As Aventuras de Alvo Potter escrita por Bernardo Potter


Capítulo 15
Lugar Seguro


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui, espero que vocês tenham tido um ótimo Natal, acho que não vou passar aqui tão cedo, então, Feliz Ano novo adiantado meus lindos leitores, espero que gostem do capitulo.



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Lugar Seguro
— Vamos lá, sentem-se alunos do primeiro ano, por favor! Hoje esta aberto oficialmente o Clube de Duelos, peço que façam silencio. – A professora Charlotte estava tão feliz que tinha ficado ainda mais bonita, e Alvo podia contemplar essa beleza de um ponto privilegiado, já que estava ao seu lado vendo os alunos do primeiro ano de todas as casas se sentarem e ficarem fuxicando sem parar, assim que a professora fez o ultimo pedido todos ficaram em silencio e ela continuou. – Vocês não devem saber muito sobre o Clube de Duelos, afinal ele foi fechado antes mesmo de vocês nascerem e antes mesmo de eu vir estudar aqui, mas vocês devem estar se perguntando, afinal para que serve essa aula? Para que depois, quando ficarem mais velhos consigam se defender com mais desenvoltura...
— Nos defender do que, Professora? - Phoebe Morgan interrompeu com duvida estampando seu rosto.
— De... Algum risco que possa aparecer futuramente. – A professora respondeu gaguejando. – Enfim, vamos começar? Nessa primeira aula eu vou ensinar a vocês algumas coisas básicas, mas nas próximas aulas quem irá acompanha-los será o seu Capitão, Alvo Potter, primeiro vocês treinaram com as varinhas, precisam segura-las como se estivessem empunhando uma espada. – Ela demonstrou como fazia e todos tentaram imita-la, ela se virou para Alvo e sussurrou em seu ouvido. – Tente ajuda-los, poucos irão conseguir fazer certo hoje, dê atenção para os que tem maior dificuldade, e se mesmo assim não aprenderem tente fazer um reforço com eles nas próximas aulas, acho que do resto você já sabe né, afinal leu o livro, agora eu preciso ir.- a professora disse e se despediu de Alvo com um beijo, fazendo com que seus passos ecoassem pela sala quando ela se dirigiu para fora, agora Alvo tinha em suas mãos a responsabilidade de lidar com uma sala cheia de alunos travessos.
Ele começou a passar por todos, tentando identificar erros imperceptíveis e ajudando os que tinham mais dificuldade, Isabella se destacava, na terceira tentativa já tinha feito corretamente, mas mesmo assim tentava aperfeiçoar o movimento, Rose estava com mais dificuldade, e sua cara era de pura revolta por não conseguir fazer algo de primeira, Alvo notava grande avanço da sala, mas sabia que teria que pegar a próxima aula para desenvolver mais seus movimentos, o sinal bateu avisando que a aula tinha se encerrado- Estão dispensados, vejo vocês no próximo sábado! – ele disse e todos os alunos migraram para fora, menos Scorpius.
— Olha, agora ele virou professor, que sorte a minha, espero que me dê uma nota aceitável, se não seu apelido vai ser espalhado por toda a escola!
— Não sou eu que dou as notas, Scorp! E mesmo que fosse te daria a nota que merecesse. - Alvo disse organizando os matérias que levara para a sala.
— Porque você tem que ser tão chato, professor Veve? – Scorpius disse rindo e antes mesmo de qualquer reação do moreno começou a correr para não ser alcançado por um Alvo irado de raiva.

 


O campo estava cheio, todos os jogadores estavam sentados, disposto por ele, Oscar olhava profundamente para cada um, esperando todos ficarem quietos para que ele começasse a falar, Alvo o olhava atentamente, prevendo todos os passos que ele iria dar, e antes mesmo do ato ele já estava preparado para o grito que viria.
— QUIETOS! – Oscar gritou entredentes pegando todos de surpresa. – Vamos jogar contra a Grifinória daqui a duas semanas, e vocês ficam conversando, como se nada estivesse acontecendo, isso é realmente motivador, sabiam?
Ele perguntou esperando uma resposta, mas não recebendo nenhuma, os jogadores estavam muito ocupados achando graça do exagero do capitão que nem se deram o trabalho de respondê-lo.
— Sinceramente, eu queria que levassem isso a serio, como eu levo! Vocês sabem muito bem que se nós sairmos com uma ótima campanha podemos ter a chance de tentar entrar na sub- vinte depois que nos formamos, mas não levam nada a serio, AGORA VAMOS TREINAR. – Oscar disse com um pouco de descontrole. Todos subiram em suas vassouras e ficaram sobrevoando o gramado, aquele treino seria restrito apenas aos jogadores, e se Oscar pedira isso era porque tinha algo em sua manga, ele passou sobrevoando toda a arquibancada para ver se não tinha ninguém os observando e depois descera ate Scorpius que estava na arquibancada, ele tinha sido o único a ter permissão de observar o treino, Oscar sussurrou algo em seu ouvido e Scorpius obedeceu prontamente, desaparecendo em questão de instantes, o capitão o esperou no mesmo lugar, enquanto os jogadores se aqueciam, os artilheiro passavam a goles um para o outro a uma distancia razoável, Adeline Lafaiete e Joseph Patel rebatiam os balaços um para o outro e Alvo mirava o pomo dourado de longe, tentando se acostumar com a velocidade de sua vassoura, ele percebeu de relance que Scorpius tinha voltado e Oscar estava subindo para conversar com eles, todos se reuniram em volta do capitão e ouviram atentamente. – Hoje vocês treinaram o Balé de Blitzen...
— Você esta louco, Oscar? Não vamos aprender a tempo de jogar com a Grifinória, passaremos vergonha! – Adeline o interrompeu.
— A maioria de vocês vão ficar aqui até o que eu estou esperando, algo que não posso dizer para ninguém, preciso que treinem mesmo o que for desnecessário, porque vamos usar isso futuramente, entenderam? Se quiserem usar isso no jogo, usem, mas se não se sentirem preparados não vou obriga-los a nada! Agora vamos ao que interessa, artilheiros e batedores vocês tem uma hora para treinarem o balé, eu vou inspecionar e ensinar algumas técnicas, vocês vão saber o motivo disso amanhã! – Oscar disse rindo e observou os artilheiros fazendo giros em alta velocidade, enquanto os outros jogadores foram treinar o que sempre treinavam.

 

 

— Foi desastroso. – Giuseppe Salvatore disse quando entrou na sala comunal da Sonserina. – nunca vamos aprender a fazer isso, vamos levar meses, se não anos, Oscar enlouqueceu! – o menino falou com um sotaque estranho, indignado com o que estava acontecendo.
— Talvez Oscar não queira usar isso para esse ano, Giuseppe. – Diane respondeu com um grande sorriso estampado no rosto, como se soubesse de algo.
— Do que você sabe, Di? Sei que seu pai é do ministério, envolvido com o departamento de jogos e esportes mágicos. – dessa vez Jean Lamartine, o francês, foi quem falou, ele tinha certeza que Diane sabia de algo.
— Eu não sei de nada! – Ela disse levantando as mãos em sinal de rendição. – A única coisa que posso dizer é que vocês verão amanhã no jornal “O Profeta Diário” do que Oscar estava falando, nada a mais. – Ela disse e subiu para o dormitório, fazendo com que todos os jogadores se dissipassem.
— Quer almoçar? – Alvo perguntou a Scorpius e recebeu um “Claro!” em resposta, os dois desceram correndo as escadas e se sentaram a mesa, comendo tudo o que tinha pela frente, depois de almoçarem, Scorpius sentou com os pés em cima da cadeira jogando todo o peso do corpo no assento e tirando um livro do bolso começou a lê-lo. – Gostou?
— Me dê mais presentes como esse em todos os feriados, minha cota de presentes caros já deu, caso contrario você vai me falir, e olha que nem dinheiro eu tenho. – Scorpius disse parando um pouco de ler, e fazendo de repente uma cara de espanto, como se tivesse se lembrando de algo, ele fechou o livro bruscamente e se ajeitou na cadeira, colocando o livro na mesa e suas mãos em cima do livro. - E então? Como vai fazer?
— Fazer o que? – Alvo disse sem entender a pergunta.
— Para alegrar a Bella. – Scorpius disse e percebeu a cara de tonto do moreno. – Vai me dizer que não sabe. – Alvo maneou negativamente a cabeça em resposta ao amigo. - O bicho de estimação dela fugiu, a Phoebe me disse que ela esta muito triste, você precisa fazer alguma coisa.
— E o que eu vou fazer, Scorp?
— Não sei, é você que gosta dela, não eu. – Ele disse bufando e jogando os braços para cima em sinal de rendição, se jogando novamente no assento e pegando o livro para ler. – Olha as perguntas que ele me faz, Merlin, eu mereço.
A tarde passou calmamente, Alvo já não tinha mais nada para fazer e sua próxima aula do Clube de Duelos já estava pronta, ficar de baixo da sombra da bétula era maravilhoso, sentindo a brisa suave da tarde e ouvindo o silencio que emanava das redondezas, que às vezes era quebrado por poucos sons de risadas, a alegria era algo sublime e a risada era o jeito mais belo ainda de mostrar esse sentimento, um sentimento que o menino de olhos verdes não sentia há muito tempo, ele fechou os olhos tentando tirar os pensamentos da cabeça, mas não conseguiu, tantas coisas o perturbando e ele pensando em um pesadelo tosco, sem sentido algum, que não somava nada em sua vida, seus braços foram institivamente para seu cabelo como uma forma de melhorar sua aflição, mas foi em vão, a única coisa que ele conseguiu foi bagunçar ainda mais seus fios negros, ele abriu os olhos olhando para o céu de fim de tarde, que emanava uma luz alaranjada com alguns tons roxos, quando abaixou seu olhar cansado viu fios de ouro sendo balançados suavemente pela brisa que a pouco o revigorava, ela estava sentada sozinha na beira do lago abraçando suas pernas e olhando para as nuvens, como se algo pudesse sair de lá, como se fosse sua única esperança, a calma e a paz que Alvo tanto buscava invadiu seu corpo e sua mente, era impressionante o domínio que ela tinha sobre ele, sem pensar ou perceber Alvo se levantou e foi em sua direção, era automático, suas pernas davam passos largos e rápidos, com a intenção de fazer com que seu corpo ficasse o mais perto possível dela, ele se sentou e a olhou dizendo um singelo ‘oi!’, ela retribuiu o olhar e sorriu timidamente, seu olhar estava triste e era familiar para Alvo, como se ele já tivesse visto aquela expressão em algum outro lugar.
— Esta tudo bem? – Ele perguntou e ela maneou negativamente a cabeça, não emitindo nenhum som e voltando a olhar o céu, parecia que a qualquer momento lagrimas pesadas e quentes cairiam por seu rosto. – Se você quiser ficar sozinha eu posso ir...
— Não, fique! – Ela disse e segurou o braço de Alvo delicadamente enquanto ele começava a se levantar. – Estou precisando de alguém, Al! Então, que seja você, não há pessoa melhor. – Esse comentário fez com que Alvo abrisse um leve e tímido sorriso, ele se sentou novamente ao lado dela, dessa vez um pouco mais perto, ela o abraçou e colocou sua cabeça em seu ombro, eles passaram alguns minutos assim em extremo silencio, um silencio que falava muito, para ambos, os pelos do menino estavam arrepiados e seu coração acelerava mais a cada segundo, esperando que ela falasse algo, por mais banal que fosse, até que ele não precisou mais esperar. – Aquilo, do dragão, era verdade? – Ela o olhou curiosa e Alvo não entendeu o porquê da pergunta, e muito menos o que ela queria saber. – Você o machucou? – Ela completou, como se tivesse lido a mente de Alvo.
— Acho que não. – Ele disse pensando em como o dragão tinha se sentindo enquanto se engasgava e quase morria asfixiado. – Que dizer, acho que foi um pouco agoniante se engasgar e não poder tirar aquilo de você, mas foi por pouco tempo.
— Porque por pouco tempo? Ele morreu rápido? – Ela disse se afastando de Alvo, a expressão da menina não era de satisfação e nem de curiosidade, e sim de preocupação, de medo por poder ter perdido algo, e de extrema repulsa só de imaginar que um dragão poderia morrer.
— Não, eu meio que... Salvei a vida dele, tirei o que estava impedindo ele de respirar e ele se foi, voo para longe, para algum lugar seguro. – Assim que Alvo disse isso, Isabella deitou sua cabeça no ombro dele fechando os olhos com força, uma força desnecessária para um ato tão simples e segurou com todas as forças a vontade compulsiva de chorar.
— Acho que ele não foi para um lugar seguro, Al! – Ela finalmente disse depois do silencio que se fez, Alvo não entendeu e recebeu um olhar culpado de sua amada, seus olhos já não estavam mais cor de âmbar, e sim verdes, o menino sentiu uma necessidade inexplicável de beija-la, ele só queria selar seus lábios aos dela, e ficar seguro em seus braços, toma-la como sua mulher e acabar com a necessidade que ele tinha a tempos, só de imaginar o menino sentiu algumas pontadas, fortes o suficiente para acordar seu instinto e tentar ataca-la, mas ele se conteve, esperou a reação dela, esperou que ela fizesse algo, sua boca já estava entreaberta e sua saliva preenchia o espaço que deveria ser preenchido pela boca dela, sua esperança acendeu quando ela se aproximou dele, lentamente entrelaçou seus braços em suas costas e o abraçou...


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Acharam algo no capitulo? dê-em suas opiniões e não se esqueçam quanto mais comentários, mais rápido sai o próximo capitulo, vejo vocês lá.



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