The mine word: Blue roses. escrita por gurozu


Capítulo 24
Capítulo 23: Almas atormentadas.


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, tudo bem? Infelizmente esse não é um dos capítulos adiantados (só postei antes porque deu um probleminha com o agendamento) mas estou trabalhando nisso. Bora lê?



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Visão do Sekka:

Meu passado não pode ser apagado. Ele me persegue, procura, consome... Ele é meu motivo de existir.

Tive pesadelos durante anos. Me senti mal por anos. Conheci e perdi mais pessoas do que posso me lembrar. Foi uma época horrível.

Trabalhar como mercenário ou caçador de recompensas não era fácil. Bom, talvez não no início. Depois de um tempo, matar se tornou monótono. Trabalhar era monótono. Chato.

Meu último trabalho, se é que posso chamar aquilo de trabalho, foi onde conheci a minha atual razão de viver: Pheal.

Quando a conheci, ela era como algo raro. Era uma visão diferente de tudo que já tinha visto. Mesmo sendo uma Enderman, ela despertou algo em mim. Fazia minha curiosidade ferver. Tive certeza disso quando suas belas asas explodiram de suas costas, me sujando com seu sangue e me fazendo ter um sentimento que não tive desde a morte da minha mãe: Medo dá perda. Naquele momento, tive medo de perder a Pheal.

O que ela pensaria se ouvisse isso? Se pudesse ouvir meus pensamentos, assim, bem ao seu lado. Tenho certeza de que me chamaria de bobo ou outra coisa, depois iria rir de um jeito doce e, em algum momento da conversa, me convenceria a fazer amor com ela. Essa é a Pheal.

Tenho certeza de que minha mãe teria orgulho de mim. Diria: "Esse é meu menino", com um sorriso em seu rosto cheio de rugas devido ao trabalho.

Talvez, se não fosse pela Pheal, eu tivesse tido o mesmo destino. Teria morrido em algum canto, sem ninguém pra se lembrar do idiota que eu era.

—Por que sempre resmungo a mesma coisa toda noite? —Era uma dúvida real. Algo dentro de mim queria voltar as origens, sentir gosto de sangue. —Não... Nunca mais. —Pheal era meu porto seguro. Enquanto estivesse ali, não havia motivo pra medo. —Nunca mais...

Ela se mexeu de repente. Seus cabelos estavam amassados contra seu rosto e ela não parecia me ver direito.

—Hun...? Sekka... Sekka, o que foi?

—Nada, amor. Pode voltar a dormir.

—Não. Você não está bem. Pensa que não percebo enquanto você passa horas acordado assim? Isso me preocupa, Sekka. Me preocupa muito.

—Eu sei. Desculpe.

—Sei o que você fez. Sei que matou os caras que estupraram a Gisele. Vi as marcas de sangue em uma das espadas. Não quis dizer nada, esperando a sua confissão, mas... Você não há deu.

—Você quer a minha confissão? Então, tudo bem. Eu procurei por eles, os achei, cavei um buraco fora da cidade e matei os três. Foi isso.

—Por que não me contou?

—Só pensei... Nem sei direito o que pensei. Eu disse que não mataria mais. Disse que iria me dedicar a vocês. Eu tentei, Pheal. Eu... Tentei.

Ela me abraçou. Seu corpo estava quente e suado. Era confortante. —Você não precisa se conter, Sekka. Se quiser matar, não irei impedir você. Só quero que saiba o futuro que quer para nossas crianças. Você me contou as histórias de quando era pequeno. Quer isso para eles?

—De jeito algum. Nunca.

—Então, —Seu rosto estava muito perto. —pense nisso. —Aquele foi um beijo de diferente. Era como se ela me entendesse.

—Não preciso pensar. Já tenho a minha resposta. —Disse, tirando os cabelos da frente de seu rosto e encarando seus olhos. Ela começava a se aproximar mais, subindo em cima de mim. —Você não se importa com isso? Essa minha sede de sangue?

—Se você continuar sendo o Sekka que eu amo, eu não me importo. —Estava dentro.

—Você deve ser a única pessoa que diria algo assim, Pheal. Só você...  —Era bom. —Só você é assim.

—Assim? Assim como?

—Assim maluca pra ter a ideia de se casar comigo.

—Ora, seu...!

Essa, como disse, é a Pheal. Um verdadeiro "anjo", como ela costuma dizer.

—Hoje era um dia seguro? —Perguntei, já apagando de sono.

—Não sei. Acho que sim.

—"Acha"?! Como pode "achar" uma coisa dessas?!

—Relaxa, Sekka. Está tudo bem. —Ela bocejou. —Além disso, se realmente não for, eu ficaria feliz de te dar mais um motivo para viver.

Essa mulher, definitivamente, lê os meus pensamentos.

Visão de ???:

O submundo das lutas ilegais. Um lugar que somente os mais fortes conhecem. Um mundo de morte.

Duas pessoas entram, uma pessoa sai. Sempre acontece. Não existe piedade, clemência, amizade.... Uma terra de ninguém.

O competidor de hoje é um veterano. Está aqui há anos. Nunca perdeu uma luta. O que é óbvio, pois ele ainda está vivo.

O outro, pobrezinho, é um jovem que parece tão frágil quanto pescoço de galinha. Ficou usando um capuz durante toda a noite. Pelas espadas em punho, é provável que seja um zumbi.

—Vou lutar contra isso? Me dê logo a vitória, chefe. Não tem graça pisar em insetos. —Riu o veterano. Nunca lembrei direito do seu nome.

A multidão, que não era assim tão grande, riu bastante. Não era exatamente cômico.

—Eu discordo de você, amigo. —O rapaz retirou o capuz. Cabelos tão brancos que brilhavam como prata, tomaram a atenção da multidão. O sujeito era um Esqueleto. —Pisar em insetos como você é uma das grandes diversões da vida.

O clima ficou sério. Não era sempre que isso ocorria.

O rapaz retirou a capa que o cobria. Ele vestia uma camiseta cinza com listras vermelhas, calças azuis, calçava sapatos pretos e, por cima da camiseta, uma jaqueta meio estranha. Um arco também estava em suas costas. Sem flechas.

A luta começou. Foi como um raio. O rapaz investiu contra o veterano, com duas espadas em punho. O ataque foi bloqueado, liberando adrenalina no ar. Era uma luta séria. Talvez a mais séria em anos.

Com tantos golpes em sequência, tudo que o veterano poderia fazer era se defender e esperar o momento de atacar.

Golpes de cima, de baixo, pelos lados. Era uma dança desigual. O rapaz tinha um poder tremendo.

Não tardou que o veterano perdesse a paciência. Ele partiu pra cima. Uma péssima escolha. O rapaz bloqueou a espada dele e, com a outra, atravessou a cabeça do veterano.

Sangue e pedaços do cérebro voaram pelo campo. Enfim, o veterano havia perdido.

O rapaz recebeu a recompensa, dispensou a próxima luta, colocou seu capuz novamente e saiu. Aquilo me intrigou.

O segui por um tempo. Um movimento errado e acabaria como o veterano. Aquilo não poderia acontecer.

O perdi de vista num beco. Ele simplesmente sumiu.

—Onde ele... —Uma lâmina se projetou em frente ao meu pescoço. Ainda estava quente.

—Só vou perguntar uma vez: Quem é você e o que você quer?

—E-Eu... —Pensa rápido! —Eu vi você na briga. Foi incrível. Só que... Você não se identificou.

—Algum problema? É da equipe?

—Não, não. Me aposentei das lutas. Mas, sabe como é, não se pode deixar esse mundo.

—Sei sim. Então?

—Só queria saber o seu nome. Olha, o meu é Birx. Não vou contar aos outros, se é esse o seu medo. Também tenho família. Talvez você não, mas...

—Eu tenho família. —Ele tirou a espada do meu pescoço. —Não que eu seja pai, mas minha família me dá apoio.

—Não quero saber dos detalhes. Bom, na verdade eu quero, mas o principal é o seu nome.

Ele suspirou. —Ryan. Ryan Flix.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Queria perguntar se o que eu estou transmitindo nos capítulos está sendo bem feito. Na minha cabeça faz sentido, mas ela não é um método confiável pra isso kkk...
Até o próximo capítulo.