu vi você em meus sonhos naquela noite
Se eu vir você em meus sonhos esta noite”

 


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Notas finais do capítulo

Então gente linda *o* podia ter sido assim, não é mesmo? Mas sei que no final será! ;) #IBelieve ♥ A música usada foi "In My Dreams" - Ruth B., a música que Henry e Violet dançaram no final do episódio e que embalou o momento SwanQueen, awn ♥ ... então, Obrigada gente! Deixem reviews! *-*