Beau Swan and Edythe Cullen escrita por Mrs Darcy


Capítulo 24
Capítulo 24 - Nosso novo lar


Notas iniciais do capítulo

OLÁ. Gostaria de pedir milhares de desculpas por ter sumido, aconteceu um grande imprevisto e a minha recuperação acabou demorando mais do que eu pensei que demoraria. Gostaria também de avisar que estou retornando com a fic, e que um novo trabalho vindo com uma grande parceria está vindo também.
Aproveitem esse novo capítulo para matar a saudade

xoxo
MD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714961/chapter/24

Pov Edythe

Beau estava ansioso. Conseguia ver nos olhos dele, mas o que ele será que ele estava pensando? A ideia de que um pensamento percorria sua mente naquele exato momento, me deixou agoniada. Eu já havia me conformado de que ele era o único ser de todo o universo que eu não conseguiria ler a mente, mas às vezes aquilo me deixava angustiada e eu tentava mesmo sabendo que eu falharia no processo. 

Ele viu que eu estava com os olhos nele e ele segurou a minha mão. Deixei escapar um sorriso e me concentrei em seguir Archie pelo restante da trilha. Archie cantarolava baixinho, uma música antiga. Estava animado demais essa noite, suponho que ele e Eleonor devem ter feito uma aposta secreta sobre o tal presente para Beau. 

—Ah, Archie... - Beau resmungou ao meu lado. - Sabe que eu odeio surpresas. - Eu conseguia sentir o sorriso silencioso pelos lábios de Archie. Ele se virou ainda mais animado e com um sorriso provocativo.

—Não é educado recusar um presente da família, Beau. - Ele riu e se virou novamente para frente.

—Não estou recusando. Estou apenas curioso com o fato de você estar nos levando para dentro da floresta. Sem mencionar que a trilha que fica em direção à casa, já deixamos para trás há tempos. 

Archie bufou e eu ri.

—Ele é sempre assim, Edythe? - Ele se virou para mim e eu não contive a risada. Beau olhou para mim com as sobrancelhas franzidas e com um sorriso no canto da boca.

—Sempre. - Falei provocativa. Beau revirou os olhos e Archie riu. 

Nós atravessamos a floresta. Na verdade, o presente não ficava muito longe de casa. Ficava apenas alguns metros, mas Archie estava andando devagar propositalmente para dar aquele suspense que estava matando por dentro Beau. 

Andamos mais alguns minutos até que finalmente chegamos. Tinha me esquecido de como era bonita. Demorou alguns dias para finalmente ficar pronta. Beau olhava ainda atônito para o lugar, como se não acreditasse no que via. Estava paralisado com a imagem ou com a ideia do que aquilo significava. 

Sim, era uma casa. O nome apropriado seria cabana. Mas, era tão linda e charmosa da sua própria maneira, que chamá-la de cabana seria um insulto. Era rústica, com detalhes amadeirados. Lembrava a cabana dos sete anões do conto da Branca de Neve. As árvores a cercavam, dando-lhe espaço entre elas. Lembro-me de Eleonor carregando um tronco entre os ombros enquanto estávamos fazendo-a. Ao lado da casa havia um belo jardim, repleto de flores e com uma bela fonte. 

Era pequena, mas o espaço não era importante. Logo consegui visualizar uma imagem de Beau se aventurando na cozinha. Nós não nos alimentávamos, mas cheguei a pensar que a nova dieta não o impediria de tentar cozinhar. 

Nossas roupas e móveis já estavam lá dentro. Estava perfeitamente mobiliada da forma como pensamos que ambos de nós iriamos gostar. 

Era uma surpresa. Uma surpresa para Beau. Nossa família achou que seria apropriado se tivéssemos o nosso próprio espaço. Que Beau se sentiria mais confortável daquela maneira. Eu e ele teríamos nossa privacidade sem ninguém para invadi-la. 

Beau deixou escapar um sorriso. Eu fitava-o. Mesmo que fosse um pecado dizer, mesmo que fosse egoismo de minha parte pensar aquilo... A imortalidade havia lhe caído tão bem. Beau havia mudado. Agora ele parecia mais seguro de si, mais firme em suas ações. Certo de suas escolhas, não que eu não preferisse o Beau humano, eu amei os dois. Eu me apaixonei por ele humano, mas me apaixonei ainda mais pelo Beau vampiro. Aquela palavra ficou entre nós por tanto tempo, e agora observá-lo de sua própria maneira me fez pensar, em como nosso encontro definitivamente mudou as nossas vidas. 

Em como o novo garoto de olhos azuis, que vivia cabisbaixo e andava naquela caminhonete barulhenta, me fez mudar. Ele mudou a minha vida, depois que eu o conheci, eu sentia que eu tinha um propósito. Eu sentia que a minha vida agora tinha um significado. Mas, eu nunca cheguei a pensar que fazê-lo feliz seria a minha razão de viver. 

Agora eu sabia. 

—Isso, é... - Beau conseguiu dizer. Ele piscou e olhou para mim sem entender o que estava acontecendo.

Archie se virou e estendeu uma chave para Beau.

—É de vocês. - Archie riu ao ver a expressão no rosto de Beau. - Ei, não precisa agradecer. Mas, ser um pouco paciente não iria doer às vezes, Beaufort.

Nós rimos. 

Os olhos de Archie brilhavam de entusiasmo.

—Vocês... - Beau entreolhava entre mim e Archie e nós rimos.

—Tudo bem, tudo bem. Era uma surpresa, estávamos preparando para vocês enquanto vocês estavam em lua de mel. Achamos que seria legal se vocês tivessem o lugar de vocês. Eleonor e Royal tem uma casa só deles também, mas preferem passar a maior parte do tempo na casa principal. 

—Sabemos o quanto você aprecia a sua privacidade. - Falei com um sorriso. - E agora com a nossa casa, podemos ficar sozinhos... 

—Mas, não TÃO sozinhos, não é? Não vão ficar trancados aqui o tempo todo. Senão serei obrigado a ter que tirar ambos à força, e aposto que Eleonor me ajudaria com o maior prazer. - Ele disse e nós rimos de sua expressão. - Andem, entrem logo e parem de me olhar desse jeito. Daqui há pouco irei começar a chorar assim. 

Beau abraçou Archie. O que nos deixou surpresos pela ação, talvez só eu tenha ficado surpresa e Archie provavelmente previu aquilo.

—Obrigado. - Beau disse com um sorriso.

Pov Beau

A casa era linda. Na minha antiga vida, eu sempre me imaginava tendo o meu próprio lugar. Para falar a verdade, eu era um velho em um corpo de um adolescente, com todas aquelas manias e tudo o que eu costumava a fazer quando estava sozinho em casa. Já era acostumado com aquilo, me virar e cozinhar, limpar e saber aproveitar o tempo. 

Sempre sonhei em ter a minha própria casa. Mas, sempre cuidei da minha mãe. Sempre tive que ser o adulto na maioria das vezes, a ideia de deixá-la sempre mexeu comigo. Até eu perceber que ela estava infeliz longe do Phil e eu percebi que era a hora de passar um tempo com o meu pai.

Edythe me guiava pela casa. Eu olhava deslumbrado para estante de livros branca, repleta de volumes. Consegui visualizar os meus antigos livros que ali estavam. Havia um sofá de couro com uma mesinha de centro na frente de uma lareira. Uma lareira perfeitamente esculpida com belos detalhes. 

Edythe me mostrou tudo. A cozinha, a sala, o belo jardim que ali se mantinha ao lado da cabana. Ela me contou como fizeram tudo, como Archie teve a brilhante ideia e como ele e Eleonor mobiliaram e finalizaram tudo com a ajuda dos outros. 

Edythe me puxou pela mão por um corredor extenso. Ela abriu a porta de um quarto vazio que provavelmente usaríamos como quarto de hospedes para algum amigo vampiro que provavelmente visitaria ou como poderíamos ocupar o quarto com outros fins.

—... E aqui é o nosso quarto. - Edythe abriu a porta exibindo um belo quarto. Uma cama king dossel de lençóis brancos estava lá, ao lado havia uma poltrona de couro perto de uma janela aberta da aonde eu conseguia ter uma visão perfeita do jardim e da lua. 

Havia uma cama. Aquilo era uma piada? 

As paredes eram claras, os móveis do quarto combinavam em cada detalhe com tudo o que estava lá. Eu conseguia ver o closet na direção sul do quarto pelo canto dos olhos.

Aquele era o nosso quarto. Nossa casa. Quando saíssemos pela porta, eu não encontraria Eleonor ou até mesmo Jessmine encarando a parede com aquela famosa cara de paisagem, que ela fazia quando na verdade estava sofrendo com a abstinência de sangue humano.

Ei, não estou me queixando pelo tempo que passei com os Cullens. Eles foram bons para mim e agradeço por tudo o que eles fizeram. Agora éramos uma família e família sempre está lá uns para os outros. Mas, agora eu e Edythe éramos casados. Ter o nosso espaço era importante, eu só não achei que Edythe tinha pensado naquilo primeiro e já havia providenciado tudo.

Edythe me mostrou o closet. Como nossas roupas estavam separadas, como cada um tinha o seu espaço. Era bom ver os seus suéteres novamente.

Ela continuava falar como ela acreditava que ter a própria privacidade era importante, como ela pensava que aquilo me faria feliz...

Mas, eu não a deixei continuar. Eu toquei em seu rosto com ambas as mãos e a beijei, dando início a um beijo lento e apaixonado. Peguei-a de surpresa, mas ela pareceu gostar.

Afastei nossos lábios. Ela ainda estava de olhos fechados, como era bom olhar para aquele rosto. Aquele rosto impetuosamente perfeito que eu nunca pensei que algum dia olharia para mim.

Acariciei seu rosto com o polegar.

—Eu amo você. - Falei.

—Também amo você. - Ela disse com um sorriso.

—Eu amei tudo o que vocês fizeram. E eu acredito que terei que ficar um século agradecendo à todos por tudo o que fizeram por nós... - Falei e ela riu. Aquela risada contagiante e harmoniosa. - Eu só não entendi o propósito da cama. 

Edythe olhou para cama e mordeu os lábios.

—Eu te garanto que o propósito dela não é para se dormir.

Eu sorri.

—Uma proposta tentadora. Tem algo em mente?

—Eu posso pensar em algumas coisas... 

...

Escorreguei a esponja repleta de sabão por seu braço direito. Edythe suspirou e apoiou a cabeça em meu ombro. Aquilo era bom, na verdade aquilo era perfeito.

Estávamos só nós dois, sozinhos em uma banheira repleta de espuma e água quente. Os cabelos longos de Edythe estavam presos em um coque, e ela parecia mais relaxada do que nunca. Sentada em meu colo, curtindo aquele momento comigo.

Beijei seu rosto.

—Tenho que admitir... Isso é melhor do que eu pensava.

—Ah, nem me fale. 

Ouvi a sua risada.

—Acho que nunca mais vou querer sair daqui. - Falei com um sorriso.

—Então nunca mais sairemos. - Ela riu comigo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!