Um Novo Despertar escrita por João Pedro
Notas iniciais do capítulo
As coisas começam a ficar bizarras aqui, espero aue gostem.
Ps: Dividi esse cap em 2 porque ia ficar muito grande, no quarto já devo terminar o arco Paranóia, então não me odeiem.
Perguntinha para vocês: Já notaram que tudo tem um significado aqui né? Os sete reinos, Avril, Eso e até os protagonistas, então me digam por hoje: O que acham que os sete reinos significam? Dica: Depois do Inferno de Dante, vem o Purgatório.
A casa de Xaveco era aconchegante, espaçosa, mas um tanto humilde. Carmen não gostou muito, mas ela não tinha muita escolha. Eles estavam na sala, sentados em frente à lareira apagada.
Cebola pediu para que ele contasse sobre a maldição e ele começou:
— Anos atrás, quando aqui ainda era uma vila medieval...
— Já começou errado, não teve idade média no Brasil. - Cebola interrompeu.
— Cala a boca Cebola. - Ordenou Carmen. - Deixa ele continuar, ninguém quer saber sobre a idade média ou geografia aqui...
— História. - Ele corrigiu.
— Não importa. Continua Xaveco.
— Como eu dizia... - Xaveco retomou a história - Eles estavam quase concluindo a grande Catedral, que levou uns 600 anos pra ficar pronta.
"Mas, a igreja foi abandonada devido à acidentes estranhos que aconteciam em torno dela. À sua volta, cresceu uma floresta, que é essa ali na frente. Acontecera uma batalha por aqui também, isso é importante. Uma mulher sobreviveu à tal batalha e usou o sofrimento das pessoas como fonte de poder. Então, começou."
Uma brisa voou pela janela, apagando as velas e deixando a lareira como uma única fonte de luz.
— Começou o que? - Perguntou Carmen. - Está é demorando pra começar a dar medinho.
— Deixa ele contar a história então, aí pode começar a ficar interessante.
Carmen mostrou a língua para Cebola.
— Quem mostra a língua pede beijo, sabia? - Ele sorriu maliciosamente.
Carmen levou a não à boca.
— Cebola... Não acredito que você pensou que ia funcionar. Se cantadas conquistassem uma garota você estaria com a Mônica agora...
Cebola revirou os olhos.
— Continua Xaveco.
— Ah cara... O draminha de vocês está mais interessante...
— Conta logo essa porcaria. - Ela estava mesmo entediada.
—- Okay, okay... Onde paramos?
—- "Foi aí que começou."
—- Okay. "Era sempre um por noite. As pessoas começaram a ser possuídas por uma coisa, um demônio. Elas acordavam gritando, rindo e vomitando e o pior vinha depois: As vítimas matavam qualquer um que se aproximasse e devorava sua carne."
—- Que nojo! - Exclamou Cebola.
—- Carne crua deve mesmo ser horrível. - A garota loira fez cara de nojo. - E com certeza não é nada saudável...
—- Continuando... "Para parar com essas doenças, a bruxa sugeriu que todos pod primogênitos deviam ser levados para a entrada da floresta quando completassem 3 anos, onde seus pais deviam cantar uma canção de ninar e a criança seguia até a igreja, onde a bruxa se encarregava de cortar seu rosto e enterrar o corpo. O demônio não atacou mais. Desde então, aparecem crianças sem rosto de todas as idades pela cidade. Elas cantam a canção que os pais lhe cantaram no dia de sua sina e atrai desavisados com ela, a quem leva para a floresta e arrancam-lhe o rosto."
—- Bebezinhos... - Exclamou ela, derramando lágrimas. - Eles não merecem isso.
—- Que baboseira. - Cebola cruzou os braços. - Me recuso a acreditar em tudo o que...
Crack!
O barulho veio detrás deles. Algo caiu da estante.
—- O que foi isso? - Pergunta Carmen, alarmada.
—- Eu não...
TRIIIIIIIIIM. TRIIIIIIIIIIM. TRIIIIIIIIIIM.
— Que bruxaria é essa? - Perguntou Xaveco.
Cebola procurou nas suas antigas vestes, no bolso da calça jeans.
— É o meu Celular... - Ele afirmou.
— O que? - Xaveco se aproximou, curioso.
— Número desconhecido.
— Não atende. - Carmen sugeriu. - Lembra daquele filme que um fantasma liga para a vítima e...
— Você está paranóica garota. - Cebola atendeu. - Alô, quem é?
Só uma respiração foi ouvida.
— Não tem graça, estou ouvindo você respirar.
Uma melodia começou a se formar.
"Você está tentando ser legal, você parece um idiota para mim.Por que você tem que tornar as coisas tão complicadas? Eu vejo o jeito que você é, agindo como se fosse outra pessoa, isso me deixa frustrado"
Cebola traduziu.
— Avril Lavigne? - Disse Cebola. - Não tinha Avril Lavigne em 1800 e alguma coisa.
— Mas tinha no funeral do Dc. - Carmen comentou. - "Um brinde para nunca crescermos" acho.
— O Dc era fã dela? - Cebola coçou o queixo. - por essa não esperava.
TRIIIIIIIIM. TRIIIIIIM. TRIIIIIIIIIM.
— O que você quer Dc? - Explodiu ele. - Diz logo o que você quer.
" Fique frio, para que está gritando? Relaxe, tudo foi feito antes E se você apenas deixasse rolar, você iria ver"
A música se encaixou perfeitamente, o que causou arrepios.
— Se não parar de cantar e falar eu juro que quebro sua cara.
"Por que essa raiva?" Dessa vez ele falou, não cantou. "Eu te liguei para te fazer um convite. Venha para o baile que vocês deram se quiserem me achar. É feio deixar os convidados esperando."
— Você não podia vir aqui e pronto?
"Por que você tem que deixar as coisas tão complicadas?"
A ligação foi isso.
— O que ele queria? - Perguntou Carmen.
— Ele quer que a gente vá para o nosso baile.
— Que baile?
— Acho que Alguém se esqueceu de contar essa parte.
Ambos olharam para o Xaveco com uma expressão furiosa.
— O que foi? - Ele perguntou. - Vocês nunca viriam na minha casa se eu dissesse isso para vocês.
— Óbvio que não. - Carmen entrou na conversa. - Nem ao menos te conheço garoto.
— Isso machuca. - Ele virou o rosto. - Aqui ficou tão vazio depois que minha mulher foi levada. Ela era sua amiga, sabia?
— Como era o nome de sua mulher? - Perguntou Cebola.
— Denise. - Ele respondeu com o olhar sombrio. - Você, Carmen, me faz lembrar dela.
— A Denise daqui... Morreu?
— E dizem que vara ruim não quebra. - Carmen limpou as unhas.
O Xaveco vitoriano se levantou da cadeira.
— Pior. Ela se tornou um deles. Vocês não querem se atrasar para o baile, não é? Podem ir agora.
— Vem com a gente. - Cebola convidou.
— Posso mesmo?
— Geralmente não convido a ralé para minha casa... - Disse Carmen. - Mas posso abrir uma exceção para ti.
— Carmen! - Cebola chamou sua atenção. - Você foi gentil em nos receber, permita-me fazer o mesmo.
— Tudo bem, mas tem uma coisa.
— O que? - Carmen estava entediada. Preferia mil vezes um baile àquela casa grande e vazia.
— Levem o Paranóia com vocês.
— Quem?
— O gato. Ele vai achar vocês uma hora.
— Amo gatinhos. - revelou Carmen. - Ele será bem vindo.
— Podemos ir agora? - Cebola abriu a porta, impaciente.
DOOM!
— Não faz isso! - Gritou Xaveco.
Uma ventania começou do nada.
— O que tá acontecendo? - Ele gritou.
— Você não pediu para ele, agora estão aqui! - A voz de xaveco era desesperada.
— Quem está aqui? - A de Carmen era puro pânico.
— Ela. - Ele apontou para a porta.
Ali havia uma figura cadavérica, com o corpo semi-decomposto, sem a camisa e com as calças rasgadas. No lugar de seu rosto havia uma massa de carne retorcida.
— Denise? - Disse Carmen, que a reconheceu pelos cabelos.
"Você não é minha amiga." A voz parecia ecoar do nada. "Patricinha fútil." "Traidora."
— Não é mais a Denise! - Xaveco disse. - Comecem a cantar, rápido!
Vruuum. O vento fazia barulho dentro da sala.
Cebola estava petrificado, não conseguia se mover, falar ou pensar, só fitou o ser que se aproximava de si.
— Cebola... - A voz de Denise era doce para com ele. O fantasma tocou lhe o rosto. Cebola fechou os olhos.
— Canta, Carmen! Canta!
— Cantar o que? - Ela gritou. - Por favor, faz parar!
Xaveco se moveu com dificuldade para perto de Carmen e passou o braço ao redor de sua cintura, demonstrando apoio.
— Fecha os olhos e cante a música.
Xaveco começou a cantar. Não era uma canção de ninar.
"Não posso parar isso agora
Isso não pode me parar agora
Eu vou vencer. Vou sobreviver!
Quando o mundo estiver se partindo
Quando eu finalmente atingir o chão
Eu irei me virar
Não tente me parar
Não vou chorar"
"Mais Avril Lavigne" Pensou Carmen. E então ela o acompanhou.
"Eu vou vencer. Vou sobreviver!"
— Cebola! - Gritou Carmen. - Você vai vencer. Vai sobreviver!
— Eu vo-ou... - Cebola começou a dizer.
" NÃO! " O fantasma Denise ficou violento. Ele enfiou as unhas no rosto de Cebola.
— Eu vou... Eu vou vencer. - Ele terminou a frase.
— É tarde demais! - Xaveco disse, mas Carmen não parava de cantar.
MIAU!
O gato entrou caminhando pela porta, calmamente e pulou no colo de Cebola.
O vento passou. Denise sumiu. Cebola caiu.
— Cebola! - Exclamou a garota. - Você tá bem?
Lágrimas corriam soltas por seu rosto.
— Não chora... - Ele disse se levantando. - Você fica mais bonita quando está feliz.
— Seu idiota! - Ela o abraçou.
— Estava preocupada comigo? - Ele disse.
Carmen o empurrou.
— Você quase me matou e quase morreu junto. Nunca vou te perdoar por isso.
— Tá, acredito nisso. - Ele sorriu. - Qual é a do gato?
— Era Paranóia. - Xaveco disse. - Você está encrencado Cebola.
— Tô numa realidade alternativa criada pelo Dc, conta uma novidade.
— Novidade: - Exclamou Carmen. - Estou atrasada para minha própria festa. Podemos ir?
— Agora podemos. - Disse Xaveco, sombrio.
Cebola conseguia entender, não devia ser fácil ver sua namorada morta novamente.
Havia apenas algo o incomodando: Avril Lavigne. O Dc parecia ser louco por ela, mas muitas pessoas também eram, por que ele concordava com essas pessoas?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Contem me o que acharam e o que concluiram desse capítulo, quanto mais comentários, mais rápido saem os capítulos rsrs.
Músicas citadas: Complicated - Avril Lavigne
Alice - Avril Lavigne
Here's to never growing up - Avril Lavigne.
O Dc é mesmo fanboy hein? Quem esperava por essa? Rsrs Até mais pessoa e thanks for su review