Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 18
Capítulo 18




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714874/chapter/18

Décimo Oitavo Capítulo ❣️

Alguns minutinhos depois, Felipe finalmente voltou para sala, segurando em uma das mãos a roupa que prometera para Shirlei.

– Desculpa a demora, princesa, mas é que eu ainda tive que ligar pra Cris pra perguntar onde que tava a... - Pausou, estranhando o fato de que a sala estava vazia - Shirlei? - Olhou para os lados, procurando-a. - Shirlei! - Chamou um pouco mais alto. Nada. Nenhum sinal Dela. Uma sensação de tristeza e vazio traspassou seu coração. Não conseguiu evitar. Então caminhou até a porta e já ia sair para procurá-la se não fosse ter escutado uma voz feminina vinda da cozinha.

– Felipe?! Tá indo aonde?

Ele parou e virou em câmera lenta em direção a voz. Depois, sorrindo com alívio e gratidão por ela não ter ido embora, ele correu e a envolveu em seus braços com um abraço bem apertado. Depois segurando o rosto Dela entre as mãos, encostou a testa na Dela, narizes se roçando.

– Nunca mais faz isso, Shirlei. - Pediu ele, quase implorando, olhos fechados, tórax subindo e descendo.

– Isso o quê? - Ela quis saber. Sinceramente não estava entendendo aquela reação repentina dele.

– Por um segundo... Cheguei a pensar que você tinha ido embora. - Felipe explicou.

Shirlei franziu a testa.

– Não, Felipe. Eu tava lá na cozinha o tempo todo. - Ela argumentou. Então foi a vez dela segurar o rosto dele entre as mãos, olhando fundo em seus olhos e sustentando o seu olhar. - Ei... Eu não fui embora. E nem pretendo ir. Não se preocupe.

Felipe deu um sorrisinho de lado. Sem brilho nenhum. Então Shirlei sentiu o coração se apertar e sem que Felipe esperasse, ela puxou o rosto dele, grudando seus lábios nos dele, beijando-o. Feliz com a iniciativa, Felipe puxou o ar e abriu os lábios, obrigando-a a abrir ainda mais os Dela para permitir que o beijo se aprofundasse, ao mesmo tempo em que envolvia a cintura de Shirlei com os braços, grudando seu corpo no Dela. Shirlei na ponta dos tênis, enfiou os dedos entre os fios dos cabelos da nuca de Felipe, enquanto um turbilhão de sensações passava por eles durante aqueles minutos sem fim.

E o beijo continuou até que ambos começaram a sentir falta de ar. Então suas bocas se afastaram em meio a alguns pequenos beijos estralados. Sendo que Shirlei agora estava agarrada a camisa dele e ele ainda não tinha soltado sua cintura. Olhos nos olhos.

– Huuuuuuuum, olha só você, Shirlei, tendo iniciativa... Atitude... Gostei disso, viu?! - Felipe comentou com voz sedutora. - Pode continuar assim, se quiser. Tô gostando muito de conhecer esse seu outro lado.

Shirlei deu um sorriso altamente sedutor e mordiscou o queixo de Felipe, que sorriu.

– Acho que estou tendo um ótimo professor...

– Professor é...? - Felipe falou rouco, roçando a barba no rosto de Shirlei, finalizando com um mordidinha no lóbulo de sua orelha. - Então te prepara porque você, princesa, ainda vai aprender muita coisa comigo... - Felipe sussurrou e esperou a reação de Shirlei, que veio alguns segundos depois, quando ela virou o rosto e sussurrou rente ao ouvido dele.

– Na hora certa, serei uma ótima aluna...

Felipe deu uma risadinha abafada. E não é que ela soube exatamente o que responder. Ponto para Shirlei!

E, então, o rosto de Felipe avançou, fechando novamente a distância, pressionando novamente os lábios Dela com os dele, boca fechada. As mãos de Shirlei apertaram a camisa dele e eles sorriram em meio ao beijo.

– Agora... Será que a mocinha pode me explicar o que tava fazendo dentro da cozinha? - Felipe perguntou, curioso. Só agora se lembrando daquele detalhe.

– Preparando o nosso jantar. - Shirlei respondeu naturalmente. - Não posso querer fazer um agrado pro meu namorado? - Perguntou, uma expressão sapeca no olhar.

Felipe abriu um sorriso aberto. Finalmente uma declaração espontânea vinda por parte dela.

Em resposta, ele apertou ainda mais a sua cintura.

– Pode. Você pode tudo. Eu deixo tudo. - Falou rouco e puxando o ar, deu um beijo nos lábios de Shirlei. - Mas então se é assim, acho que eu vou aproveitar pra tomar um banho bem rapidinho, pode ser? Quero ficar bem cheiroso pra jantar com minha princesa.

– Hum, acho que vou gostar disso. - Shirlei concordou, sorrindo. - E também é o tempo que o jantar fica pronto.

– Tá certo. Eu vou indo então... Já volto. - ele disse, só que sem soltá-la.

Shirlei começou a rir.

– Felipe?! - Ela chamou a atenção dele, que se fingiu de desentendido, provocando mais risos por parte dela.

– Ah, é... Pra onde eu tava indo mesmo?

Shirlei revirou os olhos, sorrindo.

– Tomar banho, Felipe. - Ela colocou as mãos no tórax dele e o empurrou se divertindo - Vai logo!

Então sem mais brincar, Felipe tascou mais alguns beijos nos lábios e pescoço de Shirlei e correu em direção ao quarto, deixando-a gargalhando.

*********************************

Mais tarde, quando Shirlei tinha acabado de preparar o jantar, ela resolveu esperar por Felipe na sala. Chegando lá, começou a caminhar pelo lugar, percorrendo com o olhar cada pedacinho daquele local. Um em especial lhe chamou a atenção. Era uma mesinha de canto onde ficavam alguns porta-retratos. Foi até lá e pegou um deles onde havia uma fotografia de Felipe. Ele devia ter no máximo uns cinco anos de idade. Shirlei ficou fascinada com a beleza infantil de seu namorado, então passou os dedos delicadamente no rosto dele e sorrindo, deu um suspiro profundo.

Foi nesse momento que o telefone começou a tocar insistentemente. Apesar de ser a casa de seu namorado, ainda não tinha intimidade suficiente para atender assim a uma ligação... E se fosse a mãe dele, ou o pai... Eles nem ao menos sabiam da existência dela ainda. Não. Melhor mesmo era que deixasse tocar. Cedo ou tarde o telefone pararia ou depois Felipe apareceria para atender. Entretanto para sua inteira surpresa nada disso aconteceu. O telefone simplesmente caiu na secretária eletrônica com o seguinte recado, que foi ouvido atentamente por Shirlei:

" Cara, vê se atende o celular, tô te ligando a um tempão! É o Henrique, meu irmão! - Shirlei riu, imaginando o que Henrique teria de tão urgente a tratar com Felipe. - Cara, a gente precisa falar sobre a campanha dos perfumes. Eu sabia que a tua ex noiva era uma cobra, mas namorar o dono da Campanha só pra ele desistir de fazer a campanha com a gente foi golpe baixo demais até pra ela! Cara, nem juntando as campanhas todas lá da empresa, a gente consegue chegar aos pés dessa, cê sabe, né? - Nesse momento, Shirlei já entendia que o assunto era mais sério do que ela imaginava - Enfim... O fato é que ela só fez isso porque descobriu o seu namoro com a Shirlei. Você fez bem em não querer contar nada pra ela, acho que ela não ia querer continuar com você mesmo não. A Shirlei jamais aceitaria esse tipo de situação. Melhor esconder mesmo. - Ouvindo isso, Shirlei escorregou no sofá, sentando, aturdida - E pode contar comigo pra isso! Mas me liga assim que você escutar esse recado, porra! Tô precisando conversar contigo, tá certo?! Abraço!

Depois disso, tudo que se ouviu na sala foi o bip do fim da mensagem e um silêncio se fez até ser quebrado pelos passos de Felipe, que voltava do banho, vestido apenas com uma calça de moletom cinza.

Ele estava enxugando os cabelos com uma toalha branca, quando avistou Shirlei sentada no sofá, de costas para ele, mais silenciosa do que de costume.

– Huuuuum, Shirlei, se esse é o cheiro do jantar, já sei que eu vou repetir o prato umas três vezes. - Felipe comentou, elogiando. Em seguida se inclinou no sofá para dar um cheiro no pescoço de Shirlei. No entanto, para sua imensa surpresa, a garota se levantou se esquivando do carinho. Felipe estranhou o gesto, franzindo a testa. - Que foi, Shirlei? Aconteceu alguma coisa?

Shirlei se virou pra ele, braços cruzados. Olhar não muito amigável.

– Felipe, quando é que você ia me dizer sobre a Campanha dos Perfumes?

Felipe engoliu a seco e arrodeando o sofá, chegou mais perto Dela.

– Espera... Como você...

– Eu ouvi um recado do Henrique na sua secretária eletrônica.

– Shirlei, se você me der uma chance... - Felipe mostrou o indicador pra ela, quase implorando. - eu posso explicar tudo pra você e...

Mas Shirlei não parecia querer explicação nenhuma, expirando forte.

– Felipe, qual foi a parte do "Eu não quero. E não posso me sentir insegura que você não entendeu?"

Felipe franziu a testa, mas agora a indignação dele com ela chegou ao limite.

– Insegura? - Shirlei o ouviu repetir, mas não conseguiu distinguir o que havia na expressão dele. Sinceramente, Shirlei nunca tinha visto aquela expressão nele antes. - Insegura? - Repetiu ele e jogou a toalha que segurava no sofá, assustando-a. - Cê quer falar de insegurança, Shirlei? Pois então vamos falar de insegurança. Porque se tem alguém inseguro nessa relação, esse alguém sou eu, Shirlei! - Shirlei arregalou o olhar diante daquilo - Ou você acha que é fácil pra mim tá cem por cento numa relação que eu não faço a menor ideia no que vai dar? Shirlei, quando eu saí do quarto da Cris e não te vi aqui na sala, meu coração disparou porque eu achei de verdade que você tinha ido embora. Assim como, todas as vezes que eu ligo pra você, eu fico imaginando que talvez um dia seja a Dona Francesca que atenda, dizendo que você foi embora para o Chile. E ainda tem esses quinze dias... sem contrato, sem nada... O que me assusta que você a qualquer momento pode desistir e voltar correndo para o seu noivo. Por isso mesmo, Shirlei, eu não te contei sobre o que a Jéssica aprontou porque por mim o mundo pode explodir... Contanto que você esteja ao meu lado. Mas e pra você? Eu posso ter essa certeza? Não né? Olha só o jeito como você tá reagindo agora diante diante de um problema que eu não tenho a menor culpa de ter acontecido... Mas que se dane! Pra mim, o que me importa é você, Shirlei. E só você!

Diante do desabafo, Felipe desviou os olhos e um silêncio fora do normal aconteceu naquele ambiente. Tudo que se ouvia era o som da respiração de ambos, que se tornou um pouco mais difícil. Então sem mais o que dizer e já que Shirlei não dizia nada, Felipe deu as costas e saiu se sentando de costas pra ela no braço do sofá, cabeça baixa, braços cruzados.

Respirando fundo, Shirlei sabia que tinha de fazer algo, pois o que ele disse calou forte no coração Dela. Mas como escolher as palavras certas? Caminhando devagar, foi até ele e subindo no sofá de joelhos, segurou os ombros dele, firmemente. Então iniciou um caminho de beijos, desde o ombro esquerdo, passando pela nuca até o ombro esquerdo dele, traçando uma linha de fogo por onde os lábios Dela passavam. Felipe fechou os olhos, inebriado pelas carícias e levantou a cabeça, tentando ser imune a elas. Impossível. Em vez disso, ele se virou, e segurando a cintura de Shirlei, posicionou-a no colo dele, arrancando Dela um riso divertido.

– Ai, Felipe, que susto! - Ela disse, enlaçando o pescoço dele para se equilibrar.

– Shirlei, sua mãe nunca te disse pra não brincar com fogo? - Felipe perguntou, a voz sedutora.

– É que... Eu precisava te pedir desculpas... Felipe, eu não quero que você fique chateado comigo.

– E eu consigo? Hein?

– Mas devia. Eu não te mereço, Felipe. Sabe o que é... É que até te encontrar, eu achava que Príncipe encantado só existia em conto de fadas, então... acho que eu tô custando um pouco a acreditar que isso tudo é real.

Felipe deu um sorriso com ternura e colocou um mecha de cabelo atras da orelha Dela com todo carinho.

– Mas aí é que tá, Shirlei, eu só virei príncipe depois que eu encontrei a minha princesa... Antes disso, eu era um... Sapo. - Ele virou a cabeça de lado, fazendo uma caretinha engraçada, então os dois riram com a referência. - Com um passado meio tosco, que de vez em quando vem à tona destruindo tudo que vê pela frente. - Shirlei sabia que Felipe se referia a Helô e Jéssica.

Então ela chegou bem perto dele, segurando a mandíbula dele entre as mãos, os olhos brilhando. E um sorrisinho de ternura emoldurando seu rosto.

– Tô apaixonada por você, Felipe. Tava tentando lutar contra isso, mas tá impossível. E a partir de hoje, eu vou entrar cem por cento nessa relação.

Felipe ficou estático. Ele esperava tudo menos aquela declaração. Seu coração disparou de uma forma que quase saiu pela boca. Uma lágrima escorreu do canto de um de seus olhos. Shirlei enxugou, emocionada. Então eles se beijaram. Mas não um beijo comum, um beijo sôfrego, cheio de paixão. Felipe passava as mãos pelas costas de Shirlei friccionando de cima a baixo, enquanto ela repuxava os cabelos dele.

Como se não bastasse, Felipe agarrou o lábio inferior de Shirlei com os dentes, depois desceu os lábios, mordiscando desde o queixo, descendo pelo pescoço até o colo. Depois disso, Felipe puxou a camiseta de Shirlei, retirando de dentro do short e começou a retirá-la, sem parar um segundo de beija-lá, mordiscar, lamber. Mas foi aí que...

Shirlei deu um pulo, saindo do colo de Felipe quase que de imediato.

– Chega, Felipe! - Falou Shirlei, ofegante, quase sem voz. Os lábios entumecidos - Melhor a gente...

Felipe levantou se recompondo também e virando de costas, passou a mão pelo rosto. Essa foi por pouco!

– É, você tem razão. - Falou também arfando - Melhor a gente... Comer. Quer dizer, a comida. O jantar. Droga, Shirlei! Você entendeu, né?!

Shirlei ajeitou a camiseta e o rabo de cavalo, que agora estava completamente despenteado.

– Entendi. E... Melhor a gente ir mesmo porque... Deve tá até esfriando.

Felipe coçou a nuca.

– É. Vamos?

– Vamos sim.

Os dois sorriram, completamente sem graça um para o outro, mas depois disso seguiram juntos para cozinha, imaginando que se a noite já havia começado assim, como seria o resto Dela?

********************************

O jantar preparado por Shirlei foi uma omelete com um recheio bastante caprichado. Como Felipe havia dito, ele não mentiu, repetiu o prato por três vezes. Estava delicioso e ele não cansou de elogiar sua princesa e seus dotes culinários. Durante o jantar, os dois conversaram muito e evitaram ao máximo se tocarem de forma íntima. Então apenas alguns carinhos no rosto e nas mãos foram trocados de forma tímida.

Quarenta minutos depois, o jantar foi finalizado naturalmente com Shirlei recolhendo os pratos e talheres, sendo ajudada de perto por Felipe.

– Pela milésima vez, eu repito, tava muito bom, princesa. Se você não tivesse me ganhado pelo coração, garanto que me ganhava pelo estômago.

Shirlei se fingiu de indignada e disfarçando um sorriso, fingiu que ia dar um tapa no braço dele. Mas Felipe fez o inesperado - Ele segurou a mão Dela no ar e com um leve puxão a trouxe para junto de si. Os dois ficaram se encarando, seus lábios, a poucos milímetros de distância. Shirlei sentiu um frio na barriga. E o pulso queimar bem onde a mão dele a segurava.

Os dois começavam a respirar com dificuldade... De novo.

– Vamos fazer brigadeiro? - Felipe perguntou, esfregando as mãos uma na outra e se afastando. Mal sabia ela a dificuldade que foi pra ele fazer isso.

Shirlei respirou fundo para se recompor e teve de encontrar em algum lugar do seu cérebro o comando de como se andava, falava, etc, etc, etc...

– Boa ideia. - Ela concordou. E ele já foi abrindo o armário a procura da panela, enquanto ela tentava encontrar os ingredientes.

Cinco minutos depois, com o brigadeiro já pronto, Shirlei pegou a colher de pau e começou a lamber.

– Ei, isso não é justo. - Felipe protestou. - Eu aqui esperando o brigadeiro esfriar e você aí se deliciando com o restinho que sobrou na colher.

Shirlei começou a rir, com expressão sapeca, continuando a lamber a colher sob o olhar atento de Felipe. O problema é que aquilo já não estava mais tão engraçado, e sim começando a ficar bem sexy para ele. Lembrou-se da vez que lambeu os dedos Dela. Balançou a cabeça para espantar os pensamentos.

– Você quer um pouquinho? - Shirlei ofereceu, apontando a colher de pau pra ele, sorrindo. Olhar inocente.

Felipe não resistiu e se aproximou, abrindo a boca para experimentar um pouco, entretanto para sua imensa surpresa, ela retirou a colher, e riu da cara que ele fez.

– Shirlei, para com isso, sabe nem brincar!

Então ele tentou pegar mais uma vez e ela esticou o braço pra que ele não alcançasse. Em vão. Porque ele era muito mais alto e logo ele conseguiu alcançar, pegando a colher da mão Dela e colocando na boca tal qual uma. Fiança birrenta, rindo, vitorioso. Shirlei fez bico e cruzou os braços.

– Assim num vale! Se aproveita só porque é mais alto que eu...

Ele achou tão fofo aquele jeitinho manhoso Dela, que chegou bem perto Dela e enlaçando sua cintura com o braço que não segurava a colher, puxou-a para si.

– Vem, come um pouquinho aqui. Abre a boquinha, vai.

Ela abriu bem devagar e ele levou a colher até os lábios Dela, mas a colher era tão grande que acabou sujando o canto dos lábios de Shirlei. Então, tentado, ele sorriu de forma sedutora e passou a língua quente e suave bem ali no cantinho dos lábios Dela, que se derreteu inteira. Depois disso, ele pegou a colher e de propósito sujou o queixo Dela, lambendo e sugando aquele local, fazendo com que Shirlei arqueasse o pescoço, tamanha era a agonia e desejo. Ainda depois disso, ele passou a colher no pescoço Dela e ali, ele não deu trégua, lambendo, chupando, mordiscado, queimando todo o corpo de Shirlei.

Então sem mais aguentar aquela tortura, Felipe jogou a colher no chão e segurando o rosto de Shirlei entre as mãos, abocanhou os lábios Dela, e puxando o ar, sua língua pediu passagem com ânsia. Em resposta, Shirlei gemeu e o puxou pelos ombros. Foi aí que Felipe retirou as mãos do rosto Dela e enlaçou sua cintura com os braços e começou a empurra-lá com o próprio corpo até as costas de Shirlei esbarrarem no balcão. Shirlei gemeu de novo ao sentir o corpo de Felipe grudando loucamente no seu. Shirlei agora massageava as costas nuas de Felipe com as mãos de cima pra baixo, de baixo pra cima, sabendo que aquilo o estava deixando maluco. Foi aí que ela sentiu quando as mãos de Felipe começaram a descer por trás de suas coxas e quando e quando ela menos imaginou, ele a ergueu, posicionando-a sentada em cima do balcão, com as pernas Dela enlaçando a cintura de Felipe. Ele então começou a descer os beijos pelo queixo Dela, deixando ali uma mordidinha, passando pela linha do pescoço, clavícula...

Felipe levantou a cabeça e encarou o rosto de Shirlei, ali, entregue... Sorrindo... Tão linda... Tão dele... Tão... Droga! De novo não! A realidade caiu como um bomba sobre a cabeça de Felipe.

Ele se afastou repentinamente, quase derrubando Shirlei no chão. Segurou a cintura Dela e a colocou no chão com delicadeza, depois segurou sua mão.

– Vem, princesa, eu vou te levar pra casa! - Felipe disse, já puxando-a em direção a sala. - Trazer você pra cá foi um erro, me desculpa!

Shirlei franziu a testa e repuxou a mão sem compreender.

– O quê? Mas... Por quê? Eu achei que o combinado era eu dormir aqui.

– Mudança de planos. Você vai dormir em casa. Amanhã é outro dia. - Felipe disse, já destrancando a porta.

Shirlei se empertigou e bateu o pé, braços cruzados.

– Espera aí, Felipe, será que dá pra você explicar o que aconteceu pra você ter mudado de ideia assim de repente?

Felipe expirou, impaciente.

– O que você acha, Shirlei? Tudo bem que você é inexperiente, mas... você entendeu o que aconteceu ou... o que poderia ter acontecido entre a gente lá na cozinha né? E eu prometi respeitar o seu tempo, então... Eu vou te deixar em casa. - Pegou na mão Dela, que se soltou no mesmo instante. - Shirlei, colabora porque eu não sou de aço.

– Felipe, você disse que a gente ia comer brigadeiro, assistir filme e que no fim eu ia dormir no quarto da Cris.

– Que fica só a alguns passos do meu.

– Eu tranco a porta. - Tentou argumentar Shirlei.

– Eu tenho a chave extra.

– Felipe!!!! - Sibilou Shirlei, os olhos arregalados, rindo por dentro.

Felipe deu um suspiro.

– Princesa, a gente sozinho aqui... Não tá dando certo. E eu quero de verdade te respeitar, mas tá difícil resistir... Ainda mais com essa chuva caindo, esse friozinho... Princesa, por favor, confia em mim, melhor eu te deixar em casa!

Mesmo frustrada, Shirlei sabia que seu namorado tinha razão. Ela já tinha cedido duas vezes naquela noite e Felipe era mesmo irresistível é assim como ele, ela também não era de aço.

– Tá certo. Fazer o que né?

– Eu juro que fico te devendo esse filminho, princesa... Pode cobrar! Vamos?

Shirlei concordou com a cabeça, e pegando a chave do carro, ele pegou na mão Dela e entrelaçando seus dedos nos Dela, eles foram embora. Ambos se perguntando até quando iriam resistir...

Mas amanhã era um outro dia... o Terceiro. Para ser mais específica ;)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!