Letras e Vinhos escrita por PriscilaRoza


Capítulo 18
Filha


Notas iniciais do capítulo

Comentem pra eu saber se a história está boa.



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Afrodite segurou minhas mãos firmemente. As dela eram macias e suaves e as minhas tremiam por não saber o que iria acontecer. Ela olhou fundo nos meu olhos e sorriu. Na mesma hora senti um formigamento pelo meu rosto e meu corpo. Foi rápido mas desconfortável. Ela levantou correndo e foi atrás de um espelho, duas ninfas o trouxeram e ele era enorme.
—Pode olhar se quiser. Você está perfeita.
Eu levantei meus olhos e encarei a pessoa no reflexo. Não era eu. Aquela pessoa não poderia ser eu. Meus seios tinham aumentado um pouco, a cintura diminuíra. Meus olhos brilhavam mais. Era tudo muito exagerado e bonito de mais para ser verdade.
—O que você fez comigo?—perguntei encarando nervosa o espelho.
—Minha bênção. Você não gostou?
—Não...Eu gostei. Tudo bem. Só estou um pouco surpresa. Acha que alguém vai notar?
—Só precisa fazer uma pessoa notar, não é mesmo?—Ela disse rindo e batendo seu ombro no meu.
—Ah, para com isso. Eu preciso voltar pra casa de Apolo, tudo bem? Obrigada por ter me ouvido e...a benção.
Ela me deus dois beijos nas bochechas e eu fui para o templo. Quando cheguei, as crianças estavam brincando no quintal e eu entrei devagar.
—Oi crianças.
—Oi Sofia. Você está bonita.
—Alguma coisa diferente?—perguntei esperando o que eles iriam dizer.
—Não, só está bonita.
—Obrigada. O que vocês estão fazendo?
—Brincando de batalha. Eu ganhei duas vezes.—Ruby disse toda cheia de si.
—Eu vou virar esse placar agora mesmo. Acabo com você antes do jantar hoje à noite. Falando nisso, Sofia. Papai disse que quer falar com você.—Wes disse equilibrando sua espada no chão.
Entrei e papai estava na sala olhando umas revistas digamos...inapropriadas.
—Papai, não acho que você devesse ver isso aqui na sala. Wes e Ruby podem entrar a qualquer momento.
Apolo pulou do sofá e jogou a revista no chão. Ela caiu e começou a pegar fogo, virando fumaça e cinzas.
—O que? Eu não estava vendo nada. Era só uma peça grega antiga. O que aconteceu com você?
—Nada demais.
—Demais sim...Eu estou vendo. O que houve? Onde você estava?
—No templo de Afrodite.
—E o que ela fez com você?
—Ela me deu sua bênção. Porque?
—Nada. Fique aqui com seus irmãos, eu já volto.
Apolo sumiu na mesma hora e eu sabia onde ele tinha ido. As crianças ficaram com uma ninfa e eu fui correndo atrás de meu pai. Quando cheguei na casa, parei na sala e ouvia os gritos vindos de cima.
—Por que você fez isso. Pôs tudo a perder. Zeus vai vê-la hoje e vai nos punir. Que estupidez, Afrodite. Eu disse para você não fazer nada. Conversar, tudo bem. Agora dar sua bênção? Não acha que ficaria muito óbvio?
—Eu não aguento mais, Apolo. Ela precisa saber a verdade. Todos precisam. Não aguento mais esconder.
—Ela não pode. É muito perigoso.
Fui subindo as escadas e a voz de Apolo tinha abaixado consideravelmente de tom.
—O que pensa que Zeus vai fazer com ela quando descobrir que ela é nossa filha? O que ele vai fazer com a gente? Parou para pensar nisso?
Parei assustada na soleira da porta e olhei para os dois deuses que se encaravam.
—O que?


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