Por Trás da Gravata escrita por Larissa Fér


Capítulo 11
Elizabeth Portman


Notas iniciais do capítulo

Uma boa leitura a todos vocês ❤️



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Ambre estava se dirigindo ao grêmio estudantil. Kentin já havia enchido sua cabeça de coisas acerca de Hanna, e ela já estava cansada de tudo aquilo. Talvez Nathaniel pudesse ajudá-la, e ela saberia o que fazer a partir daí.

"Ela já roubou seu namorado e agora quer ficar com o Castiel? Qual é Ambre, parece que ela tem mesmo tudo que você quer. Até mesmo seu irmão está nas mãos dela. Quanto tempo vai demorar para que você seja descartada?"

As palavras do moreno não saiam de sua cabeça, e isso a deixava furiosa. Como aquela garota poderia ser tão irritante? E por que ela ainda conversava com ele?

— Aquele idiota acha que só porque ficou bonito de repente pode me tratar dessa forma. Mas talvez ele seja o único que me entenda, afinal, ele também tem assuntos inacabados com ela.

Ela suspirou, lembrando-se do dia em que Ken retornou a Sweet Amoris - lhe recebendo um belo e longo beijo - e de quando ele havia lhe contado sobre o que havia acontecido entre os dois.

Se bem que ele não beija mal. Ambre se tocou no que havia pensado, se martirizando logo depois. Esquece isso Ambre, foque no Castiel! Você irá conquistá-lo hoje, confie em você!

Antes de chegar ao grêmio, a loira pôde ouvir vozes familiares. Eram Hanna e Íris, que estavam sentadas debaixo da escada ao lado da biblioteca, e do modo que elas estavam escondidas, parecia mesmo ser algo importante.

Ambre se viu curiosa, logo se aproximando com cuidado para ouvir a conversa das duas.

— Você está me dizendo que Bruce disse que me trazer aqui foi um erro? Oh meu Deus! Isso foi quando?

Hanna estava muito agitada, e parecia que era algo muito sério. Pelo que Ambre sabia, ela estava em Sweet Amoris a contragosto, pelo menos era o que ela espalhava pelos quatro cantos do colégio. E se aquilo fosse mesmo verdade, ela poderia estar perto de ir embora daquele lugar. Ambre não poderia ficar mais feliz.

— Na sexta-feira passada.

— Mas por que ele não me ligou ou apareceu aqui? - Hanna estava inconformada - Aquele maldito! Preciso falar com Julian, agora!

Ouvir aquele nome a fez estremecer. Ela se lembrou de Julian. Seu Julian. Alguém que ela já havia superado, mas, ainda assim tinha muita consideração por ele.

No entanto, já fazia muito tempo, não poderia ser o mesmo Julian, ou poderia?

— Você escutou a parte em que seu pai disse estar mal, e disposto a se redimir?

Íris a encarou seriamente, Hanna deu de ombros, já pegando seu celular em seu bolso, discando alguns números ali.

— Eu não ligo a mínima para o que ele diz, estando ele arrependido ou não. A única coisa que quero, é ir embora desse lugar. Julian?

Íris ainda estava sem reação, e Ambre também. Ela estava sentindo seu coração se incendiar, ela não acreditava que poderia mesmo ser o mesmo Julian.

— Oh meu amor, eu sinto muito. Acho que tem acontecido muita coisa ultimamente e eu nem ao menos sei como lidar.

Amor? Você não ousaria Hanna Christine Marshand!

— Julian Prescott, pare de showzinho!

Ambre saiu dali às pressas, já sentindo seu rosto se inundar de lágrimas, mas não era tristeza, mas  raiva.

Era mesmo ele. Julian Prescott. Seu Julian. Eles ainda se falavam, mesmo que depois de tudo Hanna ainda tivesse negado o envolvimento dos dois.

— Dessa vez, ela não ficará impune.

Ambre limpou os olhos cuidadosamente, pegando seu celular e procurando o contato do garoto. Ela não queria, mas aquilo tinha que acontecer. Se Hanna podia fazer uma aliança com Castiel, ela também poderia fazer uma com Kentin.

@Ambre Howl: Irei aceitar a sua proposta de mais cedo

@Ambre Howl: Irei retomar tudo aquilo que me pertence, e aquela garota irá sair daqui sem absolutamente nada além da vergonha de ter sido humilhada

Garoto insolente: Você tem mesmo certeza disso? Quando começarmos, não haverá volta

@Ambre Howl: Eu quero vê-la destruída

Garoto insolente: E eu a ajudarei a fazer isso, querida

***

O dia quatorze de fevereiro estava perto, e isso significava que o amor estava no ar de Sweet Amoris.

Era uma época mágica para todos ali, e os fã clubes trabalhavam a todo vapor.

Pela escola, podia se ver os cartazes com fanarts tanto de Castiel, quanto de Nathaniel. E Hanna até mesmo descobriu que também havia um fã clube de Lysandre, Armin e Kentin. A loira se perguntou se as garotas faziam algo ali além de ficar idolatrando os rapazes, mas ela chegou a conclusão de que elas não tinham nada melhor para fazer da vida.

Enquanto se dirigia a sala, sentiu seu bolso vibrar. Era uma mensagem de Ambre no grupo da sala. 

"Estando próximo do dia dos namorados, peço a vocês que escolham apenas um garoto para seguir, tudo bem @Hanna Montanha? Acho que não quer se meter em escândalos novamente, não se meta com o que você não sabe lidar." 

Já não era a primeira vez que Ambre espalhava coisas a seu respeito. A loira estava dizendo por aí que ela e Castiel tinham encontros em sua cabana, e por isso, foram colocadas câmeras por todo o campus.

Ninguém podia mais transitar livremente, e o pior de tudo era que Hanna já não conseguia mais contrabandear suas bebidas. Já que agora, a bagagem era revistada sempre que chegava nos portões.

Dentro de duas semanas, Ambre havia tornado Sweet Amoris um inferno ainda pior, e Hanna já estava farta daquela garota.

Antes que pudesse respondê-la, o telefone vibrou indicando que ela estava recebendo uma ligação. Era Castiel.

— Não estou num bom momento para falar tomate, ande logo.

— Minha querida rainha das trevas, já viu o que andam dizendo por aí?

— E acha que eu estaria sem paciência caso não tivesse ouvido? E que papo é esse de rainha das trevas?

 Digamos que é um apelidinho carinhoso que o nosso fã clube recebeu. Sendo eu o diabo, você é minha Lilith.

Apelidinho? Essa é nova.

— O quê? Temos mesmo um grupo de adoradoras? Esse povo é mesmo muito atoa.

— Mas isso não importa, gostaria de lhe perguntar, já pensou sobre o que eu te disse ontem? Está de acordo?

— Sim, já pensei, e acho que é uma boa ideia. Considerando que o Grêmio é algo importante nesse lugar, se a gente sabotar ele, talvez tenha uma chance de que nos expulsem daqui.

— E os seus advogados, conseguiu alguma coisa?

— Nada ainda, o processo ainda está em andamento.

— Certo, nos encontramos a meia noite, na quadra, para tratarmos melhor sobre esse assunto.

— Meia noite? Pra você devorar minha alma? Eu passo, senhor diabo.

— Não se preocupe baby, só devoro alma de mulheres bonitas, o que não é o seu caso.

— Idiota!

— É que irei me encontrar com Ambre, digamos que todo dia dos namorados ela me prepara um bolo, e em troca, dou a ela o que ela tanto deseja.

Se ele considera a Ambre bonita, quem sou eu pra julgar né?

— E você se dispõe mesmo a isso?

— Ela enche meu saco se eu não aceitar, daí eu que encho ela de...

— Aaaaaaa, me poupe dos detalhes sórdidos! O que você faz com ela fica só entre vocês. Me mande mensagem quando estiver livre. Boa foda.

Argh, não devia ter imaginado isso, agora jamais irei esquecer essa cena.

***

Castiel soltou um riso antes de desligar o telefone. Por algum motivo, ele adorava brincar com a loira, e ver sua cara de irritada, além de ouvir seus xingamentos, era o que fazia seu dia ser um pouco melhor. 

E era disso que ele estava precisando, já que sabia que seu dia seria complicado. Estava na hora de se encontrar mais uma vez com o Conselho Tutelar.

O ruivo se dirigiu cuidadosamente até a sala da senhora Shermansky. Mesmo que estivesse no horário de aula, a diretora sabia de sua situação, e assim ele tinha a permissão de sair de Sweet Amoris naquele dia.

Castiel vestiu sua melhor roupa - a que menos combinava com ele, já que o deixava com um visual mais paternal - e partiu para se encontrar com a assistente social. 

Cada minuto que se passava era uma verdadeira tortura, e a única coisa que ele podia fazer era pensar em coisas positivas, mesmo que soubesse que o caso dele era um pouco complicado demais.

Assim que chegou à recepção da senhorita Stuart, ele se enterteu em observar as bolinhas coloridas na parede. Eram muitas, e aquilo talvez fosse para deixar crianças mais a vontade, mas definitivamente não funcionava com adultos.

— Senhor Portman! Quanto tempo! Siga-me, por favor.

Diana surgiu do corredor com um sorriso no rosto. Castiel se forçou a fazer o mesmo, enquanto se levantava para acompanhá-la a sua sala. Naquele momento, ele sentiu seu corpo suando frio. Tudo isso era medo?

— Espero que possa me ajudar, senhorita Stuart.

Ele sentou-se à mesa, a moça fez o mesmo.

— Tenho novidades sobre seu caso.

Diana o encarou seriamente, e Castiel engoliu em seco. Ele conhecia aquela expressão. Ela havia feito a mesma cara quando o contou que ele não poderia vê-la todo final de semana. E isso não lhe cheirava bem.

— Não é sobre eu ter conseguido a guarda dela, não é?

— Infelizmente não. A pequena Ellie já está conosco faz quase dois anos, e já está na hora de encontrarmos um lar para ela.

O ruivo não podia aceitar aquilo, iriam colocá-la para adoção?

— Mas o lugar dela é comigo! Eu já estou emancipado, e só preciso ficar até o final do ano para sair de Sweet Amoris!

— Não podemos deixá-la esperando até lá. E quando você se formar? Como irá sustentá-la? Elizabeth é só uma criança, e mesmo que você seja o pai dela, talvez o lugar dela não seja com você.

Naquele momento, Castiel sentiu seu rosto se molhar. As lágrimas escorriam sob seu rosto sem que ele ao menos pudesse controlar.

Ele se lembrou do dia em que Elizabeth nasceu. Era uma pequena garotinha, com olhos grandes e cabelos castanhos. Mas nem sua beleza foi capaz de amolecer o coração de Debrah, que nem ao menos quis pôr seu sobrenome na garota.

Debrah quis entregá-la para a adoção, mas Castiel lutou para que ela ficasse com o Conselho Tutelar até que ele conseguisse a sua guarda perante a lei.

Até a emancipação ele havia conseguido, mas seus pais não permitiriam que ele largasse tudo para cuidar da criança. No fim, ninguém se importava com ela além dele.

De duas em duas semanas, ele ia visitá-la, e sua maior felicidade era ver como ela crescia feliz apesar de tudo. Ellie era a luz na sua vida, e ele não poderia deixar que a levassem.

— Iremos conseguir um bom lar para ela. Ela será amada, e feliz!

— Eu te imploro que me dê mais alguns meses. Eu prometo que irei conseguir um trabalho para poder cuidar da minha filha, e nunca deixarei que nada falte a ela. Ela é o bem mais precioso que eu tenho nesse mundo, e eu não sei o que seria de mim sem ela.

***

Levou alguns minutos para que Castiel conseguisse convencer Diana de que ainda era capaz de lutar por Elizabeth, e assim o ruivo ganhou mais um mês de prazo.

Ele sabia que era muito pouco, contudo, ver o sorriso no rosto de sua adorável garotinha, que corria para abraçá-lo no momento em que entrava na sala, acendia a esperança dentro de si.

— Papai!

Ellie disse alegremente, enquanto o ruivo lhe dava um abraço caloroso e apertado. Ela estava mesmo grandinha, e no dia dezoito de março, completaria dois aninhos, data em que Castiel orava para que ela já estivesse sobre seus cuidados.

— Como você está grande! Sentiu minha falta?

— Achei que não fosse vir me ver papai.

A garotinha o olhou triste. O ruivo sentiu uma pontada no peito, ele tinha que resolver tudo aquilo logo.

— Estou aqui meu amor, e nunca irei embora - Castiel pegou a pequena no colo, acariciando seus cabelos e a fazendo rir - Logo poderemos ficar juntos, e depois disso ninguém mais vai nos separar! E isso é uma promessa.

— Eu te amo papai. 

***

Já se passavam das nove da noite quando Hanna sorrateiramente saiu de sua cabana para roubar sorvete na cantina do colégio. 

Ela só iria se encontrar com Castiel meia noite, o que significava que ela ainda tinha um certo tempo até vê-lo. Então, tomar sorvete parecia uma boa opção naquele momento.

Antes que pudesse entrar na cozinha, ela ouviu barulhos suspeitos. Parecia haver mais alguém ali, e a moça, curiosa, aproximou-se cuidadosamente para ver o que estava acontecendo.

No momento em que entrou, se deparou com Ambre fazendo alguns retoques finais em um bolo de chocolate. Era o bolo que ela daria a Castiel.

Essa garota sabe cozinhar? Estou vendo coisas?

Hanna estava surpresa ao ver aquela cena, ela não imaginaria que Ambre seria capaz de fazer um bolo caseiro.

Ela estava prestes a ir embora quando viu que de repente a cozinha ficou vazia. Ambre provavelmente teria ido buscar alguma coisa, deixando o bolo em cima da mesa.

Hanna aproximou-se dele aproveitando-se para provar um pouco de sua calda. Era realmente gostosa, e ela estava surpresa por isso.

Ela abriu a geladeira pegando um pote de sorvete pronta para sair dali, mas algo no armário chamou sua atenção. Eram as ervas de Sophia - a maravilhosa cozinheira de Sweet Amoris - e ali continha basicamente um remédio natural para diversas coisas.

Hanna pensou por um segundo. Depois de espalhar boatos sobre ela no colégio, Ambre merecia uma punição. E talvez uma daquelas ervas pudessem ajudá-la.

***

A loira saiu da cozinha animada. Ela sabia que no fim era Castiel que sofreria devido a sua pequena peça pregada a Ambre, mas ela adoraria ver a cena.

Dessa forma, ela saiu dali para se dirigir à quadra. Já que agora existiam câmeras por todo lado, ali era o melhor local para se encontrar alguém, e Hanna sabia que os pombinhos logo estariam ali.

Minutos depois, ela viu Ambre se aproximar. A loira estava trajando um vestido vermelho colado, segurando o bolo - que agora estava cheio de confetes por cima - com um sorriso no rosto.

Castiel apareceu logo depois. Ele parecia com um semblante abatido, mas aquilo logo mudou, e ele já esboçava sua habitual feição debochada.

— Olha só quem resolveu inovar esse ano. Não me trouxe algo comprado no refeitório?

O ruivo soltou um riso, observando o bolo que claramente era caseiro. Ambre sorriu sem graça. Ela havia se esforçado muito durante aquele ano para aprender a cozinhar, ela queria ser um pouco menos superficial, e ficaria imensamente feliz ao vê-lo gostar de sua comida.

— Eu achei que poderia tentar dessa vez. Eu mesma que fiz.

Ela sorriu, entregando-lhe o bolo. Hanna observava aquilo curiosa. Seria mesmo Ambre uma garota apaixonada por Castiel?

— Certo, poderia prová-lo somente depois de nossa diversão, mas estou tendo um dia muito ruim e o que eu necessito é de doce para afogar minhas mágoas.

O ruivo sorriu amarelo por um instante, partindo um pedaço para ele, e servindo em um guardanapo que havia ali. 

— Espero que goste!

Castiel o colocou na boca, e se surpreendeu com o gosto. Era realmente bom, mesmo que tivesse uma pitadinha de algo que ele não conhecia.

Hanna estava esperando apenas o momento certo, de acordo com Sophia, a erva demorava apenas alguns minutos para fazer efeito. E foi exatamente isso que aconteceu, já que em menos de quinze minutos, Castiel deixou Ambre plantada sozinha, para correr para o banheiro.

Quem diria que o laxante seria tão eficaz afinal de contas?

Castiel correu para o banheiro mais próximo que encontrou, que era o do vestiário. Ambre não entendia o que estava acontecendo, apenas continuou estática vendo-o se afastar. Hanna o seguiu sem que a loira pudesse vê-la. Ela queria ver de perto o que estava acontecendo.

Ela podia ouvir os barulhos do lado de fora, e não pôde conter seus risos. Chamando até mesmo a atenção do ruivo em seu momento delicado.

— Parece que alguém está em uma situação difícil aí.

Ela disse baixinho, tampando o nariz já entrando no banheiro. Castiel estava surpreso, como ela sabia?

— O que... está fazendo... aqui?

— Eu te vi correndo pra cá quando estava assaltando a cozinha, e pude sentir o cheiro de longe. Achei que você precisasse de papel higiênico extra. O que houve afinal de contas?

Ela soltou um riso, deixando-o irritado.

— Essa Ambre... realmente... só faz merda. O bolo que ela fez... não sei o que tinha nele...

— Acho que não é só ela, não? Mas relaxa, ela deve ter se esforçado para fazê-lo. Talvez fosse açúcar demais, até mesmo para você.

— Sinto que meu ser está indo pelo ralo.

— Não preciso de detalhes.

***

Depois de quase uma hora, Hanna e Castiel estavam sentados na arquibancada. 

O ruivo estava até pálido, e a loira permaneceu ao seu lado, já que sabia que no fim, a culpa era dela por ele ter ficado daquele jeito, mas isso não a impedia de rir da situação.

Como algo repentino, Hanna viu Castiel esboçar um semblante abatido. Era o mesmo que ela viu antes, quando ele estava com Ambre. Algo não estava mesmo certo.

— Ei garoto, tá tudo bem? Quer uma aguinha pra se hidratar? Talvez um suquinho?

Ela o encarou seriamente.

— Por que ainda está aqui?

— Tudo por um amigo, não?

Ou talvez eu esteja com a consciência pesada.

— Eu, estou em um caminho sem volta. Tenho um mês para resolver um assunto, e sinto que posso não conseguir.

Castiel suspirou, passando a encarar o teto.

— O que tá rolando ruivo?

— Não é nada.

— Você ainda vai continuar escondendo sua vida de mim? Qual é tomate, você sabe de tudo que eu estou passando, mas eu não sei nada sobre você além de que seu cabelo obviamente não é natural.

Castiel passou a encarar a loira, que sorriu para ele. Talvez ele precisasse da ajuda dela, estava na hora de contar com mais alguém. Ele não poderia deixar que Ellie fosse para um orfanato. Nem que para isso tivesse que abrir o jogo.

— Gostaria primeiramente de dizer que o que irá escutar não poderá nunca sair daqui - Ele disse seriamente, recebendo um aceno de cabeça animado da moça - Há três anos atrás, eu descobri algo que me deixou muito abalado.

Seria esse o momento em que ele vai me contar da treta com Nathaniel?

Castiel parou por um instante, tentando procurar em sua mente mais forças para continuar a contar. Aquilo ainda doía. Mesmo depois de tanto tempo.

— Tá tudo bem garotão, você tem o seu tempo.

Castiel respirou fundo e a olhou nos olhos, pronto para prosseguir.

— Há três anos eu descobri que minha namorada estava grávida, e ela não queria ter o bebê. Ela dizia que uma criança não iria atrapalhar a sua vida, e assim decidiu que iria abort...

— E você não deixou que ela fizesse isso né?

Castiel não pôde continuar a falar já que Hanna havia o interrompido. A moça estava muito abalada. E nem ele imaginava que ela iria se afetar tão rapidamente.

— É claro que não, eu amei minha filha desde o momento que soube que ela existia. E nunca seria capaz de deixar que Debrah a tirasse de mim.

Ah meu Deus. É a Debrah. A tal mulher misteriosa.

Continua... 


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Notas finais do capítulo

Hey pessoas! Como vão?

Apareci um pouquinho mais cedo do que eu imaginava, mas cá estou nesse capítulo arrasador.

Quem ai se surpreendeu ao saber que Castiel tem sim uma filha?

Galerinha, as coisas estão realmente complicadas. Cast precisa recuperar sua filha, e agora que a Hanna sabe, ela poderá ajudá-lo. O que vai acontecer?

* suspense *

Um beijo e até o próximo capítulo!



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