Adorável complexo escrita por Amora


Capítulo 4
Amarga...


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas, só quero avisar que talvez demore um pouco para ter novos capítulos, minhas provas estão chegando e como são as ultimas vou direcionar metade de meu tempo para elas.

Ps: Espero que gostem, eu gostei especialmente deste capítulo.



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Amarga...

 

É assim que todos te chamam quando você não esta por perto, disso e muitas outras coisas.

Falam que você é cruel, insensata, bruta, mas principalmente que você é amarga com a vida.

 

Eles são tão errôneos, te julgam sem ao menos te conhecerem.

Não se sinta mal, eles são apenas seres supérfluos que não conseguiriam desvendar um belo enigma como você.

 

Para mim você é agridoce, uma mistura do amargo com o doce, que de uma maneira estranha se torna perfeita.

Uma envolvente mistura que a cada dia quero desvendar mais um pouco!

 

 

***

A lua estava muito brilhante aquela noite e junto com as estrelas iluminavam o negrume que era à noite.

O vento espalhava a maresia fazendo que meu corpo, a areia era úmida e macia, mas um pouco incomoda para minhas costas desprotegidas, e ao meu lado se encontrava Clarisse apreciando a paisagem noturna depois de minutos constantes chorando.

— Posso fazer uma pergunta? – a voz de Clarisse reverberou no nosso silêncio.

— Você já não esta fazendo? – falei virando meu rosto para encara-la, a mesma continuava a olhar para o céu.

— Sem gracinhas atum. É serio! – falou ela enquanto me encarava, seu rosto estava fechado, como se quisesse repreender.

— Pergunta!

— Como é ter um cavalo como irmão?

— Que?

— O cavalo da Hazel não é seu irmão?! Então como é?

— Essa era a pergunta seria que você queria me fazer?! – disse cético – Achei que iria perguntar como eu consigo ser tão belo! – ela apenas revirou os olhos e continuou me fitando em busca de uma resposta – É meio esquisito, mas já estou acostumado, o problema é que Arion xinga muito, ninguém gostaria de ouvi-lo por muito tempo.

Clarisse voltou a fitar novamente o céu, eu também estava prestes a compactuar com o silêncio prestes a ser inserido em nossa conversa quando me veio uma pergunta:

— Como é ser a única mulher filha de Ares? – no momento que terminei a pergunta, voltei a ter sua atenção.

— É difícil, estressante ás vezes até irritante. Mas já me acostumei não posso deixar de ser filha de quem eu sou, e se pudesse nem sei se teria coragem...

 

 

Amarga...

 

Isso você não é, talvez seja agridoce!

Gosto de coisas agridoces, eu gosto de você!

 

Você finge ser amarga!

Pois a vida foi amarga com você!

 

Você acha que seu lado doce é o vulnerável!

Esta enganada querida, ele é apenas o seu lado mais humano!

 

Então, não o esconda atrás de suas muralhas quase impenetráveis!

Pois escalarei todas as muralhas, destruirei todas as rochas que me impeçam de liberta-la, libertar o seu lado doce e insubstituível!

 

Mas não deixei o amargo, ele faz parte de você!

Apenas se torne um perfeito agridoce!

 

***

 

— Posso confessar uma coisa?

— Claro!

— Quando descobri ser uma semideusa torci para ser filha de um dos três grandes!

— Você tá brincando? – vi Clarissa negar com á cabeça enquanto continha um sorriso. – Como você reagiu ao descobrir que não era filha de um deles?

— Bem! Não conseguiria viver em um chalé sozinha, é muito solitário. Sem ofensas! – assenti – Eu até gostei de descobrir que era filha de Ares... bem, até descobrir que meus irmãos eram um bando de abutres a espreita do seu próximo erro, e de que eu era a única filha mulher do deus da guerra.

— Que droga!

— Uma grande e linda droga! Meus irmãos achavam que eu era uma fraca inútil, então não implicavam muito comigo. Eles eram uns grandes filhos da puta! Mas tudo bem, erro deles de não me considerarem como inimiga, eu até poderia ser ruim de luta, mas era muita boa em estratégia, descobri cada um dos pobres deles e os coloquei na palma da minha mão. Com o tempo deixei de precisar disso de ameaças verbais e me tornei a melhor filha de Ares de todos os tempos.

— Como você é humilde! – ela apenas deu um sorriso convencido como se dissesse “eu sei” – Achei que todos os filhos de Ares fossem unidos, vocês estão sempre juntos esnobando os outros semideuses!

— Nem tudo é o que parece! – falou a mesma enquanto olhava diretamente em meus olhos.

Amarga...

 

Tem certeza de que você é isso?

Porque quando vejo o seu sorriso não vejo nenhum amargo!

 

Talvez você seja apenas uma pessoa assombrada pelo seu passado!

As pessoas não olham para os seus olhos, deviam, eles dizem tudo!

 

Agridoce, é isso que você é!

Mas sua parte doce esta presa, então me deixe liberta-la, pelo mesmo aos poucos!

 

Quando eu liberta-la, não deixe a parte amarga.

Ela faz parte de seu passado, mesmo que seja sombrio, nunca vai deixar de ser parte do seu ser!

 

***

— Posso confessar outra coisa? – fazia tempo que estávamos na praia, tanto já tinha me acostumado com a areia rocando na pele.

— Hoje é a noite de Confissões?

— Estou bêbada, queria o que? – falou de modo divertido.

— Diga de uma vez o que te aflige jovem senhorita!

— Quando foi revelado que seu pai era Poseidon, senti um pouco de inveja. – a mesma continuava a olhar para o céu enquanto balançava a cabeça de modo negativo, como se não acredita-se no que falava.

— Posso te confessar uma coisa? – falei de modo divertido.

— Diga de uma vez o que te aflige jovem senhor!

— Quando descobri que era um semideus, torci para ser filho de Ares, aí eu te conheci e torci pra ser filho de qualquer deus, menos Ares! – sou risada preencheu meus ouvidos, enquanto pode ver a mesma sentando e virando a cabeça para me olhar.

— Te botei tanto medo assim?

— Durante um tempo sim, mas depois conheci seu pai e senti até um pouquinho de saudades de você.

 

— Fico extremamente lisonjeada em saber de seus sentimentos por mim cabeça de alga, mas agora eu tenho que ir, esta ficando muito tarde. Tchau!

A mesma já estava em pé, indo na direção do chalé quando á impedi de continuar:

— Espere! Deixe-me mostra-la como é ser um filho de Poseidon, pelo menos um pouco. – ela assentiu.

Concentrei para que as águas do mar formassem um braço gigante, que foi em direção a La Rue, dentro do mesmo podiam-se ver diversos peixes coloridos nadando, Clarisse parecia fascinada, o braço chegou mais perto da mesma e acariciou seus cabelos, que me concentrei para continuar secos, depois sua testa e por fim bochechas, um dos peixes mais ousados chegou perto demais em suas bochechas e encostou a boca parecendo uma espécie de beijo. Clarisse riu. Desfiz o braço e me concentrei na La Rue que andava de ré.

— Obrigada Percy! – ela sorriu e girou os calcanhares em direção ao seu chalé, sorri e fui para o meu.

Amarga...

 

Você pelo menos tentou ser.

Então não fique chateada, já disse você é agridoce!

 

Não tem como ser amarga, com seus olhos de preocupação!

Seus sorrisos agradecidos, suas risadas estonteantes!

 

Você é agridoce, completamente agridoce!

Mesmo que negue até morrer!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?



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