POV Edward

Pai.

Essa palavra ficava se repetindo na minha cabeça desde que Tanya Denali, minha namorada, havia me dito que estava grávida. Eu me lembro de estar no meu quarto ouvindo música quando recebi uma mensagem dela dizendo que precisava me ver. Era por volta de 3:00 da tarde quando eu cheguei a praça onde normalmente nos encontrávamos, Tanya estava nervosa o que me deixou surpreso já que nunca tinha visto ela assim, mas foi quando ela contou o motivo do nervosismo que eu fiquei apavorado. Nunca imaginei que aquilo aconteceria justo comigo, mas agora era tarde para lamentar e a primeira coisa que fiz foi garantir a Tanya que ficaria do seu lado e a apoiaria em tudo. Nó decidimos contar a nossas famílias sobre a gravidez separadamente e depois nos encontraríamos para conversar todos juntos sobre isso. Não foi nenhuma surpresa o sermão que meus pais me deram quando eu contei a eles, mas depois da bronca e de deixar claro que eu assumiria toda a responsabilidade sobre a criança, algo que eu já havia decidido fazer, eles me garantiram que me ajudariam em tudo o que fosse possível.

No dia seguinte ao meu encontro com Tanya foi marcado um almoço na casa dela. Tanya morava somente com a mãe já que seu pai havia morrido a alguns anos, ela não tinha irmãos. Depois do almoço eu tive meu primeiro baque ao ouvir a mão do meu bebe dizer em alto e bom som que não queria nosso filho e sua vontade era fazer um aborto, nessa hora eu agradeci o fato de ter sido ensinado a ser um homem, do contrário eu já teria dado uma boa surra naquela criatura por pensar em fazer mal a minha criança. Eu sabia que éramos jovens demais para sermos pais, mas irresponsabilidade havia sido nossa, o bebe não poderia pagar por isso. Para o meu alívio ninguém concordou com aquilo, a mãe dela sugeriu adoção o que eu também deixei claro eu não permitiria. Se Tanya não queria aquele filho eu iria cuidar dele e ama-lo o suficiente para que ele nunca precisasse de alguém como ela em sua vida.

Os nove meses seguintes foram repletos de alegrias e dores de cabeça. Eu acompanhei Tanya durante toda a gestação e tive que aturar suas crises de raiva por estar sendo obrigada a passar por aquilo, sem contar nas brigas que eram constantes já que não admitia que ela ofendesse minha filha. Uma menina. Eu me lembro de chorar como uma criança enquanto ouvia a médica dizer que eu seria o pai de uma garotinha.

Quando o dia da minha princesa vir ao mundo finalmente chegou eu não poderia estar mais feliz, quando a tive pela primeira vez em meus braços foi a melhor sensação do mundo e ali eu prometi a ela e a mi mesmo que eu nunca a deixaria sozinha e que a amaria para sempre. Aquele dia também foi a última vez que eu vi Tanya Denali.

POV Sophie

15 anos.

Esse era o exato número de anos que eu já tinha vivido. Um número considerado pequeno para a maioria das pessoas e por mim também, já que pretendia viver muito mais do que isso. Mas mesmo sendo tão pouco eu podia afirmar que não foram fáceis.

Começando pelo fato de que a mulher que me deu a vida e que supostamente deveria me amar, me abandonou assim que recebeu alta na maternidade. Honestamente eu não sinto falta dela, desde que soube como ela sempre me odiou eu entendi que estava muito melhor sem ela na minha vida. Meu pai tinha 16 anos quando eu nasci e mesmo sendo jovem não decepcionou na função de pai. Claro que ele contou com ajuda da nossa família e isso foi essencial.

Meus avós Carlisle e Esme Cullen estiveram sempre presentes em minha vida, cuidavam de mi. Enquanto meu pai estava na escola, mesmo tendo os seus próprios empregos. Meu avô é médico cirurgião especializado em cardiologia, um dos melhores de Los Angeles e era dono de um dos hospitais mais conceituados da cidade minha avó era design de interiores e por trabalhar por conta própria conseguia sempre ajudar tomando conta de mim.

Meu pai era o caçula de três irmãos. Emmett Cullen era meu tio mais velho, tinha 17 anos quando eu nasci e era adotado, apesar disso não fazer a menor diferença para nenhum de nós. Minha vó descobriu logo depois de casar que tinha dificuldades para engravidar, depois de alguns tratamentos sem resultado meus avós decidiram adotar um bebe, mas foi quando o pequeno Emmett tinha 5 meses que o último tratamento feito pela minha vó deu certo e ela se descobriu grávida de gêmeos.

Jasper Cullen foi o primeiro dos gêmeos a nascer, ele e meu pai são gêmeos fraternos e a única coisa que compartilham é o sangue de resto são completamente diferentes. Eu estava com dois anos quando meu pai se formou no colegial e foi aceito juntamente com Tio Jazz em Harvard. Essa foi a primeira grande mudança da minha vida, meu tio Emm cursava publicidade lá também e já estava em Boston a 1 ano, meus avós apoiaram meu pai mas ficaram preocupados quando nos mudamos ao lá. E durante os quatro anos de faculdade fomos só eles e eu. Eu já tinha 6 anos quando voltamos para casa, meu pai e meus tios começaram a trabalhar na Cullen’s Publicity, a empresa havia sido fundada pelo meu bisavô Anthony Cullen e depois do seu falecimento foi assumida por Garrett Cullen, irmão mais velho do meu avô. Eu estava com 12 anos quando Tio Garrett morreu, depois de passar 2 anos lutando contra um câncer, foi um momento difícil para nossa família e demorou um tempo até que conseguíssemos superar.

Como tio Garrett nunca se casou e não tinha filhos, meu pai e meus tios se tornarão os donos da empresa os serem os únicos herdeiros. O nome da nossa família sempre foi famoso e isso tinha a tendência de atrair os piores tipos de pessoas. Mas algumas vezes nós dávamos sorte de encontrar algumas que realmente valiam a pena conhecer. Eu só esperava que essa fosse uma dessas vezes.