Realidades Ocultas escrita por Malk


Capítulo 10
Esmagando formigas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Maria Eduarda acordou para ir a escola ainda de manhã, como fazia todos os dias. Quando olhou seu celular, viu que havia uma mensagem da Kurai.

“Oi linda, dormiu bem? Teria sido melhor se eu estivesse aí na sua cama, mas aí você ia acabar não dormindo se é que me entende (carinha maliciosa). Bem, tem um motorista te esperando na porta da sua escola e ele vai te trazer aqui na casa da mestra. Beijos, lambidas e mordidinhas!”

A garota riu, então se aprontou e foi até a escola, onde um motorista uniformizado estava encostado em um carro preto.

— Você deve ser a senhorita Maria Eduarda – disse o motorista.

— Sou eu mesma, foi a Kurai que tem mandou?

— Exatamente. Pode entrar – ele abriu a porta para que ela entrasse.

Uma hora e meia depois, o motorista a deixou na casa da Rute. Assim que entrou, ela viu todos sentados bebendo café e com cara de sono.

— Bom dia! – Madu cumprimentou.

— Dudinha, que saudade! – saudou Kurai.

— Treinamos a noite toda, só faltou você aqui – disse Clécio, em meio a um bocejo.

— Aprendemos umas coisas bem legais. Eu já tinha praticado defesa pessoal, mas nunca pensei que o meu poder de sentir emoções pudesse ser útil em combate – comentou Kurai.

— Que bom que está aqui querida – falou Rute, fechando a cara logo depois – agora chega de conversa! Clécio e Kurai, vão dormir e em quartos separados, não quero saliência na minha casa se eu não estiver participando. Maria Eduarda, vamos à minha arena de combate porque você ainda tem muito o que treinar!

Perante uma presença tão intimidadora, todos obedeceram. Já no início da tarde, Rute reuniu todos na sua sala de jantar para conversar.

— Passei as lições básicas para vocês nesses dois dias. Um treinamento paranormal completo pode levar meses, mas pelo andar da carruagem duvido que tenhamos todo esse tempo, então espero apenas que vocês tenham aprendido bem o que passei e o resto vocês irão descobrir na prática. Agora, darei as informações que precisam para encontrar a Tatielly.

A mulher pegou uma bolsa repleta de coisas.

— Essa é uma peça de roupa dela – Rute entregou uma camisa preta embalada a vácuo para Madu – ela usou isso há alguns anos, mas como eu a coloquei em uma embalagem à vácuo, ainda deve ter o cheiro dela. Você pode virar algum animal com faro apurado e localizá-la pelo cheiro.

Sorte minha que não é uma roupa íntima— pensou Eduarda.

— Nessa caixa tem várias coisas: fotos quase recentes, informações sobre o lugar onde ela trabalha e locais onde ela foi vista segundo minhas fontes.

— Pode deixar, fique certa de que não vamos falhar – Clécio pegou a caixa.

— Então vamos nessa, temos muito trabalho pela frente – chamou Kurai.

— Eu vou pra casa, sabe como a minha mãe está em cima de mim, mas prometo uma coisa: no meio da noite vocês receberão a visita de um morcego, não o espantem porque serei eu – informou Eduarda.

Depois disso o trio partiu.

*****

Naquela noite, Gabe e Ashumaru entraram na casa do Mark.

— Conseguiram achar o cara de rosa? – perguntou Wander.

Ashumaru enfiou a mão no bolso no Gabriel, pegou o amuleto (e aproveitou pra dar uma apalpada nele) e mostrou para os amigos.

— Meu amuleto! – Mark deu pulos de alegria.

— Me dá isso aqui! – Gabe tomou o amuleto de volta.

— O que significa isso? Dá logo o amuleto do Mark! – Angel brigou.

— Eu vou dar, mas não agora – disse Gabriel.

— Explica isso melhor – falou Wander.

— Vocês sabem que eu estou reunindo os amuletos e não me interessa quanto poder eles tenham, a única coisa que eu quero é ter uma pergunta respondida. Vocês também estão cientes de que tem mais pessoas atrás disso e francamente, acham mesmo que sem mim conseguirão proteger o amuleto da terra? Faremos o seguinte, eu fico com ele até ter todos, depois que eu tiver a resposta que preciso, o amuleto é todo seu.

— É uma proposta bem razoável. Não precisa ficar preocupado, se ele quisesse fugir já teria ido e vamos estar todos juntos afinal, nós somos a GWAME! – Ashumaru vibrou.

— É WAME – afirmou Wander.

— Não é mais – corrigiu Gabriel.

— O nome não importa! Está bem, eu aceito essa proposta – disse Mark – por outro lado, quanto mais rápido encontrarmos todos os amuletos, mais rápido o meu volta pra mim então temos que ver logo como encontrar os próximos.

— Você disse que tem como rastrear a Tatielly, não é verdade? – perguntou Wander.

— Isso mesmo! Vou fazer isso agora então, esperem um pouco porque tenho que procurar um livro porque eu não sei o feitiço de rastrear terra de cabeça – Mark se retirou e foi procurar o tal livro.

— E então, como conseguiram recuperar o amuleto da terra? – perguntou Angel.

— Foi maneiro! Eu e o meu gato encontramos o cara de rosa, que parecia um lutador de telecatch. Lutamos com ele e quando vencemos, o Gabe enfiou a mão na cueca dele e encontrou o amuleto – contou Ashumaru.

— Então a única pessoa que temos que nos preocupar agora é com a Tatielly – comentou Wander.

— Errado. Ele falou que nem sabia ao certo pra que serve o amuleto, que apenas tinha que entregá-lo pra alguém, isso quer dizer que tem uma terceira pessoa está nessa busca – informou Gabriel.

— Tamo fudido então – disse Wander.

— Pra mim não importa, vou apenas atrás dos amuletos e acabo com quem estiver no caminho – falou o homem.

— Hum, dá até tesão quando você fala assim – falou Maru.

— Achei! – Mark voltou com um livro velho com capa dura.

— Então vê logo onde aquela doida está e vamos atrás dela já que não tem outro jeito – Wander estava visivelmente mal humorado.

— Me empreste o amuleto então Gabriel, a magia fica mais forte com ele!

Mesmo contrariado, Gabe entregou o amuleto para o garoto. Mark colocou o amuleto no chão, jogou os fragmentos de poeira que coletou em cima do artefato e então recitou estranhas palavras e fez gestos mais bizarros ainda.

— Hum, ela está bem perto daqui, menos de dez quilômetros – informou o mago.

— Ótimo, vamos pra lá então – Maru falou empolgada.

— Espera! Ela pode ser perigosa, sem contar que nem sabemos se ela está com os outros amuletos – advertiu Angel.

— Claro que está, esqueceu que ela levou o do fogo depois que atirou no Joaquim? – lembrou Wander.

— Tudo bem, mas precisamos de um plano – a fantasminha sugeriu.

— O plano é o seguinte, ela é uma e nós somos cinco, damos uma coça nela e pegamos o amuleto – falou Gabriel.

Todos concordaram com esse plano, embora Angel ainda estivesse relutante.

— Vamos comer alguma coisa antes de ir? – pediu Ashumaru.

— Tem um restaurante italiano perto daqui que tem a melhor pizza que vocês vão comer na vida, se alguém rachar a conta comigo podemos passar lá antes de ir atrás da Tatielly – sugeriu Mark.

— Eu pago dessa vez – Mark ofereceu.

Eles então foram para o carro, que incrivelmente comportou a todos. Enfim, partiram.

*****

Tatielly estava no quarto de uma pousada, sentada em frente a um espelho, com uma toalha enrolada no corpo e penteando os cabelos. Nesse momento, Nate “Spyrit” atravessou a parede do quarto e ficou de frente para ela.

— Se está pensando em se apossar do meu corpo esqueça, você não vai conseguir – Tati disse tranquilamente sem interromper o que estava fazendo.

— Tu consegues me ver? – perguntou Spyrit, intrigado.

— Não, mas consigo sentir sua presença e também te ouvir. Se não tem o que fazer aqui vá embora, mas se tem algo a dizer peço encarecidamente que fique visível, não me sinto muito a vontade falando com alguém que não posso ver.

Spyrit, se valendo de uma habilidade que alguns espíritos possuem, se vez visível para ela.

— Como tem certeza de que não conseguirei possuir o seu corpo? Não era a minha intenção, porém posso fazer isso apenas para mostrar-te que eu posso – ele provocou.

— Isso me dá a certeza – ela se levantou, tirou a toalha e exibiu uma estranha tatuagem tribal que ficava pouco acima da sua virilha. Em seguida, enrolou a toalha novamente – por acaso sabe o que é isso?

— Brand Spiritus, uma tatuagem que deixa quem a possui imune contra todo tipo de possessão e ainda dá a habilidade de sentir espíritos. Não vejo uma dessas há mais de um século, é difícil encontrar alguém que saiba fazê-la e o processo de marcação é extremamente doloroso.

— Homens são muito frouxos, eu fiz a minha quando tinha treze anos e não doeu tanto assim. Você parece ser bastante antigo e bem informado, com certeza não entrou no meu quarto só pra me ver sem roupa, o que veio fazer aqui?

— Você é muito perspicaz, Tatielly. Sei que você está juntando os amuletos dos quatro elementos e já conseguiu alguns deles, eu posso te ajudar a encontrar os que faltam e também tenho informações sobre pessoas que querem roubar os que você já tem.

— Wanderwal, Mark Laveske e Maria Eduarda, eu já os conheço. O Wander já me foi útil, mas ele não me interessa mais, a Maria Eduarda é só uma garota comum que se juntou a ele e o Mark poderia até ser de algum interesse, mas agora que roubaram o seu amuleto não tenho nada a ver com ele. Nada que mereça a minha atenção.

— Ora ora senhorita Tatielly, tu sabes muito mas não sabes tudo. Aquela a quem chama de Maria Eduarda na verdade é um espírito materializado e que está usando uma forma falsa, os outros não sabem disso. Pelo que ouvi da conversa eles já tem uma noção de quem roubou o amuleto da terra e outros companheiros deles, não sei quantos ao certo, estavam atrás desta pessoa. E antes que eu me esqueça, aquele mago conseguiu amostra de terra da sua bota e da roda do seu veículo e pretende usar algum feitiço de rastreamento para te encontrar. E então, ainda os acha tão inofensivos assim?

— E o que vai querer em troca desta ajuda que está me oferecendo?

— No momento apenas pequenas informações e a primeira delas diz respeito aos amuletos dos elementos. No passado eu ouvi falar neles, porém não me interessei por que pensei que eles fossem apenas artefatos que aumentariam o poder de magos e paranormais, mas desde que soube que um paranormal chamado Gabriel Marinho reuniu um grupo de jovens para procurar os amuletos, fiquei me perguntando se havia outras utilidades além dessas.

— Eu te conto tudo o que sei sobre os amuletos e até deixarei que usufrua dos poderes deles quando eu tiver todos, mas com uma condição.

— E qual seria?

— Forme uma Soul Blade comigo.

— Achas que sou idiota? Por que eu te deixaria prender-me em uma faca de pão ou coisa assim?

— Por mais que o nome seja “Blade” não é necessário que a arma seja de fio, eu poderia usar a minha pistola, por exemplo. Outro detalhe, caso você não saiba, a construção da Soul Blade requer um contrato entre um vivo e um espírito com condições que ambos aceitem e, além disso, é obrigatória uma condição para a libertação do espírito. Eu já tive uma, mas o espírito foi liberto quando eu consegui o amuleto do ar e ele já caminhou para a luz.

— Eu sei disso. Eu já tenho as cláusulas em mente, mas antes de aceitar o contrato tenho uma exigência: quero te ver em combate, se mostrar valor, farei o contrato contigo.

— Isso não será problema. Você disse que aqueles garotos podem me rastrear e virão atrás de mim, não é isso?

— Exatamente.

— O que acha de me ver esmagar umas formiguinhas?

*****

Depois de comer, a GWAME seguiu as orientações do Mark e chegaram a uma pequena pousada.

— Ela está aí dentro – informou Mark.

— Vamos entrar e pegar ela – disse Ashumaru.

— Temos que ser cautelosos, não dá pra simplesmente entrar e atacar a mulher, podemos acabar sendo presos ou coisa assim – falou Angel.

— É mesmo... porque você não vira um bicho pequeno, entra lá e rouba o amuleto? – sugeriu Maru.

— É mesmo, isso evita termos que lutar com ela – reforçou Wander.

Droga, eu até posso me materializar como um animal, mas eu teria que voltar a minha forma espiritual antes disso. Com certeza o Gabriel perceberia e estragaria o meu disfarce... Tive uma ideia”.

— Tá bom, mas fico com vergonha de me transformar na frente de todo mundo, vou ali e já volto.

Angel se afastou do grupo e quando não podia mais ser vista, assumiu sua forma verdadeira. Voltou e começou a atravessar as paredes da pousada, até que entrou em um quarto e viu a Tatielly sentada em uma poltrona e já vestida. Ainda no quarto, apesar de um pouco afastado dela, estava Spyrit.

Aquele espírito estranho está aqui, isso não é nada bom”, ela pensou.

— Outro fantasminha, faz tempo que não recebo tantas visitas – Tatielly ironizou.

Angel não tinha certeza se a loira conseguia vê-la, mas de toda forma, continuou andando furtivamente pelo quarto, tentando encontrar o amuleto.

— Procurando por isso? – Tatielly pegou uma caixa e a abriu, exibindo o amuleto do fogo – vem pegar!

A fantasma se aproximou da mulher e quando estava prestes a pegar a caixa, foi tocada pela adversária e sentiu seu corpo espiritual queimar.

— Aiii, o que foi isso?

— Ah, resolveu falar! Essa é uma das vantagens de estar com a amuleto do fogo, minha magia consegue queimar até espíritos. Não posso te matar, mas posso te machucar bastante e sentirá muita dor.

Angel voou rapidamente para fora da pousada e se materializou às pressas na frente dos companheiros.

— Madu, você está bem? – perguntou Ashumaru, vendo o estado da amiga.

— Vamos embora, ela é muito poderosa e tem um espírito sinistro com ela!

Nesse momento todas as luzes se apagaram. Os amigos ficaram em alerta, quando viram uma enorme rajada de fogo vindo na direção deles.

Apesar da surpresa, eles acabaram se defendendo “no susto”. Mark executou rapidamente a magia que o transforma em pedra e assim, não se queimou. Angel assumiu uma forma etérea e mais ágil, conseguiu se esquivar. Gabriel se defendeu invocando uma espécie de barreira de energia e Wander correu para trás dessa barreira para se proteger. Já a Ashumaru atravessou o fogo e incrivelmente não sofreu qualquer ferimento, correndo na direção da inimiga em seguida.

— É só fogo que sabe fazer? Veja isso então! – Ashumaru lançou suas chamas contra Tatielly, que também foi atingida sem se queimar.

— Nós duas somos imunes ao fogo, mas será que você é imune a isso?

Tati apontou sua mão na direção da lenhadora de bonsai e lançou uma forte rajada de vento. Como a garota pesa menos de quarenta quilos, ela literalmente voou para longe dali.

Angel, que nesse momento não estava mais materializada, aproveitou dessa condição para segurar os pés da Tatielly com o intuito de imobilizá-la.

— Vai Gabriel, dá um daqueles tiros nela!

Gabe não parou para pensar em como ela sabia do seu golpe, apenas atirou o hadukopokô contra a inimiga, a atingindo no tórax. O tiro fez um buraco na sua blusa e a feriu, porém a mulher não mostrou ter sentido dor ou coisa assim.

Depois de ter recebido o golpe, Tatielly se abaixou e segurou as mãos da Angel, liberando chamas que queimaram o corpo espiritual da garota e a fez desaparecer.

Esse cara é bem forte e a garota fantasma também não é nada ruim... se eu não tivesse a Brand Spiritus e o amuleto que me permite queimar e causar dano em espíritos eu ficaria presa por ela e o sujeito acabaria comigo com esses tiros de energia mística. Vou terminar isso logo”.

Tatielly tirou o amuleto do fogo da caixa e pegou outro parecido que estava no seu bolso e pendurou ambos no pescoço.

Ela tem dois amuletos”, pensou Gabe, admirado.

— Hadukopokô! – o homem atirou, mas antes de atingir a adversária, ela começou a voar.

— Passarinho no alto merece teco! – Wander usou sua telecinese para atirar algumas pedras nela, que a atingiram, porém ela nem sentiu.

— Voar? Eu também sei fazer isso.

Gabriel, controlando pequenos jatos de energia mística liberados por seus pés, começou a voar também.

— Puta que pariu, no que eu fui me meter, nunca vou ser páreo pra esses dois, parece até que tô dentro do anime do Dragon Ball Z – Wander falou sozinho.

— Vem pra mão! – provocou Gabe.

— Até gostaria, mas não estou com tempo pra isso, então toma isso!

Tatielly fez alguns movimentos com as mãos, então um furacão de ar e fogo surgiu logo abaixo do Gabriel. Ele foi pego pelo ataque, ficou rodopiando, sofrendo queimaduras e também cortes pelo forte vento. Mesmo nessa situação desesperadora, ele conseguiu pegar seu punhal e com o seu poder, formou uma bolha em torno de si mesmo que acabou salvando sua vida.

— Como você está, Natália? – ele perguntou, ainda rodopiando.

— Eu estou bem, você é que está péssimo! Se ela continuar atacando, não vai dar pra segurar essa proteção por muito tempo – respondeu Natália.

A Tatielly manteve o ataque por alguns minutos, até que finalmente cessou. Depois disso, Gabriel e Natália também acabaram ficando fracos e desfazendo a bolha e assim, esgotado, o homem não conseguiu se manter no ar e acabou caindo, se espatifando no chão.

— Vamos ver... – a loira pousou delicadamente – A garotinha do fogo voou longe e não voltou, deve ter morrido na queda. O maguinho de quinta virou pedra, a fantasminha levou meu golpe e sumiu, talvez tenha tido seu corpo espiritual despedaçado. Esse outro aí... esqueci o nome dele, lutou bem mas agora está todo quebrado. Falta você, não é, Wander.

Wander ficou sem saber o que fazer. Queria ajudar seus amigos, porém tinha a certeza de que não conseguiria fazer nada contra aquele monstro.

— Depois eu cuido de você, tenho coisas mais importantes para fazer agora, começando por isso – ela guardou novamente o amuleto do fogo na caixa, depois andou até o Mark, arrancou o amuleto que estava com ele e o guardou no seu bolso – pelo que sei dessa magia que esse garoto usou, logo ele vai voltar a ser de carne e osso, então vou quebrar uma estátua antes disso.

Tatielly, com o amuleto da terra nas mãos, pegou um punhado de terra do chão, recitou um feitiço e a terra se transformou em uma clava de pedra. Depois disso, ela golpeou a forma petrificada do Mark até que tanto ele quanto a clava se quebraram e depois disso, ele caiu no chão em forma humana, porém sem vida.

No local onde estava acontecendo o massacre, quer dizer, combate, um belo sedã chegou em alta velocidade, porém ele repentinamente ele ficou paralisado, assim como sua motorista Kurai e a Maria Eduarda, que ocupava o banco de trás com a Ashumaru ferida e desacordada no colo. Tudo parou naquele lugar, exceto o Clécio.

Clécio correu, pegou o Gabriel e o jogou dentro do carro, bem como o Wander, que estava ileso apesar de paralisado pelo poder do Cleciobaldo e também o corpo do Mark. Logo todos estavam no carro exceto Angel Moon, que não foi localizada.

Instantes depois todos voltaram a se mover. Kurai, que já estava ciente da estratégia do amigo, acelerou e sumiu dali rapidamente.

— O que aconteceu? – Tatielly estava desnorteada, ainda tentando entender – eles deram um jeito de escapar, mas pelo menos o amuleto da terra agora é meu.

Ela voltou para seu quarto, com o amuleto a mão. Estava esgotada, mas ainda assim, se sentia vitoriosa.

— Não consegui matar a todos como prometido, mas agora estou com o amuleto da terra. Então, aceita formar a Soul Blade comigo ou não? – ela perguntou para Spyrit, que estava sentado tranquilamente.

— Eu vi a luta. Tu venceste, eles sobreviveram apenas porque três jovens apareceram e os salvaram. Fiquei impressionado, nunca presenciei um vivo lutar tão bem desde... desde quando eu era vivo. Vamos fazer a Soul Blade!

 


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Notas finais do capítulo

Vixe, o Mark morreu! A Tatielly tem três dos quatro amuletos e ainda vai fechar um acordo com aquele espírito misterioso, o que será dos nossos heróis?
Obrigado por lerem e até o próximo capítulo.



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