The mine word: Blue roses. escrita por gurozu


Capítulo 8
Capítulo 7: Capuz malvado.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo beleza? Trago a idéia do que seria o meu castigo nas notas finais. Espero que aproveitem. Bora lê?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714921/chapter/8

Visão da Gisele:

No dia seguinte, resolvi voltar até o lago. Não sabia se encontraria o garoto e o Lilu novamente, mas, se o encontrar, perguntarei seu nome.

Alex acordou finalmente. Um alívio para todos. Ponko e Cidia vieram para vê-la, trazendo doces e coisas gostosas para ela comer.

Senti que estava atrapalhando ao estar ali. Peguei a bainha com Atie e Adreu e saí de casa. Ambas ainda dormem em suas formas de espadas.

O dia estava abafado, com nuvem escuras cobrindo o céu. Uma chuva de verão estava se formando. 

Chegando próxima ao lago, comecei a ouvir latidos. Era o Lilu. Meu coração pulou do peito. O que faria? O que diria? Minha cabeça estava à mil.

Me esgueirei pela folhagem, me escondendo. Era ele mesmo. Estava sentado em uma pedra, acariciando os pelos de Lilu.

—Quem estamos enganando, Lilu? Ela não vai voltar. Foi uma ideia idiota.

Ele se levantou, com Lilu latindo e saltando ao seu lado.

Resolvi tomar coragem e saí de detrás da folhagem. —Espera! Espera aí!

Ele se virou, assustado ao me ver. Lilu correu até mim.

—Não espera ver você novamente. —Disse ele.

—Pensei o mesmo. —Brincava com Lilu enquanto conversamos. —Algumas coisas aconteceram e resolvi vir aqui.

—Aquelas crianças não estão com você?

—Estão dormindo nas bainhas. —Pensei no que disse, olhando para as espadas. —Bem, apenas digamos que elas não são normais.

—Transaformar as mãos em lâminas não é nada normal. —Ele riu. —Você não me disse o seu nome.

—Você também não. Fiquei pensando nisso a noite inteira.

—Bom, eu me chamo Drecky. Qual o seu nome?

—Gisele.

—É um belo nome. Combina com você.

—Um amigo do meu pai que escolheu. Só que... Eu não quero falar sobre isso.

—Tudo bem. Diga apenas o que quiser.

—Não, não é você. É que...

—Tem a ver com essa cicatriz? —Elr perguntou, meio sério.

—Sim. Tem tudo a ver.

—Já vivi uma coisa assim. Um dia, enquanto ía até o vilarejo, encontrei uma casa em chamas. O fogo já se apagava e ninguém parecia estar lá dentro, com exceção de um filhote de cachorro. —Ele olhou para o Lilu. —Quase não saiu vivo de lá. O resgate antes de tudo desabar. Eles estava preto como carvão. Precisava ver.

—Então você também passou por isso, amiguinho? —Perguntei ao Lilo, segurando suas patas. Uma delas, a direita, tinhas algumas deformidades no pelo e na pele. Decorrência de uma queimadura. —Tadinho.

—Deve ser por isso que ele gostou de você. Vocês se entendem. —Ele se aproximou. —Sabe, você é bem bonita.

Um lampejo me tirou do meu transe, me trazendo a realidade. —Como?

—Não sei. Você tem alguma coisa diferente das outras. Não conheço muitas garotas, mas você é completamente diferente de qualquer uma. —Ele parecia calmo.

—Bem... Obrigada pelo elogio. Eu acho.

—Desculpe. Eu estraguei tudo, não foi? Minha prima diz que essa é a minha especialidade.

—Você não estragou tudo. Só... Só acho que foi rápido de mais. Não me importo de você me achar bonita, mas guarde para você.

—Acho justo. —Ele começou a olhar em volta. Seu jeito era fofo, mas eu ainda sou muito nova para essas coisas. —Você está com fome? Meu avô tem um pomar de maçãs aqui perto.

—Não sei se posso ir. Minha irmã sofreu um acidente e os meu... Bom, os meu pais podem se preocupar se eu sumir.

—Então é uma hora ruim. —Ele parou e pensou um pouco. —Quer me encontrar amanhã? Você fala com os seus pais e fica tudo bem.

—Sabe, é que... —Recusar seria grosseiro, mas... —Vamos apenas conversar. Saber mais um do outro. Eu venho aqui todo dia e a gente conversa. O que acha?

—Por mim tudo bem. Sem problemas.

Lilu latiu, saltando até quase a altura do meu rosto. —Parece que ele também gostou. —Brinquei com seu pelo uma última vez. Me levantei e limpei meu short. —Preciso voltar. Foi divertido, Drecky. Nos vemos amanhã.

—Sim, até mais, Gisele.

Fui voltando pelo caminho que vim. Me senti estranha por um momento. Era como... Como uma dúvida. Algo que inflava o meu peito.

Visão da Alex:

Hoje foi um dia divertido. Minha cabeça doía um pouco, mas nada que não desse pra aguentar. O vovô e a vovó me trouxeram doces de fruta e leite e brincaram comigo aqui no quarto. O papai diz que eu não posso sair ainda.

Ele me contava uma história. Era a minha favorita. Uma história do mundo dele, chamada "Chapeuzinho vermelho".

—"Que olhos grandes você tem", disse Chapeuzinho vermelho. O lobo mau, vestido de vovó, respondeu: "São para ver você melhor".

—Por que o lobo mau e malvado, papai?

—Bom, filha, aí você me quebra. Tem gente que é mau porque gosta. Tem gente que é mau por necessidade. Talvez o lobo mau estivesse apenas com fome e não tinha dinheiro.

—Mas o lenhador mata ele. —Disse, já sabendo da história. —O lenhador é malvado?

—O que você acha?

—Não sei...

—É uma história, Alex. Ela será o que você quiser que seja.

—Então eu posso ser a Chapeuzinho vermelho?

—Claro que pode.

Fechei os olhos, me imaginando vestida com um capuz vermelho e caminhando pela folhesta. Porém, tudo o que vejo é a garota de olhos brancos.

—Pai, promete acreditar em mim?

—Sempre acreditarei em você, querida.

—Eu vejo uma pessoa de olhos brancos. Você já viu uma?

Ele parecia assustado. Sussurrou alguma coisa, mas só pude escutar uma palavra: "Brine".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Bom, o meu castigo é o seguinte: Vocês irão poder criar um personagem. Não deixarei uma ficha ou coisa do tipo, mas o mínimo que quero é o nome, a raça, qualquer anormalidade (se quiser) e uma história de vida. Ele não pode já ter aparecido ou ter uma ligação direta com os atuais personagens.
Vocês poderão me perguntar sobre quase qualquer coisa que precisarem para criar o personagem.
Não há um limite de tempo, mas é apenas um personagem. Eu escolherei o rumo e as ações baseado na história que vocês me enviarem.
Sei que é confuso. Se preferirem eu posso pensar em algo diferente. Penso que seria uma nova experiência. Afinal, a história é só escrita por mim, mas ela é de vocês.
Até o próximo capítulo.