Never Really Gone escrita por LStilinski


Capítulo 16
Você Não A Conhece Como Eu


Notas iniciais do capítulo

Hii! Curtiram o carnaval? Fiquei bem surpresa pq consegui escrever esse capítulo durante as férias, e ele até ficou maior que todos os outros então yay me! Espero que gostem :)



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Embora Allison tivesse jurado que chegara junto com Lydia ao colégio, a ruiva não apareceu em nenhuma de suas aulas. No dia seguinte, nem sinal dela.

Stiles mandava mensagens a cada dez minutos e deixava o celular em cima da mesa, esperando ansiosamente por uma resposta. Agora ele sabia como ela havia se sentido na noite da festa, quando era ele quem ignorava todas as mensagens. Fez uma promessa a si mesmo de nunca mais fazer isso.

Ele encarava a porta da sala, observando os alunos entrarem para a última aula do dia, ainda esperando ver os cabelos ruivos se que sentira falta durante todo o dia. A última pessoa a entrar foi Allison, logo atrás da professora. Ela apressou-se para o fundo da sala, onde estava o garoto.

 - Eu falei com Lydia - disse ela em voz baixa, sentando-se ao lado dele. - Ela me disse que pegou um resfriado e achou melhor ficar em casa.

Stiles inclinou-se sobre a mesa, se aproximando dela.

 - Você falou com ela? - ele sussurrou. - Como?

 - Eu... Liguei pra ela? - A resposta dela soou mais como uma pergunta.

 - Então por que... - ele começou a perguntar, indignado, mas se interrompeu, olhando rapidamente para a professora e continuando sua fala com uma voz mais controlada. - Por que ela não está me respondendo?

Allison levantou os ombros, a boca entreaberta enquanto ela procurava uma resposta plausível.

— Allison, me diga a verdade.

A morena franziu os lábios, debatendo por um momento, depois suspirou.

 - Ela está em casa. - Foi tudo o que disse antes de voltar sua atenção para o quadro, mas o suficiente para que ele entendesse. Stiles assentiu para si mesmo e reclinou-se na cadeira, sua perna quicando para cima e para baixo, como fazia quando estava nervoso.

O resto da aula foi desperdiçado por sua mente inquieta. Lydia já vinha habitando sua há algum tempo; mesmo que não estivesse pensando nela, uma pequena parte dele continuava tentando desvendar o mistério que era aquele namoro repentino. Mas daquela vez ele não podia simplesmente ficar pensando nela, precisava fazer alguma coisa. Ela estava mal a ponto de perder dois dias de aula, uma coisa que ela sempre gostou de participar.

Quando o sinal tocou, Stiles enfiou tudo que estava em sua mesa dentro da mochila e partiu para a porta, sem ver o sorriso satisfeito de Allison. Ele andou pelo corredor desviando de todos no seu caminho, querendo chegar ao seu Jeep o mais rápido possível.

 - Ei! - Uma mão forte o puxou pelo ombro, fazendo virar o corpo e dar de cara com Malia, que sorria para ele. - Por que a pressa? Tá me procurando?

 - Eu, ahn... Eu estava... - Ele não tinha se lembrado que iria levar Malia para casa. Ao invés se inventar alguma coisa, fez gestos amplos em direção ao carro, querendo deixar claro que ele precisava ir. A loira deu de ombros e foi com ele até o Jeep. Antes que ela pudesse erguer a mão para abrir a porta, Stiles virou-se para ela e disse de uma vez: - Quero passar na casa de Lydia primeiro.

Malia franziu a testa, cruzando os braços sobre o peito.

 - Por quê?

 - Porque eu estou preocupado com ela e já passou da hora de fazer algo em relação a isso - ele respondeu de vez. A loira ergueu as sobrancelhas e deixou os braços caírem, surpresa ao ouvi-lo dizer tais palavras. Stiles a observava cuidadosamente, já sabendo que aquele era o início de uma discussão, mas sem querer evitá-la.

Malia passou a língua pelos lábios, balançando a cabeça.

 - Eu não entendo o porquê de tanta preocupação.

 - Você realmente acha que não tem nada errado entre os dois? - Stiles se aproximou dela, gesticulando com as mãos. - Não vê nenhum problema? Essa merda toda faz sentido pra você?

 - Sim, sempre fez! - A loira jogou os braços para o ar, frustrada. - Por que não consegue aceitar isso? Lydia já disse um milhão de vezes que está bem, que gosta de Theo, o que mais você quer?

 - É óbvio que ele está fazendo algo com ela. Lydia não está agindo como ela mesma..

 - Já parou pra pensar que talvez você esteja tão acostumado a ficar querendo salvar a porra do dia dela que fique procurando problema mesmo quando tudo está bem? - ela perguntou, o tom de voz elevado chamando a atenção de algumas pessoas no estacionamento.

 - Você não a conhece como eu! - ele revidou um tom mais alto. Olhou para o grupo que agora prestava atenção neles e continuou a falar com a voz mais controlada. - Nós somos amigos há muito tempo, Malia. Perdemos o contato durante esses anos, mas eu ainda a conheço como a palma da minha mão.

 - Você virou um especialista em Lydia Martin antes ou depois de se apaixonar por ela? - Stiles piscou e endireitou a postura, pego de surpresa pela alfinetada. Malia fechou os olhos por um momento, arrependida por ter falado sem pensar. - Desculpa, eu não queria ter dito isso. Eu só não acredito que estamos brigando de novo por causa dela.

 - Nós não precisaríamos brigar se você entendesse que ela também é importante para mim - ele disse, com a voz mais baixa e monótona.

Malia passou a mão impacientemente pelos cabelos.

 - Mas como você acha que eu me sinto, han? Você vive correndo atrás dessa garota! - ela gritou.

 - Me desculpe, mas eu não posso simplesmente parar de me importar com ela pra te satisfazer. Não é assim que funciona.

 - Até seria, mas você não consegue evitar porque faz parte de quem você é. Você nunca vai estar 100% comigo porque parte de você sempre estará com Lydia. Eu gostaria de poder mudar isso, mas não posso. Nem você, pelo visto.

Malia não tinha lágrimas nos olhos, apenas uma tristeza que o desarmou. Stiles não soube o que dizer porque ela tinha razão. Tudo o que ela disse era verdade; ele estava sendo egoísta, pedindo para que ela aceitasse que Lydia sempre estaria com ele. Devia ter pensado em como ela se sentia.

Por fim, ela suspirou.

 - Que seja. Eu arranjo um jeito de ir para casa - disse ela. O garoto assentiu, sentindo-se derrotado, e a assistiu ir embora. Percebeu, com um aperto no coração, que ela usava uma das camisas que ele havia deixado em sua casa. Era como uma lembrança cruel de tudo o que ele estaria perdendo.

Stiles entrou no carro e deu partida, deixando o estacionamento. Dirigiu pelas ruas conhecidas e parou em frente à casa branca da tia de Lydia. Ele respirou fundo e abriu a porta, saindo antes que mudasse de ideia. Tocou a campainha e mexeu nervosamente com o molho de chaves em sua mão enquanto aguardava.

 - Stiles! - Monica o recebeu com um sorriso largo.

 - Oi, tia Monica - disse ele, sorrindo também. A mulher adiantou-se para lhe dar um abraço rápido, que ele retribuiu. Monica, que nunca planejou ter filhos, adotou todos os amigos de Lydia como seus sobrinhos.

 - Faz um tempo que eu não te vejo. Você não para de crescer? - Stiles riu quando ela ficou nas pontas dos pés para bagunçar seus cabelos já desalinhados e o puxou para dentro de casa. - Veio ver a princesa lá em cima, não foi?

Ele coçou a nuca.

 - É, eu... É.

 - Ótimo. Lydia anda tão pra baixo, eu sei que você vai fazer bem a ela. - Monica deu tapinhas carinhosos no rosto do garoto, que corou. - Pode subir.

Stiles assentiu, deu-lhe um beijo rápido da bochecha e subiu as escadas. Atravessou o corredor e respirou fundo antes da dar duas batidas fracas na porta do quarto.

 - Tia, eu não estou com f... - Lydia ia dizendo enquanto abria a porta, mas interrompeu-se e seus olhos ficaram grandes como dois pratos ao ver a pessoa que menos esperava em pé do outro lado.

 - Sorte sua que o estoque de lanches em minha mochila acabou ontem - ele disse, dando uma breve risada que logo morreu.

Lydia engoliu a seco, dando um passo para trás. Stiles imediatamente percebeu o quão frágil ela parecia, com seus cabelos molhados e as roupas folgadas que engoliam seu corpo pequeno.

 - O que você está fazendo aqui? - ela perguntou, abaixando os olhos.

Depois sua conversa com Theo, Lydia quis desaparecer. As coisas estavam complicadas demais, sufocantes demais, e ela estava cansada. A sensação era que Theo havia segurado-a em suas mãos e a esmagado, transformando-a em nada. Tudo que ela queria era ficar sozinha em seu quarto, agora o único lugar onde ela podia ser ela mesma, falar suas palavras, respirar tranquilamente. Ter Stiles por perto era perigoso, principalmente quando ela podia quebrar a qualquer momento. Ela não podia se abrigar em seu porto seguro; pelo contrário, tinha que fugir dele.

 - Precisamos conversar - ele respondeu, observando-a com atenção.

 - Não pode ser outra hora? Eu realmente...

 - Ahn... não. Desculpe. - Stiles passou por ela e entrou no quarto, sentando na cadeira ao lado da escrivaninha. - Tem que ser agora.

A ruiva suspirou, abaixando a cabeça e fechando os olhos, desejando que ele fosse embora.

 - Sério, Stiles, eu não estou me sentindo muito bem.

 - Exatamente, é por isso que estou aqui. Você não está bem e eu não aguento mais te ver assim. - Ele a olhou com expectativa, queria que ela entendesse que ele tinha que fazer aquilo. Lydia suspirou novamente e fechou a porta, virando-se lentamente para o amigo e abraçando-se. Como ela não parecia disposta a dizer muita coisa, ele falou o que tinha em mente. - Desde que começou a namorar com Theo, você não tem sido a mesma. Está distante, infeliz... E por algum motivo você está mentindo sobre isso, tentando nos convencer de que está bem. Não estou dizendo isso porque detesto Theo, mas está claro que ele está te fazendo mal. Eu sei que tem algo errado há muito tempo.

Enquanto o escutava, Lydia sentou-se em sua cama bagunçada e cobriu o rosto com as mãos, apoiando os cotovelos nos joelhos. Depois de um tempo de silêncio, ela passou as mãos pelos cabelos úmidos, mantendo os olhos baixos.

 - O que você quer que eu diga? - ela perguntou numa voz cansada.

 - Diga que estou certo. Me diga... Me diga o que fazer. Qualquer coisa.

 - Não há nada que você possa fazer, porque não há nada para ser feito. - Lydia sentiu os olhos do garoto olhando-a com atenção e um bolo se formou em sua garganta. Ela não podia arriscar olhar para ele; seria fácil demais desmoronar. - Theo e eu estamos juntos porque nos gostamos e... e você não pode mudar isso.

Stiles não acreditava no que estava ouvindo; era tão absurdo que ele quase teve vontade de rir. Não porque a probabilidade de ser verdade era mínima, mas porque nem ela parecia acreditar no que dizia. Seu tom de voz monótono, sua expressão desanimada, nada daquilo combinava com alguém que teoricamente estava feliz no relacionamento.

 - Por que você está fazendo isso? - perguntou. Lydia fechou os olhos com força. Aquilo era tortura.

 - Stiles, por favor, vá embora - ela implorou.

 - Não, Lydia.- O garoto saiu da cadeira e ajoelhou-se no chão ao lado das pernas dela. Viu-a inspirar profundamente quando ele segurou sua mão. - Olhe para mim.

A ruiva mordeu o lábio inferior com força, segurando-se para não chorar. Levantou a cabeça e seus olhos verdes encontraram os do garoto, que não eram castanhos como pensava. Tinham um tom mais rico, âmbar. Sua mão era morna e levemente áspera, e seguravam a mão pequena da garota com firmeza.

 - Stiles - ela sussurrou, a voz falhando.

 - Me diga que você gosta dele. Mas seja sincera. - Seus olhos passeavam pelo rosto da garota, analisando cada centímetro das suas feições. - Me diga que está apaixonada.

Lydia abriu a boca para responder, mas não conseguiu. Não podia mentir naquele momento, quando ele a tinha despida de todas as suas proteções; Stiles trazia a tona a Lydia mais crua, a mais honesta, a que se escondia facilmente. Ao mesmo tempo em que as lágrimas invadiram seus olhos a garota assentiu, numa última tentativa de sustentar a mentira.

 - Então por que você está chorando? - ele perguntou delicadamente. Uma lágrima rolou pela bochecha da ruiva, caindo em seu colo. Foi o suficiente para que Stiles parasse de esperar por uma resposta ou um motivo e a tomasse em seus braços. Lydia não o afastou, deixando que ele sentasse ao seu lado e a segurasse contra o seu peito. Não adiantava lutar agora; ela precisava daquilo.

A garota o puxou para perto, enterrando o rosto em seu pescoço. Stiles a abraçou mais forte, o que ela aceitou de bom grado. Lágrimas silenciosas caíam dos olhos verdes dela, molhando o tecido da camisa do rapaz. Seu coração estava apertado em seu peito, mas ela respirava aliviada. Sentiu-se em casa, confortada e amada. O calor dor corpo dele a esquentava até os ossos, ela sentia o sangue correndo em suas veias e pulsando em seus ouvidos; ela estava viva e bem.

 - Não me solte - ela sussurrou, fechando os olhos com força.

 - Eu não vou. Não vou. - E, naquele momento, ele nem cogitava aquela possibilidade. Havia algo mágico em segurar Lydia em seus braços. Talvez o cheiro doce e intoxicante dos seus cabelos úmidos, ou a sensação de que conseguia protegê-la de tudo quando ela estava ali. Independente do motivo, ele gostaria de tê-la ali para sempre. Stiles nem quis pensar no que aquilo significava; aquele momento era sobre Lydia, ele estava ali por ela e a daria tudo que precisasse.

 - Estou tentando te proteger - ela deixou escapar. Stiles franziu a testa.

 - Me proteger de quê? - perguntou. Lydia não respondeu. Sabia que não iria conseguir esconder a verdade dele por muito tempo e era disso que tinha medo. Ela não podia prever o que aconteceria quando ele ficasse sabendo de tudo. - Lydia?

A ruiva suspirou e o largou. Ela teria que contar tudo agora, não havia mais saída. E talvez isso fosse uma coisa boa, talvez fosse a pior decisão que ela tomaria na vida; ela não iria saber até contar.

 - Lydia...?

 - Theo. Eu estou te protegendo de Theo - disse ela. Stiles a olhou como se ela estivesse falando em outra língua.

 - Do que você está falando?

Lydia colocou o cabelo atrás da orelha e ajeitou-se na cama, de modo que seu corpo estava completamente voltado para ele.

 - Theo... Ele queria se vingar, por causa da briga. Ele não disse o que iria fazer mas ele ficava te ameaçando e eu não queria... - A ruiva sentiu o nervosismo crescendo e respirou fundo para se acalmar. - Eu não queria que algo acontecesse com você, então fizemos um acordo. Eu aceitava ser sua namorada e ele te deixava em paz.

Stiles parecia ter levado um tapa na cara. Sua boca entreaberta e seus olhos arregalados seriam até uma cena cômica se a situação não fosse tão séria.

 - Mas isso... Você não... Por que ele... - Stiles tentava formular uma pergunta em sua mente, mas tudo aquilo era muita maluquice para ser processada. - Puta que pariu!

Lydia soltou uma risada sem graça.

 - É, eu sei.

 - Caralho, Lydia! - Stiles passou a mão pelos cabelos. - Como assim?! Por que você aceitou?

 - Eu não tinha outra opção, okay? - ela se defendeu. - Ele estava falando sério e eu estava com medo. Eu só aceitei.

 - O que exatamente ele queria com esse plano? - ele perguntou, indignado. Nunca havia pensado que Theo fizesse algo como aquilo, mas sabia que não deveria estar tão surpreso. - Se o problema dele era comigo, por que fazer isso com você?

 - Theo sabia que me namorar incomodaria você. Ele queria te causar ciúmes. - Lydia passou a língua pelos lábios. Decidiu não dizer o porquê de o plano estar falhando; aquela era uma discussão que preferia não ter. - Só que depois eu fiquei sabendo que ele estava... interessado por mim, e queria que eu aprendesse a gostar dele, ou algo assim.

A garota tentou falar da forma mais indiferente possível, mas observou o rosto do rapaz ser tomado por uma expressão fria. Seus olhos arderam em chamas perigosas. Stiles foi atingido por uma onda de ódio puro que travou seus músculos. Aquilo era pior do que ele imaginava. Muito pior. Lydia não merecia ter passado por aquilo por causa de um problema que ele havia criado, e as marcas que ele teve que carregar no rosto não eram nada comparado a o que ela teve que passar. Stiles não sabia se a raiva maior era de Theo ou dele mesmo.

 - Por que você não falou nada? - ele perguntou, voltando a procurar pela mão dela. - Por que não nos contou?

 - Eu não podia, era parte do acordo - ela respondeu, olhando para suas mãos juntas. - Tinha que convencer a todos.

Stiles esfregou os olhos com a mão livre, suspirando pesadamente.

 - Você não devia ter aceitado - ele murmurou. - Eu causei tudo isso, eu tinha que ter me acertado com Theo. Você devia ter deixado que ele tentasse...

Lydia balançou a cabeça com veemência.

 - Não, não mesmo. Eu não ia deixá-lo chegar perto de você. Tudo bem que eu não pensei direito antes de aceitar, mas aquela era a única forma de te proteger, então é claro que eu disse sim. Não ia deixar você se machucar de novo por minha causa.  

As palavras evaporaram da mente dele junto com a sua raiva. Stiles a encarava com a maior cara de bobo. Aquele dia estava parecendo uma montanha russa.

Lydia não devia ter dito aquelas palavras; era muito difícil para ele lutar contra os sentimentos que ameaçam voltar quando ela falava daquela forma. Aquilo teria enchido o garoto Stiles de esperanças que não deveriam existir, agora o confundia. Ficou ciente da mão macia e pequena dela entrelaçada com a sua, do joelho dela encostado em sua perna.

 - Stiles.

 - Hum?

 - Por que está me olhando assim? - Lydia ergueu uma sobrancelha, com um pequeno sorriso em seus lábios. - Você não está surpreso, está?

 - Como- Como assim? - Ele piscou os olhos rapidamente, saindo dos seus devaneios

 - Com o que eu disse. Você sabe que eu faria qualquer coisa por você.

 - Não eu... Quero dizer, sim, claro que sei...

 - Porque você é meu melhor amigo.

 - Exatamente! - ele concordou rapidamente. - Você é minha melhor amiga e eu também faria qualquer coisa por você... Qualquer coisa mesmo. Menos coisas do tipo, sei lá, escalar o Everest, porque você sabe que eu não sou a pessoa mais atlética. A não ser que você fosse refém de algum alpinista maluco, porque aí eu ia ter que dar um jeito de chegar lá em cima. Tirando montanhas, vulcões e coisas desse tipo, faria qualquer coisa. Talvez malabarismo também não fosse uma boa ideia...

 - Stiles, eu já entendi - disse ela, rindo. O rapaz deu um sorrisinho que não dizia muita coisa; por dentro, foi tomado por uma vontade repentina e assustadora de beijá-la, o que o pegou de surpresa. Ele lutava para manter uma expressão leve e controlada enquanto lidava com seu coração ridiculamente acelerado. Como ele foi de um assunto tão sério como o plano de Theo para um momento como aquele? Lydia tinha o poder de sequestrar sua mente e fazer-se o foco da atenção dele.

 - Termine com Theo - disse ele, forçando-se a voltar para o que realmente importava. - Acabe com tudo isso. Eu não quero aquele cara perto de você.

Os olhos da garota de arregalaram de medo, o riso sumindo dos seus lábios.

 - Você não está entendendo, ele vai...

 - Eu não tenho medo dele. O assunto dele é comigo, eu cuido disso.

Lydia fechou os olhos e suspirou. Stiles apertou sua mão.

 - Ei, vai ficar tudo bem. Não se preocupe.

A garota olhou bem nos olhos dele, querendo acreditar no que ele dizia, e assentiu. Ela não fazia ideia do que aconteceria, e sinceramente não estava com muita vontade de descobrir, mas sentiu um desfecho se aproximando e isso já a tranquilizava.


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