Alfa/Omega escrita por Fernando


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu estou postando novamente porque algumas coisas mudaram na versão nova.



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Há alguns anos, muito antes de eu nascer, os cientistas tentaram achar uma cura para uma terrível doença da época. A mesma, se não me engano, era conhecida como Câncer. Muitos dos tratamentos falharam por anos, até que um cientista teve uma ideia mais simples que a maioria. Fortalecer o organismo como um todo utilizando uma espécie de “energia renovável” que, em teoria, iria ampliar a capacidade humana para a regeneração de células atacadas pela doença. Na teoria, o tratamento era um sucesso!

Mas esse foi exatamente o problema. A teoria.

Aposto qualquer coisa que “na teoria” os humanos, que receberam tal tratamento, não teriam seus corpos transformados em energia, vermelha, sólida. Nem teriam as mãos e pés transformados em garras, da mesma energia. E muito menos que adquiririam dois metros de altura e se tornariam irracionais devoradores de carne. Mas foi exatamente isso o que aconteceu.

O tratamento, ainda em fase experimental, foi realizado em escala quase que global e foi interrompido quatro semanas depois. Da até pra sentir o cheiro da merda, não é?

 Em alguns dias as pessoas que se transformaram nessas criaturas receberam o nome de Alfa (o nome do projeto que criou a tal “cura” era Alfa-1) e o número de infectados atingira mais do que a metade da população da Europa. Sim, também era transmitido por mordidas ou, em casos raros, por alguns arranhões ou cortes das garras das criaturas.

Foi assim que conseguimos, de maneira homérica, mostrar a INCRÍVEL capacidade humana de piorar as coisas. Uma vez que o projeto, Alfa-1, havia sido financiado pelos Estados Unidos, os países que não tinham uma boa relação com a América a culparam por tal crise e isso gerou uma série de conflitos políticos por meses. Não demorou muito e as coisas foram para as vias de fato. Por isso, um dos meus maiores passatempos é admirar o quanto o ser humano (nós no caso) podemos ser idiotas.

Passamos tanto tempo lutando uns contra os outros que esquecemos os problemas que acabaram por gerar tal conflito.

Ninguém, absolutamente ninguém, percebeu que os Alfas estavam se agrupando em algo como colônias ao redor do globo. A maior delas acabou sendo justamente na própria América do Norte, no local antes conhecido como Grand Canyon.

Após dois anos e meio de conflitos internos dos seres humanos, o governo da Coreia do Norte enviou uma tropa militar ao Grand Canyon, na tentativa de “intimidarem” as criaturas.

 O resultado?

Os Norte-Coreanos descobriram da pior maneira possível que balas não feriam corpos de energia, foi uma verdadeira carnificina. Ao todo, seiscentos soldados morreram em “combate” e quatrocentos foram dados como desaparecidos. Estranhamente, quatrocentos novos Alfas apareceram do nada nesse mesmo dia. Os Alfas, que até então, se mostraram indiferentes aos conflitos dos humanos, encararam aquilo como uma declaração de guerra.

Agora me digam: Como se mata algo que não é afetado por nenhuma arma a sua disposição?

Em meio aos ataques os governos do Brasil e Estados Unidos fizeram uma aliança e gastaram bilhões em centros de pesquisas, para achar um meio de revidar ou no mínimo de se defender.

Isso levou três meses.

Nesse tempo perdemos toda a Ásia que era o principal local de ataque dos monstros. Após esse incidente, os governos restantes se uniram em uma resistência. Não lutávamos mais uns contra os outros, diferenças raciais, politicas e até algumas religiosas foram deixadas de lado quando levado em conta o que estava em jogo no momento.

E assim foi, resistimos. E então começamos a fazer mais do que apenas resistir. Começamos a enviar tropas de ataque, travar batalhas e ocupar territórios. Evoluímos em armamentos, criamos vacinas para as partículas Alfa (o nome dado às partículas que causavam a mutação) e não ocupávamos mais o solo. Não era mais seguro.

A humanidade passou a ocupar enormes centrais aéreas, que mudavam de local constantemente, a maior delas sendo a que trazia o conselho, com todos os atuais governantes de cada país agora extinto. As tropas de ataque eram dispostas em, também enormes, naves de guerra onde carregavam canhões de energia de partículas Ômega (única substancia que consegue causar danos e eliminar um Alfa) e os Andadores, que eram as armaduras robóticas que colocavam um humano de igual para igual contra um Alfa.

Meu pai, trinta e dois anos depois, se tornou comandante de uma dessas naves, no mesmo dia em que eu nasci. Minha mãe, uma das melhores mecânicas que a resistência já teve, decidiu que nós sempre acompanharíamos meu pai. No dia que eu fiz sete anos de idade, meus pais, foram chamados para comandar uma missão no Grand Canyon. Minha mãe me deixou na base, a missão era extremamente perigosa e o risco de não voltarem era enorme... e  eles nunca voltaram. Nada deles foi encontrado, nem mesmo um único destroço da nave.

Meus pais foram parte das vidas perdidas na batalha contra esses monstros, eles e mais milhares. Eu jurei que me juntaria às fileiras de combate e destruiria esses desgraçados ou eu morreria tentando.


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Notas finais do capítulo

o/



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