Realidades Ocultas escrita por Malk


Capítulo 13
Poder, restrição e consequência


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui publicar. Boa leitura!



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Depois de ter deixado o cemitério, Wander começou a procurar pelo Gabriel até que o encontrou dormindo encostado em uma árvore. Assim que o estudante se aproximou, o homem acordou rapidamente.

— Já consegue sentir espíritos? – Gabe levantou e o pegou pela gola da camisa – se não eu te mando falar com eles já desencarnado.

— Fiz uma viagem muito louca e agora vejo pessoas mortas! – ele olhou para o lado e viu a Angel Moon – Oi, você deve ser a garota de quem me falaram né?

— Angel Moon, você não me conhece nessa forma mas eu já te conheço! – falou a fantasma.

— Caramba Gabriel, tem uma coisa estranha na sua cintura... – comentou Wander.

Gabe olhou para o punhal que estava preso ao seu cinto.

— O que tem de estranho, é só o meu punhal.

— Tem uma garota dentro dessa faquinha que você carrega, ela é morena, cabelão liso, bonita.

Tanto o Gabriel quanto a Natália ficaram admirados. Ver espíritos já era uma habilidade rara, enxergar um dentro de uma Soul Blade era algo que os irmãos nunca haviam ouvido falar até então.

— Tanto faz – Gabe disfarçou sua admiração – vou ensinar a vocês como fazerem uma soul blade detalhadamente, e é melhor aprenderem bem rápido porque temos pouco tempo.

Gabriel repassou as informações que já tinha dado para a Angel na noite anterior e também ensinou alguns detalhes novos.

— Vocês já estão prontos, me procurem na cidade quando acabarem – falou o homem.

— Peraí, você não vai nos ajudar? – perguntou Wander.

— Vocês não são mais crianças, aprendam a se virar.

Ele foi embora. Quando estava quase saindo do campo de visão do casal, deu uma olhada para trás e viu o Wander falando sozinho, certamente estava conversando com a Angel.

— Eles vão ficar bem – disse Natália, de dentro da arma.

— Sei disso, mas eles precisam de privacidade nesse momento, só vou atrapalhar ficar por perto.

— Já faz uns anos que fizemos a nossa, não é?

— É verdade...

Gabriel continuou caminhando de volta para a cidade, com lembranças não exatamente felizes passando pela sua cabeça.

 

FLASHBACK

Era uma casa pequena, porém confortável. Dois irmãos gêmeos, um menino e uma menina com aproximadamente dez anos de idade, estavam sozinhos em casa e como qualquer criança nessa situação, foram aprontar.

— Desce daí Natália, a mãe vai te pegar! – o menino pedia pra garota, que estava em cima do guarda roupas.

— Deixa de ser besta Gabe, se nem eu nem você contarmos ela não vai saber!

A pequena Natália começou a fazer acrobacias, mas devido a um descuido acabou caindo. Qualquer um que visse aquela cena teria a certeza de que ela no mínimo morreria na queda, todavia antes de se esborrachar no chão, a menina parou por uns instante no ar e depois disso aterrissou suavemente.

— Você usou os poderes de novo? – o menino brigou.

— Você queria o que, que eu quebrasse o pescoço? – ela retrucou.

— O pai e a mãe falaram pra a gente não fazer mais isso, lembra daquele filme que eles fizeram a gente ver que queimavam as bruxas? Eu não quero morrer queimado...

— Aquilo é só história pra assustar crianças, e eles nem são nossos pais de verdade.

— Tá doida, é claro que eles são nossos pais!

— Eles dois são ruivos e nós temos cabelos pretos, é geneticamente impossível – Natália disse com uma sagacidade incrível para a idade dela – além disso, você já viu alguma foto da mãe grávida ou de nós bebês?

— Oh não! Então quer dizer que a cegonha nos entregou na casa errada?

— Ai meu deus, você ainda acredita em cegonha? Outro dia eu te conto como os bebês são feitos, tem um monte de fotos na internet.

Logo depois, seus pais chegaram em casa e eles disfarçaram o que andaram aprontando.

Os anos foram passando e os irmãos usavam seus poderes apenas na frente um do outro, que iam sendo aprimorados conforme ficavam mais velhos. Ainda adolescentes eles já conseguiam sentir espíritos, além de conseguir manipular bem a energia mística, que aliás, eles nem sabiam o que era. Os dois possuíam um laço muito forte e mesmo quando estavam separados, podiam sentir com clareza o que acontecia um com o outro.

Aos dezessete anos, Natália entrou para a universidade enquanto Gabriel treinava exaustivamente para se tornar lutador de MMI – Muita Moca na Ideia. Mesmo com a dura rotina de treinos, todas as noites ele buscava a irmã na faculdade.

No dia do aniversário de dezoito anos dos irmãos, Gabriel mandou uma mensagem para Natália dizendo que não poderia buscá-la, pois havia quebrado o nariz naquela tarde e ia curar a dor enchendo a cara com seus colegas de academia, e isso já ia servir como comemoração também.

Quando eram nove da noite, o rapaz começou a ter uma sensação estranha, não pelo horário, que ainda estava dentro do previsto para ela chegar, mas era um sentimento estranho impossível de ser explicado. Ele saiu correndo do bar sem pagar sua parte da conta e foi refazendo o caminho que sempre fazia quando buscava a irmã, mas em certo ponto do trajeto acabou se desviando por instinto, sentindo que por algum motivo ela estava em um lugar que não era o de costume.

Ao entrar em uma rua comercial – já vazia naquele horário – ele começou a procurá-la, porém encontrou apenas o seu corpo sem vida, com marcas de luta. Então Gabriel entrou em desespero e tentou “ressuscitá-la” de toda forma, sem sucesso. Não sabia o que fazer, se chorava, se gritava ou se pedia ajuda. Enfim ligou para os seus pais e contou rapidamente o que houve e pouco tempo depois eles chegaram junto com uma viatura da polícia.

Horas depois, quando foram entregar os pertences da Natália à família, Gabe recebeu uma caixa de presente etiquetada com seu nome. Ao abrir, viu que se tratava de dois pingentes e também havia um cartão escrito com a letra dela “para representar o nosso laço.” Depois disso, o irmão começou a se sentir muito mal e principalmente, se sentia culpado por não ter ido buscá-la naquela noite.

O tempo passou. Gabriel sempre acompanhava a investigação da polícia, mas depois de alguns meses o caso foi tido como sem solução e arquivado. Assim, o rapaz entrou em depressão, deixando os seus pais muito preocupados.

— Gabe – disse a mãe, ao lado do filho que estava deitado na cama há dois dias – eu sei que você nunca vai se recuperar do que aconteceu, mas você não precisa morrer junto, perder uma filha já foi terrível, não nos faça te perder também!

— Você não entende, uma parte de mim foi arrancada... – ele tentava explicar a sensação, porém era algo que apenas ele e sua falecida irmã podiam entender – mas quer saber? Você nem era mãe dela de verdade.

Antes que a mãe dissesse alguma coisa, ele levantou e saiu correndo de casa apenas com a roupa do corpo. Passou alguns dias dormindo na rua, até que uma noite ouviu alguém o chamando.

— Gaaaaabe.... gaaaaabe...

Ele levantou e olhou tudo ao seu redor, não vendo ninguém. Poucas pessoas o chamavam assim, então pensou que estava delirando. Todavia, por mais que tentasse ignorar, continuava ouvindo a voz misteriosa.

— O que você quer? Se veio me buscar me leva logo! – ele gritou.

— Gabe... sou eu, a Nat´slis! – enfim ele pôde reconhecer a voz, estava distorcida, mas certamente era da sua irmã. Pouco depois ele conseguiu vê-la mais claramente.

— Nathy? Você.. você... – ele gaguejava e chorava, tentando falar alguma coisa, sem sucesso.

— Escuta. Não sei por quanto tempo vou conseguir falar com você, é muito cansativo e doloroso...

— Não gaste suas forças comigo, foi minha culpa você ter morrido...

— Se você estivesse comigo nós dois estaríamos mortos! A minha morte não foi coincidência, a pessoa que me matou tinha poderes paranormais também, e muito mais fortes do que os nossos.

— Mas... alguma pista? Como o desgraçado era?

— Cheque as caaaaaaameras...

— Nathy, não me deixe...

Depois disso ela sumiu. Gabriel não sabia o que sentia, se estava feliz por ter conseguido falar com sua irmã ou triste por ela ter ido embora, ainda mais tendo dado tão poucas informações sobre a sua morte. Ele nunca ouvira falar sobre outras pessoas que realmente possuíam esses poderes até então, e muito menos que isso pudesse representar um perigo à sua vida. Quando finalmente se acalmou, resolveu que procuraria pelo assassino e que o faria pagar pelo crime que cometeu.

No dia seguinte, ele voltou ao local do crime. Observou bem e viu que havia apenas uma câmera virada para a rua, que era de uma loja de autopeças.

— Senhor – ele perguntou ao homem que estava no balcão – eu gostaria de saber...

— Sai daqui vagabundo, antes que eu te bote pra fora na base da porrada!

Gabriel sabia que estava maltrapilho e fedendo, mas aquele atendente sequer ouviu o que ele tinha a dizer. Assim, o paranormal que até então nunca havia usado a força contra outras pessoas, puxou o homem pelo pescoço e o arremessou para longe do balcão.

— Eu quero a gravação da câmera, dia treze de fevereiro de 2008, agora! – ele gritou.

— Eu... eu não sei... – o atendente, machucado e com medo, gaguejava.

— Espere! – outro homem apareceu – eu sei do que você está falando, venha comigo.

O sujeito chamou o Gabriel para uma sala permitida apenas para funcionários autorizados. Gabe entrou, ainda desconfiado.

— Você deve estar procurando informações sobre a garota que foi assassinada nesta rua, uma coisa horrível...

— Me poupe de comentários, quero apenas a gravação!

— Eu entreguei para a polícia dois dias depois do crime.

— Impossível, não constava isso nas pistas levantadas pela polícia...

— To falando o que eu fiz, se prefere espancar o meu funcionário vou ter que chamar a polícia!

— Polícia... polícia... – Gabriel tentou se acalmar, então prosseguiu – você chegou a ver as imagens?

— Vi sim.

— E o que conseguiu ver?

— Arf... – o homem deu um suspiro e continuou – você não vai acreditar, mas o cara tinha uns tipos de, sei lá, superpoderes. A garota também, mas ele conseguia acertar ela de longe não sei como, e no fim, ele ganhou.

— Sim... – Gabe abaixou a cabeça, triste – e como ele era?

— Não consegui ver o rosto, mas teve uma hora que a garota rasgou a camisa dele e tinha uma tatuagem esquisita escrito EP nas costas.

— EP... Acho bom que seja verdade! – Gabriel fechou o punho e saiu dali, determinado a encontrar mais pistas.

Ele continuou sua investigação nos anos seguintes, procurando por crimes, relatos e outras coisas que desafiassem a lógica, descobrindo que existe muito mais sobre fenômenos paranormais do que imaginava. Descobriu também que quando esse tipo de ocorrência chega até a polícia, as evidências da “não normalidade” dos casos são apagadas, como se alguém fizesse questão de não deixar que as pessoas comuns saibam da existência da paranormalidade e da magia. Ao ter contato com esse mundo, aprimorou sua capacidade de falar com os espíritos e foi através deles que conseguiu algumas informações importantes, como os números que sairiam no sorteio (manipulado) de uma loteria, mas principalmente, a localização de uma pessoa que poderia ajudá-lo.

— O endereço é esse – Gabriel lia uma anotação e foi falar com o porteiro, socando a guarita – eu quero falar com Rute Mendonça!

— Dois no mesmo dia, eu queria chegar aos setenta com essa disposição! Pode entrar.

O paranormal seguiu até chegar à casa da mulher. Chegando lá, foi recebido por ela.

— Nossa, é pague um e leve dois? Hoje é o meu dia de sorte!

— Não sei do que está falando, mas quero respostas agora!

Gabriel ia pegar a velha pelo colarinho como costuma fazer quando quer intimidar alguém, porém ela desviou e golpeou os testículos dele, o fazendo cair de dor.

— Não venha com essa de macho alfa pra cima de mim, eu sou a dominadora aqui! Não te falaram isso na agência?

— Do que você está falando? – ele perguntou, ainda sem fôlego.

Nesse momento a paranormal prestou mais atenção e viu a aura do visitante inesperado, além de outra coisa ao lado dele.

— Entra logo, temos que conversar.

Gabe entrou na casa e ela o mandou sentar.

— Fala logo o que você quer! – falou Rute.

— Soube que você é uma grande paranormal e que pode me ajudar a descobrir uma coisa...

— Se você não disser que coisa não terei como te ajudar.

Gabriel hesitou, mesmo tendo se passado cinco anos, era difícil falar sobre a morte da irmã. Enfim tomou coragem e contou tudo para a Rute.

— Eu sei bem como a vida de um paranormal pode ser arrancada precocemente... – acho que a primeira coisa que você deve fazer é conversar com ela.

— Eu gostaria, mas ela só apareceu pra mim uma vez e já faz muito tempo.

— Ué, pensei que essa garota que tá do seu lado fosse ela.

Gabe olhou em volta, porém não viu nada.

— Tá falando merda, eu sinto espíritos e é claro que eu sentiria se minha irmã estivesse aqui!

Rute olhou bem para ele e conseguia ver com clareza o espírito da Natália ao seu lado. Ela balançava a cabeça como se pedisse para a idosa não revelar sua presença.

— Entendo porque você não a sente, não dá pra sentir quando se está respirando, um dia você entenderá o que estou dizendo. Mas eu não posso prosseguir enquanto vocês não acertarem suas mágoas.

— Mágoas? Eu não tenho mágoa dela...

— E de si mesmo?

Gabriel paralisou. Como poderia uma pessoa que o conheceu a poucos minutos o entender tão bem?

— Garota! – ela se dirigiu diretamente a Natália – eu sei que você já se acostumou com sua forma espiritual e consegue interagir com o mundo físico, fale com ele! Se me permitem, vou tomar um banho.

Rute se retirou, deixando os irmãos a sós. Gabriel ainda estava cético, até que ouviu a voz da Natália.

— Gabe – Natália apareceu, e sua voz e imagem eram muito mais nítidos do que da última vez que conversaram – me desculpe!

— Não peça desculpas, já te falei que a culpa foi minha...

— Não é isso, eu queria tanto ter dado o seu presente.

— Você me deu! – ele pegou o pingente, que estava escondido em um lugar tão tosco que é melhor nem dizer qual era.

— Ah, você guardou!

— É claro sua tonta!

Mesmo se tratando de um vivo e um espírito, os dois conseguiram se abraçar e choraram bastante. Depois disso, os irmãos ficaram sempre juntos, a garota voltou a ter o jeito irreverente que tinha quando viva, já o rapaz permaneceu sério e um tanto violento, a maneira que encontrou para sobreviver no inóspito mundo oculto.

Gabriel passou meses sendo treinado pela mestra Rute, mas não foi de graça (vocês sabem do que estou falando). Nesse tempo ele aprimorou seus poderes, se tornando um grande lutador sobrenatural.

Um dia, Gabe foi falar com a sua mestra.

— Dona Rute, estamos indo embora.

— Tudo bem, mas o que vão fazer depois disso?

— Eu li em um dos seus livros sobre os amuletos dos quatro elementos e seus poderes, sei que se eu reunir todos eles poderei descobrir quem matou a minha irmã e me vingar da maneira mais sanguinolenta imaginável.

— Uma busca pelos quatro amuletos? Você vai morrer antes de pegar o primeiro!

— Para de falar merda velha, eu estou muito forte e posso vencer qualquer um que entrar no meu caminho.

— Ótimo, me vença então!

Gabriel aceitou o desafio e partiu para cima da Rute. A mulher deu uma surra no homem até deixá-lo todo quebrado.

— Escuta, se quer mesmo partir em busca dos amuletos você precisa treinar por mais alguns anos, ou...

— Ou... – ele perguntou, com o pouco fôlego que restava.

— Existe uma espécie de arma criada a partir do acordo entre um vivo e um espírito. Vou explicar a vocês dois como funciona.

Rute deu uma extensa aula sobre o que é a Soul Blade, suas funcionalidades e como fazê-la.

— E então, o que vocês acharam?

— É uma boa – disse Natália.

— Tem certeza? Você vai ficar presa – argumentou Gabriel.

— Não deve ser mais apertado do que aquela caixa que você morou quando estava nas ruas, mas pelo que entendi eu posso sair de vez em quando.

— Está bem, vamos fazer.

— Ótimo! – disse Rute – mas isso é uma coisa muito particular entre as partes e vocês devem fazer isso sozinhos.

— Entendo – Gabe sorriu como raramente faz – vamos partir hoje a noite e vamos fazer a Soul Blade quando já estivermos a sós.

— Boa sorte!

Os irmãos arrumaram suas coisas, apenas uma mochila com roupas do Gabriel e nada da Natália, já que fantasmas não trocam de roupa, e horas depois se foram. Naquela mesma noite passaram em uma loja de caça e pesca e compraram um punhal e depois foram para um hotel onde se prepararam para fazer a blade.

— Vamos começar? – chamou Natália.

— Sim. Eu fiquei pensando em um poder para a nossa arma, eu tava pensando em fazer virar tipo um sabre de luz ultra mega cortante!

— Tenho uma ideia melhor. Ele poderia gerar uma bolha que pode te proteger no caso de ataques muito fortes. Poderes de cura também são bastante úteis.

— Eu já sei me curar.

— Mas gasta sua energia mística, e sabemos que se os ferimentos forem muito graves a cura paranormal não funciona. Podemos dizer que a blade pode curar qualquer ferimento.

— Será que vai funcionar? Parece um poder muito grande.

— Pelo que a Rute falou, existem condições para o uso e uma consequência se essa condição for quebrada, quando mais duras as condições e a consequência, mais poderosa a Soul Blade será.

— Está certo... vamos fazer o seguinte, a Soul Blade só poderá ser utilizada na busca pelos amuletos. Caso contrário eu morrerei.

— Não Gabe, essa é uma consequência muito perigosa.

— Fique tranquila, eu não vou quebrar essa condição.

— Vou confiar em você... Mas vamos incluir nos poderes uma espécie de teletransporte pra um local seguro em caso de emergência, tomara que funcione.

— Agora falta a condição para sua libertação. Que tal você ser libertada depois de termos os quatro amuletos?

— Está bem. Mas por que você se interessou tanto por esses amuletos?

— Não são os poderes individuais deles, mas com todos reunidos podemos ter qualquer pergunta respondida, assim podemos saber quem te matou e ir atrás do maldito.

— Quando você ficou inteligente?

Depois disso, eles selaram o acordo com as palavras que fiquei com preguiça de inventar e assim, o espírito da Natália foi sugado para dentro do punhal. Depois disso, a busca dos irmãos por justiça atingiu um novo patamar, até que eles chegaram ao Wander e quase conseguiram o amuleto do fogo, que infortunadamente foi pego pela Tatielly antes.

FIM DO FLASHBACK

Algumas horas depois, Gabriel estava no centro da cidade tomando um café, quando viu o Wander se aproximando dele.

— Eu te mandei fazer a Soul Blade, por que voltou agora? – perguntou Gabe, irritado.

— Por acaso tá falando disso? – o garoto mostrou uma faca de cozinha de aço inox – não é bonita, mas funciona.

— Espero que funcione mesmo, se não dou uma moca na sua ideia! Agora vou pagar seu café da manhã, não quero você desmaiando de fome no meio de uma luta.

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Em algum lugar bem distante de Petro City, Tatielly e Nathaniel Spyrit, que nesse momento já estava habitando a arma da mulher, estavam em um quarto de hotel conversando.

— Tem certeza que com os amuletos é possível me fazer voltar a vida? – Spyrit estava desconfiado.

— Não acredito que eu vou ter que dar aula de misticismo pra um espírito com mais de dois séculos. Me conte sobre a sua vida e morte e eu te direi como os amuletos podem de ajudar.

— Só se tu me contares porque quer reunir os amuletos.

— Não quero dominar o mundo se é o que quer saber. Na verdade, eu não sou tão má quanto pensam, se fosse assim eu teria matado os três pirralhos assim que consegui o amuleto do fogo.

— Então fale logo.

— Meu objetivo é muito simples, eu quero apenas...


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Notas finais do capítulo

Não me xinguem donos dos outros personagens, em breve o resto do povo va voltar a aparecer.
Até mais!



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