Então tudo veio a memória:

— Últimas palavras? – Pike apontou a arma.

— Não para você. – Lincoln respondeu.

Segundos depois o tiro foi ouvido, o corpo pereceu ao chão, o sangue se espalhou pela poça de lama, e ao longe, no topo de um morro, Octavia sentiu a perda do homem que ela amava.

A Blake nunca imaginou que pudesse existir uma dor tão grande como a que sentia naquele momento, o coração apertado, o pesar da morte do amado.

Apesar de toda a agonia do momento, Octavia não chorou, ela não iria chorar pela morte de Lincoln, não enquanto Pike respirasse.

Deixar Pike morto no chão e sair daquela sala, foi a forma como que Octavia  encontrou, para que ninguém a visse chorar.

Todos os sentimentos, todas as emoções vieram como uma grossa chuva de verão e inundaram o coração da Blake de desespero, de luto e de angústia.

Octavia gritou, deixou a dor vir, como nunca tinha vindo e sentido antes, ela chorou o que não tinha se permitido chorar.

E doeu, como doeu, a desesperança era como uma avalanche, levando tudo o que tinha pela frente.

— Que nos encontremos novamente. – Octavia sussurrou com o diário de Lincoln nas mãos.