Abelha Rainha escrita por Roseane


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi Queridos, tudo bem?
Espero que gostem desse capítulo, fiz com muito carinho.
Boa leitura.



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Acordei com o barulho do sino tocando, o despertador de todos os alunos. Lancei um olhar para o criado mudo, o relógio marcava 06:00. Me levantei e fui até o meu guarda-roupas, peguei meu uniforme, meu sutiã e a meia ¾ branca, calcei um chinelo no pé e caminhei até o banheiro das meninas. Algumas já estavam se trocando, outras estavam tomando banho.

— Bom dia Rain – disse uma voz atrás de mim. Me virei e dei de cara com Petra, que estava usando uma toalha enrolada no corpo. Seu cabelo estava molhado e preso em um coque alto. – você viu a Andy? Ela ia me emprestar aquele novo rímel que lançou...

— Bom dia – respondi. – não vi ela, deve estar dormindo. Você sabe como ela é atrasada. Alías, depois me conte tudo sobre esse rímel!

Deixei minhas coisas no banco mais próximo, e depois andei até o terceiro box – infelizmente o único que estava livre – e comecei a me lavar. Vinte minutos depois, já estava pronta.

Petra e eu saímos do banheiro, andamos pelos corredores – as paredes eram um tom bege escuro, o chão era um carpete vermelho com alguns detalhes verdes e dourados – e chegamos no meu quarto. Deixei minha toalha e meu pijama dentro do cesto branco que ficava do lado do criado-mudo e peguei minhas maquiagens, afinal como posso manter minha imagem sem realçar minha beleza?
Enquanto passava base no rosto, me lembrei do tombo com o professor de Filosofia. Como era o nome dele?

— Petra, você sabe o nome do novo professor?

Ela parou de passar pó no rosto e me olhou de canto. Claro que ela sabia.

— Por que o interesse? – perguntou em tom de deboche.

— Não brinque com fogo, Querida.
Sei exatamente o que está passando pela cabeça dela. Mas como ela é atrevida. Já namora o Gary e ainda quer papo com o novo professor?

Mas eu não posso tratá-la dessa maneira. Petra e Andy são minhas únicas amigas aqui. Tenho que zelar minhas relações com as aliadas.

— É só curiosidade – falei.

— O nome dele é Leon. – respondeu dando de ombros.

Leon. É espanhol?

— Meninas! – gritou Andy aparecendo na porta. Seu cabelo curto estava encaracolado e molhado, já estava com a maquiagem retocada e com o uniforme. – me atrasei, desculpa.

— Já estamos acostumadas. – disse Petra passando um batom nude.

Dei uma piscada para Andy, minha favorita. Ela é meio lerda, porém é mais leal do que a Petra. Andy segurava seu estojo de maquiagem, abri um espaço pra ela se enxergar no espelho.

— Querida – falei pra Andy – você tem que começar a ser mais pontual.

— Ora, meu cérebro sabe disso, mas meu corpo não é muito obediente, sabe?

Essa garota não tem medo do escuro.

Meu telefone começou a tocar, corri para a cama e peguei-o.

— Alô?

— Filha? – perguntou uma voz rouca.

— Papai! – gritei de alegria. Me sentei na cadeira da escrivaninha, ignorando a feição surpresa das meninas.

— Como você está, Docinho? Tenho ótimas novidades!

— Estou bem pai. Quais são as novdades? Não ouse me deixar ansiosa!

Ele riu do outro lado da linha e depois continuou falando:

— Eu vou fazer uma grande festa na semana que vem, para celebrar os vinte e cinco anos da nossa empresa! Vou pedir para o meu motorista te pegar ai no próximo sábado.

— Fantástico! Adoro uma festa!

— Eu sei, Docinho. Ah, tenho que desligar. Tenho uma reunião prestes a começar. Amo você, Rain.

— Também te amo papai – e desliguei o telefone.

Andy e Petra estavam me olhando, então expliquei para elas o motivo da festa, e menti que meu pai não tinha deixado eu levar ninguém, porque eu não queria a companhia delas naquele dia. Eu queria aproveitar a festa e ficar com Cristina e meus cachorros, sem nenhuma dúvida!

Descemos para o refeitório, e me encontrei com Gary na mesa. Eu tinha passado na fila antes, claro que fui direto no começo, e tinha pegado uma barra de ceral e uma maçã.

— Bom dia – falei me sentado ao lado de Gary. Andy se sentou do meu lado, e Petra na minha frente.

— Bom dia – respondeu. Ele me puxou para um selinho demorado, mas ficou com os olhos abertos. – hey, eu estava pensando, a gente poderia estudar juntos hoje depois do meu treino, o que você acha?

— Claro – respondi mordendo minha maçã. – aliás, quando vai ser a seletiva do time?

— Provavelmente no sábado, mas do que importa? Só vou ver quem sabe marcar um bom gol.

Gary começou a se empolgar e passou o resto do café da manhã falando sobre os times das faculdades, do time da seleção Canadense e da seleção Americana, avaliando seus pontos fracos e fortes. Nesse quesito, esporte, não podemos subestimar Gary.

O segundo sinal bateu, nos obrigando a levantar e ir para a primeira aula. A minha era Trigonometria, a da Andy e Petra Álgebra e a do Gary, se não me engano era Biologia.

— Paixão – chamou Gary. – qual aula você tem antes de Filosofia?

Puxa vida, tinha esquecido dessa aula!

— Literatura. Você faz Filosofia junto comigo? – perguntei surpresa.

— Na verdade não, mas essa é a vantagem de ser adimirado por todas as mulheres da secretária.

— Te espero na porta da sala de Literatura. – falei. Me aproximei e dei um beijo em sua bochecha, depois sai do refeitório. Um grupo de garotos estava na porta da sala de Inglês, e quando passei seus olhares me acompanharam. Para qual parte do meu corpo eles estavam olhando? Para a minha bunda, com certeza.

Não é a toa que eu gosto do uniforme do colégio. Usamos uma camisa social branca, com uma gravata roxa e preta, a saia tem a mesma da gravata. A minha está um pouco acima da metade da coxa, e quando eu subo escadas a vista é, sem dúvidas, um paraíso para certas pessoas.

Adentrei a sala de Trigonometria, e uma senhora loira estava sentada na mesa.

— Atrasada, Senhorita...?

— Coller – respondi me sentando na primeira fileria.

— Espero que seu atraso compença.

— Com certeza vai – abri um sorriso maroto. Joguei meu cabelo para trás e peguei minha bolsa e tirei meu caderno e meu estojo de lá. Não me subestime, querida professora.

Comecei a reparar na roupa da professora, ela vestia uma calça marrom, um salto pequeno e fechado nos pés, e uma camisa social verde. Sobre todas essas roupas, tinha um jaleco branco, com um crachá escrito “Sra. Preston”.

A Sra. Pestron se levantou e começou a explicar o conceito sobre as Razões Trigonométricas, e eu me atentei a tudo. Se eu conseguir entender o que ela fala durante a aula, não preciso me preocupar em estudar depois.

No final da aula, ela mandou dez exercícios para quinta-feira, e depois nos liberou. Fui para a aula de Lógica, e continuei me sentando na frente. Desta vez, havia um conhecido na sala, o melhor amigo do Gary, Sebastian. Ele se sentou do meu lado e tentou puxar assunto várias vezes.

— Ou você cala a boca ou você sai do meu lado. – ameacei.

— Calma Xuxu – respondeu com um sorriso nervoso.

Nem me dei o trabalho de olhar para ele de novo, e fiz alguns exercícios para adiantar, já que a matéria estava fácil.

Depois da aula de Lógica, fui para a aula de Literatura. O professor devia ter uns quarenta anos, o cabelo estava grisalho, seu corpo em boa forma. Ele me lembra meu pai.

O Sr. Duvson começou a falar sobre o Arcadismo e sobre algumas crenças, então me permiti pensar. Meu pai assumiu o cargo de presidente da empresa aos vinte anos, após ter se casado com a minha mãe. Os dois foram ótimos para a empresa, tanto é que hoje em dia eles estão em terceiro lugar no top dez das empresas canadenses.

— No Brasil, o grande foco do Arcadismo era em Minas Gerais...

Me lembrei da primeira vez que vi Gary. Ele estava passando no corredor, eu estava no meu armário junto com Petra, e ele me lançou uma piscada. Eu já sabia o que isso significava, é claro, e depois de alguns encontros assumimos o relacionamento.

— Em Portugal, a Arcádia Lusitana, foi fundada no século XVIII e... – o sinal bateu, fazendo vários alunos se levantarem rapidamente. Acompanhei o fluxo, e na porta Gary me esperava. Dei um selinho nele, e ele pegou minha mão.

Caminhamos em silêncio até a sala de Filosofia, já esperando encontrar o professor na mesa – pelo menos eu esperava – mas ele não havia chegado ainda. Gary se sentou no fundo, e fui atrás dele. O mesmo me mostrou um sorriso de dentes brancos, e deu uma piscada.

— Bom dia! – gritou uma voz masculina adentrando a sala. – perdão pelo atraso.

Gary pareceu não gostar do comentário do professor. Na verdade, ele pareceu não gostar do professor, ao contrário de todas as outras garotas da sala, que desde o momento que o professor entrará, elas não desgrudaram o olhar dele. 

Impressão minha ou ele está mais bonito do que ontem?

— Eu sou o Leon, o novo professor de Filosofia. Vou fazer uma chamada bem rápida,falar os nomes e o respectivo aluno só levanta a mão, está bem?

A classe respondeu com vários “sim” e “o.k” descincrônizados.

— Ananda Greng – uma garota que sentava na mesma fileira que eu levantou a mão. – Abraham Legous, Drew Lowdren – seus olhos iam da prancheta para o aluno que ele chamava. Seu cabelo estava desajeitado, mas tinha um estilo clássico. Ele vestia um terno, uma gravata cinza e uma calça social preta. – Gary Edwards – olhei para o lado e Gary tinha levantado o braço, mas não estava olhando para o professor, e sim para mim.

Desviei seu olhar, e fiquei olhando para as minhas unnhas por um tempo. Enquanto isso o professor continuou a chamada.

— Rain Coller – levantei a mão, e pela primeira vez nossos olhares se encontraram, ainda bem que eu passei rímel hoje. Tentei sustentar o olhar o máximo possível, mas ele desviou para dar continuidade a chamada.

— Hoje iremos falar sobre um pensador, um dos melhores na minha opinião. Alguém sabe de quem estamos falando? – perguntou Leon.

— Platão, senhor – respondi abrindo um sorriso delicado.

— Temos uma garota prodígio aqui na sala.

— Pode-se pensar assim – falei tentando chamar sua atenção mais ainda. – mas também li a apostila antes das aulas começarem.

Ele sorriu, um sorriso encatador que arrancou vários gritos das meninas “nyahhh!” “owwn”.

— Como é seu nome mesmo? – perguntou o professor se sentando na cadeira.

— Rain – respondi jogando meu cabelo para trás.

— Muito bem, Rain. – Meu Deus, ouvir ele falando meu nome era um som angelical. – gostaria que você lesse o primeiro parágrafo da página três, por favor. Iremos falar sobre O Mundo das Ideias e o Mundo Sensível, Platão.

Comecei a leitura, e percebi que Platão era um homem com argumentos  interessantes, ele visava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. O professor interrompeu minha leitura, pedindo para a gente grifar as frases “Não é permitido irritarmo-nos com a verdade” e “O amor é uma perigosa doença mental”.

— Queria alguém para interpretar a primeira frase, por favor. – pediu Leon. 

— Eu gostaria – levantei minha mão.

— Pois não, Senhorita Coller.

— Platão diz isso porque a verdade é a verdade. Segundo ele, não podemos mudar o que já foi realizado, sendo assim não podemos negar a verdade, por mais tentadora que ela seja. – lancei um olhar para Gary, que estava com a cabeça apoiada sobre as mãos.

Seria muito bom se tudo isso não fosse uma farsa, se eu e Gary tivéssemos sentimentos recíprocos. Obrigada Platão, por me fazer aceitar a verdade.

—Belas palavras Senhorita Coller – disse Leon se levantando da cadeira. Ele caminhou até a metade da sala, mas depois voltou para frente e se apoiou no quadro negro. – alguém para explicar a seguda frase? 

Ele procurava alguém, e nossos olhares se encontraram novamente. Como antes, tentei sustentar, mas uma voz do meu lado de fez virar.

— Eu professor – disse Gary levantando o braço. O que ele está fazendo?

— Seu nome é...? – Gary revirou os olhos, e depois falou seu nome. – Muito bem, Sr. Edwards, pode começar.

— Acho que tem momentos, principalmente quando você ama alguém intensamente, o amor pode virar loucura. Ou a pessoa deve ter fumado também.

A classe se estourou em risadas e gargalhadas, mas eu nem me mexi. A primeira frase que ele disse, da onde ele tirou aquilo? Olhei para Gary: ele estava igual o resto da turma. Um pouco vermelho e com um sorriso de orelha à orelha.

— Tudo bem, agora se acalmem – disse Leon. Percebi que ele manteve o ar de seriedade – tirando a parte das drogas, seu argumento é aceitável, Sr. Edwards.

O sinal tocou, a maioria das pessoas se levantaram, mas algumas meninas ficaram sentadas. Uma ótima tática, admirar o deus grego por mais tempo.

— Paixão? – chamou Gary me fazendo sair da Grécia antiga e voltar para o Canadá. – você não vêm? É almoço agora.

— Ah, sim. – respondi me levantando.

Peguei minha bolsa e caminhei até a frente da sala. No meio do caminho, Gary me ultrapassou e entrelaçou seus dedos nos meus, e me puxou até o professor. Ah senhor, o que ele vai fazer? Tentei soltar minha mão da dele e levá-lo para fora, mas ele era mais forte.

— Professor, sinceramente não gostei muito de você – Gary falou. Leon abriu um sorriso nervoso e depois abaixou o olhar, vendo minhas mãos dadas com o Gary. Levantou a cabeça, e seus olhos se fixaram nos meus. – mas foi a primeira vez que eu pensei na aula de Filosofia.

— Isso é verdade – comentei desviando o olhar. Gary começou a rir, e eu apenas abri um sorriso. Alguém me tira daqui.

— Então temos um avanço – comentou Leon arrumando suas coisas. – vocês se importam de me mostrar aonde é que fica o refeitório? Ontem a diretora me obrigou a fazer todas as refeições com ela na diretoria.

— Eu tenho que me encontrar com o pessoal do time, mas tenho certeza que a Rain não se importa. – respondeu Gary.

— Sim, eu não me importo – respondi. Claro que eu não me importo, quem se importaria?

— Ótimo! – disse Leon colocando a alça da sua mochina no ombro. – vamos?
Concordei com a cabeça, e caminhei para o corredor. Gary me deu um selinho – que terminei rapidamente – e depois correu para seus amigos.

— O refeitório fica depois do pátio, que é no térreo. – falei para quebrar o silêncio.

— E agora estamos no segundo andar, certo? – perguntou olhando ao redor.

— Sim – respondi abrindo um sorriso alegre.

— Gostei da sua arguentação, Senhorita Coller. – disse Leon. Ele ajeitou o cabelo com as mãos, depois olhou para mim e abriu um sorriso discreto.

— Ah, obrigada. Sempre contei com a melhor equipe de educação do país estudando aqui, portanto não tenho muitas dificuldades.

Estávamos descendo as escadas, quando reparei em uma coisa estranha. A janela da escadaria estava aberta, uma coisa que os funcionários sempre se atentavam. Que descuido.

Continuei ohando em seus olhos castanhos. Eles me traziam uma certa paz, me lembravam de mel e do outono. Uma brisa vinda da janela fez meu corpo estremeçer, e por sorte consegui sentir seu cheiro. Ele tinha um leve perfume de hortelã, livros novos e colônia masculina.

Nem percebi que o penúltimo degrau estava congelado. Meu pé escorregou para frente, enquanto meu corpo ia para trás. Vi minha bolsa cair no chão, uma mão me puxar pela cintura. BRUM. Mas depois eu estava no chão.

— Aii... – falei baixinho. Tentei me levantar, mas a dor estava presente em todos os meus músculos.

— Você está bem? - ouvi uma voz sussurar perto da minha orelha. Abri os olhos, e a situação que eu me encontrava era constrangedora. Eu estava caída no chão, Leon estava deitado ao meu lado, bem próximo. Minha mão esquerda estava em contato com o chão congelado, e minha mão direita estava... sobre o peito do professor.

— Ai Meu Deus! – gritei. Tirei minha mão de lá o mais rápido possível, percebendo que Leon nem tinha ligado para a situação.

— Calma, vou te ajudar a levantar. Só espere um instante. – ele levantou seu tronco, fazendo uma careta, suas costas deveriam estar machucadas. – me de sua mão.

— Espero não ter que cair todos os dias. – falei rindo. – ontem na sala da diretora, hoje aqui na escadaria...

Leon abriu um sorriso e depois falou:

— Digo o mesmo – me levantei devagar, minhas pernas começaram a se manifestar. A dor estava ainda maior, parecia que invadia minhas veias e corriam por todo o meu corpo, eu estremecia a cada batida do meu coração.

— Obrigada pela ajuda – falei erguendo a cabeça. – acho que perdi meu apetite.

— Idem. Pelo menos sei aonde fica a enfermaria...

— Ah, não me diga que...

— Foi só um corte pequeno na mão, nada demais. Porém a diretora é bem dramática, você sabe.

Na verdade ela só é assim com você, mas não vou falar nada.

— Vamos que eu te acompanho – disse o professor me ajudando a descer as escadas. No caminho até a enfermaria vários olhos curiosos se perguntavam o que tinha acontecido, e eu estava feliz por isso. Quer dizer, que garota passaria um momento assim com esse professor? Eu sou Rain Coller, uma menina com sorte!

Durante o trajeto até a enfermaria, minha dor tinha passado. Não sei se era a adrenalina do momento, ou até mesmo eu com os pensamentos na Grécia antiga, mas nenhuma pontada de dor dava o ar da graça.

— Enfermeira? – perguntei na esperança de ouvir um “oi” como resposta.

— Acho que ela não está aqui. – falou Leon me ajudando a sentar na cama mais próxima. – aonde que você sente dor?

— Agora, em nenhum lugar. Mas antes a dor estava em todo o lugar do meu corpo.

— Vou ver se eu acho alguém – falou indo em direção da porta.

— Mas e enquanto você? Não está machucado?

Ele abriu um sorriso e deu uma leve corada.

— Minha mão está um pouco dormente, mas daqui a pouco melhora. Nem pense em sair daqui, Senhortita Coller.

— Pode me chamar de Rain. Eu deixo – brinquei.

— Tudo bem, Rain. - só não se esqueça que eu sou seu professor acima de tudo.

— Não vou.

— Ótimo – respondeu abrindo um sorriso. Saiu da enfermaria e encostou a porta, e minha mente se viu em um turbilhão de pensamentos. O que foi aquela caída? O que Gary estava fazendo quando resolveu responder aquela pergunta? Ele me amava de verdade?

Aos poucos, minhas perguntas sem respostas foram se alojando em uma parte profunda do meu ser, que eu deixaria para revelar mais tarde. A dor estava vontando, não havia nenhuma agulha e morfina no meu campo de visão, então nem me dei ao trabalho de ir procurar. O jeito mais facíl de sumir com a minha dor no momento seria dormir.

E foi exatamente isso que eu fiz.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim!
Até o próximo capítulo,
Beijinhos de luz!



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