Preço de uma Paixão escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 17
Chapter XVII




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@AnnaMargaret: você disse garota estranha e sozinha, @?

️1.789.000 curtiram sua foto

@ZaynMalik: eles me ofenderam junto ao falar isso de você, anninha

@ZaynMalik:

@LiamPayne: você agora é da família 1D, não vamos mais deixar fazerem isso com vc

@HarryStyles: hoje não vou fazer nenhuma piadinha só porque você tá precisando de carinho e atenção, tá?

@Brugg: gente de céu, queria eu ter amigos assim

@AnnaMargaret: @Brugg faça amizades com os garotos, eles são bem mais amigos do que as mulheres.

@FanArmy: EU SABIA QUE OS MENINOS ERAM UM POÇO DE FOFURA!

—Eu te disse que eles não iam cair em cima de você, Anna. – Zayn comenta, acariciando o braço da loira que olhava a tela do telefone enquanto estava deitada em seu peito, na cama completamente feita.

—Você viu o comentário do Harry? – A sua preocupação, importância, como quisesse chamar se voltava para o poço de carinho que ele estava para cima dela no dia de hoje. O dia do famigerado show na sua “cidade natal”.

—Pode não parecer, mas ele se preocupa com você. Mesmo que seja um mínimo, ele não seria cruel ao ponto de fazer brincadeiras logo hoje.

—Se você diz... – No fundo você não sabia mais em quem acreditar, no que seu colega de banda dizia ou na sua experiência passada.

Nós temos um tempo livre antes de irmos para a Arena. O que você quer fazer até lá? – Zayn tinha um tom sugestivo, se aproximando do seu pescoço quando ela se levantou bruscamente, calçando seus sapatos e indo até a porta.

—Avise para os meninos irem para a porta do Hotel. Preciso fazer uma coisa com a ajuda de vocês. – Disse rapidamente antes de bater a porta, deixando-o completamente confuso.

***

Quarenta minutos mais tarde Anna e os garotos estacionavam a van que se encontravam em frente a uma escola típica americana. Tinham sorte que ainda estava no horário de aulas, não teriam problemas com fãs alucinadas.

—Anna, o que você está esperando? – Louis perguntou calmamente, esperando a mais nova tomar coragem para abrir a porta.

Na realidade, nem ela sabia. Suas piores lembranças estavam em Homes Chapel, não no Texas. Aqui era fichinha se comparado a Inglaterra.

—Nada, Louie. Vamos, rapazes? – Anna abre a porta, deixando todos saírem primeiro para enfim colocar os pés para fora do veículo.

—Você não vem ou é uma tentativa de nos abandonar no meio de uma multidão de garotas enlouquecidas? – Harry estava parado a frente dela, ajudando-a inconscientemente a descer da van – embora claramente não precisasse disso.

—É uma opção tentadora agora que você falou, Styles. – Ela ainda segurava sua mão.

—Harry. Me chame de Harry. Pelo menos hoje, Anna. Sei que deve estar sendo difícil voltar aqui, principalmente nessa escola, mas nós vamos te proteger de qualquer um que queira te ferir emocionalmente.- Harry apertava levemente sua mão, acariciando a bochecha da garota com a mão livre, deixando Anna sem chão.

Ninguém havia percebido a interação entre eles, estando mais preocupados em fazer gracinhas para as poucas pessoas que começavam a chegar na janela. Anna rapidamente solta a mão de Harry com toda a urgência reunida. Chegava a ser engraçado o próprio agressor falar de proteção emocional para ela. Só levava em consideração pelo fato dele realmente não saber quem ela era, mas cada vez que ele resolvia ser uma pessoa normal, uma parte do seu coração se quebrava ainda mais.

Por que ele não poderia ter sido sempre assim?

—Se vocês não se importam, gostaria de tirar uma foto bem aqui na frente com todos vocês, juntos. – Anna estava meio tímida.

—Tipo um squad? – Niall se animou.

—É, exatamente assim.

—Nós podemos fazer a posição dos Power Rangers? – Louis se empolgou.

—Contanto que depois não se importem se serem a Sailor Moon...

Toda a movimentação fora do comum no jardim da escola acabou atraindo olhares para os garotos que tiravam fotos nada convencionais, ajudando a amiga a superar toda aquela história de garota estranha e insignificante. Tinham até conseguido arrancar algumas lágrimas delas ao fazerem um vídeo deles paparicando-a, seguindo de um abraço grupal e beijos estalados em sua bochecha – uma desculpa perfeitamente plausível para o de Zayn ser perigosamente próximo a sua boca, tendo levado o twitter a loucura.

Toda a homenagem não havia parado por aí. Horas mais tarde, durante o show, Anna não havia conseguido terminar a música antecessora ao dueto com Liam, caindo no choro na metade.

—Me desculpem pessoal, isso nunca aconteceu antes. – ela tentava controlar as lágrimas, em vão. – Vocês não sabem a emoção que é estar aqui em cima, depois de todos esses anos... – um soluço foi reverberado pelo microfone, seguido de uma risada de porco. – Droga, acho que o rir para não chorar não funciona comigo. – O público riu com ela – Eu.... Eu...

Antes que caísse de joelhos, sentiu braços fortes a envolvendo. Olhou para os lados e ouviu a gritaria que formava ao seu redor. Os meninos haviam entrado mais cedo no palco afim de darem suporte para a garota.

—Desculpa ter diminuído o tempo de vocês arrumarem o cabelo meninos.

—Isso você compensa depois, Anna. Não podíamos te deixar aqui sozinha, seria exigir muito de você.

Todas as fãs se derretiam ao ouvir as palavras de Zayn, soltando gritinhos de felicidade ao verem ela pular em seu pescoço num forte abraço.

—Eu acho que ela precisa de uma ajudinha para terminar a música, o que vocês acham, pessoal? – Louis puxou já do outro lado do palco.

—Para sua sorte, essa é a única que sabemos cantar, Anna. – Niall implicou.

Eles haviam conseguido retomar o show de onde havia parado, desta vez tendo seis vozes no lugar de apenas uma. O resultado havia sido maravilhoso no final, enchendo o palco com brincadeiras e ajudando a tirar o foco do choro de Anna. Quando o dueto chegou, nenhum deles saiu do palco, ficando apenas para fazerem gracinhas ou zombarem da postura sedutora que Anna sempre se colocava. Quando enfim tudo acabou, todos se reuniram a sua volta, a levantando em seus ombros.

—COM VOCÊS, ANNA MARGARET, PESSOAL! – Todos os cinco gritaram, arrancando gargalhadas da garota.

Aquilo era bom demais para ser verdade.

***

Sterling: hoje não vou fazer nenhuma piadinha só porque você tá precisando de carinho e atenção, tá?

Sterling: que droga foi essa, Margaret?

Anna: se eu soubesse te contaria, sério

Anna: ele passou o dia inteiro me tratando como se fosse um bichinho ferido

Sterling: você não vai cair nessa, né?

Sterling: por favor, não me diga que já caiu...

Anna: eu tento ao máximo ignorar, ster... eu to com o Zayn, tento não me ligar muito nele.

Sterling: espera, você tá com quem?

Anna: não é um namoro, só estamos nos beijando esporadicamente

Sterling: e isso não é estranho?

Anna: nenhum pouco, porque a pergunta?

Sterling: sei lá, só é meio obvio que o Styles está gostando de você, e você se pegar com o Zayn...

Anna: primeiro: ninguém sabe sobre Zayn e eu, só você e Camilla. Segundo: Styles não gosta de mim.

Anna: por favor, não de mais um motivo para esse velho coração maltratado criar esperanças.

Sterling: Anna, você não faz o menor sentido, sabia?

Anna: eu sei, me desculpe.

Sterling: como pretendo colocar seu plano em ação se não quer criar esperanças?

Anna: eu sei que ele está gostando de mim, só não quero que fique falando isso como se fosse legal. Preciso de alguém me lembrando como ele é ruim. Eu sei que sou forte, mas todo esse carinho que ele vem demonstrando quando estamos sozinhos não me fazem nada bem...

Anna: eu sei que as chances de dar tudo errado são enormes, mas pelo menos quero sair disso tudo sabendo que fiz ele perceber que podia sim ter se apaixonado por mim sem fazer mal algum.

Anna: mas de qualquer forma, quero você lá comigo.

Anna bloqueou seu telefone e foi em direção ao banheiro tomar um longo e relaxante banho. Aquele havia sido um dos shows mais difíceis que tivera que fazer até então, e olha que não era nada demais. Sabia que no momento certo não teria ninguém para apoiá-la no palco, seria somente Anna e um microfone. Tinha que ser forte e aguentar tudo com um sorriso vingativo no rosto.

Seria lindo.

Ela já fazia uma leve noção de como queria as coisas. Agora que possivelmente Harry estava se afeiçoando mais do que devia a ela, os preparativos deveriam ser feitos. Óbvio, ninguém é de ferro e por mais que beijasse Zayn as vezes, sabia que em algum momento faria alguma besteira. Só rezava para que ele retornasse com sua grosseria, afim de reforçar que era errado.

Demorou uma boa meia hora no chuveiro e quando enfim saiu se deparou com seu celular apitando. Tirando as notificações do twitter – onde as mentions não paravam em fotos e notícias sobre seu momento de fraqueza – algumas mensagens haviam chegando enquanto estava fora de uso.

Sterling: não se quero estar na primeira fila ou te esperando para fugirmos para as montanhas e cortar todo o contato seu com ele. Mas com certeza quero uma câmera focada nele o tempo todo.

 

Zayn: dizem por aí que meus beijos são mágicos. Certeza que não quer um para melhorar sua noite?

Zayn: Aproveita que já estou quase dormindo

Zayn: ou vem e dorme junto comigo ;)

 

Harry: certeza que você tá bem, Margaret?

Harry: sua cara não me convenceu muito quando entramos na van.

Harry: se quiser... você pode, sei lá, desabafar?

Anna não conteve o engasgo com a última mensagem. Resolveu ignorar todas as anteriores e dar um basta antes que tudo piorasse de vez.

Anna: a última pessoa com quem eu desabafaria seria com você, Styles. Você não conseguiria ter senso o bastante para isso.

Harry: essa grosseria toda é só por Zayn não ter te beijado?

Anna: como é?

Harry: eu vi que ele beijou perto da sua boca. Perto até demais.

Anna: você também beijou minha testa, mesmo sendo contra minha vontade.

Harry: vocês estão juntos?

Anna: você ainda está coma Jenner?

Anna: essa já é a quarta vez que você pergunta isso a algum de nós. Mais uma e vou começar a achar que talvez você não me odeie mais.

Harry: eu não te odeio, eu me preocupo com você. Eu não sou o legume que você pensa, sabe?

 

Outras mensagens chegaram, mas Anna já havia arquivado a conversa antes que lesse algo que não quisesse. Talvez não fosse nada demais, talvez sim. O melhor era prevenir e ir dormir antes que ele cismasse de bater a sua porta.


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