The mine word: Blue roses. escrita por gurozu


Capítulo 27
Capítulo 26: Parentes estranhos.


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, tudo bem? Queria agradecer ao AquaGamer por se juntar a nós e me desculpar muito por não ter postado os capítulos. Sério, me desculpem. Bora lê?



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Visão do Ryan:

Ellie pode até ser um doce de garota é uma ótima guerreira, mas parece ter alguns problemas. De vez em quando, durante a noite, eu a escuto conversando sozinha. Não que seja um problema, mas me perturba um pouco.

Foram quatro dias de viagem até chegarmos a Fortaleza Flix, nos arredores de Biolumer. Um pequeno castelo construído no topo de um morro, cercado por plantações e casas de fazendeiros, além dos pomares e das criações de gado.

Ellie ficou encantada. Realmente era uma visão deslumbrante.

Cruzamos os campos, sendo abordados por muitas pessoas que já né conheciam, o que nos atrasou um pouco.

Ao chegarmos a Fortaleza, nos dirigimos direto até meu pai.

Ele treinava junto de seu irmão, meu tio Tyron, comandante chefe dos cavaleiros Flix.

—Pai, tio Tyron, eu retornei. —Disse, retirando minhas espadas e as mostrando em respeito.

—Ryan! Que prazer em vê-lo. —Meu tio veio até mim. —Como foi? Conseguiu o que queria? Encontrou alguma garota bonita? Vejo que trouxe uma com você. —Ele se voltou para a Ellie. —Qual o seu nome, senhorita?

—E-Ellie. É um prazer, senhor.

—Não fique assim, Pequena Ellie, eu sei que esse baixinho aqui não é de agradar muitas mulheres na cama, mas ele será um bom marido.

—M-M-M-Marido?! Quê?! Não, somos amigos!

—Entendo... Que pena, adoraria ver o Ryan com uma gracinha como você.

Meu tio era um homem engraçado. Tinha longos cabelos brancos, lisos e brilhantes como água, que caiam sobre um rosto magro e de olhos brancos que penetravam assim que os encaravam. Era um homem que curtia a família, bebida, amigos e mulheres, mas se dedicava muito ao seu trabalho.

—Deixe disso, Tyron. Ryan, o que significa isso? O que faz com essa garota como companhia?

—É uma longa história, pai. Ficaríamos o dia todo aqui se eu fosse contar.

—Pois bem, nos conte enquanto bebemos. Venha, Ellie, se junte a nós.

—Desculpa, mas eu não gosto de beber.

—Podemos resolver isso. Uma amiga minha consegue fazer vinho que não deixa as pessoas bêbadas. Parece bruxaria. Não é o mesmo gosto, mas é bom durante uma batalha.

—Acho que vou aceitar o convite, então.

—Então vamos! Brindaremos a sua visita, Ellie.

Meu tio era um homem bom e estranho, como dizia meu pai. Olhando os dois, não pareciam irmãos. Meu pai era forte, mas tinha um corpo baixo e cabelos duros, com um rosto redondo e olhos brancos que pareciam de um animal abandonado, parecendo que sempre estava triste. Porém, mesmo assim, ele nunca perdeu uma luta para o meu tio. Elas sempre davam empate.

Ao cair da noite, após a bebedeira e a toda vergonha que meu tio me fez passar em frente a Ellie, eu a levei até o seu quarto.

—Não é grande coisa, mas vai dar pra passar a noite. De manhã, pegaremos uma carruagem, ou uma carroça, dependendo do que estiver disponível, e iremos até o Portão de fogo.

—Obrigada. Está bom o quarto. Muito melhor que dormir embaixo de árvores.

—Realmente. Bom, volto aqui amanhã pela manhã, quando o sol aparecer.

—Até amanhã, então, Ryan.

—Até.

A deixei no quarto, indo até o meu. Me joguei sobre a cama, pensando em coisas. Principalmente na conversa com meu pai.

—Irei até Lenfre para negociar algumas coisas. Espero que não seja nada de mais. Deixarei tudo com seu tio, então escute as ordens dele. —Foi o que ele disse.

Obedecer todas as ordens do meu tio? Não me parece uma boa ideia. Em apenas uma tarde ele destruiu a minha credibilidade com a Ellie, contanto tudo que já fiz na infância. Droga, não é culpa minha se ninguém conseguiu apagar aquele incêndio!

Ao acordar, fui direto até o quarto da Ellie. Me apressei até demais, chegando a esquecer o que estava fazendo.

—Ellie, já está acordada? —Perguntei, abrindo a porta do quarto.

Meus olhos ainda estavam turvos, porém pude ver claramente. A pele tinha um leve bronzeado, em contraste com uma pele branca como neve, seus seios, de tamanho razoável, rosados e duros, e sua roupa toda abarrotada e colocada as pressas sobre o corpo. Foram poucas olhadas antes de um chute acertar o meu rosto, me jogando para fora do quarto.

Meio atordoado, só consegui ouvir ela gritar "idiota!", e bater a porta do quarto.

Enquanto esperava e tentava entender o que havia acontecido, meu tio apareceu.

—A noite foi boa? —Perguntou ele, bobo como sempre.

—O que você acha? Acho que o mínimo contato que tive foi o pé dela acertar a minha cara.

Ele riu e pôs a mão sobre o meu ombro. —Acontece, Ryan. Escute um conselho: Se ela fez isso, pode contar que ela gosta de você.

—Não parece ser isso.

—Confie em mim. Já estive com mais mulheres do que lutando em batalhas. Está no seu sangue. Sabe, eu e seu pai, quando éramos crianças, tínhamos uma amiga que... —A porta do quarto se abriu. —Depois te conto. Vou deixar os dois sozinhos.

Ele foi embora. Ellie se aproximou. —Espero que não tenha visto nada. —Ela parecia brava.

—Bom... Isso importa?

—Pervertido!

—Tranque a porta da próxima vez!

—Bata nela da próxima vez!

—Certo, foi minha culpa. Desculpe. Vamos esquecer a porta, meu tio, seus peitos pequenos e vamos comer alguma coisa.

—Está be... Ei! Então você viu! Não adianta correr! Volta aqui!

Horas depois, após colocar todo necessário na carruagem, nos despedimos da fortaleza Flix e seguimos pela estrada em direção ao Portão de fogo.

Ellie passou bastante tempo polindo sua espada. Parecia triste com alguma coisa. Não acho que seja o fato de eu tê-la visto nua, e sim outra coisa.

Quando o sol já se punha, tirei a carruagem da estrada e acendi uma fogueira.

—Está se sentindo bem? Ficou calada esse tempo todo.

—Pensando em coisas. Família, talvez. Não é nada que deva se preocupar.

—Só pra saber. Você é toda fechada.

—Sou nada.

—Tantos dias juntos e praticamente não sei nada sobre você. Você visitou minha casa, conheceu meu pai, meu tio... Não sabe dizer coisas sobre você?

Ela ficou em silêncio, encarando o fogo. —Vou dormir. O primeiro turno é seu.

Ela mal esperou minha resposta, apenas subiu na carruagem e se deitou.

—Pode deixar... Senhorita.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Está tudo muito corrido por aqui. Sério. Assim que acertar a minha agenda (novamente) eu voltarei a postar normalmente (quartas e sábados).
Até o próximo capítulo.