Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 52
Capítulo 52




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Quinquagésimo Segundo Capítulo ❣️

Ao despertar depois de um longo tempo, Shirlei percebeu que já não estava no quarto de Felipe, mas em seu próprio quarto, com uma agulha em sua veia acoplada a um soro fisiológico que pingava lentamente.

– O... O que aconteceu? - Ela perguntou com a voz rouca, se apoiando nos cotovelos na intensão de se sentar.

O médico neurologista e Henrique se aproximaram de sua cama quase que de imediato.

– A senhorita desmaiou e tivemos de trazê-la para cá para que pudesse ser examinada por sua médica. - Explicou Dr. Miguel, que não parecia nada satisfeito com a imprudência de Shirlei de ter saído do quarto sem autorização médica. - Não sabia que a senhorita tinha acabado de parir. Podia ter acarretado sérios danos, sabia? Sua médica não gostou nenhum pouco de sua, digamos, fuga.

Shirlei o fuzilou com o olhar.

– Eu sinto muito, mas tratava-se do meu noivo. Eu precisava vê-lo. Se o senhor e a Dra. Daniela não conseguem entender isso, não posso fazer nada.

Doutor Miguel bufou. Então achou melhor conversar com Henrique que lhe pareceu ser o mais sensato ali.

– Henrique, eu espero que você converse com a senhorita Shirlei e explique tudo. Estarei em minha sala se precisar de mim. Com licença! - O médico disse e virando as costas, saiu, batendo a porta atras de si.

Sozinho, Henrique aproveitou para se sentar ao lado de Shirlei.

– Henrique, o Felipe não se lembrou de mim. O meu príncipe não me reconheceu. - Shirlei choramingou para o amigo.

Henrique segurou uma das mãos de Shirlei entre as suas.

– Eu sei, Shirlei. E você precisa ser forte para o que eu vou dizer. Mas... O Felipe teve perda de memória recente.

Shirlei franziu a testa. - O que isso quer dizer exatamente?

– O médico me explicou que é como se o cérebro dele, devido ao trauma, tivesse decidido esquecer tudo que levou ele a levar aqueles tiros, entende?

Shirlei ficou cabisbaixa. - Inclusive eu...

Henrique levantou o queixo da amiga com dois dedos para que ela o encarasse.

– Shirlei, você tem que entender uma coisa. O cérebro dele decidiu te esquecer. Mas... você acha mesmo que se o coração de Felipe pudesse escolher, ele te esqueceria?

Shirlei acabou por ficar pensativa por algum tempo. - Não. Meu príncipe jamais me esqueceria se pudesse escolher.

– Então. - Henrique reforçou a conclusão de Shirlei.

Uma lágrima furtiva desceu pela face de Shirlei que imediatamente secou com o dorso de uma das mãos.

– Será que se eu levasse o Benjamim para que ele pudesse conhecer, a memória dele não...

– Desculpa, Shirlei, mas não. - Henrique respondeu antes mesmo de Shirlei concluir a pergunta. - O médico deixou muito claro que o Felipe não pode ter emoções fortes. Ele vai ter que se lembrar no tempo dele.

Shirlei franziu a testa, apreensiva. - Mas... E se isso demorar muito. Henrique, eu não vou conseguir ficar muito tempo longe do meu príncipe!

Henrique abriu um sorriso sugestivo. - Eu sei e é por isso que eu pensei numa ideia aqui que talvez dê certo, mas claro, se você concordar.

Shirlei ergueu uma sobrancelha, curiosa. - Que ideia?

– Shirlei, logo que o Felipe te conheceu, ele fez de tudo para te conquistar, não foi? Não mediu esforços, certo?

– Certo. Mas aonde você quer chegar com isso?

Henrique chegou mais perto de Shirlei para responder. - O jogo inverteu, minha cara Shirlei. Agora é a sua vez de conquistar o meu amigo. - Então outro sorriso sugestivo surgiu em seus lábios - Se é que você me entende...

Shirlei encarou Henrique sem compreender o que ele queria dizer com aquilo, mas se mostrou disposta a escutar tudo que ele tinha a dizer. Então Henrique começou a explicar todo o seu plano com detalhes. No fim, mesmo com um pouco de receio, Shirlei concordou em participar de tudo. Agora restava saber se a segunda parte do plano daria certo... Convencer Felipe.

****************

– E aí, amigão! - Henrique cumprimentou Felipe quando entrou no quarto dele, meia hora de ter saído do quarto de Shirlei. - Como você está?

Felipe virou o rosto com dificuldade para o amigo. - Eu tô bem, cara. Mas... Eu queria saber da garota que desmaiou. Ela tá bem?

Diante da pergunta do amigo, Henrique pensou que seu plano seria executado com sucesso. E teve vontade de rir, mas se conteve.

– A Shirlei? - Henrique se fez de desentendido. - Ela tá sim. Por quê? Ficou preocupado?

– Fiquei. - Felipe respondeu e nem ele mesmo entendeu o porquê de ter sido tão rápido em sua resposta. - E... Um pouco confuso. Henrique, por que aquela garota me chamou de príncipe e por que ela me beijou daquele jeito? De onde ela me conhece?

– Ah, amigão, isso você vai ter que perguntar pra ela.

Felipe Franziu a testa, indignado.

– E por que você mesmo não me diz?

– Porque, amigão... A Shirlei foi muito importante na sua vida. Você pode não se lembrar Dela, mas ela se lembra de você. E muito. Por isso, eu vim aqui te propor uma coisa.

– Que coisa? - Felipe perguntou, mas aquelas palavras ditas antes por Henrique de que Shirlei tinha sido alguém muito importante em sua vida ficou martelando em sua mente.

– Eu vim propor que a Shirlei passe a cuidar de você durante a sua recuperação aqui no Hospital. Assim vocês terá a oportunidade de perguntar a ela o que você quiser e quem sabe isso não sirva de estímulo para que sua memória volte. Então, o que você acha? De acordo?

Felipe ficou pensativo por alguns segundos, até que perguntou: - Ela... Concordou com isso?

– Com certeza.

Por um segundo, Felipe quis dizer não, mas isso só durou um mísero segundo, pois ao se lembrar dos lábios macios da garota pressionando os seus e do quanto achou bom quando ela o abraçou, mudou de ideia quanto a negar a proposta. Tinha de dar aquela chance a Shirlei. Tinha de saber quem era ela e o que ela representava na vida dele. Somado a isso, seu coração queria vê-la de novo. Maldito coração!

– Tá. Sendo assim, eu... concordo também.

Henrique bateu uma mão na outra numa única palma, e expressou um sorriso de vitória.

– Ótimo. Então amanhã mesmo ela virá.

– Amanhã? - Felipe perguntou com uma ponta de decepção na voz. - E por que não hoje?

Henrique abriu um sorriso sugestivo. - Ih, amigão, já tá com saudades?

Felipe ficou sem graça. - Num é isso, mas é que... Ah, Henrique, já vi que você não mudou nadinha durante esse tempo que fiquei em coma!

Henrique soltou o riso que já estava segurando a um tempo, deixando Felipe ainda mais sem graça. - Calma, amigão! Tá pensando o quê? Que você é o único homem na vida da Shirlei? - Henrique provocou o amigo, mesmo se referindo a Benjamim.

Entretanto como Felipe não se lembrava da existência do pequeno Ben, não pôde evitar sentir algo estranho dentro dele que mais tarde saberia... Era ciúmes.

***************

No dia seguinte, como combinado, bem cedo, Shirlei, logo depois de amamentar o pequeno Ben e deixá-lo aos cuidados de Tancinha, foi até o quarto de Felipe.

Bateu na porta três vezes antes de entrar. Tinha combinado com Henrique ser o mais paciente possível com o seu noivo. Sabia que não seria fácil, afinal, ficar tão perto de seu amor e ao mesmo tempo se sentir tão longe era uma missão um tanto quanto dolorosa demais. Entretanto em vista das circunstâncias, o que importava é que ele estava vivo. E bem. O resto viria com o tempo. Afinal, se Felipe um dia se apaixonou por ela, poderia muito bem se apaixonar de novo, não poderia?

E foi pensando assim que encontrou forças para abrir a porta e entrar.

– Bom dia. - Ela o cumprimentou com um sorriso terno nos lábios.

Felipe estava sentado na cama com as costas encostadas na cabeceira. Seu pensamento estava tão longe que só percebeu que Shirlei havia entrado quando ouviu a voz dela. Devagar, ele virou o rosto em direção a ela e por alguma razão Ainda desconhecida para ele, seu coração disparou ao vê-la.

– Bom dia. - Felipe respondeu quando seus olhares se encontraram.

Um silêncio constrangedor tomou conta daquele quarto, deixando-os completamente sem graça. Até que foi quebrado por Shirlei.

– Acho que o Henrique deve ter dito que eu viria hoje para cuidar de você, né?

– É, ele me disse.

Shirlei queria saber o que dizer, mas quem disse que saia alguma coisa. Mordeu o lábio inferior e olhou para os lados. Sua vontade era sair correndo dali. Nunca imaginou uma situação como aquela. Ficar tímida diante de alguém com quem tinha tanta intimidade.

– Er... Precisa de alguma coisa?

– Preciso. Será que você poderia me ajudar com os meus travesseiros? Não estou muito confortável nessa posição. - Felipe disse com um sorrisinho tímido brincando em seus lábios, o que fez o coração de Shirlei esquentar e disparar.

– Claro. Posso sim. - Respondeu ela. Em seguida, sob o olhar atento dele, Shirlei se inclinou por cima dele, esticou os braços e segurando os travesseiros, começou a ajeita-los nas costas de Felipe. - Assim tá bom? - Shirlei perguntou para ele sem encara-lo, mas como não houve resposta, seu olhar foi direto de encontro ao dele e quando seus olhares se cruzaram, Shirlei percebeu que Felipe a olhava com bastante intensidade, então sustentou aquele olhar com o seu o máximo de tempo que conseguiu, até que... Ele desviou e ela voltou a ajeitar os travesseiros como se nada tivesse acontecendo, mesmo escondendo um sorrisinho de Felicidade por saber que seu príncipe, afinal, não era de todo indiferente a ela.

– Alguém já te disse alguma vez que você tem os olhos muito expressivos? - Felipe perguntou para Shirlei, que sorriu com os lábios fechados.

– É, alguém já me disse sim. - ela respondeu se referindo ao próprio Felipe, e continuou sorrindo.

Felipe teve vontade de dizer que também tinha gostado do sorriso dela, mas achou que aquilo seria muito para um dia só. Em vez disso, achou melhor fazer logo aquela pergunta que tanto ele estava com vontade.

– Shirlei, o que nós...

Entretanto antes que ele pudesse concluir a pergunta, os dois se sobressaltaram com a chegada do café da manhã de Felipe.

– Desculpa interromper, mas onde eu posso deixar a comida do paciente? - A enfermeira perguntou para Shirlei.

Prontamente, Shirlei apontou para uma mesinha que ficava do lado da cama de Felipe.

– Pode deixar aqui mesmo. Obrigada.

Então depois de apoiar a bandeira no local indicado, a enfermeira pediu licença e se retirou, deixando-os a sós.

– Acho que você deve tá morrendo de fome, né? - Shirlei quis saber.

Felipe sorriu. - Um pouco.

Shirlei abriu a tampa da bandeja e se deparou com uma bela vitamina de banana, além de uma salada de frutas. Duas opções maravilhosas. Só que não. Pois conhecia seu noivo muito bem. Teve vontade de rir.

– O cardápio para hoje é vitamina de banana ou salada de frutas. O que você vai querer?

Felipe Franziu o nariz.

– Sério? Eles sabem que eu já acordei do coma, né?

Shirlei soltou uma risada divertida. E Felipe percebeu que adorava o som do riso Dela. Teria de fazê-la rir mais vezes só para escutar.

– Não sei. - Respondeu ela, Ainda com lampejos de riso na voz. - Mas as duas opções são essas, então...

– É, se num tem outra coisa. Acho que vou ficar com a vitamina.

Shirlei sorriu, então pegou o copo e depois de se sentar ao lado de Felipe, mas bem coladinho com ele, posicionou o copo nos lábios dele, inclinando-o a medida que ele tomava, já que os braços dele Ainda necessitavam de bastante fisioterapia para voltar ao que eram antes. Eles estavam muito doloridos.

– Obrigado. - Ele agradeceu com um sorriso, logo depois que terminou de tomar toda a vitamina. Shirlei deu uma risadinha e ele ficou sem entender. - O que foi? Qual é a graça?

– É que você ficou com um bigodinho. Tá engraçado.

– Ah é...? E por que você não tira? - Felipe perguntou, mas sua voz saiu tão rouca que acabou criando um clima entre os dois. Principalmente porque os rostos dos dois estava tão próximos que ambos podiam até sentir a respiração um do outro.

Shirlei engoliu a seco. E mirando os lábios de Felipe entreabertos, acabou não resistindo, então segurando o queixo dele, ela se aproximou, mordiscou o lábio superior de Felipe e com a língua lambeu a vitamina que formava o bigodinho. Entretanto ao se dar conta da loucura que tinha cometido, ela se afastou abruptamente e extremamente sem graça.

– Desculpa, eu não... Desculpa. - Shirlei pediu com os olhos arregalados, mesmo percebendo que os olhos de Felipe permaneciam fechados.

Ele abriu os olhos devagar como que saindo de um transe.

– Tudo bem... Tava boa a vitamina? - Ele brincou para quebrar o clima e os dois caíram na risada com cumplicidade.

Ainda rindo, Shirlei sentiu quando seu celular vibrou em seu bolso. Pegou-o quase de imediato e ao olhar no visor, o nome que piscava era o de Tancinha. Ficou apavorada. E se algo tivesse acontecido ao seu Benjamim?

Abruptamente se levantou, levando Felipe a se assustar.

– Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou com um tom de preocupação na voz.

– Eu tenho que ir. - Foi só o que Shirlei respondeu já se dirigindo até a porta sem dar uma única explicação.

– Espera, Shirlei. - A garota parou, segurando a porta entreaberta quando o ouviu chamar. Em seguida, virou o rosto para trás em direção a ele. - Você... Volta, né?

Shirlei sorriu com ternura. - Volto sim. - Respondeu e foi embora correndo em direção ao seu quarto, deixando um Felipe enciumado imaginando que talvez ela pudesse ter ido embora por causa do outro homem da vida Dela.

– Tancinha, aconteceu alguma coisa com o Ben? - Shirlei perguntou, exasperada ao entrar no quarto.

Tancinha veio de encontro a irmã com o pequeno Benjamim nos braços, que chorava enlouquecidamente. E por mais que ela tentasse acalentar, nada o fazia parar.

– Aconteceu. Aconteceu que o Ben num me para de chorar. Eu já não me sabia mais o que fazer, por isso tive que ligar pra você.

Preocupada Shirlei tomou Benjamim dos braços da irmã para tentar acalma-lo.

– Que foi, meu amor? - Shirlei perguntou, enquanto balançava o pequeno em seus braços. - Mamãe tá aqui. Cê tá com fome é? - Shirlei baixou a alça do vestido e sem delongas começou a dar de mamar ao seu rebento que logo começava a parar de chorar. - Pronto, pronto, meu amor. Não chora. Mamãe dá de mamar pra você, viu?

– Ai, Graças a Deus, você me veio. Porque... Isso eu não ia me conseguir resolver nunca.

Shirlei soltou uma risada.

– Não mesmo. Mas... Obrigada, Tancinha, por você cuidar do Ben enquanto eu ajudo o meu príncipe a recuperar a memória.

– Ma me conta aí, algum progresso?

– Em relação a memória, nenhum. Mas... Eu sinto que o Felipe não é nenhum pouco indiferente a mim.

– Huuuuum, ma isso me é muito bom.

– É bom sim. - Shirlei concordou sorrindo, enquanto colocava Ben pra arrotar. - Depois que ele arrotar, vou eu vou voltar pra lá, tudo bem? Você pode pôr ele pra dormir?

– Claro que eu me posso.

Shirlei sorriu, então de repente um ruído saído da gargantinha de seu pequeno, levou-a a entregá-lo para Tancinha para que ela terminasse o trabalho.

– Mamãe volta, viu, amor?! Ela só tá ajudando papai, mas se você ficar com fome é só chorar de novo que mamãe vem correndo. - Shirlei disse para o seu pequeno para em seguida dar um beijo em sua cabeça com todo carinho antes de sair outra vez em direção ao quarto de Felipe, que a esperava ansioso.

– Voltei. Desculpa a demora. - Shirlei disse ao entrar no quarto. E Felipe teve a mesma sensação de coração disparado.

– Tudo bem... - Mas não estava tudo bem, ela não fazia ideia da falta que ele sentiu Dela - Shirlei, será que você poderia me ajudar a levantar? - perguntou antes que aqueles pensamentos o consumissem.

Shirlei concordou com a cabeça e prontamente passou o braço ao redor da cintura dele, apoiando um dos braços dele ao redor de seu pescoço.

– Pode se apoiar em mim sem medo. Eu consigo te segurar. - Shirlei assegurou com convicção, então Felipe com muita dificuldade foi se levantando, colocando todo o seu peso em Shirlei. - Você que ir pra onde? - Shirlei perguntou, enquanto o ajudava a se arrastar para seja lá o lugar que ele pretendia ir.

– Tomar banho. Mas... Acho que cometi um erro. Como eu vou fazer isso se nem ao menos consigo mexer os braços direito?

– Não se preocupe. Se quiser, eu posso dar banho em você.

Felipe arregalou o olhar. - E... Você não vai ficar nenhum pouco sem graça com isso?

Shirlei sorriu com os olhos. - Nenhum pouco. Porque... Você pode até não se lembrar, mas... Eu conheço muito bem cada detalhe do seu corpo.

Felipe ficou mudo diante daquela declaração, mas mais do que isso ficou imaginando que se ela conhecia o corpo dele, era provável que ele também conhecesse o Dela... E como ele gostaria de se lembrar desse detalhe em especial.

Os dois entraram no banheiro. Shirlei ajudou Felipe a se sentar em uma cadeira que estava posicionada estrategicamente debaixo do chuveiro. Ele por sua vez, só ficava observando o que Shirlei fazia, encantado com seus gestos delicados e sua falta de timidez para com ele. Então foi aí que Shirlei retirou a camisa dele, deixando a mostra todo o dorso musculoso dele que ela em tantos momentos havia beijado e tocado. Depois ela retirou a calça de Felipe como ele estava sem cueca, não demorou para que Shirlei o visse do jeito que veio ao mundo.

Por mais que estivesse acostumada, devido às circunstâncias nada convencionais, Shirlei acabou ruborizando. Entretanto para que ele não percebesse, ela abriu o chuveiro e começou a banha-lo, ensaboando-o.

Ao sentir as mãos de Shirlei sobre o seu corpo, Felipe foi puxado para alguns Flashbacks de sua vida em que mãos como aquelas o levavam a loucura.

– O que foi, Felipe? - Shirlei perguntou ao perceber o semblante de Felipe. Ele estava com a testa franzida e muito pensativo.

Shirlei tinha desligado o chuveiro e já começava a enxuga-lo com uma toalha, enquanto aguardava uma resposta.

– Shirlei, só agora eu percebi que você usa um anel na mão direita. Você tá noiva? - Felipe perguntou quando já estava sentado na cama com a tolha amarrada na cintura.

Shirlei ergueu a mão e depois de dar um olhada no anel com extremo fascínio, respondeu: - Sim, eu estou.

– E... Você o ama?

Shirlei sorriu, encarando-o apaixonadamente. - Amo. Mais do que tudo nessa vida.

Felipe forçou um sorrisinho de lado. - Seja lá quem for, esse cara tem muita sorte de ter uma mulher como você.

Shirlei sorriu - Talvez seja eu quem tenha sorte de ter um homem como ele. Um verdadeiro príncipe.

Felipe Franziu a testa. - Engraçado, foi assim que você me chamou quando entrou no meu quarto ontem. Será que o seu noivo não teria ciúmes se soubesse disso?

Shirlei deu um sorriso sugestivo. - E imagina se ele soubesse do beijo que eu te dei por duas vezes...?

Felipe Franziu Ainda mais a testa. - Espera, o noivo sou eu! É por isso que você me chamou de príncipe e me beijou e disse que conhecia o meu corpo.

Shirlei umedeceu os lábios com a língua. - Isso mesmo, príncipe, o meu noivo é você.

Felipe arregalou o olhar. - Shirlei, me perdoa por ter me esquecido! Eu preciso me lembrar de você. Me ajuda, por favor!

Shirlei fez um carinho no rosto de Felipe sem tirar os olhos dos dele. - Ajudo, príncipe. Nem que eu passe o resto da minha vida tentando... Eu vou fazer com que você se lembre de mim.

Felipe deu um sorriso com ternura, enquanto Shirlei vestia suas calças.

– Shirlei, deita aqui comigo. - Pediu ele, a voz saiu sussurrada.

– Por quê? Não entendi.

– Talvez assim eu consiga me lembrar. Não sei. A gente podia tentar.

Shirlei achou estranho, mas tudo que levasse Felipe a se lembrar, ela faria. Então sem mais pestanejar, ela se deitou do lado dele, ficando os dois de lado e um de frente para o outro, olhos nos olhos.

– E agora? Qual o próximo passo? - Shirlei perguntou, fixando o olhar nos lábios de Felipe.

– Um beijo.

Então Shirlei se aproximou e selou os lábios dele com um beijo, mas Felipe queria mais e reunindo forças, ele conseguiu que Shirlei permanecesse com os lábios grudados nos seus até que ele mordiscou o lábio inferior Dela e quando eles se deram por si estavam em um beijo de tirar o fôlego, com Shirlei já segurando a nuca de Felipe para que ele não se afastasse, pois a muito tempo esperava por aquele beijo.


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