The mine word: Blue roses. escrita por gurozu


Capítulo 10
Capítulo 9: Despertar.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Capítulo novo. Bora lê?



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A noite foi cansativa. Tão mágica quanto posso me recordar.

Pompo dormia abraçada a mim, ainda nua e com os cabelos cheirando a suor. Fofa como sempre foi.

O sol já começava a aparecer através das cortinas. Os galos logo começariam a cantar.

Joguei uma coberta sobre o corpo da Pompo e me levantei da cama, me espreguiçando. Vesti minhas roupas e fui abrir a janela.

Puxei as cortinas, revelando a mistura de vidro e madeira da janela. A abri, deixando o sol e o vento entrarem.

Pompo suspirou, como quem reclama de algo. Sorri pra ela, que se escondeu da luz com as cobertas.

—Bom dia, flor do dia.

—Uhrr... Fecha isso, Steve... Tá cedo ainda...

Me debrucei na janela, respirando o ar da manhã. Alguém corria lá fora. Um ponto na minha visão. Era a Alex. A pequena já parece boa o bastante pra fugir de casa novamente.

Alex se jogou no chão, sendo ofuscada pela grama. Só podia ver parte do escuro de seus cabelos em meio ao verde.

Enquanto me distraia, uma explosão ocorreu. O chão tremeu um pouco, o suficiente pra derrubar alguns quadros das paredes.

—O-O que foi isso?! —Perguntou Pompo, quase pulando da cama.

—Acho que foi a Alex! Fique aqui e vista alguma coisa enquanto eu vou lá!

Saltei pela janela, correndo na direção da explosão. Uma nuvem de fumaça negra se erguia no meio do campo, onde agora uma cratera de terra chamuscada se estendia por alguns metros.

—Alex! —Chamei seu nome.

—P-Papai...! Tudo bem... Estou bem...

A encontrei caída um pouco acima do centro da cratera. Estava toda suja de terra e fumaça e com um rasgo em seu pijama.

—Você está bem?! Se machucou?!

—Estou bem. Foi só... Foi só um susto.

A peguei no colo e a levei pra casa. Pompo já me esperava na porta, assim como Gisele.

Coloquei Alex no sofá que havia na sala. Ela parecia bem. Bem até demais.

Gisele a examinou, concluindo que nada sério havia acontecido. Deixamos Alex um tempo no sofá.

Pompo estava pálida. Algo a preocupava. —O que vamos fazer com ela, Steve? Primeiro ela desperta um craft dos Zumbis e agora cria explosões como um Creeper. Isso não é normal.

—Calma, Pompo. Foi um acidente.

—E se tivesse acontecido com ela dormindo? Haveria um buraco na casa agora. Despertar dois crafts de alto nível sem treinamento não é normal, Steve.

—Eu sei. Precisamos de ajuda. Talvez precisemos pedir aos seus pais pra ensinarem ela.

—Queria que isso não ocorresse. Pensei que ela seria como você. Eu... Preciso me sentar. —Pompo sentou em uma cadeira e suspirou. —Meus pais devem aparecer daqui a pouco. Impossível não terem ouvido essa explosão.

—Vou fazer algo pra comermos.

—Sim, faça algo. Estou com fone.

Fui até a porta, dando de cara com o Ponko parado em frente à casa.

Visão da Alex:

O quê... Eu fiz? Aquilo fui eu, não é? Eu fiz aquilo sozinha, assim como a mamãe e o vovô. Foi tão... Bom.

Aquilo foi divertido. Eu sujei o meu pijama, mas foi divertido. Será que consigo fazer de novo?

O vovô entro junto do papai, vinto até mim. Ele parecia assustado.

—Que bom que não se feriu, pequena. —Disse ele, me abraçando.

—Eu estou bem.

—Sim, você está. Me diga, como foi? O que sentiu?

—Estava quente. Muito quente. —Olhei pras minhas mãos. —Então tudo esfriou e explodiu.

—Entendo. —Ele se virou pro papai. —Parece que foi a primeira explosão dela. A partir de hoje você não pode deixar que ela fique com muita energia acumulada. Ela precisa ir soltando até aprender a controlar. Posso ajudar com isso, se quiserem.

—Seria de grande ajuda. Íamos levar a Gisele até Exblod. Podemos deixar a Alex com vocês por uns dias?

—Não tem problema. Falarei com a Cidia.

—Obrigada, pai. —Mamãe parecia melhor agora.

—Apareçam lá quando quiserem. Vejo vocês depois. —Ele foi embora.

—Tudo bem. Gisele, arrume o que for precisar. Vou pegar as coisas do café e volto logo. —Papai também saiu.

—Eu posso ir lá fora? —Perguntei.

—Não, vou te dar um banho e te arrumar. Venha. —Mamãe me pegou e me levou pro banheiro. —Fique aqui enquanto aqueço a água do banho.

Tirei o meu pijama e me enrrolei na toalha de banho. Esperei pela mamãe, que logo voltou com o balde de água quente.

Ela tirou suas roupas e entrou comigo na banheira. Lavou minhas costas, pernas, braços, meus cabelos e tudo mais. Ela me secou e me vestiu com uma camisa verda-claro e uma macacão.

—Posso ir lá fora agora?

—Não. Você terá muito tempo pra brincar quando a deixarmos com o vovô. Se comporte e fique aqui dentro.

—Tá bem...

Por que todo mundo está assim? Eu não fiz nada. O vovô e a mamãe fazem isso o tempo todo e ninguém briga com eles.

Fui até o quarto da Gigi. Ela arrumava sua mala com a ajuda da Adie e da Adeu.

—Onde você vai, Gigi?

—A Pheal me convidou para uma viagem ao Reino Zumbi.

—Reino Zumbi? Que legal! Eu posso ir?

—Desculpa, Alex, mas você vai ficar com os seus avós, lembra? Talvez quando for grande você possa ir.

—Eu sou grande! Eu sou grande!

—Mestre, ela te incomoda? —Disse Adeu.

—Incomoda você? —Disse Adie.

—Não, deixem de bobeira, meninas. Olha, Alex, eu estou meio ocupada agora.

—Tudo bem...

Saí do quarto. Por que ninguém quer brincar comigo? Por que estão com medo de mim?

—Eu não fiz nada! Parem com isso agora! Seus chatos! —Comecei a chorar. Queria atenção. Queria alguém comigo. Mas... Ninguém veio.

Cadê o papai? Ele me escuta. Ele brinca comigo. Ele não é como esses chatos. Vou achar ele. Viu atrás dele.

Abri a porta e fui até o celeiro. Papai escolhia alguns potes de geléia no armário.

Corri até ele e o abrace. Devo ter assustado ele.

—A-Alex? O que foi, filha?

—Não me deixa sozinha. Eu vou me comportar agora. Eu prometo. Vou ser uma boa menina. Só... Não me deixa sozinha.

Abracei suas pernas o mais forte que podia. Não queria soltar ele nunca mais.

Nunca... Mais!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
O que será que está acontecendo com a Alex?
Até o próximo capítulo.