Beau Swan and Edythe Cullen escrita por Mrs Darcy


Capítulo 19
Capítulo 19 - Um passeio por Roma


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o próximo capítulo. Até semana que vem.



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Pov Beau

—Eu devo parecer como aqueles turistas gordos e chatos que ficam por ai tirando fotos das coisas. - Comentei e Edythe riu. - Mas, olha eu devo admitir que é empolgante ver algo tão lindo assim de perto. Sabe quem iria gostar de ver? Minha mãe. Ela ia ficar louca e iria atrás daquelas lojas de souvenires.

Eu segurava a mão de Edythe enquanto caminhávamos pelo Panteão. Era tão majestoso. Fazia as fotos que eu costumava ver na internet parecerem ridículas. Quando humano, eu teria que juntar muito dinheiro para poder estar fazendo algo assim.

—Ah, você não viu nada ainda. - Disse ela agarrada no meu braço com um sorriso largo no rosto. - Temos tanta coisa para ver. Mas, ainda temos tempo suficiente para aproveitar tudo.

—Eu quero aproveitar tudo. Com você. - Beijei o topo da sua cabeça e me mantive atento ao restante das exibições. Tínhamos o dia inteiro para visitar aquele lugar.

O local era enorme. Alto e espaçoso, milhares de turistas rodeavam o lugar tirando fotos e selfies. Nada poderia se comparar ao ver aquilo ao vivo, eu poderia ficar dias ali observando e admirando aquelas majestosas artes de mestres italianos esculpidos a mão.

—Sinceramente você tinha razão. Foi um ótimo lugar para visitarmos primeiro. - Falei enquanto pegava um panfleto sobre o local que ganhávamos logo na entrada.

—Eu disse. - Edythe ressaltou com um sorriso.

Nosso motorista tinha ficado no carro. Ele estacionou na frente do Panteão e esperava por nós lá fora do carro. Eu não poderia reclamar dele, até agora ele estava sendo tão gentil e atencioso conosco.

Pov Edythe 

—"Gigante imponente e silencioso, passou através de todas as épocas da nossa história. Conheceu a Roma antiga, medieval, papal, renascentista, até se tornar o protagonista indiscutível da Roma capital, quando foi escolhido, pelos Reis da Itália unificada, como sacrário do novo reino" - Beau leu em voz alta o panfleto que carregava consigo. Ele insistiu em pegar aquele papel, mesmo eu dizendo que aquilo não era necessário. - Poxa, esse cara é velho mesmo.

—Mais velho que eu. - Eu comentei com uma risada e ele revirou os olhos. Eu o guiava enquanto ele lia e andávamos pelo local.

—A cúpula foi restaurada pouquíssimas vezes ao longo dos séculos e ainda mantém-se em pé, depois de quase 2000 anos. Embora não tenha pilares ou colunas para sustentá-la, é graças aos diferentes tipos de materiais que os arquitetos romanos usaram na construção. A medida que se sobe, os materiais se tornam sempre mais leves: no estrato mais próximo da base há uma mistura de argamassa e lascas de tijolos, subindo, há argamassa com lascas de tufo, e, enfim, na parte superior, próxima da abertura, a argamassa é misturada com rapilhos vulcânicos." - Ele continuou com os olhos presos no papel. Eu ri e continuei a ouvi-lo. - O que esses caras usavam? Partes da lua para construir uma coisa assim? Uau. 

—Beaufort você está parecendo um nerd. - Comentei e ele riu.

—O termo geek é mais aceito na nossa sociedade e eu aceitaria de bom grado esse termo ao invés de nerd. - Ele me corrigiu com um sorriso e eu não pude deixar escapar o riso.

Paramos para olhar a cúpula. Era incrível. Beau a admirava com um sorriso e os olhos brilhando.

—Bem, o que acha de irmos ver a Basílica de São Pedro? Sei que você estava louco para visitá-la. - Propus com um sorriso e ele sorriu de volta. 

Pov Beau

Nós pegamos um trânsito e tanto. E depois de algum tempo, finalmente havíamos chegado na Basílica. Tivemos que entrar no meio de um mar de turistas, o local era muito famoso e as pessoas estavam loucas para entrar.

Edythe e eu passamos pelo mar de gente, mas finalmente conseguímos chegar na Basílica de São Pedro. Eu não tinha palavras para descrevê-la, era completamente maravilhosa e fantástica.

Só de pensar que foi feita durante a renascença e eu estava presente e poderia testemunhar com meus olhos como ela era linda. Ah, deus... Se eu pudesse... Se eu pudesse ver a minha mãe e mostrar à ela. Ela ficaria encantada, ficara deslumbrada com tal lugar e tamanha beleza.

Edythe me puxou pela mão e foi me apresentando a cada obra e sobre cada artista que ela parecia conhecer muito bem. Sim, ela era uma amante da música, e não estava surpreso por ela conhecer tantos artistas assim.

— "A pietà é um tema recorrente na arte sacra em que a Maria lamenta sobre o corpo de Cristo. Nenhuma, entretanto, se compara à de Michelangelo, esculpida em mármore, entre 1498 e 1499, quando o escultor florentino tinha apenas vinte e poucos anos. A grandeza desta obra prima não pode ser explicada, apenas sentida. Maria contempla em seus braços o corpo sem vida e  intencionalmente reduzido de Jesus. Michelangelo quebra as regras de proporção para dar maior expressividade à sua obra. Ao apresentá-la ao público, muitos duvidaram que o jovem escultor fosse mesmo o autor. Michelangelo então pegou o cinzel e assinou seu nome. Tornou-se a única obra assinada do grande mestre." - Eu li o que estava escrito no papel que peguei assim que entramos neste local

Edythe segurava em minha mão e eu e ela olhávamos o local. 

—É lindo. - Ela disse com um sorriso no rosto.

—Sim. Imagina fazer isso com as suas próprias mãos.

—Ele deve ter ficado com tantos calos. - Edythe zombou e eu não pude deixar de dar risada do comentário irônico.

—Sabe, isso é tão especial. Sinceramente, eu estou feliz por estar aqui com você. Isso nunca se tornou tão significativo para mim quanto estar ao lado da pessoa que amo e vendo algo tão lindo e perfeito. Com tanto significado. - Ela beijou meu rosto e eu abracei.

—Também estou feliz por estar aqui com você.

Pov Edythe

Beau e eu decidimos dispensar Giovanni na parte da noite e seguir nossos próprios planos. Tomamos um rumo para fora da cidade, sem humanos por perto. Para que pudesse ser mais confortável e para podermos caçar sem corrermos o risco de sermos pegos ou alguém perder a vida. 

Eu e ele disputávamos uma corrida pelas árvores com a intenção de quem chegaria primeiro no nosso alvo. Disparei na sua frente, mas isso não o impediu de correr atrás de mim com tudo o que ele tinha. Eu ria ao ouvir os seus resmungos e ele se esforçando para conseguir me seguir.

—Desiste? - Eu falei.

—Nunca. - Ele rebateu.

Pulei sobre uma pedra e disparei metros na sua frente. Beau apertou o passo e continuou a correr atrás de mim. Finalmente eu avistei nosso alvo. Um lobo. Entre às árvores. 

—É meu! - Anunciei.

—Não se eu pegar primeiro! 

—Isso é o que vamos ver, Beaufort Swan! - Disparei para cima do lobo. O coitado nem pode reagir ou se defender. Beau freou ao me ver com o lobo cinzento já morto em minhas mãos.

Apertei o pescoço do lobo e cravei os dentes.

—Vou pegar um maior ainda. - Ele voltou a correr. Não pude deixar de rir, logo que acabei, eu voltei a correr atrás dele. Beau estava longe, mas eu conseguia sentir o seu cheiro ainda. 

Parei e observei as árvores ao meu redor.

Quando dei por mim... Estávamos rolando ladeira à baixo. Tomei o controle da situação, ficando por cima dele enquanto rolávamos. Beau ainda ria da minha expressão por ter me pego de surpresa.

Quando finalmente caímos em um amontoado de folhas, Beau ainda estava por baixo de mim. E ainda ria feito uma criança boba que tinha aprontado no parquinho.

—Peguei você. - Ele ainda ria e eu não pude deixar de rir também de sua expressão. 

—Eu que te peguei! - Falei rindo de sua expressão.

Beau estava com a borda da camisa com um pouco de sangue. Ele já tinha caçado. Parei para admirar o seu rosto, quando finalmente paramos de rir. Ele estava tão lindo sob a luz da lua. Ele parecia fazer o mesmo, Beau acariciou meu rosto com uma das mãos enquanto sorria.

Joguei-me para o lado e passei a observar o céu.

Longe da cidade e estrelado.

Tão perfeito.

—Olhe só. Aquelas estrelas parecem um coelhinho. - Apontei para um amontado de estrelas que tinham a forma de um coelho.

—Hum... E aquelas ali parecem um cachorro. - Ele apontou para outro conjunto de estrelas.

—Beau, elas parecem um gato.

—Não teime comigo. 

Não pude deixar de rir ao ver a cara dele e ele riu também.

—Aquela ali é constelação de orion. - Apontei. 

—É linda, não?

—Sim, é. Eu... Eu nunca tinha feito isso antes.

—Sério? - Ele perguntou surpreso.

—Sim. Você já tinha?

—Não, mas... É muito bom fazer isso com alguém que você gosta.

—É. Eu tenho que admitir. - Sorri.

Pov Beau

Olhe. Um moicano. - Juntei meus cabelos que estavam repletos de sabão na minha cabeça e fiz o formato de um. - Pareço bem punk, hm? - Falei tirando risadas de Edythe. 

Nós estávamos tomando banho na banheira juntos. Eu de uma ponta da banheira e ela do outro.

—Realmente. O que te fez ficar tão rebelde? - Ela completou rindo.

—Ah, você sabe. Sou um garoto desordeiro. 

—E como. - Ela riu alto e eu ri também. 

—Não conte para ninguém. É segredo. - Fiz um gesto de silêncio e uma cara séria e Edythe segurou para não rir. Mas, acabou rindo de mim e eu não pude controlar o riso.

—Talvez você devesse aderir à este visual. Combinou muito com a sua personalidade. - Ela brincou. - Imagina só se voltássemos e tivéssemos que explicar à todos que você aderiu ao movimento punk.

—Eleonor iria tirar sarro da minha cara pela eternidade. Seria fantástico. - Comentei e Edythe deu risada. 

Ficamos ali por muito tempo. Até resolvermos sair e nos trocarmos, enquanto eu ainda secava os meus cabelos com a toalha, Edythe já estava com uma de suas camisolas sentada na cama. Estendi a toalha no banheiro e voltei para o quarto.

—Eu sou fã dessa camiseta sua. - Edythe abriu um largo sorriso de covinhas ao me ver com a minha antiga camisa do porco sorridente de uma churrascaria que ela havia me visto usar uma vez na minha casa. Eu estava descalço e com uma calça de moletom.

Não pude deixar de rir.

—Eu sei. Você ama essa camisa.

—Eu só não entendo o propósito dela.

—Bem, nem eu. - Juntei-me à ela na cama. 

Edythe me deu espaço e ficamos encarando um filme que passava na TV. Era um filme de suspense. Provavelmente eu já havia visto, mas não estava muito interessado.

Deitei na cama e me cobri com o cobertor. Edythe fez o mesmo, puxei-a para perto de mim e ela se aconchegou no meu peito. Beijei seus cabelos.

Ficamos à noite inteira conversando e rindo sobre besteiras. Planejando o que faríamos no nosso próximo dia em Roma.


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