Never Really Gone escrita por LStilinski


Capítulo 3
Isso É Loucura


Notas iniciais do capítulo

Olá vocês, como estão? Já viram o novo episódio?
Eu estava crente que ia descobrir o nome do Stiles, to curiosa desde que comecei a assistir :/ E, tipo, ele sumiu da memória de todo mundo, mas por que Claudia voltou? Se tem algum motivo específico, não ficou nem um pouco claro.
Eu sinto que tenho a obrigação de dizer que Tyler está lindo e maravilhoso, e que se Dylan não aparecer logo eu vou aparecer no jornal sendo presa.
Boa leitura, e não deixem de comentar se gostaram!



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Stiles não ouvia uma palavra que o professor dizia. Mesmo quando esforçava-se para se concentrar na aula, sua atenção acabava se voltando para a única coisa que ocupava sua mente no momento: Lydia Martin.

Ele nunca pensou que veria Lydia novamente. Eles disseram adeus, ela sumiu da sua vida, ele a superou; esses eram os fatos. Pelo menos, era nisso que ele gostava de acreditar. A verdade que ele temia era que ela nunca poderia simplesmente sumir. Temia que ela havia marcado sua vida de tal forma que passou a fazer parte dele.  Você nunca esquece a primeira garota que chamou para dançar, a primeira garota que fez seu coração bater mais rápido, a primeira garota com quem se apaixonou. E estar apaixonado por Lydia Martin era uma das coisas que faziam Stiles ser quem ele era.

Mas isso havia sido há muito tempo. Ele havia sofrido com sua ida, provavelmente mais do que seus amigos, embora não gostasse de admitir isso, mas não podia sofrer para sempre. Obrigou a si mesmo a deixá-la ir. Prendeu-a fora dos seus pensamentos até esquecê-la. E só quando estar apaixonado por Lydia passou a não fazer mais sentido, ele seguiu em frente. Conheceu Malia, começaram a namorar. Como ele achava que nunca fosse acontecer, ele a amava.

Quando ele a viu naquela manhã... Descobriu que estava certo. Lydia Martin nunca havia sumido da sua vida. Soube disso no momento em que viu seus longos cabelos loiro morango brilhando no sol, quando seus grandes olhos verdes encontraram com os dele, quando seus lábios cheios e avermermelhados se curvaram em um sorriso. Soube disso porque, naquele momento, ela era a única pessoa que ele via no pátio cheio, e seu coração passou a bater tão rápido que ele tinha certeza de que todos conseguiam ouvir. Stiles não acreditava que ela estava ali; mesmo sabendo que ela havia voltado, não estava pronto para aquele momento. Não estava pronto para se sentir daquele jeito.

Stiles piscou ao ouvir seu nome ser chamado, saindo devaneios. Virou a cabeça e viu que Scott, sentado ao seu lado, o olhava com preocupação.

— Você está bem? – perguntou.

— Que? Ah, sim, claro – o garoto respondeu, ajeitando-se na cadeira. – Estou bem, por quê?

— Você estava com cara de quem ia vomitar.

— Oh. Eu, ahn... – Stiles olhou ao redor da sala, procurando uma desculpa. Gesticulou para o assunto escrito no quadro e disse: - Células e... mitoses. Bem nojento, né?

Scott apenas ergueu uma sobrancelha para o amigo. Era óbvio que ele sabia que o garoto estava mentindo; além de serem amigos desde sempre, Stiles era um péssimo mentiroso. Era difícil esconder a verdade quando o outro conhecia todas as suas expressões e movimentos. Stiles afundou na cadeira; não se espantaria se Scott soubesse exatamente o que ele estava pensando.

— O que foi?

— Nem sei porquê você pergunta – resmungou o garoto. Scott riu brevemente, reclinando-se na cadeira e cruzando os braços no peito, esperando uma resposta. Stiles suspirou. – Lydia.

Scott assentiu lentamente, sem se surpreender.

— Então você ainda... Você sabe.

— Não. Eu não sei. – Stiles passou a mão pelo rosto, frustrado. – Eu não deveria mais gostar dela. Quer dizer, ela foi embora há anos. Não faz sentido guardar tudo o que eu sentia por ela por tanto tempo. Sabe, eu achava que tinha esquecido tudo aquilo. Mas quando eu a vi hoje...

— Tudo veio á tona – completou Scott.  Stiles assentiu.

— Era como se eu tivesse 10 anos de novo. Foi pior que um flashback... Por um minuto, foi como se ela nunca tivesse ido embora. Como se eu ainda estivesse... – Ele apoiou os cotovelos na mera, enterrando os dedos no cabelo já bagunçado. – Eu não posso estar apaixonado por ela. Não faz sentido nenhum. Não é possível.

— Bem... – começou Scott, enclinando-se na mesa.

— Quero dizer, eu amo Malia. Eu a amo de verdade. Então isso é loucura, não é? – Stiles deixa escapar uma risada curta e seca, depois encara o amigo com olhos ligeiramente desesperados. – Eu não posso estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, certo?  Isso é loucura.

Scott suspirou, umedecendo os lábios.

— Escute, cara. Vocês eram melhores amigos, então o que você sentiu quando a viu pode significar apenas que você sentiu saudades. Não quer dizer que você ainda esteja apaixonado.

Stiles concordou com a cabeça.

— Você tem razão – disse ele. – Tem razão.

— E óbvio que você ama Malia, todo mundo sabe disso. Não comece a duvidar do que sente por ela por causa do que aconteceu.

— Sim, claro. – Stiles virou para o amigo, sentindo-se bem melhor, e sorriu. – Olha só você, me dando conselhos amorosos.

— Eu sinto que é minha obrigação de ajudar com sua vida amorosa – disse Scott. – E, bom, Malia ainda me dá um pouco de medo, então se você fizer alguma besteira...

— Não se preocupe com isso. Se ela me matar por cause de um conselho seu, eu volto para te assombrar.

— Eu te mando de volta para o inferno, seu...

— McCall e Stilinski, tem algo para compartilhar com a turma? – Mr. Pratt disse, fazendo com que toda a turma encarasse os dois garotos.

— Hm, não senhor – disse Scott, ao mesmo tempo que Stiles dizia: - Scott sabe fazer exorcismos.

O professor apenas deu um suspiro e continuou a aula, enquanto a turma gargalhava.

XXX

Lydia segurava a bandeja com força, mordendo o lábio enquanto procurava uma mesa vazia no refeitório lotado.  Isso nunca aconteceria em Nova York: no centro do salão haveria a maior e mais disputada mesa, e seu lugar lá estaria guardado.  Se não estivesse com vontade de pegar fila, alguém iria buscar seu almoço, sem reclamar. Era assim que funcionava: Lydia era o centro das atenções e a garota mais influente. O círculo social em sua antiga escola girava ao seu redor.

Agora lá estava ela, sem saber onde sentar. Não podia simplesmente sentar em uma das mesas como se fosse um dia normal. Mesmo conhecendo grande parte das pessoas ali, todos pareciam ser estranhos. Durante o dia, foram poucos os que a reconheceram de anos atrás, e menor foi o número de pessoas que puxou conversa, perguntou como ela estava. Lydia agiu do mesmo jeito de sempre: sorrindo com simpatia, respondendo com educação. Por dentro, sentia falta de quando todos paravam para observá-la andar pelo corredor. Sentia falta de quando disputavam por sua atenção.

Aquele ano em Beacon Hills causaria grandes ferimentos no ego da garota.

— Lydia! – Ela avistou Allison acenando com o braço, do outro lado do refeitório. Sorrindo, ela caminhou até onde a mesa onde estava, com cuidado para não esbarrar em ninguém.

— Hey – disse ao sentar-se do lado de Allison, em frente à Malia, que acenou com a cabeça enquanto comia um hambúrguer.

— Lydia, eu estava falando com Malia que nós deveríamos marcar alguma, nós cinco – disse Allison, virando-se para a ruiva. – Sabe, para botar a conversa em dia.

Lydia piscou, pega de surpresa.

— Ahn, sim, ótima idéia.

— Nós íamos sair para jantar nessa sexta – disse Malia. – Mas não acho que você ia gostar de segurar vela.

— Segurar vela...? – Lydia franziu a testa, tentando entender o que a loira quis dizer. Quando a ficha caiu, virou-se para Allison com olhos arregalados. – Espera aí, você e Scott...

— Sim, estamos namorando – respondeu a morena, sorrindo.

— Ai meu deus! – Lydia gritou, abraçando a amiga que ria. Não acreditava que não havia percebido isso antes; pelo jeito que agiam, era óbvio que eles eram um casal. Talvez estivesse tão acostumado em vê-los como amigos que era normal demorar para assimilar os fatos. A notícia não poderia tê-la deixado mais feliz: sempre achou que os amigos eram perfeitos um para o outro. – Como isso aconteceu?

— Ah, longa história – respondeu Allison. –Nós ainda podemos sair na sexta. É só mudar o clima de “encontro de casais” para “encontro de amigos”.

— Acho meio difícil não ser um encontro de casais quando se tem, bem, dois casais se encontrando – disse Lydia, espetando sua salada com um garfo.

— Mas você vai estar lá, Nós  vamos nos comportar. Prometo.

— Seja o que for, eu também prometo – disse Scott, colocando sua bandeja na mesa e sentando-se do outro lado de Allison.

— Eu não prometo nada – disse Stiles, sentando-se ao lado de Malia, beijando-a na bochecha e colocando o braço em seus ombros. – O que vocês estão prometendo?

— Estou tentando convencer Lydia a sair conosco sexta á noite – disse Allison. – Por isso, temos que ter certeza de que não vai ser nada romântico.

— Em outras palavras, a gente não pode se pegar – disse Malia, erguendo uma sobrancelha ao receber um olhar de desaprovação da morena.

— Continuo sem prometer nada – disse Stiles, inclinando-se e dando um beijo sólido nos lábios da namorada. A loira riu, retribuindo o beijo. Lydia observou os dois com uma mistura de choque e... outra coisa que ela não reconheceu. Sentiu uma pontada de dor nos dedos, e viu que o garfo de plástico havia se despedaçado e a furado; ela nem sequer percebeu que o segurava com tanta força.

Scott jogou um guardanapo amassado nos dois.

— Parem com isso – disse ele, e jogou outra bolinha quando Stiles começou a protestar.

— Então Lydia, você vai sexta? – perguntou Allison. Lydia mordeu o lábio, ainda sem dúvida. A morena juntou as mãos e fez um biquinho. – Por favor?

— Tudo bem, eu vou – ela respondeu, rindo da expressão da amiga, que comemorou com um gritinho de felicidade.


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Notas finais do capítulo

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