Lado Obscuro escrita por suellencraft


Capítulo 4
Capítulo 4 - Diante do perigo (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem! E comentem, bitches lymdas.



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Uma sirene soava ao longe.

— Vamos nos mandar, Tom! Aquele mané vai trazer os tiras e vão vir atrás de nós! Deixa a guria pro outro dia!

O efeito do distanciamento de Kentin e a sirene distante foi precisamente o esperado. Os bandidos viram que ninguém estava na beira do beco para poder segurá-los, então largaram Alexia brutamente no chão e saíram correndo, indo para o lado contrário ao de Kentin. Assim que eles sumiram de vista, Kentin desligou o efeito de sirene do celular (que havia colocado no último volume) e saiu de trás da árvore onde se escondia, correndo como uma flecha para dentro do beco. Deparou-se com uma Alexia chorando impiedosamente sentada no chão. Ela cobria o rosto com as duas mãos e soluçava.

Ela estava traumatizada. Sentia um terror tão grande que seu corpo não respondia mais aos seus comandos. Apenas chorava, extravasando todo o pânico que subia pela garganta. Tom havia erguido o seu vestido até acima da cintura e passado um tempo admirando o que via antes de jogarem-na no chão sem delicadeza nenhuma e ambos saírem correndo com os berros de Kentin e algo que parecia uma sirene. Alexia julgava que aquele dia seria o seu fim. E, convenhamos, chegou bem perto.

Kentin contemplava aquela garota fragilizada com um peso de culpa tão grande que o corroía por dentro. Se ele tivesse deixado o poder tomar conta de si, eles nem teriam levado a sua corrente. Muito menos teriam tocado nela. Sacudindo a cabeça para dissipar esses pensamentos, se aproximou de Alexia e passou uma mão por baixo de seus braços e outra por baixo de suas pernas, pegando-a no colo como se fosse uma criança sem nenhum esforço. Alexia estava tão detonada pelo susto que suas pernas estavam parecendo gelatinas, então nem protestou. Tirou as mãos do rosto e enlaçou o pescoço de seu amigo, sem olhar para ele. Encostou sua bochecha no peitoral dele e fechou os olhos, fazendo o possível para se acalmar.

Ele a levou no colo até chegarem ao apartamento. A essa altura, Alexia já estava adormecida nos seus braços. Seu rosto ainda estava vermelho de choro, mas a expressão era serena. Kentin a levou até a cama e repousou seu corpo delicadamente para não acordá-la. Tentativa falha, porque ela acordou mesmo assim.

— Kentin, você me trouxe no colo esse caminho todo? – questionou Alexia, esfregando os olhos vermelhos e inchados ao se sentar na cama.

— Trouxe sim, você estava em choque, não ia conseguir andar até aqui. Além do mais, é mais leve do que parece. – respondeu Kentin suavemente, ajeitando os cabelos e os óculos. A mochila ainda estava nas suas costas.

— Mas... Não passamos no mercado, o que vamos comer? – lembrou ela, pulando da cama com olhos escancarados. Kentin sorriu.

— Vamos pedir alguma coisa para entregar aqui. Vai querer comida mexicana ou uma pizza de frango caipira?

Alexia abriu um sorrisão diante das palavras “pizza de frango caipira”, o que respondeu à pergunta de seu amigo. Ele foi até a sala, jogou a mochila no chão e sentou no sofá para pesquisar o telefone de entrega da pizzaria no seu celular enquanto ela foi ao banheiro lavar o rosto. Quando Alexia chegou à sala, Kentin já havia pedido a pizza e estava colocando um filme no DVD.

— Um filme vai me fazer bem. Ótima ideia, Ken. Onde encontrou esse filme?

— Ah, achei nas gavetas do meu quarto. Tem um monte, aí escolhi esse.

Alexia pegou a capinha do filme e se surpreendeu com a escolha inusitada de Kentin. O filme que eles estavam prestes a assistir era de terror. Mais terror depois de tanto terror que ela passou? Como se lesse a mente dela, Kentin explicou dando play.

— Escolhi esse aí porque é um terror sobrenatural, nada a ver com o que você passou hoje, assim vai poder esquecer um pouco do medo de brutamontes e ficar com medinho de espíritos. Acho uma troca razoável.

Alexia sorriu. Fazia mesmo sentido. O nome do filme era “1408”. Estranho, mas convidativo. Sentou-se alegremente ao lado dele para assistir.

Depois de dez minutos de filme, a pizza chegou. Alexia pausou o filme enquanto o Kentin descia para buscar a comida. Enquanto ele não voltava, ela relembrou tudo o que aconteceu e o que quase aconteceu. Estremecendo com sua imaginação pessimista, resolveu parar de pensar sobre isso. O dia tinha sido bom. Havia uma clareira. Havia flores. Havia um pôr-do-sol. Havia felicidade. A parte que veio depois disso tudo devia ser apagada de sua mente. Isso mesmo.

Kentin voltou com uma pizza quentinha e uma garrafa de Guaraná 2L nas mãos. Mal passou pela porta e o cheiro do frango já estava adentrando nas suas almas. Os estômagos rugiram em resposta. Ainda com o filme pausado, eles correram para achar talheres, guardanapos e copos. Cortaram, pegaram com guardanapo, encheram os copos e voltaram para o sofá, retomando o filme.

Quando o filme estava na metade, eles já haviam terminado de comer o tanto que aguentavam. Pausaram o filme novamente, levaram as bagunças para a cozinha e voltaram para frente da TV.

Kentin sentou primeiro, e levou um susto agradável quando Alexia sentou com as pernas dobradas para cima do sofá e aninhou a cabeça no seu ombro. Ela nem percebeu a reação dele, simplesmente catou o controle e deu play novamente no filme. Ele engoliu seu nervosismo e passou um braço pelos ombros dela, abraçando-a ao encontro de seu corpo. Ela se encolheu mais em direção a ele e ficou lá. A sensação de segurança era tudo que ela precisava naquele momento, e só Kentin podia dar isso a ela. Afinal, ele havia a salvado, não havia? Foi fechando os olhos que pesavam de cansaço e se desligou do mundo.

Kentin olhava para a tela da TV sem realmente assistir o que se passava nela. Seus pensamentos o levaram para bem longe. Na mente do garoto, ele não achava que era o herói do dia, e sim, o monstro. Ele podia ter poupado ela de todo aquele terror se tivesse assumido o seu verdadeiro eu, não teria? Ele a deixara passar por momentos traumatizantes por puro... Egoísmo? Ou era medo de se tornar aquilo que tentara evitar a vida toda? Ou porque sabia que se tivesse se revelado na frente dela, ela poderia correr perigo por compartilhar seu segredo? Ou temia os próprios poderes? Ou...

Era porque tinha medo de si mesmo?

Olhou de relance para o rosto de Alexia e percebeu que ela estava dormindo, a boca fazia um leve biquinho. Sentindo o calor do seu corpo, suspirou. Desligou a TV e adormeceu com a cabeça encostada à dela.

***

Terça-feira – 01 de Fevereiro

Alexia abriu os olhos e visualizou uma tela de TV. Então se lembrou de que havia adormecido no sofá assistindo a um filme de terror. Sentiu o braço de Kentin em sua volta e a sua cabeça encostada no dela. Seus óculos estavam dobrados no braço do sofá. Escutando o ressoar suave da respiração dele e sentindo seu peitoral subir e descer lentamente, ela preferiu não se mexer para não o acordar. Fechou os olhos e continuou descansando os olhos. Ela precisava dele e ele estava lá por ela. Então porque interromper aquele momento agradável?

 Seus devaneios não a deixaram em paz. Lembrou que hoje era o último dia antes do início das aulas no colégio que sonhara entrar a vida toda. Que seu melhor amigo estava lá com ela. Que não estará sozinha. E de repente veio na sua cabeça uma cabeleira ruiva.

Por que estou lembrando daquele garoto rude? Ele era rude e irônico. E era muito, muito gato... Ei, parou! Não posso ficar pensando em um cara que me derrubou no chão e que provavelmente nunca mais vou ver na vida. Apesar de que... Pensar não arranca pedaço, né? NÃO, para, Alexia. Você sabe que tem um garoto apaixonado por você bem aqui, te abraçando e fazendo de tudo para te fazer feliz, não é justo ficar nos seus braços pensando em outro. Você gosta desse cara que está sempre do seu lado, não gosta? Então pronto, nada de ficar babando em ruivos brutamontes. É isso.

  Kentin sempre achou que Alexia não sentisse nada por ele, mas a verdade é que ela gosta, sim, dele. Só não achava necessário dizer nada porque ele nunca havia dito nada a ela, e também porque julgava esse sentimento recíproco meio óbvio. Bom, era óbvio apenas para ela (e a Samara), não para o Kentin e o resto do mundo. Muitos achavam que ela apenas gostava dele como um bom amigo. Mas era muito mais do que isso.

 Alexia sabia muito bem que Kentin era algo indispensável e essencial na sua vida. Ela gostava de ficar sozinha, no canto dela, desde que era bebê. Sua mãe percebeu bem rápido esse lado antissocial dela, então nunca foi de ficar grudando na filha. Sabia que ela odiava as pessoas que chegavam e ficavam paparicando a “linda bebê de olhinhos brilhantes cuti-cuti”. Além de sua mãe, ninguém a deixava em paz.

Quando entrou no Pré, não gostava de estar com as outras crianças, que corriam, batiam, babavam e berravam. Ela gostava de ficar sentada num canto, ajeitando os brinquedos nos lugares certos. Depois das aulas, ficava em casa, quietinha, desenhando e cantarolando no quarto, brincando com suas bonecas. Sozinha. E Alexia lembra como se fosse ontem o dia em que conheceu o Kentin. Eles tinham oito anos.

Era o primeiro dia de ensino fundamental. Ela entrara na sala que havia sido resignada e sentou na cadeira do canto da sala, lá no fundo. Não gostava dos primeiros dias de aula. Sem olhar na cara de ninguém. Não queria que ninguém olhasse para ela e a julgassem pela aparência. Odiava pessoas superficiais. Por causa do seu cabelo azul e de seus olhos cinzentos. Também odiava os olhares maliciosos dos garotos. Por causa das suas curvas que tentava disfarçar com roupas largas. E discretas. Naquele dia, estava funcionando. Ninguém olhou para ela quando entrou.

Quando ela se deu conta, havia um garoto nerd sentando na cadeira ao seu lado e derrubando livros no chão. Ele parecia estar tentando se encolher e sumir. Usando um par de óculos fundo de garrafa tão grosso que nem dava para ver seus olhos, ainda mais porque só olhava para baixo. Seu cabelo tinha um corte tigelinha. Usava um suéter verde de manga comprida com uma faixa marrom na altura da cava. Era o tipo de pessoa que ninguém olhava, ninguém dava bola. Aliás, que ninguém se lembraria. Parecia mais tímido e recluso do que ela. E ela gostou daquilo, porque era o que ela tentava ser. Se ele era como ela, ela podia ser amiga dele. Resolveu puxar papo com aquele menino. Abaixou-se para apanhar um dos livros caídos dele e o entregou, sorrindo.

— Acho que isso é seu. Prazer, sou a Alexia.

— O-obrigado, Alexia. Eu s-sou Kentin. – gaguejou Kentin, pegando o livro olhando para o rosto dela e em seguida desviando o olhar para a própria mesa. Alexia achou graça naquilo. Era o primeiro garoto que não olhava para as curvas dela ao se dirigir a ela. Resolveu insistir no papo.

— Ei, não precisa ficar tímido comigo. Sou como você, também não gosto que fiquem me julgando.

Com essas palavras, o garoto olhou novamente para a garota, surpreso. Que tipo de garota de oito anos usaria a palavra “julgar”? Analisou-a melhor. Ela sorria para ele. Os seus olhos eram brilhantes e cinzentos, misteriosos. Dava para perceber que era muito mais madura do que qualquer criança de oito anos que tivesse conhecido antes. Tão madura quanto ele. Sem responder nada, Kentin sorriu de volta para ela.

— Vamos ser amigos, certo?

— Bom... – ponderou Kentin. – Nunca tive nenhum amigo antes.

E para sua surpresa a garota respondeu sorrindo ainda mais.

— Eu também não! Vamos lidar com essa novidade juntos, não é? – disse Alexia estendendo a mão para ele apertar. Um Kentin atônito apertou aquela mão delicada e sincera. Desde então, eles nunca mais se desgrudaram. Foi naquele dia, conversando no lanche, que eles descobriram que eram vizinhos. Nunca haviam se encontrado porque ambos preferiam ficar em casa a brincar na rua.

A partir de então, Kentin foi apresentado à dona Clarisse e ele passou a frequentar a casa da sua amiga. Os dois passavam muito tempo juntos, e quanto mais se conheciam, mais ele se apaixonava por ela. O engraçado é que ela só começou a sentir algo por ele três anos depois de conhecê-lo, no primeiro dia de aula do 4° Ano. E foi naquele dia que conheceu a Samara. Tinham onze anos.

A Samara era uma garota ruiva de olhos negros. Uma pessoa introvertida e muito carinhosa. Como era novata na escola, ela resolveu se sentar no canto da sala, exatamente na cadeira onde Alexia costuma se sentar todos os dias desde que chegou àquela escola. Quando Alexia chegou acompanhada de Kentin e viram a cadeira ocupada por uma garota novata toda tímida, abriram sorrisões e foram até ela. Sabiam o que era ser “o estranho do pedaço”, e não deixariam aquela ruiva passar por isso. Chegaram socializando, e logo descobriram que a Samara era um amor de pessoa e tinha uma forma de pensar muito parecido com o deles, então a acolheram de boa vontade. Aquele dia, Samara não quis falar muito, estava basicamente observando a interação entre Alexia e Kentin. Quando o garoto se afastou para comprar uma água, a ruiva virou para Alexia e começou a questionar.

— Vocês se gostam, não é?

— Ele é meu melhor amigo, gosto muito dele.

— Não quis dizer como amigos, Alexia.

Alexia parou para pensar nas palavras da ruivinha observadora e finalmente percebeu que era verdade. Era muito óbvio que Kentin gostava dela mais do que como simples amigos, só que ela nunca havia parado para considerar esse fato. E ela? Gostava dele?

Passou o resto do dia matutando isso na cabeça. Quando chegou a noite, ela admitiu para si mesma que sim, ela estava gostando dele. Sua mãe sempre dizia que quando chegasse alguém na sua vida que você não conseguisse mais viver sem, seria amor. Bom, então era um amor bem sutil, porque não demonstrava muito, mas era amor.

Todos os garotos sempre babavam pela beleza de Alexia e Samara, e ninguém nunca entendeu o motivo daquelas duas garotas terem se juntado a um nerd esquisito. E elas só se abriam com ele. Quando outros garotos se aproximavam delas, elas se fechavam, escapavam. Era um trio estranho e fechado.

Os três formaram uma irmandade inigualável. E assim foi até o dia que Alexia passou na prova de Sweet Amoris e teve que se despedir de Samara via SMS. Não tinha tempo para se encontrarem, pois Samara tinha uma apresentação de música justamente no dia em que Alexia deixou a cidade.

Viviam juntos e sabiam todos os segredos um do outro.

Todos os segredos.

Bom...

Menos o de Kentin.

***

Samara estava descabelada, fios vermelhos pulando na frente dos seus olhos. Arrumava as malas correndo enquanto mexia no celular, tentando comprar online uma passagem de ônibus de última hora. Havia ligado para casa de Alexia e falado com a dona Clarisse. Descobrira o novo endereço dos seus melhores amigos. Faria uma surpresa, e eles irão gostar.

...Não irão?

***

Alexia e Kentin acordaram com a fome depois do meio-dia. Ele estava feliz por ter dormido tanto com Alexia nos seus braços. Requentaram a sobra de pizza do dia anterior e comeram duas fatias cada um, acabando com tudo.  Depois de poucas palavras, decidiram que passariam o resto do dia descansando em casa e arrumando as coisas para o dia seguinte. E foi o que fizeram. Alexia ficou no quarto dela dobrando e redobrando as roupas, organizando os cadernos que levaria amanhã e jogando no celular. Kentin ficou no quarto dele. Sem nada para fazer, ele pegou um livro para ler. Era o “Ensaio sobre a cegueira”, de Saramago. Nisso ficou entretido a tarde inteira.

Quando deu oito e meia da noite, barriga de Kentin roncou novamente. Levantou preguiçosamente da cama, jogou o livro para o lado e foi arrastando os pés até o quarto de Alexia, na intenção de perguntar o que iriam jantar. Deparou-se com Alexia de costas, meio de lado. E ela estava só de shorts e sutiã, ainda passando a cabeça pela gola de uma blusinha.

Droga, ela estava se trocando. Ia se virar para sair sem ser visto. Foi quando a campainha tocou.

Alexia puxou a blusa para baixo e olhou para a porta do quarto. Viu um Kentin paralisado. Esbugalhando os olhos, ela percebeu que ele a vira se trocando. Ficando vermelho, ele saiu sem dizer uma palavra. Alexia continuou no mesmo lugar olhando para o chão e abraçando o próprio corpo, envergonhada. Ela sabia que tinha curvas, e morria de vergonha de mostra-las. Odiava piscina, odiava praia, odiava todos os lugares que a obrigava a mostrar o corpo. Kentin nunca tinha a visto usando roupas que marcassem realmente os tributos que tinha. Sempre usou roupas discretas. E agora, ele acaba vendo ela sem blusa?

Era uma situação embaraçosa.

Para ambos, porque Kentin não imaginava que Alexia tivesse tantas curvas. O rubor de suas bochechas insistia em permanecer. Crescera ao seu lado, mas nunca a vira com roupas justas o suficiente para marcar o corpo, quanto mais vê-la só de roupas íntimas!? Tentando tirar aquela visão recente e chocante da cabeça, foi abrir a porta para quem quer que seja que tenha apertado a campainha.

Mas se surpreendeu quando um corpo veio de encontro ao seu em um abraço sufocante e uma cabeleira ruiva encaracolada cobriu a sua visão, exclamando baixinho um “KEN!” como se estivesse acostumada a fazê-lo todos os dias. Quando finalmente reconheceu a garota, sorriu. Os três estavam todos juntos, outra vez.

Alexia ainda devaneava no seu quarto, completamente acanhada, quando uma voz feminina bem familiar vinda da sala de estar chamou a sua atenção.

— LEEEEEX! Adivinha quem acaba de aterrissar na sua casa nova?

Seus olhos e a sua boca se abriram até o limite permitido. No mesmo instante, a mão de Alexia foi involuntariamente buscar uma corrente de ouro no pescoço. E lembrou o motivo de ela não estar mais lá. Engolindo as lembranças ruins, forçou um sorriso e saiu do quarto para tentar entender o que a Samara fazia na sua casa.

 


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Notas finais do capítulo

Huee, comenteeem ♥



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